tag:blogger.com,1999:blog-80735268854152077252024-02-18T22:46:17.611-08:00Deley de AcariDeley de Acari - Poeta CrioloDeley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.comBlogger205125tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-37731107579371386772019-04-22T12:46:00.001-07:002019-04-22T12:46:35.696-07:00MAIS FAÇO PRECE, MAIS PRETA ME APARECE.MAIS FAÇO PRECE, MAIS PRETA ME APARECE.<br />
MAIS FAÇO PRECE, MAIS PRETA ME APARECE.<br /><br />Minha avó dizia quando aparecia algo ou alguém indesejável de forma inesperada: Quanto mais rezo, mas assombração me aparece. Faço um contraponto a expressão dela com Mais faço prece, mais preta me aparece porque falo de mulher negras que foram aparecendo na minha vida de poeta e afrocomunista não de forma assombrante mas alumiante, alumbrante, mesmo que varias vezes de forma trágica como a pequena Jenifer de 11 anos recentemente assassinada. Mas na maioria das vezes de forma positiva, como foram os casos da deputada Dani Monteiro e da D. Marinete, mãe da Marielle. Estes poemas estão sendo postados agora novamente e estaão sendo publicados neste livro. Estes primeiros poemas foram escritos entre 1976 e 1986 periodo em que eu estive muito próximo do movimento de mulheres negras ainda nascente. Eles são tudo o que restou de mais de 300 poemas não sua maioria tendo mulheres compas de luta como fonte inspiradora. O restante dos outros 300 foram queimados com todos os originais com 8 peças de teatro, 65 contos, mais de 50 cronicas dentro de um latão antes dele se expulso da favela de acari, três meses após a morte de minha mãe depois de tentar estuprar minha irmã enquanto eu trabalhava fora de casa num ciep como animador cultural. Esse epsódio me causou uma amnésia e um esterilidade poética de quase 20 anos até que o professor Marcos Alvito me encomendasse uns poemas para o livro CEM ANOS DE FAVELA.<br /><br />Cada preta que me aparece, depois de uma prece enquanto eu viver nunca será a ultima, será sempre a penúltima porque sempre aparece uma depois dela. Algumas são inclusive fictícias mas com a mesma força de alumbranto como as reais. Algumas das fictícias que me alumiam e alumbram por exemplo são Arminda e Lucrécia eLucrecia dos contos de Machado de Assis e Clara dos Anjos de lima Barreto. E uma Euridice Negra, em fase de criação num conto por mim, que consegue sair do inferno sozinha depois de descobrir que sabe cantar ainda melhor que Orfeu que jamais precisou do canto dele pra tira-la do inferno. Ela descobriu, como fala Italo Calvino que, numa cidade inferno é preciso descobrir o que não é inferno, protege-lo e amplia-lo. Mais ou menos o que as mulheres negras vem descobrindo... que sabem e podem canta tão bem ou até melhor que os Orfeus das vidas modernas e do seu próprio canto feminino fazem corda pra ascenderem do inferno que o machismo e o misogenismo impõem e suas vidas pra superificie da terra fezendo da terra céu na terra.<br /><br />VALA<br /><br />á delma, irmã<br /><br />Vala,<br />manancial de "xistossomose"<br />berço de tifo<br />cova natural de muitos amigos de infância<br />crivados de bala.<br /><br />Rio dos meus barquinhos<br />de elástico e graveto<br />rio das pescarias derã<br />com barbante e miolo de pão.<br /><br />SÍNDROME DO DESEMPREGO<br /><br />Saíndo do barraco bem cedo<br />á procura de emprego, levou<br />s força do meu amor, minha fé.<br />No ultimo anuncio marcado,<br />mente e corpo abalados,<br />pela má aparência regeitado,deixou<br />que vissem seus olhos pela fome<br />bem fundo escavao, que vissem<br />o carapinha emaranhando, deixou <br />que vissem o suor fazendo da face negra<br />um ébano vitrificado<br />mas não deixou <br />que lhe vissem o medo<br />comum a quem vive a síndrome do desemprego<br />não deixou que lhe vissem<br />o velho medo porque é da certeza<br />que existe o medo em nós é que<br />o burguês racista faz do humano dócil escravo.<br />um inimigo finalmente vencido<br />depois que de sua humanidade<br />ele mesmo já havia esquecido.<br /><br />Saindo do barraco bem cedo<br />a procura de emprego<br />levou a força o meu amor, minha fé<br />deixou um beijo gostoso Colgate<br />e café saboroso feito mel<br />voltou á noite trazendo<br />um beijo mau gosto de caldo de cana<br />amargoso feito fel.<br />Ah, a insegurança do amanha~<br />de todos, do tudo, seu velho medo<br />desaguado em lágrimas no regaço<br />do meu colo, chorado em segredo,<br />longe do olhar racista do senhor burguês<br />dono e senhor dos empregos<br />ah,esse imenso desejo que s<br />eu velho medo se transforme<br />com o axé de meu amor, minha fé<br />na minha, na sua, na nossa nova e indestrutível<br />coragem libertária do amanhã.<br /><br />POR UM AMOR MAIOR<br /><br />Hoje tua preta amada<br />não pode fazer amor contigo<br />chegou do trabalho, cansada,<br />explorada pelo olhar tarado<br />do senhor patrão.<br /><br />Hoje tua preta amada<br />não pode fazer amor contigo<br />precisou de tí, mais<br />que pai, irmão ou homem<br />precisou e encontrou-te amigo.<br /><br />Hoje tua preta amada<br />não pode fazer amor contigo.<br />mas te ensinou uma amor, <br />um amor maior que jamais<br />havias aprendido.<br /><br />SÓ CRIOULO<br /><br />á liane Galvão.<br /><br />Ipanema...<br />Madureira<br />sou favela.<br /><br />Branco..<br />Negro<br />sou mestiço<br /><br />Operário<br />intelectual<br />sou poeta<br /><br />Machista<br />feminista<br />sou simplesmente<br />amante.<br /><br />Esquerda<br />direita<br />sou só crioulo... só!<br /><br /><br />, AMAZONA NEGRA<br /><br />Quando te cavalgo<br />sou amazona selvagem<br />que te tendo, te deixa ser<br />meu carapinha, te lanhando<br />peito e rosto, não é chicote.<br />É do Cometa-Amor<br />que existe em mim<br />negras, reluzentes<br />caldas múltiplas que<br />orvalham meu suor acre-salgado<br />embebendo teus lábios de meu sumo.<br /><br />Suor-bálsamo que lene,<br />das feridas de me amar<br />que se abrem em ti, a dor com o prazer<br />que o me sorver te alucina.<br /><br />Do ir e vir<br />do sexo no sexo<br />nosso ir e vir<br />é nosso ir.<br />Para o êxtase da chegada<br />não somos<br />cavalo e Amazona<br />mas sim um só caminho.<br />Quando erupe o vulcão<br />que é o nosso amor<br />esvai-se por minha garganta<br />peluda em carne viva<br />nossas lavas flamejantes<br />calcinando nossos ventres<br />e nossas coxas.<br />Descansamos do descanso<br />que é fazer amor<br />quando se ama.<br />Na esteira, semi-inconsciente,<br />nem somos neste momento,<br />um e outro, macho e fêmea<br />nem sentimos um e outro<br />homem e mulher...<br />De tanto nos sentirmos<br />sentirmos e sermos<br />Um e outro ao mesmo tempo.<br />Ainda embriagados de orgasmo,<br />ansiados nos esperançamos<br />que esta ao mesmo tempo<br />esta embriaguez divina<br /><br />SEJA SEMPRE.<br /><br />MARAVILHOSA<br />Maravilhosa,você dorme! sua cabeça<br />carapinha pousada sobre<br /> meu peito de poeta. Gotas de suór<br />e húmus te molham a vúlva, reluzem<br /> em seu púbis feito microestrelas<br />que me embebem os lábios embriagando<br /> minha alma quando faço cafuné de língua<br /> em seu cólo uterino.<br />Maravilhosa,você dorme! Seu coração pulsa<br /> e tamborila feito marimba cálida,<br />sua respiração melodiosa me inspira<br />como um calímba no cío.<br />Marevilhosa,você dorme! Seus seios fartos<br />(de Yabá) roçam o céu de meus sonhos<br />como lilazes cúmes.<br /> Maravilhosa,você dorme!<br />Te ver dormir me fascina...<br />És a prova mais verdadeira<br />que Deus existe,embora não<br /> acredite Nele.<br />Nem devo temer,venerar ou amar a Ele...<br /> Mas sim adorar,amar e desejar<br /> descaramente somente as DEUSAS!<br />Maravilhosa,você dorme!<br />A Lua Vem lésbicamente á janela<br /> do quarto admirar sua beleza negr<br />a donde os Orixás escolheram<br /><br />a cor para abonitar a noite que<br /> era feia por se incolor.<br />Maravilhosa,voce dorme!<br />E me abraça e enlaça em me<br /> envolve na paz do seu sono<br />como um menino em seus braços<br />me sinto protegido e acolheido.<br />Sei-me assim nos braços de Mãe Oxum...<br />que me fez então libérto da sína<br />do machismo e a ser como sou agora<br />e daqui pra sempre...irmão, amigo,<br />amante,amado, simplesmente homem!<br /><br />O poema que segue foi escrito a pedido de Christina Vital que prefacia esse livro para um revista do Iser sobre memória.<br /><br />MEMÓRIA FAVELA: MULHER!<br />“Entre hoje e o amanhã corre um rio<br />Que nos alerta: nas águas de quem oprime não navega quem liberta”<br />Renato Teixeira cantado por<br /><br />Pena Branca e Xavantinho.<br />De favela em favela<br />Os homens vivem cada vez menos<br />Já que se matam cada vez mais<br />as mulheres vivem cada vez mais<br />Já que quase nunca se matam...<br />Nem mais, nem menos.<br />De favela em favela<br />Quem vive mais conta mais<br />Quem vive pouco não resta<br />Nem o evento da própria morte pra contar.<br />As mulheres que estão vivendo mais,<br />Cada vez mais vão ficando pra contar<br />Das vidas e das mortes e muito mais:<br />Sobre a existência toda que pulsa<br />Pungente no tempo que passa...<br />Do que se nasce pra vida<br />Até pro que se morre pra<br />Uma outra vida... se há.<br />Assim, cada vez mais a memória da favela sobrevive<br />Dum jeito de lembrar feminino.<br />Só que a mulher da favela<br />Não conta a favela com a voz da razão.<br />Pras dizer a verdade<br />Ela diz a favela. Ao contrário<br />Do senso comum, ela sensualiza<br />Sensualizando a favela... tipo<br />O pensamento parece uma coisa à toa<br />Mas como é que a gente voa<br />Quando começa a pensar.<br />Na memória da favela<br />É prestar atenção no que diz<br />A mulher da favela<br />Mas há que prestar atenção no que<br />Ela ‘não diz’ da favela.<br />Ao memorizar a favela,<br />É neste ‘não dizer’ que está<br />A verdadeira memória da favela.<br />A memória mulher da favela<br />Não é a mesma memóriamachofavela...<br />Não é também tesededoutoradofeminista<br />Nem documnetáriopraestaçãounibanco...<br />A memória mulher da favela<br />Tem carne e sangue, tem gosto e desgosto,<br />Tem odor e tem dor, tem idoneidade e felicidade.<br />A memória mulher da favela menstrúa.<br />É fisicamente palpável, cafunesável, visível.<br />A memória mulher da favela<br />Copula, fica molhadinha, goza<br />E concebe... e brota nas cozinhas,<br />Nas portas de rua... e nas rodas de cerveja<br />Se oraliza e se faz verbo<br />Como uma cria de parto normal<br />E não num parto absurdo de<br />Uma pesquisa de campo.<br />A memória mulher da favela<br />Por mais trágica e dolorida<br />Que venha ser a lembrança<br />É sempre uma saudade meiga<br />Que Dolores cantava.<br />A memória mulher da favela<br />Faz a saudade esperança do passado<br />Faz esperança saudade do futuro.<br />A memória mulher da favela<br />É cabeça e coração,<br />Razão e emoção.<br />Mas, em tudo, que tudo por tudo<br />A memóira mulher da favela...<br />É útero!<br />E, em sendo uterina, cada morte<br />Por mais trágica, é só uma virgulinha<br />Dentre milhões de ?s, !s e... s<br />Em sendo uterina,<br />A memória mulher da favela<br />Nunca no final do parágrafo<br />Há ponto final. Há sempre dois pontos:<br />E o que vem depois dos dois pontos?!<br />Ouça o que diz a mulher da favela...<br />Mas há que prestar atenção<br />No “o-não-dizer” da mulher da favela<br />E, ou melhor, :<br /><br />CEM ANOS.<br /><br />Tá visto que em cem anos de favela muito sangue de moprte banhou as terras batidas de becos, ruas e vielas. Mas tá visto também que na favela há muito mais mulher que a gente e muita menina vira moça toda hora, todo dia se vendo meio que assustada e maravilhada pela primeira vez menstruada. Vai daí, que por benção de Mãe Oxum, essa saguinolência toda que jorra na favela por cem anos a fio, filetes e xmbicas, tem sido muito menos da certeza da morte e muito mais da verdade da possibilidade da vida. Daí que, pela graça de Mãe Oxum, nafavela, centenariamente, se sangra ainda muito mais da divina maravilha da criação que dos horrores letais das chacinas.<br /><br />SEM VOCÊ AINDA SOMOS A ESPERA, COM VOCÊ SOMOS A ESPERANÇA. á Pâmella Passos <br /><br /> Sem você, ainda somos flor, com você somos o jardim, Sem você ainda somos arvore, com você somos a floresta, Sem você ainda somos glóbulo, com você somos o sangue, Sem você ainda somos gota, com você somos o oceano. Sem você ainda somos trigo, com você somos o pão partilhado nos fazendo companheiros e companheiras, Sem você ainda somos uva, com você somos vinho que nos nutre, nos fortalece, nos purifica e amplia nossa lucides e faz transparente nossa amizade. Sem você, ainda somos a espera, com você somos a esperança, Sem você, ainda somos lágrima, com você somos o choro de alegria. Sem você, ainda somos dedos, com você somos nossas mãos dadas. Sem você, ainda somos pessoas, com você somos a humanidade. Sem você, ainda somos o afeto, com você somos a ternura revolucionária guevariana. Sem você ainda somos pulso sem algema, com você somos a liberdade conquistada. Sem você, ainda somos negra, com você somos a mãe África e a diáspora que se faz libertação, Sem você ainda somos mulher, com você somos todas as criaturas humanas para além dos sexos, para além dos gêneros... que nos livramos do cativeiro do machismo, do sexismo, que nos oprime, nos desumaniza nos faz escravo do poder patriarcal. Sem você ainda somos calma, com você somos a Paz que a humanidade tanta precisa, Sem você, um homem ainda é um homem, com você um homem é uma criatura nova que, nutrido pelo seu amor, se faz um ser gentil, um homem simplesmente homem, não-macho, não sexista, não dominador. Sem você um homem ainda é um homem, com você um homem é amante, amigo, irmão, sempre contigo... nunca a sua frente, nunca a suas costas, nunca ao seu lado... mas sim sempre com você. Sem você um homem um homem ainda é um homem, pouco mais que uma pessoa solitária, com você um homem é todo amante, companheiro terno, carinhoso, generoso... cumplice cotidiano e perene do seu eu mulher em constante libertação.<br /><br />Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-22270637627506489502019-04-22T12:44:00.003-07:002019-04-22T12:44:41.604-07:00<br />
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;">MAIS FAÇO PRECE, MAIS PRETA ME
APARECE.</span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;">Minha avó dizia quando aparecia algo
ou alguém indesejável de forma inesperada: Quanto mais rezo, mas assombração me
aparece. Faço um contraponto a expressão
dela com Mais faço prece, mais preta me aparece porque falo de mulher negras
que foram aparecendo na minha vida de poeta e afrocomunista não de forma assombrante
mas alumiante, alumbrante, mesmo que varias vezes de forma trágica como a
pequena Jenifer de 11 anos recentemente assassinada. Mas na maioria das vezes
de forma positiva, como foram os casos da deputada Dani Monteiro e da D.
Marinete, mãe da Marielle. Estes poemas estão sendo postados agora novamente e
estaão sendo publicados neste livro. Estes primeiros poemas foram escritos
entre 1976 e 1986 periodo em que eu estive muito próximo do movimento de
mulheres negras ainda nascente. Eles são tudo o que restou de mais de 300
poemas não sua maioria tendo mulheres compas de luta como fonte inspiradora. O
restante dos outros 300 foram queimados com todos os originais com 8 peças de
teatro, 65 contos, mais de 50 cronicas
dentro de um latão antes dele se expulso da favela de acari, três meses após
a morte de minha mãe depois de tentar estuprar minha irmã enquanto eu
trabalhava fora de casa num ciep como animador cultural. Esse epsódio me causou uma amnésia e um esterilidade
poética de quase 20 anos até que o professor Marcos Alvito me encomendasse uns
poemas para o livro </span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;">CEM ANOS DE FAVELA.</span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;">Cada preta que me aparece, depois de
uma prece enquanto eu viver nunca será a ultima, será sempre a penúltima porque
sempre aparece uma depois dela. Algumas são inclusive fictícias mas com a mesma
força de alumbranto como as reais. Algumas das fictícias que me alumiam e
alumbram por exemplo são Arminda e Lucrécia eLucrecia dos contos de Machado de
Assis e Clara dos Anjos de lima Barreto. E uma Euridice Negra, em fase de criação
num conto por mim, que consegue sair do inferno sozinha depois de descobrir que
sabe cantar ainda melhor que Orfeu que jamais precisou do canto dele pra tira-la
do inferno. Ela descobriu, como fala Italo Calvino que, numa cidade inferno é
preciso descobrir o que não é inferno, protege-lo e amplia-lo. Mais ou menos o
que as mulheres negras vem descobrindo... que sabem e podem canta tão bem ou
até melhor que os Orfeus das vidas modernas e do seu próprio canto feminino
fazem corda pra ascenderem do inferno que o machismo e o misogenismo impõem e
suas vidas pra superificie da terra fezendo da terra céu na terra. </span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;">VALA<br clear="none" />
<br clear="none" />
á delma, irmã<br clear="none" />
<br clear="none" />
Vala,<br clear="none" />
manancial de "xistossomose"<br clear="none" />
berço de tifo<br clear="none" />
cova natural de muitos amigos de infância<br clear="none" />
crivados de bala.<br clear="none" />
<br clear="none" />
Rio dos meus barquinhos<br clear="none" />
de elástico e graveto<br clear="none" />
rio das pescarias derã<br clear="none" />
com barbante e miolo de pão.</span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;">SÍNDROME DO DESEMPREGO<br clear="none" />
<br clear="none" />
Saíndo do barraco bem cedo<br clear="none" />
á procura de emprego, levou<br clear="none" />
s força do meu amor, minha fé.<br clear="none" />
No ultimo anuncio marcado,<br clear="none" />
mente e corpo abalados,<br clear="none" />
pela má aparência regeitado,deixou<br clear="none" />
que vissem seus olhos pela fome<br clear="none" />
bem fundo escavao, que vissem<br clear="none" />
o carapinha emaranhando, deixou <br clear="none" />
que vissem o suor fazendo da face negra<br clear="none" />
um ébano vitrificado<br clear="none" />
mas não deixou <br clear="none" />
que lhe vissem o medo<br clear="none" />
comum a quem vive a síndrome do desemprego<br clear="none" />
não deixou que lhe vissem<br clear="none" />
o velho medo porque é da certeza<br clear="none" />
que existe o medo em nós é que<br clear="none" />
o burguês racista faz do humano dócil escravo.<br clear="none" />
um inimigo finalmente vencido<br clear="none" />
depois que de sua humanidade<br clear="none" />
ele mesmo já havia esquecido.<br clear="none" />
<br clear="none" />
Saindo do barraco bem cedo<br clear="none" />
a procura de emprego<br clear="none" />
levou a força o meu amor, minha fé<br clear="none" />
deixou um beijo gostoso Colgate<br clear="none" />
e café saboroso feito mel<br clear="none" />
voltou á noite trazendo<br clear="none" />
um beijo mau gosto de caldo de cana<br clear="none" />
amargoso feito fel.<br clear="none" />
Ah, a insegurança do amanha~<br clear="none" />
de todos, do tudo, seu velho medo<br clear="none" />
desaguado em lágrimas no regaço<br clear="none" />
do meu colo, chorado em segredo,<br clear="none" />
longe do olhar racista do senhor burguês<br clear="none" />
dono e senhor dos empregos<br clear="none" />
ah,esse imenso desejo que s<br clear="none" />
eu velho medo se transforme<br clear="none" />
com o axé de meu amor, minha fé<br clear="none" />
na minha, na sua, na nossa nova e indestrutível<br clear="none" />
coragem libertária do amanhã.</span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;"></span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;"><br clear="none" />
<br clear="none" />
POR UM AMOR MAIOR<br clear="none" />
<br clear="none" />
Hoje tua preta amada<br clear="none" />
não pode fazer amor contigo<br clear="none" />
chegou do trabalho, cansada,<br clear="none" />
explorada pelo olhar tarado<br clear="none" />
do senhor patrão.<br clear="none" />
<br clear="none" />
Hoje tua preta amada<br clear="none" />
não pode fazer amor contigo<br clear="none" />
precisou de tí, mais<br clear="none" />
que pai, irmão ou homem<br clear="none" />
precisou e encontrou-te amigo.<br clear="none" />
<br clear="none" />
Hoje tua preta amada<br clear="none" />
não pode fazer amor contigo.<br clear="none" />
mas te ensinou uma amor, <br clear="none" />
um amor maior que jamais<br clear="none" />
havias aprendido.</span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;">SÓ CRIOULO<br clear="none" />
<br clear="none" />
á liane Galvão.<br clear="none" />
<br clear="none" />
Ipanema...<br clear="none" />
Madureira<br clear="none" />
sou favela.<br clear="none" />
<br clear="none" />
Branco..<br clear="none" />
Negro<br clear="none" />
sou mestiço<br clear="none" />
<br clear="none" />
Operário<br clear="none" />
intelectual<br clear="none" />
sou poeta<br clear="none" />
<br clear="none" />
Machista<br clear="none" />
feminista<br clear="none" />
sou simplesmente<br clear="none" />
amante.<br clear="none" />
<br clear="none" />
Esquerda<br clear="none" />
direita<br clear="none" />
sou só crioulo... só!</span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;"><br clear="none" />
, AMAZONA NEGRA<br clear="none" />
<br clear="none" />
Quando te cavalgo<br clear="none" />
sou amazona selvagem<br clear="none" />
que te tendo, te deixa ser<br clear="none" />
meu carapinha, te lanhando<br clear="none" />
peito e rosto, não é chicote.<br clear="none" />
É do Cometa-Amor<br clear="none" />
que existe em mim<br clear="none" />
negras, reluzentes<br clear="none" />
caldas múltiplas que<br clear="none" />
orvalham meu suor acre-salgado<br clear="none" />
embebendo teus lábios de meu sumo.<br clear="none" />
<br clear="none" />
Suor-bálsamo que lene,<br clear="none" />
das feridas de me amar<br clear="none" />
que se abrem em ti, a dor com o prazer<br clear="none" />
que o me sorver te alucina.<br clear="none" />
<br clear="none" />
Do ir e vir<br clear="none" />
do sexo no sexo<br clear="none" />
nosso ir e vir<br clear="none" />
é nosso ir.<br clear="none" />
Para o êxtase da chegada<br clear="none" />
não somos<br clear="none" />
cavalo e Amazona<br clear="none" />
mas sim um só caminho.<br clear="none" />
Quando erupe o vulcão<br clear="none" />
que é o nosso amor<br clear="none" />
esvai-se por minha garganta<br clear="none" />
peluda em carne viva<br clear="none" />
nossas lavas flamejantes<br clear="none" />
calcinando nossos ventres<br clear="none" />
e nossas coxas.<br clear="none" />
Descansamos do descanso<br clear="none" />
que é fazer amor<br clear="none" />
quando se ama.<br clear="none" />
Na esteira, semi-inconsciente,<br clear="none" />
nem somos neste momento,<br clear="none" />
um e outro, macho e fêmea<br clear="none" />
nem sentimos um e outro<br clear="none" />
homem e mulher...<br clear="none" />
De tanto nos sentirmos<br clear="none" />
sentirmos e sermos<br clear="none" />
Um e outro ao mesmo tempo.<br clear="none" />
Ainda embriagados de orgasmo,<br clear="none" />
ansiados nos esperançamos<br clear="none" />
que esta ao mesmo tempo<br clear="none" />
esta embriaguez divina<br clear="none" />
<br clear="none" /> </span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;">SEJA SEMPRE. </span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;">MARAVILHOSA</span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;"><br clear="none" />
Maravilhosa,você dorme! sua cabeça<br clear="none" />
carapinha pousada sobre<br clear="none" />
meu peito de poeta. Gotas de suór<br clear="none" />
e húmus te molham a vúlva, reluzem<br clear="none" />
em seu púbis feito microestrelas<br clear="none" />
que me embebem os lábios embriagando<br clear="none" />
minha alma quando faço cafuné de língua<br clear="none" />
em seu cólo uterino.<br clear="none" />
Maravilhosa,você dorme! Seu coração pulsa<br clear="none" />
e tamborila feito marimba cálida,<br clear="none" />
sua respiração melodiosa me inspira<br clear="none" />
como um calímba no cío.<br clear="none" />
Marevilhosa,você dorme! Seus seios fartos<br clear="none" />
(de Yabá) roçam o céu de meus sonhos<br clear="none" />
como lilazes cúmes.<br clear="none" />
Maravilhosa,você dorme!<br clear="none" />
Te ver dormir me fascina...<br clear="none" />
És a prova mais verdadeira<br clear="none" />
que Deus existe,embora não<br clear="none" />
acredite Nele.<br clear="none" />
Nem devo temer,venerar ou amar a Ele...<br clear="none" />
Mas sim adorar,amar e desejar<br clear="none" />
descaramente somente as DEUSAS!<br clear="none" />
Maravilhosa,você dorme!<br clear="none" />
A Lua Vem lésbicamente á janela<br clear="none" />
do quarto admirar sua beleza negr<br clear="none" />
a donde os Orixás escolheram<br clear="none" />
<br clear="none" />
a cor para abonitar a noite que<br clear="none" />
era feia por se incolor.<br clear="none" />
Maravilhosa,voce dorme!<br clear="none" />
E me abraça e enlaça em me<br clear="none" />
envolve na paz do seu sono<br clear="none" />
como um menino em seus braços<br clear="none" />
me sinto protegido e acolheido.<br clear="none" />
Sei-me assim nos braços de Mãe Oxum...<br clear="none" />
que me fez então libérto da sína<br clear="none" />
do machismo e a ser como sou agora<br clear="none" />
e daqui pra sempre...irmão, amigo,<br clear="none" />
amante,amado, simplesmente homem!</span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;">O poema que segue foi escrito a
pedido de Christina Vital que prefacia esse livro para um revista do Iser sobre
memória.</span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;">MEMÓRIA FAVELA:
MULHER!<br clear="none" />
“Entre hoje e o amanhã corre um rio<br clear="none" />
Que nos alerta: nas águas de quem oprime não navega quem liberta”<br clear="none" />
Renato Teixeira cantado por<br clear="none" />
<br clear="none" />
Pena Branca e Xavantinho.<br clear="none" />
De favela em favela<br clear="none" />
Os homens vivem cada vez menos<br clear="none" />
Já que se matam cada vez mais<br clear="none" />
as mulheres vivem cada vez mais<br clear="none" />
Já que quase nunca se matam...<br clear="none" />
Nem mais, nem menos.<br clear="none" />
De favela em favela<br clear="none" />
Quem vive mais conta mais<br clear="none" />
Quem vive pouco não resta<br clear="none" />
Nem o evento da própria morte pra contar.<br clear="none" />
As mulheres que estão vivendo mais,<br clear="none" />
Cada vez mais vão ficando pra contar<br clear="none" />
Das vidas e das mortes e muito mais:<br clear="none" />
Sobre a existência toda que pulsa<br clear="none" />
Pungente no tempo que passa...<br clear="none" />
Do que se nasce pra vida<br clear="none" />
Até pro que se morre pra<br clear="none" />
Uma outra vida... se há.<br clear="none" />
Assim, cada vez mais a memória da favela sobrevive<br clear="none" />
Dum jeito de lembrar feminino.<br clear="none" />
Só que a mulher da favela<br clear="none" />
Não conta a favela com a voz da razão.<br clear="none" />
Pras dizer a verdade<br clear="none" />
Ela diz a favela. Ao contrário<br clear="none" />
Do senso comum, ela sensualiza<br clear="none" />
Sensualizando a favela... tipo<br clear="none" />
O pensamento parece uma coisa à toa<br clear="none" />
Mas como é que a gente voa<br clear="none" />
Quando começa a pensar.<br clear="none" />
Na memória da favela<br clear="none" />
É prestar atenção no que diz<br clear="none" />
A mulher da favela<br clear="none" />
Mas há que prestar atenção no que<br clear="none" />
Ela ‘não diz’ da favela.<br clear="none" />
Ao memorizar a favela,<br clear="none" />
É neste ‘não dizer’ que está<br clear="none" />
A verdadeira memória da favela.<br clear="none" />
A memória mulher da favela<br clear="none" />
Não é a mesma memóriamachofavela...<br clear="none" />
Não é também tesededoutoradofeminista<br clear="none" />
Nem documnetáriopraestaçãounibanco...<br clear="none" />
A memória mulher da favela<br clear="none" />
Tem carne e sangue, tem gosto e desgosto,<br clear="none" />
Tem odor e tem dor, tem idoneidade e felicidade.<br clear="none" />
A memória mulher da favela menstrúa.<br clear="none" />
É fisicamente palpável, cafunesável, visível.<br clear="none" />
A memória mulher da favela<br clear="none" />
Copula, fica molhadinha, goza<br clear="none" />
E concebe... e brota nas cozinhas,<br clear="none" />
Nas portas de rua... e nas rodas de cerveja<br clear="none" />
Se oraliza e se faz verbo<br clear="none" />
Como uma cria de parto normal<br clear="none" />
E não num parto absurdo de<br clear="none" />
Uma pesquisa de campo.<br clear="none" />
A memória mulher da favela<br clear="none" />
Por mais trágica e dolorida<br clear="none" />
Que venha ser a lembrança<br clear="none" />
É sempre uma saudade meiga<br clear="none" />
Que Dolores cantava.<br clear="none" />
A memória mulher da favela<br clear="none" />
Faz a saudade esperança do passado<br clear="none" />
Faz esperança saudade do futuro.<br clear="none" />
A memória mulher da favela<br clear="none" />
É cabeça e coração,<br clear="none" />
Razão e emoção.<br clear="none" />
Mas, em tudo, que tudo por tudo<br clear="none" />
A memóira mulher da favela...<br clear="none" />
É útero!<br clear="none" />
E, em sendo uterina, cada morte<br clear="none" />
Por mais trágica, é só uma virgulinha<br clear="none" />
Dentre milhões de ?s, !s e... s<br clear="none" />
Em sendo uterina,<br clear="none" />
A memória mulher da favela<br clear="none" />
Nunca no final do parágrafo<br clear="none" />
Há ponto final. Há sempre dois pontos:<br clear="none" />
E o que vem depois dos dois pontos?!<br clear="none" />
Ouça o que diz a mulher da favela...<br clear="none" />
Mas há que prestar atenção<br clear="none" />
No “o-não-dizer” da mulher da favela<br clear="none" />
E, ou melhor, :</span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;">CEM ANOS. </span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<br /></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;">Tá
visto que em cem anos de
favela muito sangue de moprte banhou
as
terras batidas de becos, ruas e
vielas.
Mas tá visto também que na favela
há
muito mais mulher que a gente
e
muita menina vira moça toda hora,
todo
dia se
vendo meio que assustada
e
maravilhada pela primeira vez menstruada.
Vai
daí, que por benção de Mãe Oxum,
essa
saguinolência toda que
jorra na
favela
por cem anos a fio, filetes e xmbicas,
tem
sido muito menos da certeza da morte
e
muito mais da verdade da possibilidade da
vida.
Daí que, pela graça de Mãe Oxum,
nafavela,
centenariamente,
se sangra ainda muito mais
da
divina maravilha da criação
que
dos horrores letais das chacinas. </span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;">SEM VOCÊ AINDA
SOMOS A ESPERA, COM VOCÊ SOMOS A ESPERANÇA. á Pâmella Passos </span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;">
Sem você,
ainda somos flor, com você somos o
jardim,
Sem você ainda somos arvore, com
você somos a floresta,
Sem
você ainda somos glóbulo, com você somos o sangue,
Sem
você ainda somos gota, com você somos o oceano.
Sem você ainda somos trigo, com você
somos o
pão partilhado nos fazendo
companheiros e companheiras,
Sem
você ainda somos uva, com você somos vinho que nos
nutre, nos fortalece, nos
purifica e amplia nossa
lucides
e
faz transparente nossa amizade.
Sem
você, ainda somos a espera, com você somos a esperança,
Sem
você, ainda somos lágrima, com você somos o choro de alegria.
Sem você,
ainda somos dedos, com você somos nossas mãos dadas.
Sem você,
ainda somos pessoas, com você somos a humanidade.
Sem você, ainda somos o afeto,
com você
somos a ternura revolucionária guevariana.
Sem
você ainda somos pulso sem algema, com você somos a liberdade
conquistada. Sem
você, ainda somos negra, com você somos a mãe África e a diáspora que se
faz
libertação,
Sem
você ainda somos mulher,
com você somos todas as criaturas humanas
para além dos sexos,
para além dos
gêneros...
que nos livramos do cativeiro do machismo, do sexismo, que nos oprime,
nos desumaniza nos
faz escravo do poder patriarcal.
Sem
você ainda somos calma, com você somos a
Paz
que a humanidade tanta precisa,
Sem
você, um homem ainda é um homem, com você um
homem é uma criatura nova
que, nutrido pelo seu
amor, se faz um ser gentil,
um homem simplesmente homem, não-macho, não
sexista, não dominador. Sem você um homem ainda é um
homem, com você
um homem é amante, amigo, irmão, sempre
contigo... nunca a sua frente,
nunca
a suas costas,
nunca ao seu lado... mas sim sempre com
você. Sem você um homem um homem ainda é
um homem, pouco
mais que uma pessoa solitária, com você um homem é todo amante,
companheiro terno, carinhoso,
generoso... cumplice cotidiano e perene do seu
eu mulher em
constante libertação. </span></div>
<div class="yiv6246442190ydp6a2248c6yiv9700332571ydpba8563cfMsoNormal" style="background: #EEE9DD; border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<br /></div>
Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-91218444607285955732019-04-22T12:36:00.003-07:002019-04-22T12:36:31.971-07:00UMA MADRINHA OU PADRINHO PRA SE ORGULHAR DE RAY...UMA MADRINHA OU PADRINHO PRA SE ORGULHAR DE RAY...<br /><br />Ray, tem 14 aninhos, é negra, baixinha, alegre brincalhona joga futebol como pouca gente que já ví na vida. É corajosa, atrevida e questionadora. Adora dar caneta e lençol em galalaus de 17 quase duas vezes mais altos que ela, depois se joga no chão e rolar de rir da cara deles. E deles tem o respeito e admiração a ponto de ser a primeira escolhida na escolha dos times depois do par ou impar.<br />Ela esta precisando urgente de um elecardiograma, um laudo médico, camisa, calção meiões e chuteira pra ir pro vasco ou pro flamengo, onde com certeza será aprovada, federada fará enorme sucesso e motivo de orgulho pra quem puder amadrinha-la ou apadrinha-la pra ajudando-a a conseguir esses recursos agora e se orgulharem depois de te-la fortalecido agora enquanto ela é apenas uma anonima menininha negra encantadora e feliz apesar da vida dificil que vive com a familia no Complexo de Favelas Acari Amarelinho.<br /><br />Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-3141783334391970222019-04-22T12:35:00.001-07:002019-04-22T12:35:06.471-07:00OITENTA TIROS, SE NÃO FOSSE ENGANO:<br />
OITENTA TIROS,<br />SE NÃO FOSSE ENGANO:<br />
<br />
<br />Cinco elementos armados teriam sido executados. Teria se caracterizado a operaço abate. Ai tudo estaria certo, certo?<br />Só que não: Muito provavelmente, pelo menos alguns dos soldados que derem os oitenta tiros seriam baleados e mortos pelos ocupantes do carro, que não sairiam gritando e pedindo socorro, mas disparando em resposta, muito provavelmente com fuzis AKA 47, maais fáceis de manejar que os parafals 762 que os soldados portavam.<br />Os soldados deram oitenta tiros, num carro com cinco ocupantes e só acertaram um mortalmente. Se fossem ocupantes armados os sobreviventes que não foram feridos saíriam atirando pra matar, menos pra salvar suas vidas mais para cumprir a missão de “soldados”, seguranças de um “cabeção” que muito provavelmente estaria dentro do carro, ou melhor de um dos carros, já que nenhum cabeça atravessa assim de um lado pro outro só com três ou quatro “coberturas.”<br />Mas, por outro lado se não fosse engano, e houvesse elementos armados dentro do carro, dificilmente teria ocorrido o evento:<br />Primeiro porque, nenhum bonde do muquiço atravessaria a área se monitorar antes por rádio, e nenhum bonde da pedreira ou do chapadão faria o mesmo.<br />E quando fazem, nunca é num carro só, pelo dois ou três com ocupantes fortemente armados e dispostos e bem preparados pra qualquer confronto, seja com facção rival, seja com blitz de policiais, exercito, como foi.<br />Se não fosse engano, o GRANDE ENGANO, seria, e é do Comando, ou dos subcomandos que botaram aquela blitz ali, com soldados despreparados pondo em risco a vida de terceiros, e a deles mesmos. Se não fosse engano. O grande engano seria, e é, já que o suposto carro suspeito já havia trocado tiros, ou participado de algum entrevero na mesma área militar, se uma anotação da placa, sem nenhum monitoramento de radar, que desse aos soldados na barreira, condições de não cometer o engano que diz que cometeram.<br />Mas o maior de todos enganos, agora é tentar isolar, blindar as forças armadas, o exercito culpando os soldados, pelo engano trágico cometido, com perda de vida humana, civil ou militar.<br />Essa blindagem, esse isolamento, parte tanto de parte da mídia impressa falada, como os ancoras da bandnews a da CBN como de altas autoridades, como o Ministro da Defesa e outros chefes civis e militares.<br />Não basta criminalizar, punir, expulsar os soldadinhos, despreparados, mostrar que justiça militar e rápida e rigorosa, pra manter limpa a imagem das forças armadas.<br />E quem “despreparou” os despreparados? E quem ordenou botar na rua jovens soldados despreparados?<br />É mais fácil punir o crime dos comandados, do que punir seus superiores por crime de co-mando?<br />Só estou começando tá Governador Witzel?<br />NÃO É SÓ PELOS 80 TIROS!...<br />Também é pela invasão do Alemão em 2010 e os centenas de mortos durante tal ocupação, é pela Ocupação da Maré e dos centenas de mortos lá, é pelos mortos em Niteroi, pelo Abate covarde de Vitinho morto com tiros nas costas por fuzileiros navais em Acari...<br />Tanto o catador de reciclados, como o músico executados pelo exercito em Guadalupe acreditavam nas forças armadas e no exercito. Tanto que o musico ficou perplexo quando os soldados começam a atirar e o catador de reciclados pediu ajuda aos soldados, pra socorrer os feridos, mesmo depois de ve-los atirar nos carros e confiou nos soldados, tanto que virou as costas pra socorrer as vitimas crendo que os soldados iriam ajudar e não atirar nele pelas costas tres vez. Dias antes o catador de reciclados dissera a sua mãe que iria construir seu barraco perto do quartel porque se sentiria mais seguro. Milhões de brasileiras e brasileiros ao votar em Bolsonaro, votaram na verdade nas forças armadas crendo que elas protegeriam o povo brasileiro. Quantos desses milhões começam a se sentir traidos pelas forças armadas, pelo exercito, pelo Bolsonaro? Quantos brasileiros e brasileira pretos e pretas pobres e suas familias terão que ser executados de forma covarde pelas costas, o dentro de um carro para que os outros entendam que as Forças Armadas servem as elites e são inimigas do povo brasileiro e o odeia a ponto de fria e debochadamente atirar em gente do povo pelas costas?<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-77486574951805781942018-12-28T09:13:00.003-08:002018-12-28T09:13:47.467-08:00QUNATO MAIS PRECE, MAIS PRETA ME APARECE.<span style="background-color: #f3f3f3;"><span></span></span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span></i>
<i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"> Pensei que Amaya fosse a ultima mulher preta afrolatina que tivesse aparecido na minha vida de poeta, velho preto, velho. Mas, não é. Quanto mais prece, mais preta afrolatina me aparece.</span></span></i></span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span></i>
<i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"> Minha vó Guiomar dizia: quanto mais rezo mais assombração me aparece!</span></span></i></span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;"><br /></span>
<span style="background-color: #f3f3f3;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"> Mas, essas mulheres afrolatinas não aparecem na minha vida como assombração, que dá medo assombra e assusta. </span></span></i></span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;"><br /></span>
<span style="background-color: #f3f3f3;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Essas mulheres afrolatinas na minha vida, não aparecem como assombração, não!!!</span></span></i></span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Aparecem como Alumiação. Uma alumiação que ´dá medo, de tanto que me agracia e encanta!</span></span></i></span><br />
<span style="background-color: blue;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span></i></span>
<span style="background-color: blue;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Desde que Amaya, me alumiou lá da Nicarágua, na verdade, já me alumiaram: Ana Karol, a meninha desenhista da rua de lama, Arminda, do conto Pai contra Mãe, do Machado de Assis, Lucrécia, do conto o Caso da Vara, de Machado de Assis, Denise,treinadora de futebol do Complexo de Acari e agora Danny Ramírez Torrez, integrante do Grupo de Trabalho Étnico da Comissão da Verdade da Colombia. Ela deu uma entrevista ao jornal o Globo, neste dia 26 de Dezembro de 2018. Ela é ativista afrocolombiana.</span></span></i></span>Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-34522030641487064132018-12-17T05:01:00.002-08:002018-12-17T05:01:47.345-08:00DE VOLTA AO BLOG.PRA SEMPRE!<span style="font-size: small;"><br /></span>
COMO DIS SALGADO MARANHÃO:<br />
AO FIM DE TUDO, VOLTA-SE A NADO!Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-28497130942463967822018-06-05T05:06:00.003-07:002018-06-05T05:06:28.188-07:00AINDA TEMOS DUBLIN, O LIVRO<br />
V<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Broadway; font-size: 48.0pt; line-height: 115%;">AINDA TEMOS </span><span style="font-family: Broadway; font-size: 72.0pt; line-height: 115%;">DUBLIN<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Forte; font-size: 36.0pt; line-height: 115%;">DELEY DEACARI<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">(EDIÇÃO VIRTUAL
GRATUITA DO AUTOR)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; color: #26282a; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 28.0pt;">CUIDAÇÕES AMIGAS</span><span style="color: #26282a; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 28.0pt;"><br />
<br />
</span><span style="background: white; color: #26282a; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt;">á Carol Maíra</span><span style="color: #26282a; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 28.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #26282a; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 28.0pt;"><br />
<span style="background: white;">Cuidando d’ocê</span><br />
<span style="background: white;">Eu cuido d’eu!</span><br />
<span style="background: white;">Oce deix’eu</span><br />
<span style="background: white;">Cuida d’ocê</span><br />
<span style="background: white;">É seu jeito</span><br />
<span style="background: white;">De cuida d’eu!</span><br />
</span><span style="color: #26282a; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt;"><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><span style="background: white;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">AINDA TEMOS DUBLIN<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Dane-se se a burguesia do mundo faz da ONU em Nova
York pra oprimir os povos do mundo e ainda tem Paris pra se divertirem e
gastarem o produto da pilhagem de nossas riquezas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Ainda temos Dublin onde os povos oprimidos e
pilhados do mundo tem sua OPU, Organização dos Povos Unidos para se unirem pra
luta e resistir a opressão e a pilhagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Se nossos opressores tem Nova York e París os
oprimidos ainda tem Dublin.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Comprei os quatro jornais que são publicados no Rio,
neste Domingo. Somando os quatro dá umas cem paginas. Vou direto a noticias
internacionais. Matérias e textos a maioria sobre o casamento do playboy
parasita real, sobre Venezuela,sobre matança de estudantes nos EUA, Palestina,
mas... sobre o Congo, nada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">De passagem li no facebook alguma coisa sobre
massacres lá, mas nos jornais, pelo menos do Rio, nada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">É como me disse um velho amigo Itamar Freitas,e editor
do jornal O Povo na mesma época que morreu do casamento da Princeza <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dayane e da morte de 350 nigerianos numa
explosão de um duto de petróleo: É uma por 500 Deley. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Pra noticia de uma celebridade européia só é preciso
500 africanos mortos pra ganhar uma nota de pé de pagina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Quando a gente conhece uma pessoa, convive com ela
por alguns minutos, um bom convívio, passa a ter uma simpatia por ela. Se esse
bom convívio dura quatro dias e a pessoa é uma combatente pela liberdade e pela
justiça como você a simpatia passa a ser afeição e irmandade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">E mesmo depois de distante de você ela continuar
fazendo parte de sua vida alvo de sua afeição e suas lembranças preocupações
constantes, e vez por outra você tem vontade de dizer alguma coisa a ela, uma
palavra de solidariedade revolucionária participativa e acolhedora. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Principalmente quando tem noticia de que a luta dela
se torna mais difícil por conta da piora das coisas em seu pais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Vi no facebook a postagem de uma irmãzinha de luta e
amizade que esta em Dublin. Uma foto com uma mulhereda de luta, no meio delas
uma carinha negra, muito possivelmente de uma companheira africana. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Emocionado pela foto, pensei comigo mesmo: Ainda
temos Dublin. Gostaria de dizer, a Claudia Chuma, irmazinha da Republica
Democrática do Congo, que esteve em Dublin, na Plataforma da FrontLine, em
Outubro de 2017, querida companheirinha, coragem, ainda temos Dublin.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Se nos oprimem nos massacram nos ameaçam, em Acari
ou em Kinshasa, ainda temos Dublin onde nos reunir para nos aquilombar
globalmente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Cheguei em Dublin já sentindo saudades da favela. O
atraso de um dia por causa do furacão que se abateu sobre a Irlanda diminuiu
ainda mais um pouca a vontade de ir. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Ter viajado 11 horas entre dois obreiros de uma
caravana da iurj que ia pra Israel foi uma chatura e assim que consegui mexer
no cineminha fui vendo filmes até Amisterdan.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Nem mesmo a inusitada saudação a Mariguela feita por
uma agente federal holandês me empolgou. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Tive a sorte de ir <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>na janela do avião de Amisterdan para Dublin.
Pena que tava muito nublado e não deu pra ver a Inglaterra de cima. Imaginava
poder jogar ao menos um saquinho de bosta no palácio real.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O caminho de ônibus até o hotel foi mágico. Fiquei
procurando a Dublin favela que Mike Davis fala no livro Planeta Favela. Fiquei
na espectativa de que em algum momento ela brotaria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">No hotel, depois de uma descansada, fui para um
restaurante onde a maioria dos participantes estavam jantando. Conheci Rafael e
Ivi, pessoas que só conhecia de e-mail e que depois passei a amar como se
fossem acarienses.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">2<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Fiquei na numa mesa com Ivi e alguns latino
americanos e com Luaty, repper angolano. De saída não gostei do prato nacional
da Irlanda. Um frango com batata ruim que passei a amar e gostar como que gosta
de chá de boldo, amargo mas necessário pra curar o fígado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Passei a amar e gostar do frango com batata irlandês
depois que Rafael me contou que foram eles que curaram o povo irlandês da fome
no séc. 19.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Na volta ao hotel li e reli minha comunicação. Via
se cabia no tempo de cinco minutos exigido pela organização do evento, se não
havia colocações radicais demais que pudesse criar algum constrangimento a a
frontline.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Minha preocupação era com posições políticas mais
radicais. Sabia que a frontiline recebia contribuições de empresários
capitalistas europeus. Reli o texto e conclui que não havia nada que pudesse
constranger a coordenação da frontiline.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Fiquei bolado comigo mesmo quando a companheirinha vietnamita fez sua
comunicação radical e desceu do púlpito gritando abaixo o capitalismo, sendo
entusiasticamente aplaudida inclusive pelos empresários capitalistas presentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.0pt; mso-outline-level: 3;">
<a href="http://deleydeacari.blogspot.com.br/2018/03/depois-de-dublin-2018.html"><span style="color: #888888; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">DEPOIS DE DUBLIN-2018</span></a><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
Dublin, por muito tempo, não esteve na minha
lista de cidade estrangeiras que eu gostaria de conhecer. Belfast, Guernica e
Barcelona eram as "unicas" cidades europeias. Sempre quis conhecer
Luanda e Cabinda, em Angola, Cabinda por ser muito provavelmente terra natal de
meus antepassados recentes.<br />
<br />
Dublin entrou na minha lista de cidade visitaveis, quando uma breve sitação no
livro "planeta favela" de maki davis. A idéia de que teria havido uma
cidade-favela na Europa no inicio do século 19, numa época em que os crioulos e
africanos escravizados nas ámericas ainda viviam nas senzalas e no quilombos,
me fascinou e me fez amar Dublin me despertou um amor a primeira vista por Dublin
se nunca te-la visto ou estado nela.<br />
<br />
Quando estive em Dublin para a Plataforma da Frontline esperei poder ver e sentir
ao menos uma alminha da Dublin cidade-favela que ergui com tábuas de carinho no
meu coração. Se há/ deve haver. não houve tempo pra ver, mas senti na cara de
cada dublinense algo de favelado dublinense de 1805,1830.<br />
<br />
Favelado sabe outro favelado em qualquer lugar do mundo.<br />
Em qualquer lugar do mundo nenhum favelado é o outro.<br />
Todo favelado é um eu, por isso em Dublin me senti<br />
um eu favelado dublinense.<br />
Todos dublinenses que via eram eu<br />
e eu era todo que via, embora ele<br />
sequer me visse.<br />
Ainda hoje sinto que e sei que todo<br />
dublinense e eu,SOMOS!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Já sabia que ia ter gente defensora de direitos humanos das mais
variadas formas de atuação e com certeza a maioria que já havia sofrido algum
tipo de ameaça a sua vida. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Talvez influenciado pela releitura do Planeta Favela fui imaginando que
poderia encontrar um bom numero de militantes favelados como eu. Poe causa do
furacão que se abateu sobre a Irlanda dois antes a maioria dos vôos dos
participantes atrasou muito e chegamos já com o evento começado em um dia.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Já cheguei no hotel,na parte da tarde, dei
uma descansada. Quando acordei no lá pelas 20h recebi um comunicado de Ivi de
que estavam todos num restaurante jantando. Desci do taxi e fui recebido na
porta por Ivi e por Rafael. Lá dentro pensei comigo mesmo que aquele lugar
nunca tivera antes tanta gente preta reunida. Como na minha imaginação
acreditava que ia encontrar na plataforma muitos favelados do mundo, imaginei
que quase toda gente ali, era preta, porque as imagina faveladas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Havia viajado 11 horas expremido ente dois obreiros de uma delegação de
vinte e cinco envagélicos que iam pra Israel. Eram de vários estados do Brasil
mas mesmos falando português se comunicavam meio que num dialeto neopencostálico.
Principalmente depois que consegui achar um vídeo de artistas africanos
cantando e suas línguas tradicionais. No inicio os evangélicos ficaram meio
perplexos com tantas linguagens e canções demoníacas mas depois resolveram não
falar mais comigo de nenhuma maneira. Só se comunicavam entre si num dialeto
pictografado. Pra fui do rio a Amsterdan ouvindo hebreu. No segundo dia da
plataforma, meu primeiro dia nela. Me <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>meti
a gato mestre em fazer um comentário depois de uma mesa de debates logo de
manhã. Fui interrompido antes de terminar a primeira frase pela coordenadora da
mesa me disse em espanhol: “senhor, o português não é língua prevista no
evento. Fiquei mudo sem saber o que fazer e dizer. Fui socorrido por atila
roque que traduziu o que eu falara. Depois sentei-me acabrunhado e bolado. Mais
pra envergonhado pelo mico. Me afundei na cadeira, com os olhos pregados na
programação escrita em inglês. Levantei a cabeça e percebi que ninguém estava
olhando pra mim. Olhei aquário onde estavam os tradutores simultâneos...
inglês, Frances, espanhol, árabe e... russo. Porque russo carai? Só tinha uma
russa no evento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Alguém me ajudou a focalizar o radinho no ponto da tradução em espanhol.
O tradutor falava tão rápido quanto as pessoas na mesa. E eu não entendia quase
nada. Depois mudou o tradutor e ficou um pouco mais fácil. Apenas um pouco.
Mesmo assim deu pra levar. Nos dias que se seguiram ouvi pelo menos uma
cinqüenta 60 comunicações pessoais de defensoras e defensores a maioria
mulheres. A maioria não brancas. Mesmo as orientais tinham a pele tostadinha
como pele de quem passa maior parte do tempo no sol.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Se tínhamos em comum sermos todas e todos ali, ou a ampla maioria
defensores e defensoras de direitos humanos em situação de risco de morte, dai
uma simpatia e uma cumplicidade natural,aos poucos foi caindo na real que
diante de tanta diversidade de pessoas e países e variedade de atuação haveria
também muitas diversidades de idéias, posições políticas, filosofia e
concepções religiosas quantos éramos ali presente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Entender pouco o que cada um dizia me ajudou até hoje manter a simpatia,
a cumplicidade e a solidariedade revolucionária afetiva com todas e todas, com
algumas mais por serem mulheres, mais muito com todas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não foi a primeira vez que participei de um grande evento com muitas
línguas diferentes tipo torre de babel. Em 1984 havia participado do Kizomba. E
no encontro com 30 escritores africanos e afrolatinos, pelo menos uns 10 de
línguas <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>portuguesa o pau quebrou feio em
decorrência das grandes divergências políticas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em 1992 participei da Eco 92, mas eu e Antonio Krisna passamos mais
tempo nos divertindo na tenda dos gringos perguntado onde podia se comer mico
leão dourado na brasa, que fazendo coisas sérias. Só quando fui arrastado pelo
cacique Raoni e o Pagé Paiakan pra o encontro de povos indígenas na oca em
Jacarepaguá que ouvi uma diversidade de línguas tentando prestar atenção e
levar a serio. O que mais me encafifou foi ouvir indios japoneses.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Depois foi no Forum Mundial de Porto Alegre. O portoalegrês é tão
difícil quanto o cearês mas dava pra entender. Não tive muito contato com
gringos de verdade, fora os gaúchos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Passei mais tempo com mães e famílias de vitima de violência do Rio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Embora falássemos o mesmo dialeto favelês, foi ai que percebi o quanto
falávamos línguas diferentes, divergentes, e o que tínhamos em comum éramos ser
favelados e vitimas de violência. Cinco dias de convivência com mais de
quarenta faveladas e favelados<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de
diversas favelas, no ônibus, no alojamento, no fórum ,fora o suficientes para
acabar com qualquer romantismo ingênuo quanto a unidade entre mães de vitimas de
violência, a idéia de que só por serem mães de vitimas de violência, são
heroínas e santas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">São só criaturas humanas martirizadas e sofridas. Em acari aprendi a
conviver e atender mães que tem os filhos assassinados por policiais
incentivados por governantes e políticos de direita mas que fazem campanha pra elege-los
em troca de 50 reais por semana como cabos eleitorais. Aprendi a conviver com
mães que dizem que não importaria se seus filhos fossem bandidos. E mesmo
sabendo que foram executados friamente não faria nada pra punir os assassinos
de seus filhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Talvez se eu falasse inglês ou mesmo espanhol teria mais dialogo com os
participantes da plataforma já que com execeção de um trans curda que não
falava nem árabe, todas as pessoas falavam inglês ou ao menos espanhol.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não sei vou voltar a uma outro plataforma da frontline. Talvez outros
defensores ameaçados vão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas acho que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a plataforma
bienal<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da frontiline é o único lugar do
mundo em que pessoas das diversas etnias, nacionalidades, posições políticas,
religiosas, que tem em comum terem a vida em em risco por defenderem o direito
humanos a vida podem se encontrar, se solidarizar, se fortalecer, se acumpliciar
através da gentileza, do amor mutuo individual e coletivo, compartilhar da
experiência singular de quanto mais temos a vida em risco mais temos vontade de
viver, de permanecer vivos e vivas, ao menos pra nos encontrar de novo em
Dublin, a capital mundial das defensoras e defensores de dos direitos humanos
no planeta, e constatarmos que cada um ainda esta viva e vivo, que ainda temos
a vida e a vontade de não nos deixar matar, de termos a vida de cada um e de
todas e todos pra compartilhas pelo menos uma vez a cada dois anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E nos agarrar a esperança de novos encontros futuros já que ter
esperança é ter saudade do futuro. Assim como a saudade do encontro passado é
como ter esperança do passado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por isso, enquanto temos saudade como esperança do passado e esperança
como saudade do futuro, AINDA TEMOS DUBLIN! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #EEE9DD; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">VÊ SE FICA VIVO,TÁ?<br />
<br />
Deixo a chave com a dona da kitinete e caminho até a praia para o ponto das
vans que vão pra Irajá. Enquanto a van não chega fico vendo a estátua de
Yemanjá erguida num rochedo no meio do mar que o pastor joani rip palharin
culpa pela poluição da praia de Sepetiba.<br />
<br />
A van chega, entro e antes de chegar em Santa Cruz já estou cuxilando.<br />
Acordo já quase em honorio Gurgel. Já na ponte Coelho Neto ouço foguetório.
Ligo pra minha escuta e ela confirma, caveirão do 41º bpm invade a favela.
Salto no ponto do IAPC e encontro S. uma das mais antigas e maravilhosas
professoras do Ciep Adão Pereira Nunes. Ganho um grande e carinhoso abraço e um
parabéns atrasado. Falo que tem policia na favela . Ela dá um suspiro
desconsolado e enfadado que já deu milhares de vezes nos mais ou menos 20 anos
em que trabalha no ciep quando há operações policiais.Nos dois últimos anos
duas alunas de sua escola foram baleadas durante operações policiais.<br />
<br />
Vou na banca de jornais do IAPC e compro os três principais jornais da cidade:
o globo, o dia e o extra. os três dão destaque a três negros por diversas
razões: Naldo Benni por ter agredido a mulher, Rogério 157 por ter sido preso e
Vinicius JR. por se a esperança da urubuzada de ser campeã da sulamericana.<br />
<br />
Sento num banco, dou uma folheada no jornais vou pro ponto das vans e pego uma
de volta pra Sepetiba cumprir meu protocolo de segurança.<br />
<br />
Ligo o rádio do celular ponho o fone no ouvido e vou ouvindo Males Davis e
choro. Deixo vento na janela bater em meus olhos para os outros passageiros não
verem que estou chorando, as lagrimas descendo... se alguém perguntar digo que
é cisco que o vento pôs nos meus olhos e grudou na catarata.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Vê se fica viva,ta?
É o que um penso calado e forma de oração cada vez que sei que das uma meninas
do JG, da Anistia, do Coletivo Fala Acari, que a Ivi da Frontline vão em missão
pra um território de risco de conflito. Quando tenho que ir em casa e vejo
minha irmã e volto deixando ela lá.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Vê se fica viva foi
o primeiro titulo pensado para esse livro. Que na verdade seria vê se fica
vivo,ta? Ouvi isso de uma menina negra em Acari quando seu namorado passou<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>armado nós fazendo a escolta um chefe do trafico
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de Acari. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Vê se fica vivo, é
um pensamento e forma e oração de cada mulher que tem um homem na sua vida na
favela, seja marido, filho irmão, pai que sai pra trabalhar dentro ou fora da
favela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Como cada vez mais <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mulheres tem sido mortas ou baleadas dentro da
favela ou quando saem pra fazer alguma coisa... trabalhar, ir pra escola, ir
pro baile, Vê Fica Viva,ta? É um pensamento oração de mulheres e homens da suas
vidas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E é o pensamento
oração de famílias de pessoas como Suely que não mora na favela, mas vem aqui
trabalhar, dar aula... e passa maior parte do dia aqui, vivendo os mesmos risco
que nós as favela. Mais tempo até que com as famílias em casa.<br />
<br />
</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt;">BOPE
S.A. MUITO MAIS SÉRIO DO QUE SE PENSA!<br />
<br />
Tem gente indignada na time line por causa do curso de verão off bope da pela
organização para militar do Major Bráz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt;"><br />
Major brás é o mesmo, aquele porta voz de pm que portando a voz da pm
justificou que, se há 20 pms que só eles, num contigente de cerca de 45 mil
soldados, tem 370<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>poucos
auto-de-resistência é porque há mercado pra eles.<br />
<br />
Elementar, não Major Brás: se há mercado, porque não oferecer cursinhos a quem
estiver interessado/a num lucrativo e promissor mercado da segurança privada militarizada?
Venha voce e traga sua familia, viver e aprender a emocionante aventura de ser
um caveira e ainda ganhar um dinheiro com isso. Afinal só o Estados Unidos tem
cerca de 60 empresas mercenárias que contratam 20% dos militares no mundo
árabe.<br />
<br />
No Brasil, enquanto as forças armadas, as pms de todos os 27 estados não tem
mais de 950 mil homens, a segurança privada tem 2.5 milhões.<br />
<br />
Mas gente que é militante de esquerda, meno e mais radical, não basta só
demonstrar indignação na time line. O BOPE .S.A. do Major Brás não divulgou
todo conteúdo do curso, mas com certeza sua alunada vai aprender como reprimir
protestos, identificar favelados terroristas,<br />
<br />
Num tá na hora da gente levantar as orêias, como faz todo jégue inteligente é
preparar nosso coice auto-defesa prévia?<br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt;">6 de Dezembro de
2017 ·<br />
<br />
</span><span style="color: #666666; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EXÉRCITO REVISTA MULHER EM PÚBLICO E BEBE CHORA DE TERROR NO CARINHO.
AGORA ME DIGA: QUAL O TAMANHO DA SUA DIGNIDADE QUE EU TE DIGO O TAMANHO DA SUA
HUMANIDADE...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Aos 63 anos eu já
vivi e ví quase de tudo ness vida.<br />
Mas não me lembro de ter visto algo que me revoltasse e mexesse mais com a
minha dignidade que a grande fotografia de quase meia pagina no Globo de hoje.
uma jovem negra sendo revistada e apalpada na linha da cintura por soldado das
forças armadas em praça pública. Atrás, uma menina negra, menor de idade,
porque botaram um cristal, nos seus olhos aguarda pra ser possivelmente revista
também. no chão dentro de um carrinho, um bebe negro, não deve ter mais de dois
anos, chora aterrorizado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O que esse bebe vai
pensar pra sempre da policia,das forças armadas não sei, espero que pense e
odeie da forma mais forte possível da mesma força e forma que ama e teme a
mulher que ve sendo constrangida e esculachada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Gente: qual o
tamanho da minha da sua da nossa dignidade? ela mede o tamanho da minha, da
sua, da nossa humanidade!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E não temos o
direito de nos dizer dignos e humanos se nos calarmos, não fazermos nada diante
de tão cruel e sinistra indignidade e desumanidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Essa, moça, jovem
negra, simples moradora da CDD, tem todo direito de deixar pra lá, ficar com
medo de correr atrás pelo constrangimento e vexame publico que sofreu, pode até
achar normal, ou não achar normal e temer represaria<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É UMA MULHR
NEGRA,GENTE,E UM BEBE NEGRO,PORRA!<br />
O QUE QUE NÓS PALADINOS E PALADINOS DA DEMOCRACIA, DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS
HUMANOS VAMOS FAZER? PORQUE VAMOS FAZERRRR.NÉ?.<o:p></o:p></span></div>
<h5 style="background: white; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: middle;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></h5>
<div class="MsoNormal" style="background: white; vertical-align: middle;">
<a href="https://www.facebook.com/vanderleydacunha.vanderley/posts/1540329079356383"><span class="timestampcontent"><span style="color: #90949c; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; text-decoration: none; text-underline: none;">8/2 às 7:15</span></span></a><span style="color: #90949c; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> · <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">NÃO ABRAÇO NEM
AFAGO A MARÉ PORQUE... <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Quando sem tem
uma pessoa, um povo, um lugar amado e querido dentro de nosso coração nosso
próprio coração já os abraça e afaga sem que você precise abrir e fechar os
braços amolengar e os dedos pra o cafuné do afago.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">MARÉ EU AMO MUITÃO!<span style="mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75"
coordsize="21600,21600" o:spt="75" o:preferrelative="t" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe"
filled="f" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter"/>
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"/>
<v:f eqn="sum @0 1 0"/>
<v:f eqn="sum 0 0 @1"/>
<v:f eqn="prod @2 1 2"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @0 0 1"/>
<v:f eqn="prod @6 1 2"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="sum @8 21600 0"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @10 21600 0"/>
</v:formulas>
<v:path o:extrusionok="f" gradientshapeok="t" o:connecttype="rect"/>
<o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"/>
</v:shapetype><v:shape id="Imagem_x0020_3" o:spid="_x0000_i1026" type="#_x0000_t75"
alt="https://static.xx.fbcdn.net/images/emoji.php/v9/f20/1/16/1f61c.png"
style='width:12pt;height:12pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\PC02\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.png"
o:title="1f61c"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><img alt="https://static.xx.fbcdn.net/images/emoji.php/v9/f20/1/16/1f61c.png" border="0" height="16" src="file:///C:/Users/PC02/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image002.gif" v:shapes="Imagem_x0020_3" width="16" /><!--[endif]--></span><span class="7oe">😜</span><span style="mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_4"
o:spid="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" alt="https://static.xx.fbcdn.net/images/emoji.php/v9/f20/1/16/1f61c.png"
style='width:12pt;height:12pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\PC02\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.png"
o:title="1f61c"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><img alt="https://static.xx.fbcdn.net/images/emoji.php/v9/f20/1/16/1f61c.png" border="0" height="16" src="file:///C:/Users/PC02/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image002.gif" v:shapes="Imagem_x0020_4" width="16" /><!--[endif]--></span><span class="7oe">😜</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://www.facebook.com/vanderleydacunha.vanderley/posts/1539264629462828"><span class="timestampcontent"><span style="color: #90949c; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; text-decoration: none; text-underline: none;">7/2 às 3:50</span></span></a><span style="color: #90949c; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> · <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">MAS DUDA NÃO FOI
A PRIMEIRA MENINA NEGRA FAVELADA MORTA COM UMA BOLA NAS MÃOS E NOS SONHOS...<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">É preciso no
entanto dar destaque especial a morte da menina negra Duda, de treze anos,
mesma idade do Jeremias enquanto treinava na quadra da Escola Daniel Piza em
Acari. Duda era ótima praticante de varias modalidades esportivas, com varia
medalhas conquistadas e se preparava para participar de mais uma competição da
basquete.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Paradoxalmente
a medida que as meninas de favela vão conquistando mais tempo e espaço nas
áreas ao ar livre das favelas, diminuindo a hegemonia masculina que dominam os
campos e quadras das favelas, também vão expondo mais aos riscos de praticar
esportes nas favelas, seja por lazer seja por sonho de se tornar uma atleta
profissional.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Pode-se
argumentar que a construção <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de
equipamentos esportivos fechados solucionariam o problema principalmente se
fossem blindados com a super argamassa que o prefeito Crivela prometeu e nunca
cumpriu.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;"><br />
Mas o problema é que pode-se blindar escolas, creches, postos de saúde, centros
culturais esportivos polivalentes mas não se pode blindar as ruas becos e
vielas por onde as pessoas circulam pra ir pro trabalho, pra escola, pra os
centros culturais.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">As ruas,
praças, becos e viela das favelas são mais da policia e dos meninos do tráfico,
que também são moradores que dos moradores, principalmente das crianças e
adolescentes.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Pode mais na
favela hoje quem porta um fuzil e veste um colete a prova de balas, seja
policia ou bandido,e não quem porta um berimbau, veste uma calça de algodão ou
porta uma bola e veste uma camisa de futebol.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Vive-se mais
com um fuzil nas mãos e um colete a prova de balas, seja bandido ou policia,<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Morre mais
quem porta um berimbau e uma calça de algodão e traz na cintura um cordel de
mestre ou aluno, morre mais quem porta um apito de um cronometro de treinador
comunitário nas mãos ou uma bola e uma camisa de treino de aluno ou aluna de
projetos de esportes nas favelas.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Assina esta postagem: deley de acari, poeta, animador social
cultural e desportivo que atua há trinta anos no território em constante
conflito armado que é a Favela de Acari.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;"><br />
OBSERVATÓRIO DAS ESCOLAS FECHADAS EM ÁRA DE CONFLITO CAUSADO INTERVENÇÃO DE
AGENTES DE SEGURANÇA... RÁPIDO:<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Primeira
semana de aula. Dá alguém em cada complexo de favelas ir monitorando cada dia
sem aula causado por intervenção de agentes de segurança, estadual ou federal.
E acompanhar junto a pais e professores os danos causados ao rendimento escolar
das crianças e a nível de trabalho das educadoras, tanto em creches quanto nas
escolas estaduais e municipais.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Parece que o
pr<span class="textexposedshow">efeito acaba de fazer um acordo vantajoso com a
associação de creches conveniadas, mais grana parece.</span><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Como é dever do
estado garantir escola de qualidade para a estudantada e um <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>outro nível de estado vive causado danos a
essa qualidade, cabe aos pais, alunos, professores, processar o estado que
causa os danos e o estado que deveria propiciar esse ensino de qualidade não o
faz ou se omite. no caso do estado, que oferece universidade e escola de
segundo graus publica e ele mesmo causa danos a qualidade do próprio ensino que
ele oferece, pior ainda. acho que nesses casos todos, cabe inclusive habeas corpus
preventivo. fala ai Zaccone, mano véio, você que é da área.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;"><br />
JEREMIAS NÃO É O PRIMEIRO, NEM SERÁ O ULTIMO MENINO MORTO COM A BOLA NOS PÉS,
OU NOS SONHOS...<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">A mãe do
Jeremias disse que ele foi baleado quando estava jogando bola. A bola, hoje em
dia, é a ferramenta que da forma aos sonhos de todo menino negro de favela na
idade dele, 13 anos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Ele não foi
o primeiro nem o ultimo menino negro de favela a ser baleado e morto em meio a
uma operação policial. Na própria Maré, o pequeno matheuzinho, era aluno de um
projeto social e de uma escol<span class="textexposedshow">inha de futebol.</span><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Há uns três anos
um menino, de 11 anos, acho, foi baleado e morto em meio a uma troca de tiros
entre policia e assaltantes quando ia pro treino de futsal em Bangu, no Bangu
AC.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Em 1995 em
Acari, um menino de 15 anos promissor meia atacante da Escolinha do Botafogo
foi morto por pms do 9bpm numa chacina.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Da<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>favela do Caju favela do Caju um grupo de
mulheres mães e uma irmã, Beth do Caju, começaram a participar da Rede,
inclusive foram ao Forum Mundial de Porto Alegre em 2005. Beth teve um irmão de
13 anos que criava como filho morto junto com outros rapazes Poe PMS.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Matheus da
Baixa da Maré, tinha 9 anos, participava de projetos sociais da favela, sonhava
em ser jogador de futebol. Uma manhã foi a escola e não houve aula. Voltou pra
casa, pediu um real pra comprar pão, tomar café, depois jogar bola. Foi morto
com um tiro no peito disparado por um policial que atirou pra matar um
traficante desarmado, só com uma radinho na mão, que não lhe deu todo o
dinheiro do arrego. Errou o alvo e acertou o menino que saia no portão.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Em 2004,
Vitorugo, 9 anos brincava na rua, com o irmão Natan de 8 e um outro amiguinho.
P2 do nono bpm atiraram num vigia da boca. Ferido na pernas, o rapaz estava imobilizado.
Enquanto isso, Vitinho correu pra dentro de casa. Lembrou que o irmão e o
coleguinha ainda estavam fora do portão. Voltou e jogou o irmão pra dentro. Foi
atingido com um tiro pelas costas que projetou o coração pra fora do peito. O
PM 2 o confundiu com um bandido e largou cinco tiros pra cima dele logo depois
que vitinho ter conseguido jogar o irmão pra dentro do portão. O outro garoto
ficou ferido e até hoje tem seqüelas. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Há cerca de
três anos, dois irmãos alunos meu da escolinha de futebol que coordeno em Acari
quase foram mortos depois da explosão de uma granada caseira, deixada perto de
sua casa.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Há mais ou
menos três anos, eu mesmo fiquei acuado com mais 36 meninos, entre os vão de
uma arquibancada do campo de Acari, enquanto pms atiravam na nossa direção
tentando acertar um vigia que passou correndo, desarmado só com o radinho na
mão. Nossos corpos ficaram salpicados de estilhaços de cimento e marquinhas de
sangue de pedrinhas que voavam do concreto e nos atingia com balas de
chumbinho.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt;"><br />
</span><span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;"><br />
</span><span style="color: #666666; font-size: 14.0pt;"><br />
ACARI:QUERO MEUS TIROS DE VOLTA!<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #666666; font-size: 14.0pt;">Estou numa
favela de Angra dos Reis.<br />
Ouvi muitos tiros bem próximo daqui por volta das 3 da manhã. Acordei assustado
pensando que estava em Acari. Fui a janela mas<span class="textexposedshow"> fiquei
com meso de abrir, puxei a cortina e ví as luzes do porto e da orla da praia
embaçadas pelo vidro da janela.Não consegui dormir mais até agora. Vim
bisbilhotar a net até clarear ir pra rodoviária e voltar pra Acari. </span><br />
<span class="textexposedshow">Ontem uma vizinha que me empresta a kitinet, me
disse que uma facção rival tá tentando tomar os morros que o TCP domina na
Costa Verde, inclusive este. Ela acha que é questão de tempo, pode ser hoje,
amanhã, mas vai ser.</span><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #666666; font-size: 14.0pt;">Já tava
mesmo pensando e voltar pra Acari, por causa da febre amarela que teve o
primeiro caso aqui e eu ainda não me vacinei.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #666666; font-size: 14.0pt;">Por outro
lado, pra ouvir tiroteios aqui e saber de jovens mortos, parece que já teve um
pm, também...<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #666666; font-size: 14.0pt;">Acari: quero
os "meus" tiroteios de volta Parafraseando o velho poeta no exílio
que um dia escreveu: as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá, eu penso:
os 762 que aqui trovejam não trovejam como os de lá.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #666666; font-size: 14.0pt;">Além do mais
ser Deley de Acari, numa favela prestes a dominada pelo CV pode não ser uma boa
ideia. Mesmo sendo um Defenders e estando há 180 km do Acari do TCP.A<o:p></o:p></span></div>
<h5 style="background: white; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: middle;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></h5>
<div class="MsoNormal" style="background: white; vertical-align: middle;">
<span style="color: #90949c; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> · <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">TIROS EM
ACARI:LONGE DOS OUVIDOS, DENTRO DO CORAÇÃO!<br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Seis e meia da
manhã. Estou há 180 km de distância e 2h30 de ônibus de Acari. Miles Davis rola
no som tocando Concerto Para Arrejuez, arrumo algumas roupas na mochila, pra
voltar pra favela, quando o telefone toca. É minha vizinha, dublê de guardiã.
Já saiu? num vem não, muito tiros e fogos, os meninos correndo na rua, deve ser
muita policia. peço pra ela bater na minha porta, ver se minha irmã já saiu pro
médico. ela disse<span class="textexposedshow"> que viu minha irmã sair uns
20 minutos antes da policia chegar. Jogo a mochila na cama, deito e choro, abro
janela e vejo a chuva fina lá fora, a praia lá embaixo, estou numa favela duma
cidade da costa verde, esta deserta e o mar de um prata&chumbo,ainda esta
meio escuro e o mar reflete as luzes do porto e das cabines dos navios
cargueiros fundiados ao largo. Minha vizinha me liga novamente e pede pra eu
escutar, tiro sequenciados de 762 e pistolas. <o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span class="textexposedshow"><span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Bem aqui embaixo do nosso prédio. Assim que calmar vou ver se
sua irmã tá no posto, dai te ligo. Só consigo dizer:valeu,dona... tá de boa!</span></span><span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;"><br />
<span class="textexposedshow">Tiros em Acari: estou há 180 km e há 2h30 de Acari
... Tiros longe dos ouvidos, mas dentro do coração.</span><br />
<span class="textexposedshow">Moradores descem até a pracinha pra pegar a van pra
descerem pro trabalho. Na parede, atrás da guarita uma inscrição: TCP, Todo
Certo Prevalece.</span><br />
<span class="textexposedshow">Boto Miles pra tocar de novo, enxugo as lágrimas,
saindo do facebook, ver o e-mail, se tem resposta de compas que defensores que
conheci em Dublin, na Plataforma da FrontLine, saber se vão ao fórum das águas
ou ao fórum social mundial.</span><br />
<span class="textexposedshow">Cumprindo meu protocolo emergencial de segurança,
com a FrontLine, JG e Anistia a me proteger. Que Yemanjá proteja os moradores
de Acari e principalmente minha irmã, mesmo ela sendo evangélica! Amém,
aleluia... ODOYÁ!</span><o:p></o:p></span></div>
<h5 style="background: white; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: middle;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></h5>
<div class="MsoNormal" style="background: white; vertical-align: middle;">
<a href="https://www.facebook.com/vanderleydacunha.vanderley/posts/1535108073211817"><span class="timestampcontent"><span style="color: #90949c; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; text-decoration: none; text-underline: none;">2/2</span></span></a><span style="color: #90949c; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> · <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">A GUERRA DE
JULGMANN É RACISTA INSTUCIONAL E NEOLIBERAL...<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Segundo o
Globo, registros de "homicídio decorrente de intervenção
policial"/auto de resistência, dão conta de 66 mortes em Janeiro de 2018,
48 são negras ou pardas, 4 brancas e 14 não tiveram a cor declarada.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Na matéria
do globo, de hoje, em fim duas vozes que representam com legitimidade a CDD,
Vivi Sales e Paulo Lins que assina um texto brilhante e doloroso. Ele não diz o
que vou dizer com todas as letras <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mas
nos<span class="textexposedshow"> leva a entender o porque e pra que essa
guerra toda. O Crime Mundial e brasileiro é neoliberal e racista, assim como o
estado também o é.</span><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 14.0pt;">Não tenho os
dados sobre a morte de policiais civis e militares em confronto, os mortos em
dias de folga, não valem, aqui, talvez não passe de dez. pensando neste mesmo
período de janeiro de 2018. Infelizmente as autoridades não costumam divulgar a
raça dos policiais mortos, não muito provavelmente a maioria são negros, pardos
e quase tão jovens quanto 66 traficantes que seus companheiros de farda
mataram.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
O TRIBUNAL DO CRIME É RÁPIDO, EMBORA AS VEZES FALHE!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Já ví muito
marido acusado de agredir a mulher, arder num micro-ondas de pneu, depois o
tribunal penal sumario do tráfico descobrir que foi engano, pedir desculpas a
familia e até pagar o enterro.<br />
<br />
Se for verdade que o PCC ofereceu, 50 mil pilas pela cabeça da moça que cometeu
racismo contra a filha negra, então tá de boa, fechou a lista de crimes
passiveis de serem punidos com a pena de morte pelo Tribunal Penal Sumário do
Crime Organizado.<br />
<br />
Ao estupro, traíção e "volta" na boca de fumo, se soma o crime de
racismo.<br />
<br />
Da parte que me toca como preto velho favelado estou sujeito a leis do tráfico
e as leis do asfalto. De cada 100 compas com quem trabalho, milito e convivo,
pelo menos 80 são mulheres, negras e, tem idade pra serem minhas filhas, e
mesmo netas. Qualquer brincadeira politicamente incorreta, um toque no ombro...<br />
Moro, vivo e milito em território TCP+ADA=TCA, de repente alguém pode me acusar
de fechar com o CV(crime de traição) e os manos me chamarem pro desenrolo.<br />
Dar a volta na boca... fora de questão.<br />
<br />
Sobra estupro e racismo... se me acusarem e provarem que cometi uma tara ou
racismo, esse é meu conselho: procurem a boca de fumo. Aqui não precisa de lei
Maria da Penha, nem cadeia, ou saco preto e vala, ou múmia de fita adesiva e
micro-ondas de pneu. Se bem que essa forma de punição esta em desuso há muito
tempo em Acari.<br />
<br />
A Justiça do Asfalto demora, mais acerta do que falha.<br />
A Justiça da Favela é rápida, tanto acerta quanto falha.<br />
<br />
No asfalto, a Justiça é sempre injusta porque demora, mesmo sendo feita.<br />
Na favela a Justiça é vista sempre como justa porque rapida.<br />
<br />
Ando olhando o Asfalto do meu lugarTerritório/Asfalto do Território/Favela.<br />
Estou olhando o Caso Togun... Togun e as moças que o acusam, lá no asfalto onde
estão, daqui da Favela.<br />
<br />
Daqui não se escreve tarado com aspas.<br />
Vou olhando e vendo e assuntando no que vou vendo e olhando.<br />
Na favela não se olha nem se ve de cima do muro. Senão se toma tiro no coco
tanto do lado dos pilas como do lado do bandidos.<br />
Também não se olha nem se vê de trás do muro porque qualquer
"balinha" de 7meiota travessa muro e parede como se fossem de papel.<br />
Não sei onde deixei meu Michel Foucout que fala de biopoder, tribunal popular,
produção da verdade...<br />
<br />
Lí muito Foucout, quando "boiava" mais no asfalto que na favela.Agora
ando relendo Foucout "boiando" mais na favela que no assfalto. Sei
que Marcola e Marcinho VP andaram lendo Mao e Malcon x na cadeia. Desconfio que
estão lendo Focout também. É só uma idéia, sem segundas intenções, só com a
primeira mesmo: quem for visita-los delhes de presente Frantz Fannon, James
Baldwin, Angela Davis...<br />
<br />
Estão lendo Foucout também? É só uma idéia, sem segundas intenções, só com a
primeira mesmo: quem for visita-los delhes de presente Frantz Fannon, James
Baldwin, Angela Davis...<br />
<br />
Como diz o povo do asfalto: vai empoderar os caras na cadeia, quem sabe até os
emprenhe a mente. O povo preto vai ganhar com isso.<br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">28 de Novembro de 2017 ·<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
ESSA PARADA DO PCC SE METER COM QUESTÃO RACIAL?<br />
<br />
Uma organização que supostamente é liderada por um leitor e simpatizante de Mao
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e malcon x deve o deveria ter muito mais
a dizer do que por á prêmio a cabeça de uma racista virtual.<br />
<br />
Papo reto: moro há 40 anos, milito, vivo, convivo numa favela que há mais de 40
anos e dominada por uma facção comercializadora de drogas de forma ilícita, que
hoje é aliada ao pcc? conheci e conheço ex-frentes "frentes" do
tráfico em acari, tão inteligentes quanto Marcola.<br />
<br />
Custo a crer que reduziriam a questão do racismo a apenas um ato de vingança
que vale 50 mil dolares sem ouvir a familia de menina, e principalmente os
ativistas antiracistas.<br />
<br />
Se querem fazer o certo mesmo do lado errado da vida, podem começar agora. Até
porque a imensa maioria de traficantes das bases nas favelas e periferias, que
vem sendo massacrados e genocidados pelo estado policial penal militar racista,
são negros e índios.<br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<br />
NÃO TORÇO PRA URUBUSADA MAS TORÇO PRA MENOZADA PRETA FUTEBOL CLUB...<br />
<br />
Deste que passei a trabalhar profissionalmente com escolinha de futebol, torço
pela menózada preta dos clubes de futebol. Sei o quanto penam pra chegar a
serem profissionais de um clube de futebol.<br />
<br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sou fã de paulinhos, linkolns, vinicius jr, paulo
vitor, xexes...<br />
Não pelos pela-sacos como everton ribeiro, diego, muraralha, mas pela menorzada
preta do urubu, torço que ele fique na libertadores.<br />
26 de Novembro de 2017 ·<br />
<br />
SOBRE A ONG FUTURO FELIZ...<br />
<br />
Há varias coisas que se pode fazer com quase nenhum dinheiro. Depende da forma
de gestão que se escolhe pra uma ong, O empreendedorismo, muito em voga, requer
um bom dinheiro, gestão patronal. Um gestão auto-gestionada, com gestão
coletiva, requer pouco dinheiro pra começar... alías, há pouca coisa rolando,
no CCFF que só precisa de visibilidade para não parecer que a organização, esta
totalmente parada, sem atividade: Rola oficina de artes marciais, rola
escolinha de futebol, as 3ª, 5ª feiras e sábados, no sintético do amarelinho,
já rolou um sarau de poesia, dia 24 de novembro vai haver uma reunião pra
organizar um pré vestibular comunitário, dia 25 de Novembro, vai rolar a
primeira aula de oficina de Fotografia Pega Visão, que começou 6ª feira
passada, com um passeio ao Museu de Belas Artes, e a Caixa Cultural.<br />
<br />
Tá pra começar uma Escolinha de Rugby Infantil Feminino...<br />
<br />
O que a gente precisa é fazer um assembléia pra eleger uma nova diretoria, com
sete ou oito pessoas, com Vanessa na presidência, pra regularizar juridicamente
a entidade.<br />
<br />
Um projeto de esporte social internacional em parceria com uma ong italiana que
trabalha com crianças e jovens de origem não italiana e Roma,<br />
<br />
O que se precisa é que haja pessoas que componha uma diretoria, não com intuito
de tirar proveito pessoal e fazer dela um curral politico pras proximas
eleições.<br />
<br />
O que não falta sáo companheiras e companheiros de fora com disposição a chegar
junto, não por caridade a pobres pretinho favelados pra não virarem bandidos e
putas, mas por militância . Uma ou duas horas de disponibilidade por 15zena, ou
mesmo por mês, como ação politica, valem mais que 20 horas por semana, remuneradas
por trabalho profissional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O importante pra mim é que organizações negras
faveladas sejam comandandas por mulheres negras jovens ou não.<br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Deley De Acari ... Dublin para sempre. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sempre tive preconceito com a Europa. Nunca foi meu
sonho de viagem pra fora do País. Mas estar em Dublin, Irlanda, foi tudo de
bom. Me disseram que a Irlanda e um pais diferente de tudo que há na Europa. Um
dia desses vou voltar a Dublin, passar uma ou duas semanas de puro ócio, talvez
num verão. Lá tem 10 mil brasileiros que vivem entre 450 e poucos mil
dublinenses. Dublin eu te amo e a seu povo, vou voltar, se Yemanjá quiser! Como
ela querrrr!!<br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: #FFF9EE; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">SOBRE CORE EM
ACARI...</span><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Há pelo menos 3 ocorrências “estranhas da CORE
em Acari...</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Há pelo menos 3 ocorrências que seus policiais
estão envolvidos, de forma mal esclarecida em Acari. Na verdade, uma delas esta
bem clara,já que sou uma das testemunhas, a unica que se dispos, a ir na
delegacia,depor.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Não depus nem contra nem a favor aos policiais
ou as vitimas. Apenas disse a verdade.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Presenciei um policial da CORE,acompanhado de
outros seis colegas, atirar pro chão proximo a uma menina de 9 anos, uma mulher
que a acompanhava com outras cinco crianças,de volta da escola.</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">Ele não atirou em cima do grupo, atirou pro
chão, pra assustar e gritou; sai da rua porra, que morrer?</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">A menina foi baleada toráx e na perna. Um das
balas ricoxeteou no meio fio, e a atingiu. Felizmente, hoje passados,dois anos
ela esta bem.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Na delegacia, tanto a menina quanto a mulher
disseram que o policial atirou nelas pra matar. O policial e seus colegas
entraram em contradição, alguns acusaram os traficantes, um deles, acusou o Águia,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>helicóptero da mesma CORE de ter atirado.
Outros acusaram os traficantes.</span><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><span style="background: #FFF9EE;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: #FFF9EE; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">13 de Novembro de
2017 ·</span><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">NÃO DISSE QUE A POLICIA MENTE QUANDO MATA?</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">O Comando Militar do Leste acaba de desmentir
a CORE sobre a Chacina do Morro do Salgueiro, em São Gonçalo: General afirma
que seus soldados só deram apoio, não atiraram em ninguém!</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Não é de agora que os comandados do delegado
Rodrigo Oliveira estão envolvidos e mortes em favelas e mentem.</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">Só em Acari, nos ultimos seis anos, são três
ocorrências "sinistras". Eu sou testemunha de pelo menos uma!</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Pra mídia, pra gente branca e de bem, do
asfalto é mais facil acreditar na palavra de homens brancos, do asfalto também,
forrados por uma carteira de policia e um fuzil e uma farda preta, do que na
palavras de pretas e pretos pobre favelados.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Mas, agora: em quem a mídia essa gente branca
e de bem vai crer na palavra: dos homens brancos, do asfalto também forrados
por uma carteira de policia um fuzil e uma farda preta ou nas palavras de
homens brancos, do asfalto também forrados de uma carteira de milico,, fuzil e
farda camuflada das forças armadas?</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Sei lá eu! Minha avó dizia: briga da jacu,
iambu, não entra!</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Eles que são brancos que se desentendam!</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">13 de Novembro de 2017 ·</span><br />
<br />
<br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>SE
SABER QUE VAI MORRER DE MORTE A BALA TEM DE BOM...</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Se saber que vai morrer de morte a bala e não
de malária ou vício, e que a cada toque que recebe, esta mais próximo,tem de
bom: Saber que vai morrer sedo dá uma vontade danada de viver cada dia, não
como se fosse o ultimo, mas como se nunca tivesse vivido!</span><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><span style="background: #FFF9EE;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: #FFF9EE; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">13 de Novembro de
2017 ·</span><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">PESQUISA DA JUSTIÇA GLOBAL 15 ANOS DEPOIS:</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Numa pesquisa da ONG JUSTIÇA GLOBAL de 2003,
há 15 anos, publicada na revista Caros Amigos, nº de Setembro de 2003, estado
do nordeste do país, apresentavam zero mortes por 100 mil habitantes, por pms.
Rio de Janeiro, Sampa e Espirito Santo lideravam a estatisticas. Hoje, estados
nordestnos, como Alagoas, Ceara e Sergipe, que se encontravam zerados lideram a
matança, e o Rio, por exemplo, parece que que não esta nem entre os seis mais
genocidas.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">O relatório, de 15 anos atrás, foi entregue a
Relatora da ONU, para execuções sumárias, extrajudiciais, que esteve no Brasil
em 2003.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Vendo superficialmente, os mais otimistas
diriam que Rio, São Paulo, Bahia e Espírito Santo, deveriam se dar por felizes,
mas na verdade, não é que o genocídio diminuiu, nos nossos estados, continuaram
aumentando. A verdade é que parece que os jovens nordestinos
"deixaram" de vir serem mortos no Sudeste, para serem assassinados, em
seus próprios estados no nordeste, enquanto os jovens daqui continuam sendo
assassinados em massa por aqui mesmo.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Em Dublin, na Irlanda, mês passado, tive com a
Dra Agnes, atual Relatora da ONU Para Execuções Sumarias, e lhe fiz uma relato
verbal sobre a situação das execuções sumárias, e lhe prometi um dossiê que
mostrará a necessidade dela vir ao Brasil.</span><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><span style="background: #FFF9EE;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: #FFF9EE; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">9 de Novembro de
2017 ·</span><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">DEFENSOR DE DIREITOS HUMANOS DE ACARI NUM
EVENTO INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS, EM DUBLIN, IRLANDA NA EUROPA</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Bom dia, moradoras e do Complexo de Acari:</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Entre os dias 16 e 20 de Outubro, deste ano
estive em Dublin, Capital da Irlanda, um pais da Europa, reunido com 106
defensores de direitos humanos de todo o mundo, autoridades internacionais de
direitos humanos governamentais e não governamentais.</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">No evento Plataforma de Defensores de Direitos
Humanos 2017 da Front Line Defenders, de Dublin, Irlanda</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Durante os cinco dias de reuniões de trabalho,
pude trocar experiências com companheiras e companheiros de países africanos,
asiáticos e latinos americanos e tive a rara oportunidade de ter encontros e
fazer relatos específicos sobre a situação de direitos humanos no Brasil, nas
favelas e em especial nas favelas de Acari com as seguintes autoridades:</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">O Ministro das Relações Exteriores da União
Europeia, a quem apresentamos a solicitação de o Brasil e o Estado do Rio de
Janeiro seja punido não só moralmente, mas também com a perda de financiamentos
internacionais enquanto não reduzirem a níveis bastante baixos as violações de
direitos humanos e a matança da juventude e moradores das favelas.</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">Sr. Andrew Anderson,Secretario Executivo da
Front Line Defenders, relatamos grave situação de ameaças e risco de morte que
atinge os defensores de direitos humanos no Brasil, notadamente nas favelas do
Rio, como Acari</span><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><span style="background: #FFF9EE;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: #FFF9EE; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Michel Forst,
Relator da ONU-Nações Unidas para Defensores de Direitos Humanos, fizemos os
mesmos relatos apresentado ao Sr. Andrew Anderson, e unir as organizações e
defensores de direitos humanos brasileiros para pressionar o presidente Temer a
recebe-lo num visita formal, e ao mesmo tempo fizemos um convite informal, em
nome do movimento de direitos humanos brasileiro para que ele visite nosso pais
e nossas favelas, mesmo que o governo brasileiro não convide.</span><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
<span style="background: #FFF9EE;">Andrew Gilmor, Assistente para Direitos
Humanos da ONU-Nações Unidas e, fizemos os mesmos relatos e convites.</span><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><span style="background: #FFF9EE;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: #FFF9EE; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Com a Sra. Agnes
Callamard, Relatora Especial da ONU para Execuções Extra Judiciais, Sumarias ou
Arbitrárias, formalizamos denuncia sobre os altos índices execuções sumarias (
homicídios decorrentes de intervenção policial) e autos de resistência
forjados, nas favelas do Rio, em especial no Complexo de Acari e formulamos
convite para que nos visite oportunamente para constatar pessoalmente a
veracidade de nossas denuncias.</span><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">A todas essas altas autoridades de direitos
humanos e para suas organizações nos comprometemos fazer um relatório bimestral
da situação de direitos humanos na favelas do Rio, e em especial no Complexo de
Acari.</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">Por fim quero agradecer as companheiras
integrantes do Coletivo Fala Acari pela honra e a confiança de me permitir
representar nossa organização em um fórum de tamanha importância como é a
Plataforma de Defensores de Direitos Humanos da Front Line Defenders.</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">Em especial quero agradecer a Front Line
Defenders e suas e seus integrantes pelo convite e pela atenção e acolhida e
proteção que propiciaram a mim e a todas e todos defensores de direitos humanos
em situação de risco, a ONG Justiça Global e ao Escritório da Anistia
Internacional no Brasil, as quais sem o apoio político, moral material e
financeiro sequer eu conseguiria sair da favela de Acari.</span><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><span style="background: #FFF9EE;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: #FFF9EE; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">E as companheiras e
companheiros, mais de cem defensores e defensoras de direitos humanos de todo o
mundo, com as quais pude trocar ricas, sofridas mais corajosas esperançosas
experiências de vida e de luta e a certeza de somos importantes para nossos
povos e nossas gentes e de voltaremos nos encontrar num futuro <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>próximo ainda mais fortalecidos por termos nos
conhecido e convido por alguns dias e que estaremos vivos, mais felizes e
salvos no nosso próximo encontro, seja onde for.</span><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><span style="background: #FFF9EE;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: #FFF9EE; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Também não posso
esquecer de ser grato a esse pequeno e belo pais heróico e terno pais chamado
Irlanda, e ao povo de sua capital, a linda, mágica e carinhosa Dublin, não só
por isso, mas se apresentar como oportunidade de vida mais feliz e mais
próspera ao mais de mil brasileiros que escolheram esse pequeno e incrível pais
pra viveram uma vida melhor que nosso pais, o Brasil, não foi capaz de lhes
proporcionar.</span><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Rio de Janeiro, 23 de Outubro de 2017</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Vanderley da Cunha,</span><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><span style="background: #FFF9EE;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: #FFF9EE; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">1982: O ANO EM QUE
A POETADA NEGRA ASSUMIU TEORIZAR SUAS FAZENÇAS.</span><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Não tenho nenhuma vontade de, pleo menos
agora, talvez nem depois, entrar nessa "treta" sobre as declarações
de professora adriana facina.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Estou no pique da chegada de 2017. Quando ele
chegar estaremos comemorando 30 Anos do 3º e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>penultimo, sim porque ainda faremos mais, 3º
Encontro de Poetas e Ficcionistas Negros, Realizado e Petropolis, em 1987, que
reuniu durante 3 dias, 59 poetas, escritores, e teoricos negros e negras.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Os 1º e 2º Encontros aconteceram num pique só,
em 1985, primeiro e Sampa, depois no Rio.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">A condição para participar dos encontros, além
de mandar pelo menos 10 paginas de poesias, ou uma obra de ficção era,
apresentar um texto teorico sobre poesia ou arte literária negra.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Os dois coletivos de poetas que prmoveram os
encontros, foram o Quilombhoje de Sampa, que desde, 1979 já publicava de forma
independente, os Cadernos Negros, e o Negricia, Poesia e Arte de Crioulo, do
Rio, formado por poetas que já tinham uma militância no movimento negro, no
teatro, e no ativismo cultural suburbano e nos cartuns negros.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">O que levou os poetas e ficcionistas negros
porem como condição pra participação nos encontros, a apresentação de texto teóricos,
além das obras literárias?</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">No ano de 1982, escritores negros do Rio e
Sampa, participaram de um Encontro Nestrê de Literatura, componsto varias
mesmas.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Numa dela, uma pesquisadora, a professora Zilá
Bern, apresentou um texto que desagradou os escritores negros. houve um intenso
mas respeitoso debate.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Mas ao voltar pras seus lugares, seus estados
os escritores e escritoras, resolveram dai em diante serem teóricos e críticos
de suas próprias fazenças poéticas e literárias.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">a Lan vai fechar agora. amanhã continuo.</span><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><span style="background: #FFF9EE;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: #FFF9EE; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">4 de Novembro de
2017 ·</span><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">O QUE VOCÊ, DEFENSOR DE DIREITOS HUMANOS FARIA
SE UM AMIGO QUE VOCÊ ADORA COMETE FEMINICÍDIO, MATA A PAULADAS UM AMIGA QUE
VOCÊ ADORA?</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Eu estou me sentindo muito mal mentalmente <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>somatizando, deprimido, triste e me sentindo
um fracassado de merda como defensor de direitos humanos e com muita vontade de
largar essa porra toda e me enfiar no meio do mato, e nunca mais botar a cara.
Não é esse fim de carreira de militante revolucionário e defensor de direitos
humanos que eu queria pra pra mim.</span><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><span style="background: #FFF9EE;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: #FFF9EE; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">4 de Novembro de
2017 ·</span><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">MINHA QUESTÃO COM A DRA LUISLINDA É...</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Como juíza e desembargadora quantos negras e
negros éla botou na cadeia? Bateu o martelo na cabeça deles, de forma justa ou
injusta? Não só com ela, mas também com negros e negras, que chegaram ao status
de juíz, promotor, desembargador. Se ela merece ganhar 60 mil ou não, é
importante, mas pra mim, o mais importante é saber, o que um negro ou uma
negra, que ocupa cargos de previlégios, fez dele, meio pra ajudar ou fuder
negras e e negros, sem os previlégios que conseguiram, por mérito próprio ou
não.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">A principio, tenho um pé atrás, quase sempre
os dois, mas sempre disposto a pular pra frente, com negras e negros de
direita, filiados ou não a partidos de direita.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Se bem que conheço vários negros e negras de
esquerda, filados a partidos, ou não, que tem posições de previlégio, na
sociedade e vivem a sacanear, usar e oprimir negras e negros, sem as mesmas
posições e sem seus previlégios de classe. Nunca é demais lembrar e relembrar
Solano Trindade.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">NEGROS</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Negros que oprimem</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">negros</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">não são meus irmãos.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Negros</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">a serviço do capital</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">não são meus irmãos.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Somente os negros</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">oprimidos do mundo</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">são meus irmãos.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Para eles eu tenho</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">um poema maior</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">que o Rio Nilo.</span><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><span style="background: #FFF9EE;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: #FFF9EE; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">4 de Novembro de
2017 ·</span><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">#SAPATÃO,NÃO!</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">GOSTO DA PALAVRA LÉSBICA!</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Não gosto desta palavra, sapatão! Ela marcou
minha infância construindo na minha cabeça e introgetando em mim preconceito
contra mulheres que gostam de mulheres.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Refrões de marchinhas de carnaval como esse:
'Maria sapatão, sapatão, sapatão, de dia é maria, de noite é João." eu
repetia, com amigas e amigos nos blocos de sujo.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Só comecei a superar me homofobismo contra
mulheres quando acompanhei de perto varias irmãs negras, do Movimento Negro,
dos anos 80, assumirem sua bissexualidade e homossexualidade, e ser solídário
ativa e revolucionariamente a elas. Tenho orgulho de ter uma linda e adorável
criaturinha humana na minha familia.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Sou fã da cantora Ana Carolina e achei lindo
sua namorada Letícia Lima, ter tido a coragem de ser capa da revista do Globo
de Domingo passado, mesmo diante de toda onda de homofobia que assola a nossa
sociedade.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Simplesmente não consigo escrever a palavra
sapatão nos meus textos, de poesia, crônicas ou qualquer outro. Escrevo
lésbica.</span><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><span style="background: #FFF9EE;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: #FFF9EE; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">3 de Novembro de
2017 ·</span><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">2ª PARTE:DE LUIZA MAHIN A MARIANA CRIOULA,
PIONEIRISMO DAS MULHERES NEGRAS AFRICANAS E BRASILEIRAS COMO DEFENSORAS DE
HUMANOS.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Manoel Congo, Pedro Dias, Vicente Moçambique,
Antonio Magro, Justino Benguela, Belarmino, Miguel Crioulo, Canuto Moçambique,
Afonso Angola, Adão Benguela, Mariana Crioula, Rita Crioula, Lourença Crioula,
Joana Mafumbe, Josefa Angola e Emilia Angola.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">As e os 16, dentre, os cerca de 500 escravos
revoltosos do Quilombo de Manoel Congo, em Paty do Alferes em 1838, que foram
levados a julgamento depois da revolta ter sido sufocada.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Dos 16 somente os homens foram punidos com
chicotadas,50 por dia durante 3 meses, e Manoel Congo foi condenado a morte.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Embora se diga que as mulheres teriam sido
perdoadas, na verdade embora não tenham sido punidas com castigos físicos foram
mandadas de volta a senzala e ao trabalho pesado das lavouras de café, já a
maioria eram mucamas, dormiam na casa grande e faziam apenas trabalhos
domésticos. Além do mais, embora não haja registros, teriam também obrigadas a
andar com gargantilhas de ferro, que era uma punição para escravos fugitivos e
revoltosos.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Com relação as escravas rebeldes, fugitivas,
era comum também ser aplicada como punição informal o estupro.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">A primeira coisa que acho importante perceber
que dos nove são africanos, como Manoel congo. Dados da época apontam que 70%
dos escravizados eram africanos, principalmente trazidos da região das atuais
Angola e Republíca do Congo, no Rio de Janeiro, principalmente na região da
Grande Vassouras.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">A segunda coisa: Desde o Quilombo dos
Palmares, lá pelo ano de 1600, as principais rebeliões escravas foram lideradas
por africanos, embora com a adesão de crioulos, escravos nascidos no Brasil.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Terceira coisa: Sobre Palmares há pouco
registros da participação de mulheres . Mas há informações que dão como certo,
que pelo menos uma aldeia, das 12 aldeias palmarinas que se espalhavam num raio
de mais de cem kilometros era comandada por uma mulher. Palmares durou pelo menos
100 anos. Embora se registre como seu fim, 20 de Novembro de 1695, com a
captura e morte de Zumbi, é certo que aina houve resistências até pelo menos
1707.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Voltando ao Quilombo de Manoel Congo: É
notável a participação das mulheres africanas e crioulas/nascidas no Brasil.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">O que se sabe é que, quase todas e todos
homens e mulheres que lideraram a revoltam faziam parte de uma Sociedade
Secreta Chamada Ebana. Algumas fontes de informação dão conta que essa
sociedade secreta já exisitia entre os escravos <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de origem banto, que eram maioria em Palmares,
há mais de 120 anos antes.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Mas vamos a minha defesa de que as e o
quilombolas de Paty do Alferes, estão entre os pioneiros da defesa de direitos
humanos, no Rio, no Brasil.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Nem sempre revoltas escravas tinha como
objetivo explicito romper com estado e implantar uma nação, uma republica
independente como foram os casos, da Sabinada e da Revolta Malê.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">A maioria das revoltas tinham a intenção de
lutar contra os maus tratos, os castigos, os assassinatos. Claro que num dado
momento, mesmo essas revoltas "reformistas" que podem ser enquadradas
no que o prof. Florestan Fernandes chamava de "revolução dentro da
ordem" poderiam ter evoluido para a "revolução para romper a ordem.'
o que não exclui essas revoltas de serem também, em defesa dos direitos
humanos, com muita semelhança a s lutas em defesa dos direitos humanos hoje, já
que boa parte das e dos defensores de direitos humanos hoje, no Brasil e no
Mundo, acreditam e lutam, por plenos direitos humanos no âmbito de uma
sociedade capitalista, branca, patriarcal, racista, machista como a em que
vivemos e que deve sua existência ao a exploração do trabalho escravo por quase
4 anos.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Pra não alongar muito a postagem, vou
acrescentar alguns comentários, possivelmente não agora, talvez amanhã, de como
se deu, pra mim, a defesa de direitos humanos, nas revoltas escravas do sec. 19
e que liçõs podemos tirar e aproveitar pra nossas lutas como defensoras e
dfensores de direitos humanos, pra fortalece-las.</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">1 de Novembro de 2017 ·</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">DE LUIZA MAHIN A MARIANA CRIOULA, PIONEIRISMO
DAS MULHERES NEGRAS AFRICANAS E BRASILEIRAS COMO DEFENSORAS DE DIREITOS
HUMANOS.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Tenho convicção de os quilombolas de Paty do
Alferes, no Rio de Janeiro e os revoltosos da Sabinada, na Bahia, estão entre
os pioneiros da luta dos defensores dos direitos humanos no Brasil. Mais as
força e a pujança dos dois movimentos que abalaram o Imperio brasileiro recem
independente se devem ao protagonísmo de sete mulheres africanas e crioulas/
negras nascidas no Brasil.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Uma delas, africana, segundo relato de seu
próprio filho, Luiza Mahin, embora haja evidências de sua ativa participação na
Revolução Malê, 3 anos antes, em Salvador, com certeza teve participação ativa
na Sabina, revolta que começou em 1837 e terminou em Março de 1838. Sendo essa
revolta a unica que existe registro escrito sobre ela, numa carta escrita, por
seu filho, Luiza Gama, a um amigo, em 1880.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Outra, mas corretamente outras, Mariana
Crioula, e mais seis mulheres, 3 africanas e e duas crioulas como ela, foram
protagonistas em igualdade com homens, africanos e crioulos, organizaram a
revolta que ficou conhecida como Quilombo de Manoel Congo, no Rio de Janeiro.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Donde minha convicção de que ambos os movimentos
eram antes de tudo, de defesa dos direitos humanos?</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">Embora a Revolta Male tivesse a intenção de
romper com a ordem vigente e implantar um Estado Islâmico, e por sí mesmo, no
seu cerne, a defesa radical dos direitos humanos, a Sabinada e o Quilombo de
Manoel Congo tem umas coisas singulares, que se assemelham a luta dos direitos
humanos nos dias de hoje, nas quais, nós, defensoras e defensores de direitos
humanos estamos empenhadxs, no Brasil e no Mundo.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">A Sabinada teve como motivação principal, a recusa
de brasileiros, brancos, ao serviço militar obrigatório, exigido pelo império,
para recrutar soldados pra sufocar a revolta dos farrapos, que ocorria no Sul,
além de combater os previlégios dos portugueses a detrimento dos dos
brasileiros.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Como a Sabinada começou em 1837 e terminou em
1838 é interessante e instigante as evidências de que Luiza Mahin, tenha
participado das duas revoltas ao mesmo tempo, tendo que fugir, para não ser
caputurada e presa, por causa da Sabinada, e não da Revolta Muçulmana, como
sinaliz seu filho, Luiz Gama, que na sua carta, diz ter encontrado indícios da
estada de Mahin, na Corte, ou seja, no Rio de Janeiro, metida com malungos
desordeiros, ou seja ameaçadores da ordem vigente, e que por isso muito provavelmente
teria sido presa, com eles e deportada, bem possivel e ironicamente para
África.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Na segunda parte, vou me deter mais sobre o
Quilombo de Manoel Congo, no Rio, o protagonismo das mulheres africanas e
crioulas no mesmo, e de onde vem minha convicção de que seus protagonistas,
independente dos rumos que tomou a revolta faz de seus participantes, em
singular as mulheres pioneiras da luta pelos direitos humanos no Brasil. dos
quais somos herdeiros, devemos nos orgulhar, refletir sobre suas lutas, festejar
e dar a elas toda visibilidade possível, tanto em território brasileiro, mas
também e cada canto do mundo, onde há defensoras e defensores de direitos
humanos.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">1838 foi o ano que africanos e negros escravos
e livres, que brancos libertadores ameaçaram e abalaram o Império Brasileiro,
recem independente e todo mundo colonial com a possibilidade de uma nova
revolução haitiana. do lado de baixo da linha do equador.</span><br />
<span style="background: #FFF9EE;">2018 pode ser o ano, pelo menos, do começo de
novos abalos, e não será possivel, sequer uma sacudidela, sem que as mulheres
negras, e pobres das favelas e periferias,e das africanas, tenham o mesmo
protagonismo que Luiza Mahin, Mariana Crioula, e as outras seis mulheres do
Quilomdo de Paty, tiveram nos movimentos que lideram, e que embora, perdedores,
no primeiro momento, ainda não perderam já que somos herdeiras e herdeiros e
estamos dando continuidade as lutaas que apenas iniciaram.</span><br />
<br />
<span style="background: #FFF9EE;">Pera aí que daqui a pouco, ou amanhã, posto a
segunda parte. Só um toque,véio: sou poeta e animador cultural e militante
negro revolucionário. Esse não é um texto teorico ou acadêmico, não é
negrologia, nem favelologia. É ARGUMENTO PARA LUTA.</span><br />
<br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">TRISTES MEMÓRIAS DE UM “EX” DEFENSOR DE DIREITOS
HUMANOS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Nesta manhã de 18 de Maio de 2018, em fim me cai a
fixa de que não sou mais defensor de direitos humanos. Se fosse estaria a esta
hora no III Encontro Internacional de Mães e Familiares de Vitimas do
Terrorismo e Estado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">No “movimento” você só é enquanto pode estar. Quando
você não pode mais estar você deixa de ser. Ai a conclusão obvia é que na
verdade você não foi porque estar é sempre precário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Vendo a foto para posteridade das participantes do
encontro hoje sedo pelo Francérgio meio veio a memória dois grandes e
inesquecíveis momento que participei com centenas de mães de vitimas de violência
fora do Rio nos últimos 13 anos: O Forum Social Mundial de Porto Alegre em 2005
e uma ato em Brasilia, pelo Desarmamento não me lembro bem a data.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Houve um tribunal popular em Sampa que acabei não
perticipando porque PMS do 9º BPM havia saqueado minha casa e levando todos os
meus documentos. Levei seis anos para recupera-los.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O mais “sinistro” é que desde que voltei de Dublin
em Outubro de 2017 eu vinha me preparando espiritual, física e materialmente
pra participar desse III Encontro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Deixei de ir ao ato dos palestinos, ao Forum Mundial
das Águas, ao Forum Social Mundial que também rolou em Salvador, pra ir a esse
encontro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Era uma boa oportunidade de rememorizar os dias
passados em longas cansativas viagens de ônibus abençoado pelas lagrimas euforias
risos piadas cervejal de mães como Marilene Lima, Téia, Vera Lucia Flores só
pra lembrar das que não estão mais entre nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A “visão” afetiva dessas mulheres e desses momentos
trás uma “saudade meiga” e uma tristeza cruel.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Saudade que fica amarga e tristeza que fica terror
com a conclusão de que não podendo mais estar defensor de direitos humanos você
não aparece nem é lembrando mais pelas mães e pela organização pra nenhum play
list pra participar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de um evento como
esse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Se é lembrado é pra não sendo mais defensor de
direitos humanos você nem precisa sequer se consultado se quer participar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Estive no evento de 2 meses da execução da Marielle,
no dia 14, na Cinelândia,pra participar do evento mas também pra saber como
fazer pra ir. Perguntei a algumas companheiras quando iriam, ouvi um lacônico
dia 14, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>perguntaram se eu ia, disse que
não já que ninguém havia me avisado de nada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Outras compas disseram que a play list, já estava
fechada. Quase me chateei mas me liguei logo que uma vez protegido por um
protocolo de segurança de proteção a vida e inativo pra militância você deixa
de ser ativista, pra ser paciente. Quem ta na ativa decide por você o que você
pode fazer, o que você pode dizer. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Decide você, não estando mais, você não é. E não
sendo você não precisa, você não faz falta, e, se insiste em ser em estar, você
é demais, você é excesso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Sai do ato da Marielle tomei uma água com um velho
companheiro poeta, tomei um cana com limão, peguei meu ônibus direto da cidade
pro meu cafofo de exílio e vim por duas horas e meia do Centro até aqui no meu
lugar de abrigo, remoendo tristes memórias de ex defensor de direitos humanos
que hoje, sou que me fizeram, que me deixei ser.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“o pensamento parece uma coisa a toa mas como é que
a gente voa quando começa a pensar”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Esse pensamento avoante me fez flynar até véspera do
dia das mais de 1972: Minha mãe, eu e minha irmã morávamos numa kitinete no
Bairro Centenário em Duque de Caxias. Ela trabalhava fora o dia todo, fiz café
da tarde pra ela tomar quando chegasse do trabalho e fui jogar bola com campo
do Centenário FC. Chegou cinco viaturas da PM dois ônibus lotaram os ônibus e
nos levaram pra delegacia. Minha chegou pegou minha carteira de escola e foi me
tirar. Um dos capitães tinha sido jogador do Esporte Clube Expressinho nos anos
60, do qual minha vó Guiomar era patriarca, tipo assim uma Eurico Miranda do
Bem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O capitão a reconheceu, lembrou que eu tinha sido
mascote do time, e um promissor goleiro se crescesse mais que cresci. E me
liberou dizendo pra minha mãe que eu estava só com uns arranhões, tinha levado
uns tampinha na cara e tava fedendo um pouco a merda porque tinha mergulhado a
cara num latão de merda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Cheguei em casa tomei um banho, minha mãe passou
metiolate, daquele que ardia pra burro, nas nódos das minhas mãos nas
queimaduras de charuto do delegado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">No outro dia de manhã saiu cinco da manhã , antes de
sair fez mil recomendações pra não ir mais ao campo de futebol.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Chegou a tarde, fiz o café dela e fui pro campo. Aos
poucos foram chegando os libertados e sobreviventes da prisão em massa do dia
anterior. Dos 78 presos, só 16 voltamos. Semanas depois ficamos sabendo outros
foram rasgados de tiros de metralhadora e jogados no rio Sarapuí, com o ventre
rasgado e com paralelepipídos enrolados nas tripas para não boiar. O mesmo que
fizeram com o Paulinho irmão do Cy de Acari e muito provavelmente com os filhos
das mães de Acari.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Se não fosse minha mãe me buscar naquele dia, e
graças a popularidade de minha avó Guiomar, não tive como sepultura o lodo do
rio sarapui o mesmo Rio onde pescava rã e aprendi a nadar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Seis anos depois, já com 22 anos minha mãe me tirou
da boate da Barão de Mesquita, não por ter sido preso pelo exercito jogando
bola, mas por estar fazendo teatro de comunista preto e favelado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Se minha mãe fosse viva teria feito 85 anos no dia 6
de Fevereiro passado. E considerando os cuidados que ela tinha em Acari com os
“meninos’ que eram mortos ou torturados pela policia, e sendo minha mãe, seria
e agiria como uma mãe de vitima de violência, sobrevivente, mas vitima!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Quem sabe até ela não estaria lá no III Encontro
Internacional de Mães e Familiares de Vitimas de Terrorismo de Estado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O pessoal lá ia gostar dela: era analfabeta, muito
inteligente, gostava de contar piada e histórias da roça, e imitava Angela
Maria e Mirian Makeba muito bem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">E Mãe de Vitima, embora sobrevivente, de Terrorismo
de Estado... e ex defensor de direitos humanos... Eu!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Ampliação do texto em 24/05/2018.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Volto a esse texto depois da polemica que o mesmo gerou
no facebook com um questionamento de uma das mães de vitima de violência lá
Deizeca ... volto a pensar em Dublin, na diversidade de pessoas,
nacionalidades, etnias, classe sociais, religiões presentes na plataforma de
2017.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Ainda conservo na mente e no coração uma visão
romântica sobre a primeira cidade européia que me recebeu, da frontline e das
mais de um centena de defensores de direitos humanos ali presentes. Ter certeza
que a visão romântica sobre Dublin e sobre a Frontline não só não diminuirão como
aumentarão a medida que o tempo a<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>proximidade vão acontecendo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A visão romântica com relação aos participantes não
tenho tanta certeza. Como só falo português a visão romântica se conservou
durante a plataforma por diversas razões.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A principal por sermos todas e todos ali de alguma
forma gente que tem em comum a defesa de direitos humanos...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Encontrei Patricia, depois do encontro. Fiquei
sabendo que ninguém quis ir de Onibus. Muito ruim. Pra mim o melhor desses
encontros sempre foram a ida e volta de ônibus com essas mulheres.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Querido Badee,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Estivemos em Dublin participando da Plataforma da
Frontiline se lembra. Estou escrevendo esta carta aberta a você e ao povo
palestino pra lamentar a morte de jovem enfermeira Razan, assassinada
covardemente, no dia 1º de Junho quando socorria feridos do massacre que as
tropas sionistas vem promovendo em Gaza. A triste coincidência é que quando
recebi a noticia de sua morte estava justamente escrevendo uma postagem pra
lembrar os quatorze <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>meses do assassinato
de menina negra de 13 anos, Maria Eduarda, na quadra de esportes da sua escola,
na favela da pedreira aqui em Acari. Duda praticava esportes, ganhou varias
medalhas como atleta. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">No dia 30 de Março de 2017 estava treinando com colegas
na quadra quando dois policiais atiram dezenas de vezes em dois supostos
traficantes que estavam perto do muro da escola. Quatro tiros atingiram Duda,
que morreu na hora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Pretensamente a morte de Duda foi acidental. Mas não
é acidental quando militares armados atiram na direção de uma multidão ou um
grupo de pessoas para balear alguém sem se importar com que vai ser atingido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Faz uns 10 anos mais ou menos li um informe da
Anistia Internacional de Portugal sobre meninas palestinas, da mesma idade de Duda
que são baleadas a tiros de fuzil quando passam próximas ao muro do aphataid
sionista pela simples suspeita de que carregam bombas em suas mochilas ao em
vez de livros cadernos, canetas...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Com certeza o sniper que baleado e matou a jovem
enfermeira foi instrutor dos militares brasileiros que vão treinar com as
forças armadas israelenses em Tel Aviv.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Portanto são cúmplices do mesmo feminicidio ,ambos
matadores de Razan, Duda e dezenas de mulheres e meninas que estão sendo mortas
na Palestina e nas favelas do Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Muito provavelmente, nesta segunda feira vários
grupos no Brasil estarão se solidarizando a vocês na palestina e protestando
contra a morte de Razan.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Fique vivo querido, espero um dia voltar a ve-lo de
novo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Querida Fatouma Hárper,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Passaram-se mais de seis meses de nossa estada na
Plataforma da Frontline Dublin e é bem possível eu você não se lembre de mim.
Mas eu me lembro de você toda vez que ouço meu cd de Salif Keita. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Hoje me lembrei de você por causas da repercussão
que teve o ato heróico de seu compatriota Mamoudou Gassama, migrante em Paris,
que salvou uma criança de cair do quarto andar de um prédio. A historia dele e
de seus irmãos ganharam as primeiras paginas dos grandes jornais brasileiros e
dos horários de maior audiência das rádios e TVs.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Um conhecida jornalista, Ruth de Aquino publicou um
artigo no jornal de maior circulação lido pela classe média e pela burguesia do
Rio de Janeiro chamando Mamoudou de Herói do Mali. No final do artigo, no
ultimo parágrafo ela referindo ao racismo europeu, que se gaba de ser o eu e
pergunta: quem são os outros?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Eu respondo a D. Ruth e ao mesmo tempo me dirigindo
a você e a todos e todos malineses que possam talvez ler essa postagem: Os
outros são vocês, nós é que somos o eu, muitos eus que juntos somos nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Tenho vários amigos negros brasileiros migrados para
Europa. Que eu conheça, pelo menos dois em Paris. Um deles o repper Wesley
Delírio Black. E uma amiga branca, também. Amanda Dias, Manduquinha mineirinha
que amo muito que escreveu uma tese de doutorado dobre uma favela palestina no
Libano e Acari.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Já disse algumas vezes para eles, e a Europa não faz
favor nenhum, nem um gesto de humanidade receber, acolher e cuidar bem de
refugiados afrolatinos , ameríndios e africanos em seu território.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Principalmente países como França, Espanha,
Portugal, Espanha e Inglaterra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Quando um africano, afrolatino chega a Europa em
busca de vida melhor, mesmo que não tenha consciência disso, esta fazendo nada
mais que desfrutar dos bens e riquezas pilhados durante séculos de escravidão
as terras que os europeus chamam de novo mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Durante quatro séculos quase dez milhões de criaturas
humanas foram seqüestradas do seio dos mais diversos povos africanos para
trabalharem como mão de obra forçada nas Américas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Portanto tanto o africano como o afrolatino tem
direito a emigrar para Europa, quando quiser, como quiser, sozinho ou com a
famílias, e desfrutar dos mesmos direitos aos bens materiais e imatariais
produzidos e acumulados durante séculos na Europa, da mesma forma que o europeu
de nascença, pobre, trabalhador. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Mesmo estes, no mínimo que seja, desfrutam e se
previlegiam de tais bens, e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>portanto
devem compartilhar o pouco que tal previlégio lhe confere.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Estivemos juntos em Dublin, como defensores de
direitos humanos. É pouco provável que possamos nos encontrar um dia em Bamako
ou no Rio para nos abraçar e conversar e nos fortalecer mutuamente em nossas
lutas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Mas ainda temos Dublin. Quem sabe possamos nos
encontrar outra vez e ter mais tempo de nos falar, mesmo que com a ajuda de uma
interprete que tenha carinho e sensibilidade pra entender nossas emoções... quem
sabe<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ívi?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Por enquanto o que posso pedir a Deus que lhe
proteja sempre e a mantenha viva. Vê se fica viva querida Fatouma, não se deixe
matar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Há uns 40 anos atrás, com certeza você ainda não era
nascida, ganhei uma coletânea de textos de autores angolanos mimeografados. Um
dos poemas, longo, triste e belo, é uma carta-poema de um contratado a sua
amada. Contratado eram, ou são ainda, aqueles homens que são obrigados a
abandonar sua aldeia para buscar trabalho longe, fica muitos anos, e na maioria
das vezes não voltam. O que tem de especial na carta é que na verdade ela é um
lamento de um homem saudoso de casa que quer escrever a sua amada, mas não sabe
ler e, tristeza maior, ela também não sabe ler.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Não posso imaginar a dor e o sofrimento de tantas
mulheres malinesas como você e africanas que sofrem com seus homens fora, sem
saber se atravessaram vivos o mar mediterrâneo, se estão bem, na Europa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Em Acari há muitos homens, famílias inteiras que
saíram do nordeste e vieram para sul <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do
pais em condições semelhantes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Neste momento, aqui no Brasil, estou fora da minha
favela, cumprindo um protocolo de proteção <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a minha vida, pois as ameaças por parte dos meus
algozes se tornaram mais frequentes desde que voltei de Dublin, e
principalmente depois de execução da companheira negra e favelada Marielle
Franco, vereadora e ativista de direitos humanos em Março de deste ano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Graças <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>as
ajudas emergências temporárias e frontiline, tenho conseguido me manter vivo,
num auto-exilio forçado, há 80 km da minha favela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Estou fazendo tudo pra não deixar me matar. Estou
fazendo tudo pra continuar vivo, pra ficar vivo, embora a cada dia pareça mais
difícil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Enquanto estiver vivo, não estando em Acari, mas com
Acari dentro de mim. Enquanto estiver vivo, tenho acari e também tenho Dublin. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Nós temos Dublin, querida Fatouma, que sabe ainda
nos vemos por lá, e possamos ouvir salif keita juntos e falarmos do grande
império do Mali, fundando por Sundiata Keita, lá pelos anos mil e duzentos,
tempos que na áfrica já haviam duas universidades, e a Europa sequer saíra das
trevas da Idade Média.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Receba minhas emocionadas saudações nesta postagem
publica que não sei se um dia você vai ler.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Aché, Amor Livre e Luta!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Deley de Acari, poeta, animador cultural<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">E militante afrocomunista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 24.0pt; line-height: 115%;">FIM<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-46536969943345494312018-03-02T11:25:00.002-08:002018-03-02T11:25:39.694-08:00DEPOIS DE DUBLIN-2018<br />
<br />
Dublin, por muito tempo, não esteve na minha lista de cidade estrangeiras que eu gostaria de conhecer. Belfas, Guernica e Barcelona eram as "unicas" cidades europeias. Sempre quis conhecer Luanda e Cabinda, em Angola, Cabinda por ser muito provavelmente terra natal de meus antepassados recentes.<br />
<br />
Dublin entrou na minha lista de cidade visitaveis, quando uma breve sitação no livro "planeta favela" de maki davis. A idéia de que teria havido uma cidade-favela na europa no inicio do ´século 19, numa época em que os crioulos e africanos escravisados nas ámericas ainda viviam nas senzalas e no quilombos, me facinou e me fez amar Dublin me despertou um amor a primeira vista por dublin se nunca te-la visto ou estado nela.<br />
<br />
Quando estive em Dublin para a Plataforma da Frontline esperei poder ver e sentir ao menos uma alminha da dublin cidade-favela que ergui com tábuas de carinho no meu coração. Se há/ deve haver. não houve tempo pra ver, mas senti na cara de cada dublinense algo de favelado dublinense de 1805,1830.<br />
<br />
Favelado sabe outro favelado em qualquer lugar do mundo.<br />
Em qualquer lugar do mundo nenhum favelado é o outro.<br />
Todo favelado é um eu, por isso em Dublin me senti<br />
um eu favelado dublinense.<br />
Todos dublinenses que via eram eu<br />
e eu era todo que via, embora ele<br />
sequer me visse.<br />
Ainda hoje sinto que e sei que todo<br />
dublinense e eu,SOMOS!Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-39347122583921381862018-02-12T11:56:00.001-08:002018-02-12T11:56:59.135-08:00DEPOIS DE DUBLIN 7ASSUNTANDO SOBRE O JOGO DO FLAMENGO E OS MENINOS DA BASE...<br /><br />Me lembro de dois jogos do Vasco que o time tava perdendo e o treineiro quis botar um garoto já no final do jogo. Um não era tão garoto, Bebeto, se recusou a entrar aos 42 do segundo tempo. diz a lenda que o treineiro, carlos alberto silva, deu porrada nele, no vestiário.<br /><br />9 de Dezembro de 2017 ·<br /><br />VÊ SE FICA VIVO,TÁ?<br /><br />Deixo a chave com a dona da kitinete e caminho até a praia para o ponto das vans que vão pra Irajá. Enquanto a van não chega fico vendo a estátua de Yemanjá erguida num rochedo no meio do mar que o pastor joani rip palharin culpa pela poluição da praia de Sepetiba.<br /><br />A van chega, entro e antes de chegar em Santa Cruz já estou cuxilando.<br />Acordo já quase em honorio Gurgel. Já na ponte coelho neto ouço foguetório. Ligo pra minha escuta e ela confirma, caveirão do 41º bpm invade a favela. Salto no ponto do IAPC e encontro S. uma das mais antigas e maravilhosas professoras do Ciep Adão Pereira Nunes. Ganho um grande e carinhoso abraço e um parabéns atrasado. Falo que tem policia na favela . Ela dá um suspiro desconsolado e enfadado que já deu milhares de vezes nos mais ou menos 20 anos em que trabalha no ciep quando há operações policiais.Nos dois últimos anos duas alunas de sua escola foram baleadas durante operações policiais.<br /><br />Vou na banca de jornais do iapc e compro os três priciapis jornais da cidade: o globo, o dia e o extra. os três dão destaque a três negros por diversas razões: Naldo Benni por ter agredido a mulher, Rogério 157 por ter sido preso e Vinicius JR. por se a esperança da urubuzada de ser campeã da sulamericana.<br /><br />Sento um banco, dou uma folheda no jornais vou pro ponto das vans e pego uma de volta pra Sepetiba cumprir meu protocolo de segurança.<br /><br />Ligo o rádio do celular ponho o fone no ouvido e vou ouvindo milee davis e choro. Deixo vento na janela bater em meus olhos para os outros passageiros não verem que estou chorando, as lagrimas descendo... se alguém perguntar digo que é cisco que o vento pôs nos meus olhos e grudou na catarata.<br /><br />Outro, foi o Geovane, este sim subido da base, aos 18 anos. o delegado de policia/treinador quis botar ele aos 43 do segundo tempo, com o time perdendo e ele se recusou. Antônio Lopes, o treineiro/puliça correu atrás dele pra bater mas ele correu pro vestiário.<br /><br />Esse tal de zé ruela anda botando meninos de 17 como vinicius, Lincoln, com 16, na fogueira, no fim dos jogos com o time perdendo na esperança de que resolvam a partida que sua incopetencia e o suga sangue dos mais experientes não conseguem. foi covardia o que rueda fez com os dois moleques. ainda mais com o Lincoln. fui comovente ver a carinha do menino no fim do jogo olhando pra torcida sem entender direito o que estava acontecendo. conheci os dois num jogo vasco e flamengo no campo do bangu, são gente boa, pouco mais que uma criança, como são os meninos do vasco, que conheço mais.<br /><br />Pra mim se fosse eles fariam o que estão fazendo mesmo. meter o pé pro exterior. Bargos, o menino, 18 anos do indepediente não quis nem saber: montou no primeiro cavalo com celas que passou e foi pro futebol americano. é vem de favela de Buenos aires, como os meninos daqui.<br />8 de Dezembro de 2017 ·<br /><br />BOPE S.A. MUITO MAIS SÉRIO DO QUE SE PENSA!<br /><br />Tem gente indignada na time line por causa do curso de verão off bope da pela organização para militar do major brás.<br /><br />Major brás é o mesmo, aquele porta voz de pm que portando a voz da pm justificou que, se há 20 pms que só eles, num contigente de cerca de 45 mil soldados, tem 370 r poucos auto-de-resisntencia é porque há mercado ´pra eles.<br /><br />Elementar, não Major Brás: se há mercado, porque não oferecer cursinhos a quem estiver interessado/a num lucrativo e promissor mercado da segurança privada mlitarizada? Venha voce e traga sua familia, viver e aprender a emocionante aventura de ser um caveira e ainda ganhar um dinheiro com isso. Afinal só o Estados Unidos tem cerca de 60 empresas mercenárias que contratam 20% dos militares no mundo árabe.<br /><br />No Brasil, enquanto as forças armadas, as pms de todos os 27 estados não tem mais de 950 mil homens, a segurança privada tem 2.5 milhões.<br /><br />Mas gente que é militante de esquerda, meno e mais redical, não basta só demonstrar indignação na time line. O BOPE .S.A. do Major Brás não divulgou todo conteúdo do curso, mas com certeza sua alunada vai aprender como reprimir protestos, indentificar favelados terroristas,<br /><br />Num tá na hora da gente levantar as oreias, como faz todo jégue inteligente é preparar nosso coice auto-defesa prévia?<br />6 de Dezembro de 2017 ·<br /><br />TOGUN, ROBINHO, RONALDINHO GAUCHO, MIKE TAINSON, BRUNO GOLEIRO...QUAL PRETO FAMOSO MAIS É TERADO?<br /><br />Porque todo negão que fica famoso acha que tá acima do bem e do mal e pode fazer o que quiser com as mulheres negras e brancas?<br /><br />Se for escrever agora vou fazer um textão de 10 paginas. vou postar no e-mail, ou no blog.<br />2 de Dezembro de 2017 ·<br /><br />CASO TOGUN "TARADO": QUANDO UM NEGRO DE "NOME" É ACUSADO DE TARADO, POR UMA BRANCA, OU MESMO UMA NEGRA, NEGRAS E NEGROS, DE NOME E SEM NOME DEVEM SE CALAR?<br /><br />As moças deram a versão delas, Mano Togun, deu a versão dele! Agora Togun não pode argumentar mais é público, proibido pela juíza, mas as moças continuam multiarmentando livremente.<br /><br />Por vía das dúvidas, oa brancos que dera emprego a Togun, numa filmagem, demitem ele.<br /><br />A produção do filme segue o exemplo, dos produtores americanos, que vem pondo na geladeira, atores roliudianos, acusados de assédio, alguns, até em casos supostamente ocorridos há mais de 20 anos.<br /><br />Os atores tarados norte- amaricanos tem grana o bastante para se aposentarem. Atores negros brasileiros como Togun, dependem do trabalho, mesmo fazendo pontas em filmes, pra sobreviver.<br /><br />Conheço e amo Togun como irmão, mas não o vejo há muito tempo, não sei, não conheço as moças!<br /><br />Se o homem negro Togun, que conheci há dezenas de anos ainda no Agabara Dudu, não mudou como homem, tendo a crer nas palavras, na auto defesa dele. Se mudou pra melhor, mais ainda, se piorou... as moças devem ter razão.<br /><br />Pra não dizerem que estou em cima do muro, eu que já fui acusado de trado por uma mulher branca, digo o seguinte: inocente ou não, Togun já foi julgado, condenado e sentenciado.<br /><br />Embora essa treta, vá continuar por tempos no facebook no fake news, o papo reto que tenho pra dar é esse. Se fosse as moças que acusam Togun, eu ia logo numa boca de fumo, procurava o PCC e as facções, ADA e TCP que fecharam com o PCC.<br /><br />Não estou sendo ironico, nem duvidando das palavras delas, ao contrário, deve ser uma tortura, um sofrimento encompreensivel para um h homem, ter que botar a cara nas delegacias, no iml, viver o no dia ia á dia a angústia de um processo desse tipo.<br /><br />O TRIBUNAL DO CRIME É RÁPIDO, EMBORA AS VEZES FALHE! Já ví muito marido acusado de agredir a mulher, arder num micro-ondas de pneu, depois o tribunal penal sumario do tráfico descobrir que foi engano, pedir desculpas a familia e até pagar o enterro.<br /><br />Se for verdade que o PCC ofereceu, 50 mil pilas pela cabeça da moça que cometeu racismo contra a filha negra, então tá de boa, fechou a lista de crimes passiveis de serem punidos com a pena de morte pelo Tribunal Penal Sumário do Crime Organizado.<br /><br />Ao estupro, traíção e "volta" na boca de fumo, se soma o crime de racismo.<br /><br />Da parte que me toca como preto velho favelado estou sujeito a leis do tráfico e as leis do asfalto. De cada 100 compas com quem trabalho, milito e convivo, pelo menos 80 são mulheres, negras e, tem idade pra serem minhas filhas, e mesmo netas. Qualquer brincadeira politicamente incorreta, um toque no ombro...<br />Moro, vivo e milito em território TCP+ADA=TCA, de repente algue pode me acusar de fechar com o CV(crime de traição) e os manos me chamarem pro desenrolo.<br />Dar a volta na boca... fora de questão.<br /><br />Sobra estupro e racismo... se me acusarem e provarem que cometi uma tara ou racismo, esse é meu conselho: procurem a boca de fumo. Aqui não precisa de lei maria da penha, nem cadeia, ou saco preto e vala, ou mumia de fita adesiva e micro-ondas de pneu.<br /><br />A Justiça do Asfalto demora, mais acerta do que falha.<br />A Justiça da Favela é rapida, tanto acerta quanto falha.<br /><br />No asfalto, a Justiça é sempre injusta porque demors, mesmo sendo feita.<br />Na favela a Justiça é vista sempre como justa porque rapida.<br /><br />Ando olhando o Asfalto do meu lugarTerritóri/Asfalto do Território/Favela.<br />Estou olhando o Caso Togun... Togun e as moças que o acusam, lá no asfalto onde estão, daqui da Favela.<br /><br />Daqui não se escreve tarado com aspas.<br />Vou olhando e vendo e assuntando no que vou vendo e olhando.<br />Na favela não se olha nem se ve de cima do muro. Senão se toma tiro no coco tanto do lado dos pilas como do lado do bands.<br />Também não se olha nem se vê de trás do muro porque qualquer "balinha" de 7meiota travessa muro e parede como se fossem de papel.<br />Não sei onde deixei meu Michel Foucout que fala de biopoder, tribunal popula, produção da verdade...<br /><br />Lí muito Foucout, quando "boiava" mais no asfalto que na favela, ando relendo Foucout "boiando" mais na favela que no assfalto. Sei que Marcola e Marcinho VP andaram lendo Mao e Malcon x na cadeia. Desconfio que estão lendo Focout também. É só uma idéia, sem segundas intenções, só com a primeira mesmo: quem for visita-los delhes de presente Frantz Fannon, James Baldwin, Angela Davis...<br /><br />Como diz o povo do asfalto: vai empoderar os caras na cadeia, quem sabe até os empreteia. O povo preto vai ganhar com isso.<br />28 de Novembro de 2017 ·<br /><br />ESSA PARADA DO PCC SE METER COM QUESTÃO RACIAL?<br /><br />Uma organização que supostamente é liderada por um leitor e simpatizante de mao setung e malcon x deve o deveria ter muito mais a dizer do que por á prêmio a cabeça de uma racista virtual.<br /><br />Papo reto: moro há 40 anos, milito, vivo, convivo numa favela que há mais de 40 anos e dominada por uma facção comercializadora de drogas de forma ilícita, que hoje é aliada ao pcc? conheci e conheço ex-frentes "frentes" do tráfico em acari, tão inteligentes quanto Marcola.<br /><br />Custo a crer que reduziriam a questão do racismo a apenas um ato de vingança que vale 50 mil dolares sem ouvir a familia de menina, e principalmente os ativistas antiracistas.<br /><br />Se querem fazer o certo mesmo do lado errado da vida, podem começar agora. até porque a imensa maioria de traficantes das bases nas favelas e periferias, que vem sendo massacrados e genocidados pelo estado policiail penal militar racista, são negros e índios.<br />28 de Novembro de 2017 ·<br /><br />NÃO TORÇO PRA URUBUSADA MAS TORÇO PRA MENOZADA PRETA FUTEBOL CLUB...<br /><br />Deste que passei a trabalhar profissionalmente com escolinha de futebol, torço pela menozada preta dos clubes de futebol. Sei o quanto penam pra chegar a serem profissionais de uma clube de futebol.<br /><br />Sou fã de paulinhos, linkolns, vinicius jr, paulo vitor, xexes...<br />Não pelos pela-sacos como everton ribeiro, diego, muraralha, mas pela menorzada preta do urubu, torço que ele fique na libertadores.<br />26 de Novembro de 2017 ·<br /><br />SARAU NEGRÍCIA:DONDE SE ESPERA É QUE SAI MESMO!<br /><br />Lindo o sarau negrícia, ontem na Escola Daniel Píza: A escola, o prédio, as paredes tudo transpira, respira em inspira a carinha linda alumiante, de Duda que nos recebe á entrada, num belo e pugente grafite.<br /><br />Magía que brota nas palavras firmes e cativantes da menina Gabriele, ex-aluna da escola, que nos envolve com sua fala critica, lúcida de uma ternura vibrante, na magia de jovenzissima atriz negra Ana, com sua voz bela e firme, seu poemas de amor ao namorado/muso que a acompanhava, desculpem, mas esquei os nomes da irmã de gabrile e da menina e do outro menino que não trouxeram poesias desta vez, mas marcaram suas presenças sendo elas e ele, a própria poesia.<br /><br />Quando voce conhece o diretor, professor meneses e os professores gisela e flávio, fica esperando conhecer os estudantes, recriando o ditado, donde se espera é que sai mesmo!<br /><br />E da Escola Daniel Piza, só se espera coisa boa. por que sempre sai coisa boa.<br /><br />Meu 2018 começo ontem, no Sarau Negrícia, na Daniel Piza, e me reavivou ter esperança. Como dizia D. Mauro Morelli; TER ESPERANÇA É TER SAUDADE DO FUTURO!<br /><br />O sarau, ontem na Daniel Piza, ´tá me dando um saudade porrete de 2018.<br />22 de Novembro de 2017 ·<br /><br />SOBRE AS DECLARAÇÕES DE THAIS SOBRE SEU FILHO...<br /><br />Pra mim a questão é muito simples: não faz muito tempo o filho de um diplomata negro, um garoto de 11 anos foi discrimiinado em em brasília. Não importa o status social dos pais de uma criança negra, o importante é que eles ensinem aos filhos e filhas, que mesmo tendo um boa posição na sociedade,sempre um negro, uma negra. e por isso deve solidariedade politica ativa, a toda negro e negro, que sofre racismo. Thais e Lázaro já sofre racismo mesmo sendo pessoas negras famosas. espero que ensinem a seus filhos nãose omitirem quando uma negro ou uma negra pobre sofram racismo. e, mais que declarações retóricas, os levem a ato, manifestações, assinem abaixo assinados e usem seu lugar de negro previlegiado, pra apoiar e fortalecer a luta antiracista geral. No mais, espero que Thais e Lázaro, usem suas posições de artistas negros famosos, pra abrir caminho pra atrizes e atores negros que estejam começando. no mais que sejam felizes, e honrem a tradição de grandes atrizes negras e atores negros, como zózimo bulbul, milton gonçalves, ruth de souza, léa garcia. ACHÉ,AMOR LIVRE E LUTA!<br />Deley De Acari Vanderley Cunha<br />20 de Novembro de 2017 ·<br /><br />CARINHA PRETA FUTEBOL CLUBE!<br /><br />Com sou negro e treinador de futebol, sou antes de tudo torcedor do Carinha Preta Futebol Clube.<br /><br />Tudo de bom ver o menózinho Lincoln entrar no jogo do Flamengo ontem!<br />20 de Novembro de 2017 ·<br /><br />TODO BRANCO TEM PASSADO NEGRO.<br />TODO NEGRO TEM PASSADO BRANCO.<br />20 de Novembro de 2017 ·<br /><br />NÃO VAMOS FAZER PALMARES DE NOVO...<br /><br />Porque Palmares não morreu com a morte de Zumbi.<br />Palmares nunca parou.<br />Não há um Palmares a fazer... Há um Palmares sendo feito.<br />quando Palmares começou daquele jeito era daquele jeito que Palmares era pra começar a ser feito.<br /><br />Havia uma mulher palmarina pra quatro homens palmarinos.Mesmo assim assim as mulheres mandavam igual.<br /><br />Agora, que aquele Palmares continua a ser feito, precisa mesmo a ser feito desse outro jeito, já que agora há mais de uma mulher palmarina para cada homem palmarino.<br />20 de Novembro de 2017 ·<br /><br />RACISMO CARTESIANO...<br /><br />As pesquisas brancas dizem: a cada 15 minutos morre um negro de morte violenta no Brasil.<br /><br />As pesquisas brancas dizem: 75% dos empregados no Brasil são negros.<br /><br />As pesquisas brancas dizem: 7 em cada de encarcerados são negros.<br /><br />As pesquisas brancas dizem: 7 em cada 10 negros estão abaixo da linha da pobreza.<br /><br />Os brancos dizem que só porque se é pobre, e sem esperança de futuro, não se precisa roubar, traficar.<br /><br />O racismo do branco é cartesiano, maniqueista é tenta cientifica e socialmente provar que um desses dado levantados pelas próprias pesquisas que ele faz não tem nada a vez uma coisa com a outra.<br />17 de Novembro de 2017 ·<br /><br />SOBRE A ONG FUTURO FELIZ...<br /><br />Há varias coisas que se pode fazer com quase nenhum dinheiro. Depende da forma de gestão que se escolhe pra uma ong, O empreendedorismo, muito em voga, requer um bom dinheiro, gestão patronal. Um gestão auto-gestionada, com gestão coletiva, requer pouco dinheiro pra começar... alías, há pouca coisa rolando, no CCFF que só precisa de visibilidade para não parecer que a organização, esta totalmente parada, sem atividade: Rola oficina de artes marciais, rola escolinha de futebol, as 3ª, 5ª feiras e sábados, no sintético do amarelinho, já rolou um sarau de poesia, dia 24 de novembro vai haver uma reunião pra organizar um pré vestibular comunitário, dia 25 de Novembro, vai rolar a primeira aula de oficina de Fotografia Pega Visão, que começou 6ª feira passada, com um passeio ao Museu de Belas Artes, e a Caixa Cultural.<br /><br />Tá pra começar uma Escolinha de Rugby Infantil Feminino...<br /><br />O que a gente precisa é fazer um assembléia pra eleger uma nova diretoria, com sete ou oito pessoas, com Vanessa na presidência, pra regularizar juridicamente a entidade.<br /><br />Um projeto de esporte social internacional em parceria com uma ong italiana que trabalha com crianças e jovens de origem não italiana e Roma,<br /><br />O que se precisa é que haja pessoas que componha uma diretoria, não com intuito de tirar proveito pessoal e fazer dela um curral politico pras proximas eleições.<br /><br />O que não falta sáo companheiras e companheiros de fora com disposição a chegar junto, não por caridade a pobres pretinho favelados pra não virarem bandidos e putas, mas por militância . Uma ou duas horas de disponibilidade por 15zena, ou mesmo por mês, como ação politica, valem mais que 20 horas por semana, remuneradas por trabalho profissional.<br />Deley De Acari Vanderley Cunha Dubln para sempre. Sempre tive preconceito com a Europa. Nunca foi meu sonho de viagem pra fora do País. Mas estar em Dublin, irlanda, foi tudo de bom. Me disserem que a Irlanda e um pais diferente de tudo que ´ha na Europa. Um dia desses vou voltar a Dublin, passar uma ou duas semanas de puro ócio, talvez num verão. Lá tem 10 mil brasileiros que vivem entre 450 e poucos mil dublinenses. Dublin eu te amo e a seu povo, vou voltar, se Yemanjá quiser! Como ela querrrr!!<br />Gerir<br />Gosto<br />· Responder · 12 sem<br />Mario Mjr<br />Mario Mjr Rafa Eko<br />Gerir Dubln para sempre. Sempre tive preconceito com a Europa. Nunca foi meu sonho de viagem pra fora do País. Mas estar em Dublin, irlanda, foi tudo de bom. Me disserem que a Irlanda e um pais diferente de tudo que ´ha na Europa. Um dia desses vou voltar a Dublin, passar uma ou duas semanas de puro ócio, talvez num verão. Lá tem 10 mil brasileiros que vivem entre 450 e poucos mil dublinenses. Dublin eu te amo e a seu povo, vou voltar, se Yemanjá quiser! Como ela querrrr!!<br />14 de Novembro de 2017 ·<br /><br />SOBRE CORE EM ACARI...<br /><br />Há pelo menos 3 ocorrências que seus policiais estão envolvidos, de forma mal esclarecida em Acari. Na verdade, uma delas esta bem clara,já que sou uma das testemunhas, a unica que se dispos, a ir na delegacia,depor.<br /><br />Não depus nem contra nem a favor aos policiais ou as vitimas. Apenas disse a verdade.<br /><br />Presenciei um policial da CORE,acompanhado de outros seis colegas, atirar pro chão proximo a uma menina de 9 anos, uma mulher que a acompanhava com outras cinco crianças,de volta da escola.<br />Ele não atirou em cima do grupo, atirou pro chão, pra assustar e gritou; sai da rua porra, que morrer?<br /><br />A menina foi baleada torax e na perna. Um das balas ricoxeteou no meio fio, e a atingiu. Felizmente, hoje passados,dois anos ela esta bem.<br /><br />Na delegacia, tanto a menina quanto a mulher disseram que o policial atirou nelas pra matar. O policial e seus colegas cairam em contradição, alguns acusaram os traficantes, um deles, acusou o Aguia, helicoptero da mesma core de ter atirado.<br />13 de Novembro de 2017 ·<br /><br />NÃO DISSE QUE A POLICIA MENTE QUANDO MATA?<br /><br />O Comando Militar do Leste acaba de desmentir a CORE sobre a Chacina do Morro do Salgueiro, em São Gonçalo: General afirma que seus soldados só deram apoio, não atiraram em ninguém!<br /><br />Não é de agora que os comandados do delegado Rodrigo Oliveira estão envolvidos e mortes em favelas e mentem.<br />Só em Acari, nos ultimos seis anos, são três ocorrências "sinistras". Eu sou testemunha de pelo menos uma!<br /><br />Pra mídia, pra gente branca e de bem, do asfalto é mais facil acreditar na palavra de homens brancos, do asfalto também, forrados por uma carteira de policia e um fuzil e uma farda preta, do que na palavras de pretas e pretos pobre favelados.<br /><br />Mas, agora: em quem a mídia essa gente branca e de bem vai crer na palavra: dos homens brancos, do asfalto também forrados por uma carteira de policia um fuzil e uma farda preta ou nas palavras de homens brancos, do asfalto também forrados de uma carteira de milico,, fuzil e farda camuflada das forças armadas?<br /><br />Sei lá eu! Minha avó dizia: briga da jacu, iambu, não entra!<br /><br />Eles que são brancos que se desentendam!<br />Gosto<br />Comentar<br />Partilhar<br />13 de Novembro de 2017 ·<br /><br />ASSIM É INJUSTO SER ACUSADO DE MACHISTA?<br /><br />Acabo de ser acusado de machismo e omissão só porque não estou no ato da mulherada contra a proibição o aborto.<br /><br />Queria esta lá, mas tá foda pro por comida em casa, muito menos pra sair da favela. Assim é injusto ser acusado de machista? Não deve ser, as feministas tem sempre razão!<br />13 de Novembro de 2017 ·<br /><br />SE SABER QUE VAI MORRER DE MORTE A BALA TEM DE BOM...<br /><br />Se saber que vai morrer de morte a bala e não de malária ou vício, e que a cada toque que recebe, esta mais proximo,tem de bom: Saber que vai morrer sedo dá uma vontade danada de viver cada dia, não como se fosse o ultimo, mas como se nunca tivesse vivido!<br />13 de Novembro de 2017 ·<br /><br />PESQUISA DA JUSTIÇA GLOBAL 15 ANOS DEPOIS:<br /><br />Numa pesquisa da ONG JUSTIÇA GLOBAL de 2003, há 15 anos, publicada na revista Caros Amigos, nº de Setembro de 2003, estado do nordeste do país, apresentavam zero mortes por 100 mil habitantes, por pms. Rio de Janeiro, Sampa e Espirito Santo lideravam a estatisticas. Hoje, estados nordestnos, como Alagoas, Ceara e Sergipe, que se encontravam zerados lideram a matança, e o Rio, por exemplo, parece que que não esta nem entre os seis mais genocidas.<br /><br />O relatório, de 15 anos atrás, foi entregue a Relatora da ONU, para execuções sumárias, extrajudiciais, que esteve no Brasil em 2003.<br /><br />Vendo superficialmente, os mais otimistas diriam que Rio, São Paulo, Bahia e Espirito Santo, deveriam se dar por felizes, mas na verdade, não é que o genocidio diminuiu, nos nossos estados, continuaram aumentando. A verdade é que parece que os jovens nordestinos "deixaram" de vir serem mortos no Sudeste, para serem assassinados ,em seus próprios estados no nordeste, enquanto os jovens daqui continuam sendo assassinados em massa por aqui mesmo.<br /><br />Em Dublin, na Irlanda, mês passado, tive com a Dra Agnes, atual Relatora da Onu Para Execuções Sumarias, e lhe fiz uma relato verbal sobre a situação das execuções sumárias, e lhe prometi um dossiê que mostrará a necessidade dela vir ao Brasil.<br />9 de Novembro de 2017 ·<br /><br />O RACISMO ROLA SOLTO NOS BASTIDORES DO JORNALISMO, NÃO SÓ DA GLOBO...<br /><br />De mil em mim anos vaza. Aí dá no que deu. Ali Kamel, chefão geral é o mais racista d todos.<br />9 de Novembro de 2017 ·<br /><br />WAACK FOI CORRESPONDENTE EM ISRAEL...<br /><br />Waack foi correspondente da Globo em Israel durante muitos anos e nunca fez questão de disfarçar sua parcialidade pró-sionismo, antpalestino e antiarabe nas materias que produzia.<br />6 de Novembro de 2017 ·<br /><br />DEFENSOR DE DIREITOS HUMANOS DE ACARI NUM EVENTO INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS, EM DUBLIN, IRLANDA NA EUROPA<br /><br />Bom dia, moradoras e do Complexo de Acari:<br /><br />Entre os dias 16 e 20 de Outubro, deste ano estive em Dublin, Capital da Irlanda, um pais da Europa, reunido com 106 defensores de direitos humanos de todo o mundo, autoridades internacionais de direitos humanos governamentais e não governamentais.<br />No evento Plataforma de Defensores de Direitos Humanos 2017 da Front Line Defenders, de Dublin, Irlanda<br /><br />Durante os cinco dias de reuniões de trabalho, pude trocar experiências com companheiras e companheiros de países africanos, asiáticos e latinos americanos e tive a rara oportunidade de ter encontros e fazer relatos específicos sobre a situação de direitos humanos no Brasil, nas favelas e em especial nas favelas de Acari com as seguintes autoridades:<br />O Ministro das Relações Exteriores da União Europeia, a quem apresentamos a solicitação de o Brasil e o Estado do Rio de Janeiro seja punido não só moralmente, mas também com a perda de financiamentos internacionais enquanto não reduzirem a níveis bastante baixos as violações de direitos humanos e a matança da juventude e moradores das favelas.<br />Sr. Andrew Anderson,Secretario Executivo da Front Line Defenders, relatamos grave situação de ameaças e risco de morte que atinge os defensores de direitos humanos no Brasil, notadamente nas favelas do Rio, como Acari<br />Michel Forst, Relator da ONU-Nações Unidas para Defensores de Direitos Humanos, fizemos os mesmos relatos apresentado ao Sr. Andrew Anderson, e unir as organizações e defensores de direitos humanos brasileiros para pressionar o presidente Temer a recebe-lo num visita formal, e ao mesmo tempo fizemos um convite informal, em nome do movimento de direitos humanos brasileiro para que ele visite nosso pais e nossas favelas, mesmo que o governo brasileiro não convide.<br />Andrew Gilmor, Assistente para Direitos Humanos da ONU-Nações Unidas e, fizemos os mesmos relatos e convites.<br />Com a Sra. Agnes Callamard, Relatora Especial da ONU para Execuções Extra Judiciais, Sumarias ou Arbitrárias, formalizamos denuncia sobre os altos índices execuções sumarias ( homicídios decorrentes de intervenção policial) e autos de resistência forjados, nas favelas do Rio, em especial no Complexo de Acari e formulamos convite para que nos visite oportunamente para constatar pessoalmente a veracidade de nossas denuncias.<br /><br />A todas essas altas autoridades de direitos humanos e para suas organizações nos comprometemos fazer um relatório bimestral da situação de direitos humanos na favelas do Rio, e em especial no Complexo de Acari.<br />Por fim quero agradecer as companheiras integrantes do Coletivo Fala Acari pela honra e a confiança de me permitir representar nossa organização em um fórum de tamanha importância como é a Plataforma de Defensores de Direitos Humanos da Front Line Defenders.<br />Em especial quero agradecer a Front Line Defenders e suas e seus integrantes pelo convite e pela atenção e acolhida e proteção que propiciaram a mim e a todas e todos defensores de direitos humanos em situação de risco, a ONG Justiça Global e ao Escritório da Anistia Internacional no Brasil, as quais sem o apoio político, moral material e financeiro sequer eu conseguiria sair da favela de Acari.<br />E as companheiras e companheiros, mais de cem defensores e defensoras de direitos humanos de todo o mundo, com as quais pude trocar ricas, sofridas mais corajosas esperançosas experiências de vida e de luta e a certeza de somos importantes para nossos povos e nossas gentes e de voltaremos nos encontrar num futuro próximo ainda mais fortalecidos por termos nos conhecido e convido por alguns dias e que estaremos vivos, mais felizes e salvos no nosso próximo encontro, seja onde for.<br />Também não posso esquecer de ser grato a esse pequeno e belo pais heróico e terno pais chamado Irlanda, e ao povo de sua capital, a linda, mágica e carinhosa Dublin, não só por isso, mas se apresentar como oportunidade de vida mais feliz e mais próspera ao mais de mil brasileiros que escolheram esse pequeno e incrível pais pra viveram uma vida melhor que nosso pais, o Brasil, não foi capaz de lhes proporcionar.<br /><br />Rio de Janeiro, 23 de Outubro de 2017<br /><br />Vanderley da Cunha,<br />Poeta, animador cultural,<br />Defensor de direitos humanos favelado,<br />Integrante do Coletivo Fala Acari<br />3 de Novembro de 2016 ·<br /><br />1982: O ANO EM QUE A POETADA NEGRA ASSUMIU TEORIZAR SUAS FAZENÇAS.<br /><br />Não tenho nenuma vontade de, pleo menos agora, talvez nem depois, entrar nessa "treta" sobre as declarações de professora adriana facina.<br /><br />Estou no pique da chegada de 2017. Quando ele chegar estaremos comemorando 30 Anos do 3º e penultimo, sim porque ainda faremos mais, 3º Encontro de Poetas e Ficcionistas Negros, Realizado e Petropolis, em 1987, que reuniu durante 3 dias, 59 poetas, escritores, e teoricos negros e negras.<br /><br />Os 1º e 2º Encontros aconteceram num pique só, em 1985, primeiro e Sampa, depois no Rio.<br /><br />A condição para participar dos encontros, além de mandar pelo menos 10 paginas de poesias, ou uma obra de ficção era, apresentar um texto teorico sobre poesia ou arte literária negra.<br /><br />Os dois coletivos de poetas que prmoveram os encontros, foram o Quilombhoje de Sampa, que desde, 1979 já publicava de forma independente, os Cadernos Negros, e o Negricia, Poesia e Arte de Crioulo, do Rio, formado por poetas que já tinham uma militancia no movimento negro, no teatro, e no ativismo culturual suburbanno e nos cartunus negros.<br /><br />O que levou os poetas e ficcionistas negros porem como condição pra partiicapação nos encontros, a apresentação de texto teorico, além das obras literárias?<br /><br />No ano de 1982, escritores negros do Rio e Sampa, participaram de um Encontro Nestrê de Literatura, componso varias mesmas.<br /><br />Numa dela, uma pesquisadora, a professora Zilá Bern, apresentou um texto que desgradou os escritoress negros. houve um intenso mas respeitoso debate.<br /><br />Mas ao voltar pras seus lugares, os escritores e escritoras, resolveram dai em diante serem teoricos e criticos de suas próprias fazenças poetica e literárias.<br /><br />a lan vai fechar agora. amanahã continuo.<br />4 de Novembro de 2017 ·<br /><br />O QUE VOCÊ, DEFENSOR DE DIREITOS HUMANOS FARIA SE UM AMIGO QUE VOCÊ ADORA COMETE FEMINICÍDIO, MATA A PAULADAS UM AMIGA QUE VOCÊ ADORA?<br /><br />Eu estou me sentindo muito mal mentalmente se somatizando, deprimido, triste e me sentindo um fracassado de merda como defensor de direitos humanos e com muita vontade de largar essa porra toda e me enfiar no meio do mato, e nunca mais botar a cara. Não é esse fim de carreira de militante revolucionário e defensor de direitos humanos que eu queria pra pra mim.<br />4 de Novembro de 2017 ·<br /><br />MINHA QUESTÃO COM A DRA LUISLINDA É...<br /><br />Como juíza e desembargadora quantos negras e negros éla botou na cadeia? Bateu o martelo na cabeça deles, de forma justa ou injusta? Não só com ela, mas também com negros e negras, que chegaram ao status de juíz, promotor, desembargador. Se ela merece ganhar 60 mil ou não, é importante, mas pra mim, o mais importante é saber, o que um negro ou uma negra, que ocupa cargos de previlégios, fez dele, meio pra ajudar ou fuder negras e e negros, sem os previlégios que conseguiram, por mérito próprio ou não.<br /><br />A principio, tenho um pé atrás, quase sempre os dois, mas sempre disposto a pular pra frente, com negras e negros de direita, filiados ou não a partidos de direita.<br /><br />Se bem que conheço varios negros e negras de esquerda, filados a partidos, ou não, que tem posições de previlégio, na sociedade e vivem a sacanear, usar e oprimir negras e negros, sem as mesmas posições e sem seus previlégios de classe. Nunca é demais lembrar e relembrar Solano Trindade.<br /><br />NEGROS<br /><br />Negros que oprimem<br />negros<br />não são meus irmãos.<br /><br />Negros<br />a serviço do capital<br />não são meus irmãos.<br /><br />Somente os negros<br />oprimidos do mundo<br />são meus irmãos.<br /><br />Para eles eu tenho<br />um poema maior<br />que o Rio Nilo.<br />4 de Novembro de 2017 ·<br /><br />#SAPATÃO,NÃO!<br />GOSTO DA PALAVRA LÉSBICA!<br /><br />Não gosto desta palavra, sapatão! Ela marcou minha infância construindo na minha cabeça e introjetando em mim preconceito contra mulheres que gostam de mulheres.<br /><br />Refrões de marchinhas de carnaval como esse: 'Maria sapatão, sapatão, sapatão, de dia é maria, de noite é João." eu repetia, com amigas e amigos nos blocos de sujo.<br /><br />Só comecei a superar me homofobismo contra mulheres quando acompanhei de perto varias irmãs negras, do Movimento Negro, dos anos 80, assumirem sua bissexualidade e homossexualidade, e ser solídário ativa e revolucionarimente a elas. Tenho orgulho de ter uma linda e adorável criaturinha humana na minha familia.<br /><br />Sou fã da cantora Ana Carolina e achei lindo sua namorada Letícia Lima, ter tido a coragem de ser capa da revista do Globo de Domingo passado, mesmo diante de toda onda de homofobia que assola a nossa sociedade.<br /><br />Simplesmente não consigo escrever a palavra sapatão nos meus textos, de poesia, cronicas ou qualquer outro. Escrevo lésbica.<br />3 de Novembro de 2017 ·<br /><br />2ª PARTE:DE LUIZA MAHIN A MARIANA CRIOULA, PIONEIRISMO DAS MULHERES NEGRAS AFRICANAS E BRASILEIRAS COMO DEFENSORAS DE HUMANOS.<br /><br />Manoel Congo, Pedro Dias, Vicente Moçambique, Antonio Magro, Justino Benguela, Belarmino, Miguel Crioulo, Canuto Moçambique, Afonso Angola, Adão Benguela, Mariana Crioula, Rita Crioula, Lourença Crioula, Joana Mafumbe, Josefa Angola e Emilia Angola.<br /><br />As e os 16, dentre, os cerca de 500 escravos revoltosos do Quilombo de Manoel Congo, em Paty do Alferes em 1838, que foram levados a julgamento depois da revolta ter sido sufocada.<br /><br />Dos 16 somente os homens foram punidos com chicotadas,50 por dia durante 3 meses, e Manoel Congo foi condenado a morte.<br /><br />Embora se diga que as mulheres teriam sido perdoadas, na verdade embora não tenham sido punidas com castigos físicos foram mandadas de volta a senzala e ao trabalho pesado das lavouras de café, já a maioria eram mucamas, dormiam na casa grande e faziam apenas trabalhos domésticos. Além do mais, embora não haja registros, teriam também obrigadas a andar com gargantilhas de ferro, que era uma punição para escravos fugitivos e revoltosos.<br /><br />Com relação as escravas rebeldes, fugitivas, era comum também ser aplicada como punição informal o estupro.<br /><br />A primeira coisa que acho importante perceber que dos nove são africanos, como Manoel congo. Dados da época apontam que 70% dos escravizados eram africanos, principalmente trazidos da região das atuais Angola e Republíca do Congo, no Rio de Janeiro, principalmente na região da Grande Vassouras.<br /><br />A segunda coisa: Desde o Quilombo dos Palmares, lá pelo ano de 1600, as principais rebeliões escravas foram lideradas por africanos, embora com a adesão de crioulos, escravos nascidos no Brasil.<br /><br />Terceira coisa: Sobre Palmares há pouco registros da participação de mulheres . Mas há informações que dão como certo, que pelo menos uma aldeia, das 12 aldeias palmarinas que se espalhavam num raio de mais de cem kilometros era comandada por uma mulher. Palmares durou pelo menos 100 anos. Embora se resgistre como seu fim, 20 de Novembro de 1695, com a captura e morte de Zumbi, é certo que aina houve resistências até pelo menos 1707.<br /><br />Voltando ao Quilombo de Manoel Congo: É notável a participação das mulheres africanas e crioulas/nascidas no Brasil.<br /><br />O que se sabe é que, quase todas e todos homens e mulheres que lideraram a revoltam faziam parte de uma Sociedade Secreta Chamada Ebana. Algumas fontes de informação dão conta que essa sociedade secreta já exisitia entre os escravos de origem banto, que eram maioria em Palmares, há mais de 120 anos antes.<br /><br />Mas vamos a minha defesa de que as e o quilombolas de Paty do Alferes, estão entre os pioneiros da defesa de direitos humanos, no Rio, no Brasil.<br /><br />Nem sempre revoltas escravas tinha como objetivo explicito romper com estado e implantar uma nação, uma republica independente como foram os casos, da Sabinada e da Revolta Malê.<br /><br />A maioria das revoltas tinham a intenção de lutar contra os maus tratos, os castigos, os assassinatos. Claro que num dado momento, mesmo essas revoltas "reformistas" que podem ser enquadradas no que o prof. Florestan Fernandes chamava de "revolução dentro da ordem" poderiam ter evoluido para a "revolução para romper a ordem.' o que não exclui essas revoltas de serem também, em defesa dos direitos humanos, com muita semelhança a s lutas em defesa dos direitos humanos hoje, já que boa parte das e dos defensores de direitos humanos hoje, no Brasil e no Mundo, acreditam e lutam, por plenos direitos humanos no âmbito de uma sociedade capitalista, branca, patriarcal, racista, machista como a em que vivemos e que deve sua existencia ao a exploração do trabalho escravo por quase 4 anos.<br /><br />Pra não alongar muito a postagem, vou acrescentar alguns comentários, possivelmente não agora, talvez amanhã, de como se deu, pra mim, a defesa de direitos humanos, nas revoltas escravas do sec. 19 e que liçõs podemos tirar e aproveitar pra nossas lutas como defensoras e dfensores de direitos humanos, pra fortalece-las.<br />1 de Novembro de 2017 ·<br /><br />DE LUIZA MAHIN A MARIANA CRIOULA, PIONEIRISMO DAS MULHERES NEGRAS AFRICANAS E BRASILEIRAS COMO DEFENSORAS DE DIREITOS HUMANOS.<br /><br />Tenho convicção de os quilombolas de Paty do Alferes, no Rio de Janeiro e os revoltosos da Sabinada, na Bahia, estão entre os pioneiros da luta dos defensores dos direitos humanos no Brasil. Mais as força e a pujança dos dois movimentos que abalaram o Imperio brasileiro recem independente se devem ao protagonismo de sete mulheres africanas e crioulas/ negras nascidas no Brasil.<br /><br />Uma delas, africana, segundo relato de seu próprio filho, Luiza Mahin, embora haja evidências de sua ativa participação na Revoução Malê, 3 anos antes, em Salvador, com certeza teve participação ativa na Sabina, revolta que começou em 1837 e terminou em Março de 1838. Sendo essa revolta a unica que existe registro escrito sobre ela, numa carta escrita, por seu filho, Luiza Gama, a um amigo, em 1880.<br /><br />Outra, mas corretamente outras, Mariana Crioula, e mais seis mulheres, 3 africanas e e duas crioulas como ela, foram protagonistas em igualdade com homens, africanos e crioulos, organizaram a revolta que ficou conhecida como Quilombo de Manoel Congo, no Rio de Janeiro.<br /><br />Donde minha convicção de que ambos os movimentos eram antes de tudo, de defesa dos direitos humanos?<br />Embora a Revolta Male tivesse a intenção de romper com a ordem vigente e implantar um Estado Islâmico, e por sí mesmo, no seu cerne, a defesa radical dos direitos humanos, a Sabinada e o Quilombo de Manoel Congo tem umas coisas singulares, que se assemelham a luta dos direitos humanos nos dias de hoje, nas quais, nós, defensoras e defensores de direitos humanos estamos empenhadxs, no Brasil e no Mundo.<br /><br />A Sabinada teve como motivação principal, a recusa de brasileiros, brancos, ao serviço militar obrigatório, exigido pelo império, para recrutar soldados pra sufocar a revolta dos farrapos, que ocorria no Sul, além de combater os previlégios dos portugueses a detrimento dos dos brasileiros.<br /><br />Como a Sabinada começou em 1837 e terminou em 1838 é interessante e instigante as evidências de que Luiza Mahin, tenha participado das duas revoltas ao mesmo tempo, tendo que fugir, para não ser caputurada e presa, por causa da Sabinada, e não da Revolta Muçulmana, como sinaliz seu filho, Luiz Gama, que na sua carta, diz ter encontrado indícios da estada de Mahin, na Corte, ou seja, no Rio de Janeiro, metida com malungos desordeiros, ou seja ameaçadores da ordem vigente, e que por isso muito provelmente teria sido presa, com eles e deportada, bem possivel e ironicamente para África.<br /><br />Na segunda parte, vou me deter mais sobre o Quilombo de Manoel Congo, no Rio, o protoganonismo das mulheres africanas e crioulas no mesmo, e de onde vem minha convicção de que seus protagonistas, independente dos rumos que tomou a revolta faz de seus participantes, em singular as mulheres pioneiras da luta pelos direitos humanos no Brasil. dos quais smos herdeiros, devemos nos orgulhar, refletir sobre suas lutas, feteja-las e dar a elas toda visibilidade possivel, tanto em território brasileiro, mas também e cada canto do mundo, onde há dedensoras e defensores de direitos humanos.<br /><br />1838 foi o ano que africanos e negros escravos e livres, que brancos libertadores ameaçaram e abalaram o Império Brasileiro, recem independente e todo mundo colonial com a possibilidade de uma nova revolução haitiana. do lado de baixo da linha do equador.<br />2018 pode ser o ano, pelo menos, do começo de novos abalos, e não será possivel, sequer uma sacudidela, sem que as mulheres negras, e pobres das favelas e periferias,e das africanas, tenham o mesmo protagonismo que Luiza Mahin, Mariana Crioula, e as outras seis mulheres do Quilomdo de Paty, tiveram nos movimentos que lideram, e que embora, perdedores, no primeiro momento, ainda não perderam já que somos herdeiras e herdeiros e estamos dando continuidade as lutaas que apenas iniciaram.<br /><br />Pera aí que daqui a pouco, ou amanhã, posto a segunda parte. Só um toque,véio: sou poeta e animador cultural e militante negro revolucionário. Esse não é um texto teorico ou acadêmico, não é negrologia, nem favelologia. É ARGUMENTO PARA LUTA.<br />Gosto<br />Mostrar mais reações<br />Comentar<br />Partilhar<br />Deley De Acari Vanderley Cunha<br />1 de Novembro de 2017 ·<br /><br />A DELEGADA QUE INVESTIGA O CASO DA TURISTA ESPANHOLA...<br /><br />Tá inclinada a culpar a agencia de turismo e a guia como responsáveis pela morte da turista espanhola na Rocinha! Esqueçam o tenente! tá de sacanagem né doutora?<br />1 de Novembro de 2017 ·<br /><br />A POLICIA NÃO PODE COMBATER O CRÍME, ESTA MUITO OCUPADA E COMETE-LO! Galeano, leu isso num muro no México! pensaram que num parede do prédio da central do brasil? mas podia,né?<br />31 de Outubro de 2017 ·<br /><br />Ministro da Justiça afirma vínculo entre PM e crime organizado<br /><br />Em entrevista ao blog do jornalista Josias de Souza, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirma que a Polícia Militar do Rio de Janeiro é sócia do crime organizado no estado. Torquato não isenta de culpa o Poder Executivo e afirma que com Pezão (governador) e Roberto Sá (secretário de segurança) “o Rio não tem comando” e apresenta prazo para solução: “a virada da curva ficará para 2019, com outro presidente e outro governador”.<br /><br />A conclusão do ministro surgiu através do assassinato do tenente-coronel Luiz Gustavo Teixeira, do 3º Batalhão da PM. Segundo o Torquato, “esse coronel foi executado e ninguém me convence que não foi um certo de contas”. O ministro segue o raciocínio: “ninguém assalta dando dezenas de tiros em cima de um coronel à paisana [Josias apurou que o PM estava fardado], num carro descaracterizado”.<br /><br />O jurista contextualiza o episódio e mostra a percepção que o ministro da Justiça tem do cenário atual no Rio de Janeiro: “O que está acontecendo hoje é que a milícia está tomando conta do narcotráfico. Por que? Os principais chefões do tráfico estão trancafiados em presídios federais. E o crime organizado deixou de ser vertical. Passou a ser uma operação horizontal, muito mais difícil de controlar”, finaliza (ou detona) Torquato Jardim.<br /><br />Em resposta, o secretário de Segurança Público do Rio de Janeiro, Roberto Sá, se diz indignado com as declarações do ministro e o governador, Luiz Fernando Pezão, nega as afirmações. Na Câmara, o deputado do PSOL, Glauber Braga pediu a convocação do ministro para Comissão de Segurança Público da Câmara, a fim de esclarecer as informações de Torquato. Segundo Josias, a data para essa sessão será no próximo dia 8.<br />Entre para postar um comentário.<br />30 de Outubro de 2017 ·<br /><br />UM POUCO MAIS SOBRE CRITICAS AO PSOL E OUTROS PARTIDOS DE ESQURDA<br /><br />Hoje minha companheirada que acredita na politica partidaria como principal maneira de chegar ao poder estão concentradas mais bo PSOL no PCB e um pouco ainda no que resta de bom no PT. Sou um poeta, militante negro afro anarquista um líder comunitário na favela de Acari há uns 40 anos. Não sou dono da favela, não sou o unico ´mais importante lider favelado acari mas, no que posso, no que tenho de credibilidade junto a maioria dos moradores de Acari não me esquivo de acompanhar compas de esquerda em quem confio e acredito quando me pedem quando vem fazer campanha em Acari. Gostaria muito que as irmãs e irmãos anarquistas e principalmente aos afroanarquistas como eu, ao em vez de tentar me convencer que este o aquele partido de esquerda, esse ou aquele candidato de esquerda não presta e não merece meu apoio, me pedissem, como eles, pra apoiar a vinda deles na favela a não votarem mas sim lutarem, e não ficarem apenas fazendo luta anarquista pelas redes sociais, e pelo bares da rua joaquim silva, e dando um beck na escaria Selaron... ou Celaron! De Boa?<br />30 de Outubro de 2017 ·<br /><br />PRA ONDE VAI OU SERÁ LEVADO DEFENSOR DE DIREITOS HUMANOS FAVELADO DIANTE E NO MEIO DO ATUAL CONTESTO DE CONFLITO NAS FAVELAS.<br /><br />Antes de dar meu pitaco, transcrevo um longo mais necessário "pedaço" da entrevista do cineasta Fernando Meireles, no O Globo de ontem. Uma rara e lucida e inquietante mas instigadora percepção da realidade de hoje. Diz o Meireles: "... Essa ideia de franquia da droga era nova na época( 1977, guerra de facçoes na CDD de Ze Pequeno)Entendo que proxima mudança parece ter sido a criação de especies de grands distribuidoras de drogas, que passaram a controlar varias comunidades e disputar o controle da cidade. CV ADA são as maiores. Hoje há grupos trabalhando pelo controle nacional como PCC-Primeiro Comando da Capital e FDN- Familia do Norte. Imagina-se que o proximo movimento deverá ser ligações mais fortes com o mercado internacional, que já deve existir em algum nível dado o volume que estas grandes empresas nacionais negociam. Alias, a lógica do trafico não parece ser diferente da lógica de mercado, o apetite e igualzinho, o que muda são as armas. Bala de um lado, marketing do outro.<br />Fernando Meireles, cineasta, no jornal o Globo. quem quiser ver materia inteira: Cadernos Rio, ECOS DA GUERRA, NO RIO UMA REALIDADE DE FILME POLICIAL, PAGINA 14.<br /><br />Na minha estada em Dublin, na Plataforma de Defensores de Direitos Humanos Ameaçados, com a presença de 106 defensores de africa, americas e ásia, eu, além de um repper angolano eramos os unicos que fala portuguesa. Na troca de experiências na busca de superar a realidade opressoras de cada pais que leva as e os defensores a atuar, enfrentar os violadores e serem ameaçados por sua luta, talvez a que mais se assemelha ao Brasil e ao RIO, talvez seja o México. Depois da minha comunicação, ja publicada aqui no meu perfil, eu virei meio que um alienigena defensor de direitos humanos. "Ninguem entendia porque, num pais democratico, a policia mata tanto, e porque defensores de direitos humanos favelados como eu, como as compas do coletivo fala acari e de outras faveladas do Rio do Brasil somos ameaçados pela policia e sofremos atentados, "SIMPLESMENTE" por assessorar familias de vitimas de direitos humanos na busca de justiça para seus casos.<br /><br />E muita gente, nossa, tanto do asfalto como das próprias favelas, tambem não entendem. A lucida percepção de Fernando Meireles, no globo de ontem nos deve levar a perguntar pra onde vai ou ser levado do defensor de direitos humanos favelado diante e no meio da nova mais tão cruel luta do capital dito legal com o próprio capital criminal, quanto foi o inicio do capitalismo pós feudalismo. É disso, pra onde, como, o que vai ser o que vão fazer do defensor de direitos humanos favelado daqui pra frente...´disso que quero pensar junto, coletivamente, não só com os e as defendoras e defensdores, como com as e os defensores de defensores como a Anistia e a FrontLine da Irlanda.<br />30 de Outubro de 2017 ·<br /><br />Por : Deley De Acari Vanderley Cunha<br />QUEM CRITICA O PSOL POR SER UM PARTIDO DE ESQUERDA BRANCO E DE CLASSE MÉDIA É PORQUE ACREDITA NUM PARTIDO DE ESQUERDA NEGRO E POPULAR?<br />Em 1991 fui um dos poucos militantes de esquerda e revolucionários que assinaram a tese ao 1º Congresso do PT do professor/Deputado Federal Florestan Fernandes, que defendia quE um partido dos trabalhadores deveria ter duas frentes: uma legalista, eleitoral, e uma revolucionária, clandestina pronta a fazer a revolução/ruptura da ordem e a revolução dentro da ordem, como buscam os partidos de esquerda reformistas ocidentais. Me filiei o PT em 86, me afastei do partido em 93, voltei em 2000 pra fortalecer o Coletivo Raça e Classe, tendência minoritária negra e radical formada por militantes revolucionário negros na sua maioria favelados dentro do paritdo. Me afastei em 2002 com a coligação do partido com o PL da Igreja Universal. Simplesmente abandonei o partido porque a politica comunitária favelada, de defesa de direitos humanos e a militância negra e artísticas exgiam e exigem de mim e precisam de mim mais que a politica partidária e eu delas. Não precisei passar por etapas que levam o militante de esquerda do marxismo leninismo ao anarquismo. O contato com as idéias de Samora Machel, Amilcar Cabral, revolucionários africanos de língua portuguesa, Fannon de caribeano de língua e de Ho Xi Min, um budista vietnamita que conseguiu consiliar a filosofia do budismo ao marxismo leninismo me levaram a compreender, se drama e sem dor, que o Anarquismo Negro de Ashanti Alston é o atalho mais curto e seguro para um mundo livre e negro, ainda em construção que nenhum grande pensador ativista, estadista eurocentrico jamais foi capaz de imaginar e fazer realidade. A África, por mais colonizada, explorada, saqueada, onteme e hoje jamais será totalmente ocidentalizada, europeizada. Um filosofo frances, disse um dia que o Ocidente é um acidente. Não sei se os orientais e chamado mundo árabe/oriente médio se consideram também um acidente como é o Ocidente,incluindo as américas pós colombo. A verdade pra mim é que as americas antes de Colombo e a África não são Ocidente, Oriente, o médio oriente. Por maior que seja a diversidade de nossos povos, o mundo não terá futuro sem um reflorecimento um reavivamento, não em busca de um passado, que não exite mais e que não volta, mas em direção a um futuro já a partir desse presente, que nenhum partido comunista esquerdista, seja o PSOL, o PCB o PT ou o partido revolucionario da casa do caralho, é capz de construir.<br />30 de Outubro de 2017 ·<br /><br />FORÇAS ARMADAS NA ROCINHA, COMBATE AO CRIME, OU DESESPERO PRA SALVAR O PMDB DO RIO n<br /><br />A presença "facil" por qualquer "roubaram meu pinico" nas favelas do Rio, principalmente da Zona Sul, parece ser combate ao crime, mas é muito mais que isso: Uma tentativa desesperada, sórdida, desumana, de salvar o PMDB do Rio nas eleições de 2018. O desespero é tanto que as cupulas nacional, estadual e municipal não estão nem aí pra expor a vida de policiais civis e militares das populações faveladas e ocupações irresponsáveis, aventureiras e trágicas.<br />30 de Outubro de 2017 ·<br /><br />NASCE UMA ECOLINHA DE RUGBY FEMININO EM ACARI<br /><br />Na nossa estadia na Plataforma FRONTLINE2017 de Defensores de Direitos Humanos, em Dublin recemos a doação de 14 camisas de rugby no valor total de 1007Como 10007 euros deu pra comprar 14 camisas e o preço de cada camisa, foi em torno de 65 euros, há duas camisas de 75 e 80 euros, a ideia era vende-las ou fazer uma rifa pra arrecadar ao menos uns 800 reais, o que daria pra comprar uniformes pra os 63 meninos da escolinha.<br /><br />Mas depois a ideia evoluiu pra fazer uma rifa só das camisas maiores, e ficar com as pequenas pra montar um time de rugby infantil feminino com núcleos nas escolas Ciep Dr. Adão Pereira Nunes, no Conj. Habt. Amarelinho de Irajáde onde duas alu8nas foram baleadas por policiais na saida da escola, sobreviveram mais com sequélas, fisicas e mentais e na Escola Daniel Piza, no Complexo do Morro da Pedreira onde a menina duda foi morta a tiros por pms no dia 30 de março quando treinava na quadra da escola. o nome do projeto será SOCIAL RUGBY C'IRLANDA.<br /><br />A Ideia do nome do projeto surgiu da junção do nome da Cirlanda, uma morada do complexo de Acari, já falecida, que enfrentou o temível coronel cláudio oliveira, acusado de mandante da morte da juíza Patricia Aciolly,quando este era ainda major e coomandava a base de ocupação pm de Acari, nos anos 90 quando este proibia a realização de festas juninas, jogos de rua na favela com o nome do pais, Irlanda, sede da frontline e dos doadores do uniformes. O projeto também é uma opotunidada pra garantir a participação das meninas nos espaços publicos de praticas esportivas, dominado pelos meninos, e usar as tecnicas e filosofia do rugby pra enfrentar os bulling o machismo e a violencia contra a mulher de um modo geral e principalmente, na favela, que não raro resulta a violencia fisica que resulta em morte tragica como ocorreu recentemente em acari.<br /><br />E reduzir os danos as habilidades de aprendizagem causadas também causada pela exposição constante a o estresse e situações de violencia e alto rísco que afetam estudantes de escolas de favelas.<br /><br />Com a rifa das camisas de rugby para adultos a gente espera conseguir o bastante não só para compra dos uniformes para os meninos como para bolas de rugby para as meninas e uniformes adequados para elas.<br /><br />A ideia se fortaleceu depois de se constatar que o rugby quarda algumas semelhanças com o velho pique bandeira da minha e da infãncia de muitos de nós, hoje praticamente desaparecido de nossas favelas.<br /><br />Agora é captar recursos materiais e financeiros pra por o projeto pra frente. Por enquanto dá pra improvisar bolas de rugby para começar os treinos com garrafas pet cheias de areia revestidas com lona.<br />27 de Outubro de 2017 ·<br /><br />COMUNICAÇÃO A PRATAFORMA DA FORNTILINE 2017<br /><br />Comunicação feita na Plataforma da ong Front Line de Dublin/Irlanda no dia 19 de Outubro de 2017 perente a 106 defensores de Direitos Humanos de todo o Mundo e autoridades mundiais como o Ministro de Relações Exteriores da União Europeia, do Relator da ONU- Organização das Nações Unidas para Direitos Humanos e da Relatora da ONU para Execuções Sumarias/ExtraJudiciais ( como os auto de resistência/ assassinatos de supostos traficantes em favelas)<br /><br />Vanderley da Cunha/Deley de Acari<br />Poeta, animador cultural<br />E ativista negro.<br />Coletivo Fala Acari, Rio de Janeiro,<br /><br />Saudações a companheirada defensoras e defensores de direitos humanos de todo mundo aqui presentes a esta plataforma da frontiline de 2017<br />Neta breve comunicação oral quero expressar minha gratidão a ONG justiça global e ao escritório da anistia internacional no Brasil. Sem o apoio de ambas com certeza nem mesmo estaria hoje vivendo o previlégio impar de compartilhar das ricas experiências de vida e ativismo com centenas de pessoas maravilhosas de todo o mundo.<br />O apoio dessas dessas organizações para freqüentes retiradas emergências diante de serias ameaças e atentados do meu território de origem foi determinante para eu vivo e integro físicamente para estar aqui agora.<br />Atentados ameaças e seqüestros que atingiram não só a mim mas a mais duas companheiras do coletivo fala acari por parte dos mesmos algozes.<br />Oxála possa partilhar com vocês a experiências e o aprendizado do lado bom desses momentos ruins. Se nos foram impostos momentos ruins é porque nossas ações nossas com apoio das organizações já citadas,tiveram êxitos e vitórias embora que ainda parciais no enfrentamento as violações direitos humanos impondo derrotas a nossos detratores ameaçando-lhes a impunidade atraindo suas represálias.<br /><br />Sou um dos integrantes do coletivo fala acari, organização não governamental de ativistas favelados em sua maioria formada de mulheres negras que a partir da favela de acari, no Rio promove ações atividades em prol dos cerca de 45 mil moradores da favela, mais da metade,jovem e mulheres negras na faixa de idade de 0 á 35 anos,com o 160º IDH dentre os 163 bairros da cidade com 7 milhões de habitantes na área metropolitana.<br />O Complexo de Favelas de Acari, com oito favelas somente no 1º semestre deste ano escolar de 2017 é a região que teve o maior numero de dias com escolas fechadas, 35 dias por causa da violência nas operações policiais que põe em risco a vida de alunos professores e pais com danos significativos a habilidades de aprendizado as crianças segundo a UNICEF<br />Numa dessas operações, no dia 30 de março, dois pms ao disparar dezenas de vezes contra supostos traficantes numa ação de execução extrajudicial feriram também mortalmente com 4 tiros a estudante Maria Eduarda, de 13 anos que participava de uma aula de educação física na quadra da Escola Municipal Daniel Piza.<br />Embora seja o menor BPM, do Rio, com cerca de 680 soldados, o 41ºBPM é o de maior letalidade segundo estatísticas oficiais do Rio.<br />Até 9 de Outubro passado são 153 pessoas ditas inocentes feridas balas perdidas na cidade do Rio de Janeiro, 26 somente em Acari com 12 mortes.<br />É pela redução significativas destes danos a vidas tão jovens e pela punição de seus causadores que o Coletivo Fala Acari, do qual faço parte lutamos e é por essa luta que temos sido constantemente ameaçados, seqüestrados, sofrido atentados e estamos correndo sérios e graves riscos de morte.<br />E é nossa persitencia e resistenciasindividual e coletiva e os avanços e as vitorias apesar dos revezes que trazemos aqui paraa trocar com vossas experiências.<br />25 de Outubro de 2017 ·<br /><br />FAVELA SAFARI, UM DIA IA DAR MERDA MESMO!<br /><br />Essa porra, de FAVELA SAFARI um dia ia dar merda mesmo! Um caçador mais sedo ou mais tarde, ao em vez de acertar um tiro num nativo ou num macaco da favela parque nacional de preservação animal e ia acertar num turista em visita ao território pra se divertir com o exotismo local e jogar banana pra gente. Lamento a morte da gringa mas... #FORA FAVELA ZOO! Amigo, amiga de favelado, não precisa posar de turista, pois amigo, amiga de favelado já é de casa também e não precisa de guia,nem de anftrião, pois mesmo morando fora, já mora no nosso coração! GRINGOS, GO ASFALTO<br />25 de Outubro de 2017 ·<br /><br />QUASE DUDA DE CARI DE NOVO.<br /><br />Semana passada um Caveirão parou ao lado da Escola Daniel Piza, onde a menina Duda foi baleada e morta no dia 30 de Março, sairam 12 pms e ficaram apontando as armas para o alto do morro da Pedreira. Havia aula de educação fisica na quadra que teve que ser evacuada as pressas. Os traficantes do alto do morro só não atiram pra não atingir a escola. Mas e se fosse o contrario? os traficantes estivessem ao lado da escola e o pms do outro? o simples fato de terem parado o caveirão ao lado da escola, mesmo tendo aula na quadra, e tendo acontecido a tragédia que aconteceu, é evidente que atirariam de novo, como fizeram quando mataram Duda e os supostos traficantes. Dessa vez sem ninguem pra registrar o fato. Então cairia tudo nas costas dos bandidos. E possivelmente, uma ou mas Duda, menina ou menina, vitima de bala perdida.<br />22 de Outubro de 2017 ·<br /><br />CHEGUE! BEEMMM CANSADO! MAS MUITO BEM!<br /><br />Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-69969935304768336962018-02-12T11:14:00.001-08:002018-02-12T11:55:05.094-08:00DEPOIS DE DUBLIN 622 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
FSM/SALVADOR/2018,DAS MÃES DE ACARI AS MÃES DO MUNDO:<br />
<br />
No Fórum Social 2005 em Porto Alegre uma delegação de mais de 40 mulheres negras e de periferia coadjuvadas por militantes da Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência tiveram uma participação protagonista e surpreendente. A nossa participação girou em torno da exibição do filme "entre muros e favelas.' seguidas de rodas de conversa. Mães de Acari, Mães do Caju, Mães do Rio foram grupos de mães de vitima de violência que tiveram participação protagonista, emocionada, chocante e politizada. que teve ponto alto o encontro histórico das Mães de Acari com uma das Mães de Maio, da Argentina.<br />
<br />
Em 2005. As cidades do Rio de Janeiro, Vitória e São Paulo lideravam as estatísticas de mortalidade de jovens negros e por morte violenta.<br />
<br />
Do Nordeste somente Salvador figurava entre as cinco cidades mais violentas do Pais.<br />
Passados 13 anos cidades nordestinas que sequer apareciam nos mapas de violência hoje lideram essa trágica estatísticas. Fortaleza, Aracaju, Natal, Maceió, Salvador...<br />
<br />
Embora o Rio e São Paulo apareçam "apenas" lá pela oitavas, nonas colocações nesse jogo de violência estatal e paraestatal, são nossas cidades que ainda que tem maior projeção na mídia, e na sociedade. E a lutadoras e lutadores contra o genocídio também são mais conhecidas.<br />
<br />
Mas não é preciso ser muito participante no mundo dos direitos humanos pra saber que onde há opressão, injustiça, genocídio do povo, há indignação, resistência, menos e mais politizada, mais e menos radical mas sempre resistência.<br />
<br />
Seria muito bom se as favelas do rio, com nossas mães de Manguinhos, mães de acari, mas do alemão, mas das favelas da zona sul, da periferia e da baixada pudessem reeditar em Salvador, a participação de porto alegre há 13 anos atrás e somar luta com as mães nordestinas, com a participação igualmente coadjuvante mas importante da juventude negra e pobre e militante favelada e da periferia.<br />
20 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
NÃO PERMITA DEUSA QUE EU MORRA SEM QUE VOLTE PARA DUBLIN...<br />
<br />
Hoje de manhã, indo pra Pavuna, um dos lobos que gostariam de comer meu coração na brasa neste Natal, passou voado num carro da civil. Exatamente sobre a ponte do Rio Acari. Passou que passou voado sem desconfiar que eu estaria naquele onibus. O sol da manhã, refletindo no espelho d'água suja do Rio Acari, me lembrou do Canal de Dublin, capital da Irlanda.<br />
<br />
Passamos,eu e uma voluntaria da Front Line Defenders, de taxi sobre o canal, numa tarde fría, nublada e chuvosa de outono rumo a um shopping pra comprar camisas de rugby e pensei comigo mesmo. Quando chegar no Rio, não vou deixar ninguem me matar até que eu volte aqui,num verão, só pra ver o sol brilhando refletido nas águas desse canal.<br />
<br />
E é isso mesmo, que ninguem se atreva a morrer eu antes de voltar a Dublin, e ver o sol brilhando, refletido no seu canal lendário e histórico.<br />
Dublin é uma cidade mágica, smpre odiei a Europa, nunca me empolgou conhecer qualquer de suas capitais. Mas, por razões politicas que viraram afeição, sempre quis conheer Barcelona, Pais Basco... Dublin, sinceramente não estava na minha agenda politico-afetiva, mas sim Belfast. Mas, agora Dublin muito mais que isto esta no meu coração como uma segunda Acari.<br />
<br />
Parece que vão me deixar passar natal e reveion 2017 vivo, e por permanecer vivo e são, embora não santo, até agora, não posso deixar de ser grato, a Anistia, a Justiça Global e a Front Line Dfenders. Como direitos humanos não se faz com computadores, salas envidraçadas, papeladas, é preciso nominar: Renata Farina, Lígia Medeiros, Mariza Verssomon, Atila Roque, Jurema Werneck, Sandra Carvalho, Alice Di Mrchi, Antonio Neto, Monique Cruz, Gláucia Marinho... Rafael Diogenes, Ivi Oliveira e a mulherada da Front Line Defenders, na Irlanda, representadas no meu coração e na minha memória por Sinead, a unica que me lembro o nome, porque é igual da Sinead Wewer, do filme Alien.<br />
<br />
Não posso também esquecer a generosidade do SR. Deníz O' Braian, que com sua generosidade de doar pra menorzada de Acari 14 camisas de Rugby, começou por incentivar o surgimento do primeiro time de rugby infantil feminino da Favela de Acari, que começa a treinar em Janeiro de 2018. Que os Eres estejam sempre contigo, amigo.<br />
<br />
Por fim, ou por começo, um compromisso com o sol, com o canal de Dublin, com Dublin: Podem deixar que não vou deixar que me morram antes de te ver brilhar e se refletir no Canal de Dublin, de repente minha imagem fosca, tosca e obscura até se reflita também nas águas de voce canal. Não sei se existe a lenda, se não existe, estou inventando agora: Quem, qualquer quem do Mundo, que conseguir um dia ao menos ter sua imagem refletida pelo canal de Dublin, será feliz pra sempre, e imortal, nem que seja imortal por não ter onde cair morto, como Plinio Marcos, e eu!<br />
<br />
NÃO PERMITA DEUSA QUE EU MORRA OU QUE MORRAM EU SEM QUE VOLTE PARA DUBLIN!<br />
21 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
FAVELA FORUM SOCIAL MUNDIAL:Dá pre unificar a diversidade e adversidades das lutas faveladas pro fórum mundial em Salvador ou vamos mais uma vez sermos rebocados pelo asfalto?<br />
21 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
DO CHICOTE DE CINCO METROS, DO PAU PETROPOLIS AO CAVEIRÃO...<br />
<br />
Varias maneiras que proteger os pilas do negro perigoso.<br />
Durante a escravidão, a guarda nacional, a pm nascente e os capitães do mato usavam chicotes comuns,com pouco mais de um metro, de chicotear montaria pra chicotear os escravos. Como ficavam muito próximos acabavam muitas vezes perdendo o chicote e entrando na porrada. Dai inventaram chicote de cinco metros. Já o pau-petropolis foi trazido por marinheiros portugueses no meiado o séc,19. Era um cajado de cerca de 1.60 m, mais ou menos da grossura de um cabo enchada. teve o nome de Petrópolis, porque por aqui passou a ser fabricado naquela cidade. Todo homem que vivia mais na rua, escravo ou não civil ou policia tinha um. Manduca da Praia, famoso capoeira e mercenário politico era um exímio praticante. A milícias usavam muito contra rebelião de escravos e na repressão a tumultos. Há uma gravura do Debret com um negro no chão imobilizado por um pau-Petrópolis sendo surrado por um capataz.<br />
<br />
De lá pra cá a tecnologia de defesa/ataque da policia contra as comunidades perigosas e contras as pessoas tidas como mais perigosas dessas comunidades foi se aprimorando até chegar ao caveirão. a gente não pode esquecer que a a justificativa do estado para usar o caveirão, apenas em ocasiões especiais, era de proteger os pilas. Agora tá evoluindo pra um veiculo militar parecido com tanque,mas pequeno e com mais mobilidade e letalidade que o caveirão já que pode carregar uma Ponto 50, lança chamas, lança granada, lança bombas de gás lacrimogênio, sem falar dos caveirões voadores e drones não tripulados desses que ficou hoje a madrugada toda há uns 300 metros de altura pairando sobre acari e morro da pedreira.<br />
<br />
CAVEIRÃO,NÃO! DRONE MILITAR,NÃO! URUTZINHO TAMBÉM NÃO!<br />
21 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
TODO MIGRANTE AFRICANO OU AFRODESCEDENTE TEM DIREITO A QUALQUER LUGAR DO MUNDO...<br />
<br />
Há poucos lugares do mundo onde não há riqueza simbólica ou material que não seja produto do trabalho escravo ou pós escravo acumulada através dos séculos.<br />
<br />
Se nossos antepassados africanos produziram riquezas nas minas e nos campos e nas cidades que foram levadas para Europa, ou concentradas nas mãos da elite burguesa escravocrata durante séculos de escravidão, nós seus afrodescendentes na diáspora e na África hoje continuamos produzindo na pós-escravidão mais e mais riquezas que continuam sendo drenadas para a mesma europa, pros eua, ou continuam sendo acumuladas nas mãos do eurodescendentes, ex-senhores agora patrões.<br />
<br />
Portanto, todo africano ou afrodescendente quando migra pra qualquer lugar do mundo em busca de uma vida melhor esta simplesmente indo pra um dos lugares onde as melhores condições de vida existem porque foram geradas por seu próprio trabalho no presente ou por seu afroantepassado e levada pra lá.<br />
<br />
Por isso, todo migrante africano ou afrodescendente tem direito a qualquer lugar do mundo onde há riqueza simbólica ou material fruto e produto do trabalho continuado por séculos por nós.<br />
Como há poucos lugares do mundo onde não há riqueza simbólica ou material que não seja produto do trabalho simbólico ou material do africano ou afrodescente ele tem direito a qualquer lugar do mundo.<br />
20 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
SABE O QUE INCOMODA ESSE POVO NO CLIP DA ANITA?<br />
<br />
Nossa mente macha tá acostumada a ver as mulheres negras como coadjuvantes em clipes dos Catras e F50 da vida, como objeto sexual, passavas... Nossa mente macha tá acostumada a ver em clipes Madona cercada de negões. Não estamos acostumados a ver clipes com mulheres negras poderosas protagonizando clipes como o de Anita com homens negros bonitos fazendo o papel secundário que as mulheres costumam fazer no clipes deles. Acostumados ou não, nos acostumemos ou não, véio, a vida não imita a arte, no caso do clipe de Anita é a arte que tá,não imitando, mas já reproduzindo a vida dessas meninas estão a viver, quem em em nossos piores pesadelos machistas, pesadelamos viver um dia.<br />
20 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
MAIS UM FILMÃO DO WILL SMITH? AI ME DEUS!<br />
<br />
Como ator ele é um excelente repper! Mas acho que ele, morgan freeman, denzel, Samuel deviam dar um tempo. Desculpem o trocadalho do carilho racista mas us negão tão virando arroz de festa, pra ser policamente correto: feijão de festa!<br />
20 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
CES CRÊ MESMO QUE A MULHER DO BEIRA-MAR VAI FAZER DELAÇÃO PREMIADA? E DEVOLVER 370 E POCOS REAL?<br />
<br />
Ela tá pensando que é Adriana Ansselmo, Rosinha Garotinho? Ser mulher de bandido de colarinho branco, até de dá pra crer, no máximo dá divorcio e separação de bens roubabados do povo. Mas mulher de bandido favelado? Pode dar num micro ondas de pneu, pode não? Quem e o que ela vai delatar pra pegar pouca cadeia? O cara? os amigos do cara? os inimigos do cara? os centenas de pilas e de politicos que ele subornou?<br />
<br />
Jesus, maria josé e mais o burrinho do presépio: essa muié tá doida? E vai mesmo vender 13 casas, mais umas propriedades e devolver o dinheiro a justiça? Tenho entabulado parceria com uma ong italiana que luta pra que o dinheiro resgatado pela justiça, do crime organizado, seja, empregado em projetos sociais,acho que no caso da máfia, de outras organizações do crime organizado. inclusive, de quadrilhas organizadas dentro do estado como a de ´sergio cabral e eduardo cunha, faz sentido e é possivel, desde que a justiça decida.<br />
<br />
Acho até que vale fazer uma campanha exigir que o dinheiro resgatado pelo MFP das quadrilhas e Eike Batista, Garotinho, Sérgio Cabral, voltem de alguma forma para o povo, e não para os cofres do estado, corrupto e ladrão. Dinheiro e bens materiais de traficantes favelados podem até serem resgatados e empregados em algumas coisas no asfalto. Mas algum favelado medianamente inteligente e com amor a própria pele, aceitaria receber os bens ou o dinheiro ou participar de algum projeto social patrocinado por essa fonte? Sem noção,né?<br />
<br />
Essa história da delação premiada da mulher do beira-mar... sei não.. há! também não entendo nada de Comando Vermelho! Só sei que: (T)odo (C)erto (P)revalesce!<br />
20 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
AGENDA DE DIREITOS HUMANOS 2018 PReCISA COMEÇAR COM 15 DE JANEIRO?<br />
<br />
um agenda de lutas de direitos humanos que seja coerente em 2018 precisa e deveria começar em 15 de Janeiro. Há 25 anos, neste dia, Em 1993, D. Edméia, uma das Mães de Acari foi assassinada quando fazia investigações por conta própria sobre o desaparecimento forçado de seu filho e mais 11 jovens de Acari. Ao que se sabe, Edméia estava bem perto de solucionar o caso que ficou conhecido internacionalmente, comoveu meio mundo e fez essas mães negras pobre e faveladas comhecidas internacionalmente como MÃES DE ACARI.<br />
<br />
Seus filhos e filhas, nunca foram encontrados, nem vivos, nem seus cadáveres. Contando com Edméia, quatro das mães de acari, já faleceram.<br />
<br />
Desapareceram com seus filhos das suas vidas, mas eles nunca desapareceram de suas mentes e de seu corações.<br />
Ao longo do tempo, por suas lutas, por suas coragem e pela imensa generosidade, ternura e dedicação que passaram a ter na luta pelos direitos humanos, as Mães de Acari passaram a estar nas mentes e nos corações de todas e todos nós. Varias das mães de acari, felizmente estão vivas entre nós, infelizmente, algumas vezes esquecemos delas, não dando a devida importância a verdade que elas estão entre as mulheres que a humanidade devem muito ao direito de merecer de ser ainda chamada de humanidade, e não desumanidade.<br />
<br />
Lembrar das Mães de Acari, tantos das vivas, quanto das que já não estão entre nós, como D. Edméia, Marilenne, Vera e D. Laudiceia, não é só um dever de gratidão e afeto, mas um ato revolucionario negro-feminista e libertador do povo preto e pobre do mundo!<br />
19 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
QU'Í "coisssaaa! O CLIP DA ANITA,NÉ?<br />
<br />
Aí? Lá o yutube tem um montão de clip da Leidi Gaga, da Madona! Mas baixa o vídeo no seu celular e devolve o meu qu'i eu vou dar mais um play! Qu'í "coisaaaaa! o clip da Anita!<br />
19 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
O CLIP DE ANITA NÃO É LÁ ESTAS COISAS, MAS DIANTE DO QUE ESPERAM DE UM CLIP NA FAVELA... É QUASE TUDO!<br />
<br />
O clip da mina é bem feito enquanto clip. Pra fazer um clip assim, tão bem dirigido, tão bem produzido não ficaria, melhor se tivesse um manos dando tiro pro alto, correndo com fuzil na mão? mães e minas chorando sobre os corpos de meninos estraçalhados por 762 com os miolos empapando o chão?<br />
<br />
Tipo assim um treiler de Cidade de Deus, Tropa de Elite?<br />
Quem dos asfalto, da favelologia? qué sabe de juventude favelada feliz dançando cantando mostrando seu corpos negros bonitos, seus pixains oxigenados, as minas gataças dançando cantando sorrindo maquiadas e não com olho roxo e tomar soco do namorado?<br />
<br />
Pra tristeza das e dos favelologos de sempre só se vê moto boys, entregadores de pizza, vendedores de água mineral no engarrafamento da av. brasil, minas balconistas do saara, manicures e balconistas de pizzaria da favela, negadinha jovem e bonita alegre e feliz que ao asfalto só se torna visivel quando aparece algemado ou morta e estuprada no "balanço geral" o na primeira pagina do jornal meia hora.<br />
<br />
Tão se escaldando com a celulite da bunda da Anita? oque vocês sabem mas marcas e das cscatrises que a vida dura na favela deixa na alma e no coração de minas pretas que ela representa a se identificam com ela?<br />
<br />
O clip de Anita não é lá essas coisas, mas diante do que se espera de um clipe na favela... é quase tudo. Acima de tudo é um clip feito com a qualidade, o cuidado na produção na direção e na pós-produção que uma artista do funk merece.<br />
19 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
MISCIGENAÇÃO TAMBÉM E GENOCÍDIO!<br />
<br />
Primeiro que tudo descobri que de tanto nunca dizer ou escrever miscigenação, não sabia escrever miscigenação.<br />
<br />
Segundamente me vem uma pergunta mais que puramente existencial, uma pergunta real,dolorosamente real:<br />
Se miscigenação também e genocídio o que sou eu, um misgenado? um morto andante? uma prova irrefutável de genocídio? um agente da morte do negro? Ah! esquece eu deley de acari, que sou pouco mais que nada, nessa história<br />
todo!<br />
Mas, faço uma lista de miscigenados muito mais importantes para o povo negro e para a humanidade. Esses são também agentes da morte negra?<br />
<br />
Alexandre Daiane Dumas Luzi Gama, Malcon X, Carlos Marighela...<br />
<br />
Fala tu, que ostentanram a faixa: MISCIGENAÇÃO TAMBÉM É GENOCIDIO, no 20 de novembro! muitos de vocês, também mascigenados?<br />
19 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
MISIGENAÇÃO É GENOCÍDIO?<br />
O QUE NÓS MISIGENADOS SOMOS ENTÃO?<br />
18 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
#MULHER COMIGO É NA COÇA:<br />
Se ela pedir pra coçar a cabeça eu coço.<br />
Se ela pedir pra coçar a orelha eu coço.<br />
Se ela pedir pra coçar sola so pé eu coço.<br />
Se ela pedir pra coçar as costas eu coço.<br />
Se ela pedir pra coçar alma eu coço.<br />
Se ela pedir pra coçar o coração eu coço.<br />
<br />
Mas, se ela pedir pra coçar o bolso, espero que<br />
ela não me dê uma coça, que eu tô coçando<br />
minha cabeça pra ver se cai piolho pra fazer farofa!<br />
17 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
SIM, CAVEIRÃO, NÃO! MAS...<br />
Mas sabendo que é uma campanha efêmera, passageira, passageira mesmo de ser passagem pra URUTU,NÃO! DRONE,NÃO!<br />
<br />
Já que a policializaçao das forças armadas veio pra ficar e a militarização das policias também. e a presença das armadas na favelas estão se tornando mais frequentes e comuns nas favelas e um urutu tem mais mobilidade dentro da favela que os pesados caveirões. além do mais favelas a beira mar com lixão em caxias, rocinha, maré, pavão-pavãozinho Cantagalo podem ser acessadas por tropas em carros anfíbios.<br />
<br />
tropas noturna podem chegar com comando especiais apoiadas por drones e caveirões voadores equipados com câmeras infravermelho podem entrar numa favela de madrugada, com um comando de 8 homens altamente treinados e prender ou matar um homem. sem que a maioria da favela perceba o que aconteceu.<br />
17 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
13 anos que o caveirão entrou pela primeira vez em Acari. De lá pra cá o caveirão se naturizou na favela á ponto do seus ocupantes ter pedido varias vezes ajuda ao tráfico pra pagar reboque pra rebocar caveirão do 41º bpm avariado ou atolado no valão. A naturalização do caveirão na favela não diminuiu sua letalidade para o morador e até pro traficante.<br />
a visibilidade de dentro do veiculo é precária e já varias vezes moradores foram baleados com itros partido de dentro dele com 15 policiais dentro o que dificulta a indetificção do atirador. Já teve casos em que o caveirão deu solavanco no quebra mola, e um fuzil disparou sem querer na canela da moradora. só restou ao atirador sair do caveirão e pedir desculpas a moradora. De qualquer forma o caveirão tem um papel simbólico aterrorizante mas de terror físico também. Ele é uma sala de detenção ambulante e é comum ele rodar 4, 5 horas com suspeitos dentro, sem que estes sejam levados para averiguação. Como toda sala de dentenção ele é também um câmara de tortura, e vez por outra de execução. Creio que a policia do Rio é a única no mundo que domina a técnica de matar usando uma garrafa de água mineral super gelada;um banho de uma garrafa de água provoca choque térmico num suspeito baleado com o corpo em alta temperatura por causa de corpos estranhos no corpo.<br />
15 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
KATJA,PRA ALÉM DE KATJA.<br />
<br />
Não é nenhuma surpresa a reação da camarada Katja diante das manifestações de apoio, solidariedade e indignação diante da sua prisão.<br />
Ela minimizar sua detenção e maiorizar a prisão e condenação de Rafael... a gente só podia mesmo esperar esse gesto da camarada.<br />
<br />
Mas para além do gesto dela e, a partir da detenção dela, é preciso que nós defensores de direitos humanos façamos uma reflexão ativa sobre a situação dos, mais correto dizer, das defensoras de defensoras de direitos humanos.<br />
Defensoras de defensoras, sim porque, tanto defensoras de direitos humanos quanto defensoras de defensoras são na maioria mulheres como Katja.<br />
<br />
Estive em Dublin, na Irlanda, há alguns meses, na Plataforma da Front Line Defenders, organização que defende os defensores de direitos humanos no mundo. De 106 defensores de direitos humanos a maioria eram de mulheres chamado mundo periférico. Não brancas.E a maioria de defensores de defensores, embora em menor numero, também eram mulheres. Brancas. Como Katja.<br />
<br />
Virando o foco para nosso dia á dia verde amarelo, a gente ve que a maioria de defensoras de direitos humanos brasileiras são mulheres não brancas e a maioria das defensoras de defensoras, são mulheres, brancas como Katja.<br />
<br />
Dai, contrapor sua "privilegiada" situação de mulher branca de classe média a situação desprivilegiada de negro pobre e favelado de Rafael Braga, a principio é correta mas nem tanto.<br />
<br />
Qualquer defensor de direitos humanos favelado pode ser transformado num Rafael Braga, não num amanhã simbólico, mas num hoje real.<br />
Mas como a maioria de defensoras de direitos humanos são mulheres, não brancas, das favelas e periferia, o mais correto seria, pelo menos pra mim, não contrapor, mas por lado a lado, defensoras de defensoras e defensoras. numa só linha de frente.<br />
<br />
Óbvio que uma defensoras de direitos humanos preta pobre e favelada corre muito mais risco de ser criminalizada por militância que uma defensora de direitos humanos branca de classe média. Mas se essa defensora de direitos humanos branca de classe média, for não só uma companheira de luta, mas uma camarada de revolução radical como Katja, aí ela tem, mesmo que menos que uma companheira negra pobre e favelada, o dobro de probabilidades de ser criminalizada, como aconteceu com Katja.<br />
<br />
Pra fechar essa primeira parte desse texto, fica a questão questada por mim ainda em Dublin; quem defende nossas defensoras?<br />
Dentre as e os muitos compas e camaradas radicais, pretos e pretas favelados, e os as apenas pretos há, quem, e não são poucos que acham que nossos camaradas brancos e brancas tem mais é que se fuder que nem a gente, na defesa dos direitos humanos, já que a maioria ganha pra isso,ou se não ganha, faz da defesa de defensores um roby.<br />
<br />
Como, obviamente não estou dentre estes, e até fraternalmente contra eles.... vou por umas langerie na corda, deixar o moden do notibuk esfriar e volto ao tema... da necessidade de saber como com que e quem vamos defender nossos defensores. Alias, nem bem comecei a fechar essa primeira parte do texto, explodem fogos pros lado de Acari. Tem policia na favela.<br />
<br />
Que Yemanjá Ogunté, com seu espelho numa mão e a espada de guerreira na outra nos defende, se distinção de quem defende e quem defende a defensora, ou defensor como eu.<br />
ODOYÁ!<br />
14 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
NÃO RIO DO FLAMENGO, NÃO RIO DO, MEU VASCO, NÃO RIO DO FUTEBOL CARIOCA...<br />
<br />
Covardia dos zé ricardos, zé ruaelas botar meninos que até dois anos atrás, mal tinham comida em casa, com o peso nas costas pra salvar um time que chupa- sangues cascudos não conseguiram salvar. Vinicius, Lincoln sdo flamengo, paulinho e paulo vitor do vasco, mathus alexandre, do fluminense tem mais é que meter o pé pra europa de deixar os times se fuderem.<br />
14 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
QUE TEM PRETO MORRENDO A CADA 30 nem vermelhoMINUTOS, QUE TEM PRETA COM PROBABILIDADE DE MORRER DUAS VEZES MAIS QUE UMA BRANCA A FAVELA JÁ SABE...<br />
<br />
E sabe também que de cada dez mãos que impunha a arma e aperta o gatilho pra matar pretas e pretos são mãos pretas a mando de brancos, ou de pretos com jeito de brancos.<br />
<br />
Como fazer pra preto parar de matar preto e preta, dizer a ele que preto não pode matar preto, nem branco, nem amarelo, nem vermelho? se sou preto e os que querem me matar são pretos fardados pelos brancos na ilusão de que ser capitão do mato iguala ele aos brancos? Alías, nem bem isso porque a função do capitão do mato não era matar mas capturar o escravo vivo pra devolver pro eito. Quem matava era sempre o carrasco, com capuz... muitos deles, pretos. Só que os brancos tinham o cuidado de quando o condenado era branco, botava um carrasco branco pra executa-lo. pros carrascos pretos não se acostumassem e descobrissem que podam matar branco sem serem punidos.<br />
<br />
Fannon, em Condenados da Terra, sita que os atiradores senegaleses,que serviam o exército francês na 2º guerra, exímios atiradores nos treinamentos, tremiam e erravam o alvo, quando tinham que atirar nos alemães,brancos obviamente.<br />
14 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
ASSUNTANDO SOBRE O JOGO DO FLAMENGO E OS MENINOS DA BASE...<br />
<br />
Me lembro de dois jogos do Vasco que o time tava perdendo e o treineiro quis botar um garoto já no final do jogo. Um não era tão garoto, Bebeto, se recusou a entrar aos 42 do segundo tempo. diz a lenda que o treineiro, carlos alberto silva, deu porrada nele, no vestiário.<br />
<br />
Outro, foi o Geovane, este sim subido da base, aos 18 anos. o delegado de policia/treinador quis botar ele aos 43 do segundo tempo, com o time perdendo e ele se recusou. Antônio Lopes, o treineiro/puliça correu atrás dele pra bater mas ele correu pro vestiário.<br />
<br />
Esse tal de zé ruela anda botando meninos de 17 como vinicius, Lincoln, com 16, na fogueira, no fim dos jogos com o time perdendo na esperança de que resolvam a partida que sua incopetencia e o suga sangue dos mais experientes não conseguem. foi covardia o que rueda fez com os dois moleques. ainda mais com o Lincoln. fui comovente ver a carinha do menino no fim do jogo olhando pra torcida sem entender direito o que estava acontecendo. conheci os dois num jogo vasco e flamengo no campo do bangu, são gente boa, pouco mais que uma criança, como são os meninos do vasco, que conheço mais.<br />
<br />
Pra mim se fosse eles fariam o que estão fazendo mesmo. meter o pé pro exterior. Bargos, o menino, 18 anos do indepediente não quis nem saber: montou no primeiro cavalo com celas que passou e foi pro futebol americano. é vem de favela de Buenos aires, como os meninos daqui.Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-12453754396089504962018-02-10T11:50:00.004-08:002018-02-12T10:49:48.220-08:00DEPOIS DE FUBLIN 5Deley De Acari Vanderley Cunha você tem o direito de brincar nele com suas panelinhas de barro e sua bonequinha de pano e rodar pião e soltar pipa balangar na rede e chupar caju de baixo do pé. o quintal é como se fosse seu. conhece um poema da leila diniz/ "BRIGAM ESPANHA E HOLANDA PELOS DIREITOS DO MAR. ESPANHA E HOLANDA BRIGAM PELO DIREITOS DO MAR PORQUE NÃO SABEM QUE O MAR NÃO DOS QUE BRIGAM POR ELE MAS SIM DOS QUE O SABEM AMAR. Você, Rafael e outras pessoas que botei na postagem conquistaram meu coração pelo atos de amor por mim,<br />
1<br />
Gerir<br />
Gosto<br />
· Responder · 5 sem<br />
2017<br />
31 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
QUE MALANDRA É VOCE,COMPANHEIRA?<br />
<br />
Que malandra e você, companheira mulher preta, da favela, da baixada de perifa que outro dia se recusou a ser vadia da marcha das vadias das mulheres brancas do asfalto?<br />
<br />
UVocê que recusou ser vadia de esquerda aceita ser malandra como anita "da favela". qual a diferença de uma lage do Vidigal pra o asfalto da rio branco?<br />
<br />
Que malandra você é,companheira?<br />
Malandra versão femea do malandro macho do bezerra da silva?<br />
Malandra versão femea do novo malandro do chico Buarque eu trabalha e choacoalha não no tem da central mas no brt campo grande alvorado, no metro Pavuna parque oceânico?<br />
<br />
que malandra é você,companheira?<br />
malandra mãe avó que ralou muito fazendo diária lavando banheiro limpando bunda de filho de branco pra filha neta anita hoje fazer festa na lage com as amigas e amigos mostrando a celulite na boa?<br />
<br />
Que malandra é você, companheira?<br />
a malandra da lage e da celiute ou a malandra que sai de manhã de baixo de bala de frente pro caveirão ralar dia inteiro depois ir pra faculdade e voltar pra favela bem tarde da noite e ainda por janta pro compas e tirar a calcinha da pía do banheiro que filha deixou?<br />
<br />
Que malandra é você, companheira, que tem que ser negra favelada estudante mãe companheira mãe do companheiro objeto de assédio do compas de luta?<br />
<br />
Que malandra é você companheira?<br />
que me quer companheiro, amante, amigo,irmão, sem precisar que eu seja malndro?<br />
30 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
PAMELA PASSOS&MC BETINHO DA FORÇA DO REP.<br />
Ainda não apareceu na minha linha de tempo mas, hoje também é aniversário de Pamela Passos,e se fosse vivo, MC Betinho da Força do Rep.. Betinho foi morto jovem,21 anos por pms,em 2001 em Acari, e era um dos mais brilhantes letristas e compositores da música negra brasileira e não só do funk.<br />
Pamela é uma mulher negra militante e uma das mais brilhantes e talentosas intelectuais negras brasileiras hoje.<br />
<br />
Tudo que posso dar Betinho, hoje é minha saudade, e talvez consiga, se o coração aguentar escrever um poema pra ele.<br />
Já Pamela, há 10 anos trás escrevi um poema e presente pra ela, na época acho até que ela gostou, agora, passados 10 anos, gostaria de escrever outro, mas como depois, ela renegou o primeiro, não me arrisco e escrever outro hoje, mas digo que continuo admirando, sendo fã dela, e amando-a muitão! Que sua vida seja longa e feliz, que assim serão longas e felizes nossas vidas, que temos honra e orgulho de viver no mesmo tempo e no mesmo mundo que ela.<br />
<br />
ACHÉ, AMO LIVRE E LUTA!<br />
30 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
TEMER&PEZÃO,2018: MAIS URUTU E CAVEIRÃO, MENOS ESCOLA.<br />
<br />
Ontem deu no jornal que o governo federal gastou 48 milhões pra por as forças armadas no Rio, pra invadir favelas por 15 vezes. Agora estou vendo aqui na pagina 12 do Globo: VERBA FEDERAL PARA ESCOLAS DO RIO É CRITICADA. e tem uma fotinha do Pezão com o Maia Jr. assinando o o documento que libera 27,6 milhões, pro ano todo de 2018 para 785 escolas, 440 estaduais e 340 municipais. Só que o Estado tem 1200 escolas estaduais e a cidade 1700.<br />
<br />
Como dizemos no funk, pra quem sabe ler um pingo, mc pingo é funk. a politica publica de governos, federal, estaduais e municipal é essa mesma: Mais urutu e caveirão e menos escola.<br />
30 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
FORÇAS NACIONAIS EM ACARI, URGENTE! PELOS PODERES DE JULGMANN:<br />
<br />
Neste momento a favela de Acari corre o risco de ser invadida por terríveis inimigos e precisamos urgente das forças nacionais, estadual e municipal pra nos socorrer.<br />
Neste momento centenas de milhões micro inimigos ameçam invandir a favela ocultoos nas águas e uma enchente e nos matar de dengue, febre amarela, tifo hepatite diarreia, destruir nosso moveis, geladeiras, tvs, compras de natal e anos, nos expulsas de nossas casas, e subergilas em água podre merda.<br />
Tá chovendo pra carai e precisamos urgente das Forças Nacionais:<br />
Da Marinha: barcos anfíbios pra resgatar moradores, barracas de campanha pra acolher desabrigados..<br />
Do Exército: braços pra ajudar carregar moveis, colchões e doentes que não podem andar.<br />
Ah: aqueles gêneros alimentícios que o general chefe da logística comprou e tá entocado naquel galpão secreto a gente aceita porque vai precisar de muita esta básica.<br />
<br />
Da aeronáutica. uns dois helicipeteros, não sei escrever essa porra, pra transportar morador das áreas alagadas pra lugar seguro.<br />
<br />
Pelos poderes de JULGMANN, O MINISTRO!<br />
29 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
ABRICÓ DEPOIS DE MUITO TEMPO...<br />
<br />
Estou cavando tempo pra ir a abricó, única praias naturista de cidade. Além do tempo preciso de um óculos escuro de qualidade que filtre os raios de sol de verdade pra não afetar minha vista já prejudicada. Outra coisa é arrumar companhia que além gostar de praia naturista com alegria, companheirismo e respeito, tenha disposição pra caminhar sobe morro desce morro sobe morro a pé do pontal até grumari. Aquescendo as turbinas e aguardando tempo bom. que vai?<br />
29 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
TUDO DE BOM CHEGAR O NIVER DE UMA AMIGA BOLADO E TRISTE E SAIR E SAIR CALMO E FELIZ E ABENÇOADO PELO ATO SUBLIME DE DUAS MULHERES NAMORANDO.<br />
<br />
Só consegui sair da favela depois de sete da noite, depois que acabou a operação do 41ª e de uma varredura pra ver se não havia tróia. Sai de casa bolado e triste por não ter mais a liberdade de sair de casa e voltar a hora que quiser. Sai de casa a hora que Eles deixaram, cheguei no aniversário da amiga, comecei a relaxar quando constatei que o tema do niver era o niver mesmo, e não a violência, temer ou a bunda da anita. bebi pouco e comi muito. como diz o ditado, peru morre de véspera e morre porque ficou bêbado. Fiquei feliz pela bela festa que a amiga merece por ser uma benção das yabas e nossas vidas.<br />
<br />
Infelizmente tive que ir embora sedo pra destino certo e sabido por poucos, antes da meia-noite, antes eu minha carruagem de cristal virasse abobora e explodisse comigo dentro.<br />
Fui pra onde tinha que ir calmo feliz e me sentido abençoado por presenciar o ato lindo delicado e sublime de duas mulheres, uma dela amiga querida, namorando e se beijando da forma mais terna e cândida.<br />
<br />
Pra quem durante o dia viveu o terror e a angustia de uma operação policial que poderia custar a vida, com todo o machismo hiper-heteromasculinismo encerra, ter guardada no coração e na mente a imagem do ato de duas criaturas humanas, do mesmo sexo, lindas miitantes e guerreiras, é tudo de bom e tudo que eu preciso, pra continuar na luta, e inspirado no sublimidade delas dizee pra mim, mesmo e quem me lê: Bolsonaro, Feliciano: não passarão! Viva a Revolução, afroanrcofeminista.<br />
<br />
Grato meninas, por me mostrarem que a revolução pelo amor livre e não patriarcalmente possessivo e dominante é possível e virá. virá a partir de pequenos feitos feitos no dia a dia, como o namoro entre duas guerreiras amorosas e guerreiras<br />
<br />
Que Oxum lhes abençoe sempre, que vocês duas, mesmo sem saber, simplesmente sendo sublimes e verdadeiras, me abençoaram com tanta singeleza.<br />
ACHÉ, AMOR LIVRE E LUTA!<br />
28 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
41º NA FAVELA, MINHA IRMÃ NA RUA, QUE HORAS ELA VOLTA? VOLTA?<br />
<br />
Feijão e frango no fogo. Minha irmã, 65 anos, dificuldade de andar, sai pra rua. Pergunto se vai voltar pra almoçar. Bolada com alguma coisa, ela tá sempre bolada,responde um seco não sei sai e bate a porta. Aumento o volume do som pra ouvir o suave o rascante e angustiado trumpete de um Davis já aidético e ranzinza. Ouço foguetes e tiros na direção da casa onde mora a irmã de igreja onde minha irmã costuma ir.<br />
<br />
Minha reação insitintiva é sair a procura dela. Vou a janela, passa um menino de radinho apressado, olha pra mim e faz 4 depois um com os dedos. Entendo que é o 41º. Em seguida faz sinal de cortar pescoço e aponta pra mim, depois faz sinal pra eu meter o pé. Faz sinal que tem alguém rondando em torno da favela.<br />
Não demoro entender que é o bonde dos caras que querem meu pescoço, mas não só o meu., minha apreensão aumenta porque vejo que duas compas ameaçadas estão on line e não sei se estão na favela ou fora dela. já são 12h54 minha irmã não almoça a essa hora, mesmo se voltasse agora já apaguei o fogo do feijão e do frango. também perdi a fome. Melhor pro povo que vai no niver da glaucia menos um pra comer e beber já´que perdi a sede também.<br />
<br />
Dá pra sair de casa, mas como sair sem saber da minha irmã e das compas que estão on line e não sei se estão em casa correndo risco?<br />
Como sair se no entorno da favela rondando há uma hiena, num pálio prata escuro placa KZO 5330, clonada/ tembém que meu fígado pra paté? forro a toalha no chão deito e fico ouvindo os sons da rua, passa um veiculo pesado mas não é o caveirão.. só um caminhão de bebidas. dou uma ultima olhada em quem tá on line, duas compas da anistia estão, mas pelo jeito estão na praia ou curtindo o recesso com as famílias. Melhor não incomodar.<br />
<br />
Desligo o celular e o computador,,,<br />
Vou tentar dormir na esperança que a dor de miles davis vire canção de ninar eu eu durma até os pilas irem embora e eu puder ir pro niver da glaucia. Sorria, povo. estou sem fome e sem sede. vai sobrar mais pra vocês.<br />
<br />
Por agora só quero saber que horas minha irmã volta... se volta!<br />
28 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
ESTOU ACEITANDO FELIZ ANO NOVO ANTECIPADO...<br />
<br />
Só que tal qual Zózimo Bulbul me guio pelo calendário lunar:<br />
,Meu primeiro dia de ano novo começa dia 24 de janeiro, com a lua crescente. Feliz Ano novo.<br />
27 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
SABE PORQUE FALEI POUCO DA BUNDA DA ANITA?<br />
<br />
Porque só sei falar do que conheço profundamente, sem queres ser machista, mas sendo.<br />
<br />
Na indústria cultural multinacional do descartável bunda da anita é tão passageira quanto internacional.<br />
<br />
Nesta indústria cultural do descartável todo corpo é mercadoria todo clip é markentig pra vender o corpo negro<br />
seja a bunda da anita, seja o cabelo novo do neymar, seja o topete engomado do mulato Cristiano Ronaldo.<br />
Nada no clipe da Anita é supérfluo, é a mais, nenhuma celulite, nenhum tórax bem delineado de um do meninos, nem um gota de suor corre de um daqueles corpos negros<br />
sem que o montador do clip foque, sem que passe batido pela edição final nem pelo dono da gravadora, do empresário de anita.<br />
<br />
Se a megaprodução da anita quisesse que sua voz aparece mais que seu corpo, contrataria spike lee pra dirigir o clip e não o megadiretor de clip funk sex.<br />
<br />
já vi clips de Madona, Beonce, laide gaga, xakira, essas donas cantam muito e seus corpos belos apenas ilustram a beleza de seus cantos, nunca fiquei mais que um segundo olhando a belas pernas e tina turner antes de ficar duas horas de olhos fechados ouvido sua voz poderosa e cortante.<br />
<br />
Gostei o clip da anita porque ele é bem feito, uma peça de markenting internacional feito pra o que exatamente esta conseguindo.<br />
A lógica de mercado do corpo que pede um clip como o da anita, é a mesma que pede o corpo negro do Anderson silva sendo socado num octopo, é a mesma que pede corpos negros sendo dilacerados em clipes de longa duração como os filmes tropa de elite e cidade de deus...<br />
<br />
Vai para roliudi ou não vai? vai para o oscar ou não vai, vai para o emmy, ou não vai<br />
<br />
Quem os produtores da Elza Soares ou Olen Orelia contratariam pra fazer o clip delas? o mesmo diretor do clip da anita, spike lee, Clementino Jr, ou Luiz Antônio Pillar?<br />
<br />
Ah!!! você não sabe que é clementino Jr, nem o Pillar?<br />
<br />
Mas sabe quem é Spiike Lee?<br />
Quem sabe um dia anita contrate ele pra mostrar que tem voz e também sabe cantar.<br />
<br />
Ai eu vou falar bastante dela já que há coisas na vida que se pode conhecer profundamente sem que se precise ser machista ou sexista.<br />
26 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
SUA BENÇÃO, MAÍNHA GLÁUCIA...<br />
<br />
Toda vez que vejo Gláucia, principalmente quando ela está de brancp,, no dia do orixá dela, minha primeira reação, automática, e me prostrar ao pés dela, bater palmas três vezes, depois levantar ganhar um abraço de yalorixá, beijar suas mãos, pedir sua benção, e só depois zoar com a cara dela, como gosto de fazer.<br />
<br />
Gláucia tem idade pra ser minha filha, mas nossa religião, é a única que dá a uma pessoa, trinta anos mais nova que a outra, seja respeitada e obedecida como se fosse mais velha.<br />
<br />
Uma pessoa com cinco anos de santo, e com pouca idade biológica é efetivamente mais velha que uma pessoa de muita idade mas com menos anos de santo.<br />
<br />
Esse mais saber acaba prevalecendo no dia a dia, tão forte é a cosmovisão afrosagrada do mundo, influencia a vida comum e em comum.<br />
<br />
Como Glaucia tem bons anos de santo, e eu não tenho nenhum, sua sabedoria é grande e a minha é nenhuma, por isso, neste dia tão importante pra nós que partilhamos a vida aqui no aye, com ela, eu em particular só me resta, tomar sua benção humildemente e pedir aos orixás que a abençõe e proteja e lhe de longa vida feliz que assim longa feliz e abençoada continuará a ser nossas vidas que convivem com ela, já que ela é uma benção do orun pra nós.<br />
<br />
Sua benção maínha Gláucia! obrigado por ser você em nós, neste e em todos os dias!<br />
Gosto<br />
Comentar<br />
Partilhar<br />
1 partilha26 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
TERRORISMO DE ESTADO EM FORMA DE CHUVA...<br />
<br />
No tempo em que o estado esbanjava dinheiro pra gastar 8 mil reais pra levantar o caveirão voador do chão eu olhava da minha janela do 4 andar e já sabia que ia ter tragédia.<br />
<br />
O terror de estado que o caveirão voador causa no povo da favela só tem igual ao terror que trombas d'água causam, meia hora de chuva torrencial pode ser suficiente pra fazer transbordar o Rio Acari e fazer a enchente subir a até 3 metros de altura.<br />
<br />
Numa dessas vezes, os danos só não foram maiores porque o então chefe do tráfico formou uma força tarefa e ajudou os moradores a levar seus pertences para locais mais altos.<br />
<br />
Quatro horas depois, com a enchente baixada, montes de camas, colchões. eletrodomésticos danificados perdidos o BOPE invade a favela, pisando na lama, tropeçando no lixo, caveirão voador voando baixo prolongando o terror que veio do alto como o pé dagua que veio do alto no dia anterior.<br />
,<br />
Questionei um sargento que se protegia fazendo de um armário cambeta sua trincheira. poxa chefe, vocês podiam ter vindo ontem na hora de chuva. Ele olhou pra minha camisa da primeira campanha contra caveirão,o senhor ´não é defensor de bandido ? porque não pediu a eles? Não precisei pedir, eles ajudaram. Que bom. o bope é policia não é mãe tereza de calcuta...<br />
Por isso que a favela fecha com trafico, respondi com raiva sem pensar.<br />
Sabe que posso prender o senhor e te associar o trafico?<br />
Sei! respondi.<br />
Nisso o caveirão passa, um dos snipers pendurado aponta pra um lado, em seguida descarrega sue fuzil, o sargento caveira corre pro mesmo lado com outros soldados..<br />
olhei pro caveirão voador e olhei pro lado da zona oeste, um vale entre o maciço da pedra branca e a serra do mendanha. Muitas vezes quando olho pra lá da minha janela do 4 andar do amarelinho e vejo que o pedra branca e mendanha sumiram nas nuvens de chuva mesmo quando em acari, não esta chovendo, sei que o terror de estado em forma de chuva ameaça a favela porque o rio acari, nasce na serra do viegas, no maciço da pedra branca, em realengo. e quando chove na sua nascente rio enche., os estados prefeitura e estado estado sabem disso, mas preferem mandar a policia e seus caveiirões pra aterrorizar os moradores e ao em vez de engenheiros civis, maquinas, tratores, pás mecânicas.<br />
24 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
TRÊS HISTÓRIAS, MAS NÃO A MESMA DOR,DONA VERA.3<br />
<br />
Antes de falar do pequenino Arthur baleado por bandidos quando atiravam em pms. Uma pergunta, nem um pouco iironica, uma pergunte de ignorante mesmo. Os pms negros mortos por morte violenta,seja por quem for, estão incluídos dentre os "negros que são mortos a cada 23 minutos." no pais?UAI! Não são negros? Outra pergunta nada irônica, burra mesmo, sinceramente burra? que mais mata preto? preto ou branco? se a maioria dos pretos mortos são mortos por pms, se a maioria dos pms, do sudeste pra sima são pretos é absurdo dizer que a maioria dos pretos estão sendo mortos por pretos. Estou racializando? pode não ser importante pros brancos, mas sou preto, e pra mim é importante.<br />
24 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
TITÍO MARIO.NOSSO PAPAI NOEL INESQUECÍVEL.<br />
<br />
Mario Vianna, com dois enes, era um policial aposentando, ex-juiz de futebol e comentarista de arbitragem da radio globo. Gostava de se vestir de papai noel e distribuir brinquedos pra garota da Urca, onde morava. Lá tava ele distribuindo presentes pela rua dezenas de crianças trás dele.<br />
De um bar um gaiato grita. Papai noel viado.<br />
Mario, enfurecido parte pra dentro do bar, a garotada atrás, e mete porrada no abusado. E a garotada na torcida; isso ai papai noel, mete a porrada nele, dá-lhe papai noel, quebra ele papai noel. Abusado nocauteado mario/papai noel pega o saco e sai límpido e fagueiro pelas ruas cumprindo sua sagrada missão de distribuir presentes simbolizando paz e amor como manda o espirito natalino.<br />
24 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
TRÊS HISTÓRIAS, MAS NÃO A MESMA DOR,DONA VERA.2<br />
<br />
No caso do pm morto em assalto.<br />
Os números da própria policia mostram que 9 entre cada 10 policiais mortos, morrem em tentativa de assalto, a maioria não concluídos em que a vitima leva muitos tiros, muitas vezes, dezenas de tiros. Uma das justificativas pra tantos tiros seria o fato de normalmente ele estar portando uma arma o que acirarria a ira dos assaltantes.<br />
<br />
A quem questione tantas tentativas de assalto e pouca conclusão. Há quem afirme, e não são poucas as afirmações, é que na verdade, não seriam tentativas de assalto, mas sim acerto de contas, entre os pms mesmos.<br />
<br />
Seja lá o que for, há nas mortes de policiais, uma clara hierarquização do crime, e uma subliminar hierarquização da dor. Quem mata um policial, civil, ou militar tem sua pena agravada. Logo de inicio, ai há um hierarquização dentro do próprio quadro de servidores públicos: Não há agravamemento de pena para quem mata um professor ou um médico servidores públicos tanto quanto os agentes de segurança.<br />
Deveria haver ai um isonomia, não é mesmo?<br />
<br />
E pior, com relação a população civil, a hieriquirzação é maior ainda, já que não há agravamento de pena pra agentes públicos que matam civis no exercício de da profissão, nem no caso dos agentes de segurança como no caso de erros médicos.<br />
<br />
Por consequência esta implícita aí que a dor da morte de um pm ou policia civil morto por um civil é maior que a dor de um civil morto por um pm ou policia civil.<br />
<br />
Uma outra questão é importante: é comum ouvir-se expressões de dor resignada de mães de rapazes envolvidos no tráfico ou em assaltos quando são mortos em confronto ou em execuções sumárias mascaradas de auto de resistência. "ele estava envolvido mesmo, vou entregar nas mãos de Deus.<br />
<br />
Quando o numero de mortes de policias chegaram a 100, o jornal Extra publicou as fotos do 100 mortos.<br />
Dos 100, mais de 20 já havia servido num dos dois batalhões, 9º e 41º BPM todos eles foram reconhecidos por moradores como envolvidos em execuções sumarias, ferimento de civis por balas perdidas, coação e achamento de marginais.<br />
Mortos viraram heróis. E a dor das famílias, das mães, mulheres,filhas foram estampadas nos jornais.<br />
<br />
Quanto desses heróis, depois que mataram civis covardemente chegaram em casa e contaram mãe ou pra mulher que haviam executado um bandido ou um inocente?<br />
<br />
Não é equivoco dizer que o policial que mata, seja por execução sumária ou por bala perdida, forja dois autos de resistência, um pra justiça outro pra sua família.<br />
No caso de execução sumaria de bandidos comprovadamente bandidos, na maioria das vezes ele não precisa forjar o auto de resistência informal em casa já sua família, mãe, mulher, filhas e filhos comungam com ele e com a sociedade civil de que bandido bom é bandido morto. E u executor sumario estaria apenas pondo em pratica a pena de morte, extralegal mas existente na sociedade brasileira.<br />
23 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
TRÊS HISTÓRIAS, MAS NÃO A MESMA DOR,DONA VERA.<br />
<br />
A dor de uma mãe que teve a filha morta por pms não é a mesma dor da mãe que teve o filho baleado e morto ainda no útero, numa troca de tiros com bandidos... não é a mesma dor da mãe de um filho de um pm morto por bandidos, como que nos fazer crer o jornal o globo e a repórter Vera Aaraujo, numa matéria assinada por ela, no globo de hoje.<br />
<br />
As dores são diferentes, por as mortes terem tido causas diferentes e matadores diferentes.<br />
Por ser militante de direitos humanos favelados vão achar que estou hierarquizando as dores, tentando dizer que a dor de uma mãe que tem o filha morta por pms é mais importante...<br />
Eu ainda não comecei a dizer nada, nem hierarquizar... estou fazendo esta postagem pra mostrar como a iniciativa de hierarquizar as dores, é da própria repórter e do jornal. É indisfarçável que a dor da mãe do filho de um pm é mais importante. Equivoco meu? Não! Como se diz no mundo das imagens, uma imagem vale por mil palavras. Como assim?<br />
Assim: a foto de capa, é da mulher do pm com o bebe recém-nascido, e a legenda do lado:"ainda há vida depoiE entãoao a gente vai prra pagina 10 onde tá a matboraem embora o box de cada caso sejam do mesmo tamanho a foto da mulher do pm morto dndo paapinha pro bebe é 4 vezes maior queas fotos da mãe da menina morta por um pm e a foto da mãe qe teve o bebe baleado no útero.<br />
<br />
A sra Vera Araújo, como a sra Carla Rocha são desses repórteres especiais que tem suas estantes cheias de troféus ganhos como prêmios de jornalismo-vampiro que ganha premio com o sangue e a desgraça do pobre preto favelado. Viva a elas. Talvez ganhe uma medalha de honra ao mérito do comando maior da pm por mostrar que a vida de um pm vale mais que a vida de uma menina ou um bebe intrauteino favelados.<br />
do um breik e aqui e volto ao assunto.hoje ainda.<br />
22 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
UMA DIVINDADE PRA ABENÇOAR SEU DIA?<br />
<br />
Seja qual for sua religião, seja você uma pessoa negra ou branca, que ter um dia abençoado?<br />
<br />
Vá no yutube e veja o clip GAMBIA e Sona Jubartet. Seis minutos de divindade viificada numa das mulheres mais poderosas espiritualmente do mundo.<br />
<br />
O cantar, o compor, o tocar Kora, de forma encantatória e sublime fazem de Sona uma voz de uma divindade feminina ela própria uma criatura divina.<br />
<br />
Um divindade pra abençoar seu dia? Sona Jubartet todo dia, antes começar seu dia!<br />
22 de Dezembro de 2017 ·<br />
<br />
FSM/SALVADOR/2018,DAS MÃES DE ACARI AS MÃES DO MUNDO:<br />
<br />
No Fórum Social 2005 em Porto Alegre uma delegação de mais de 40 mulheres negras e de periferia coadjuvadas por militantes da Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência tiveram uma participação protagonista e surpreendente. A nossa participação girou em torno da exibição do filme "entre muros e favelas.' seguidas de rodas de conversa. Mães de Acari, Mães do Caju, Mães do Rio foram grupos de mães de vitima de violência que tiveram participação protagonista, emocionada, chocante e politizada. que teve ponto alto o encontro histórico das Mães de Acari com uma das Mães de Maio, da Argentina.<br />
<br />
Em 2005. As cidades do Rio de Janeiro, Vitória e São Paulo lideravam as estatísticas de mortalidade de jovens negros e por morte violenta.<br />
<br />
Do Nordeste somente Salvador figurava entre as cinco cidades mais violentas do Pais.<br />
Passados 13 anos cidades nordestinas que sequer apareciam nos mapas de violência hoje lideram essa trágica estatísticas. Fortaleza, Aracaju, Natal, Maceió, Salvador...<br />
<br />
Embora o Rio e São Paulo apareçam "apenas" lá pela oitavas, nonas colocações nesse jogo de violência estatal e paraestatal, são nossas cidades que ainda que tem maior projeção na mídia, e na sociedade. E a lutadoras e lutadores contra o genocídio também são mais conhecidas.<br />
<br />
Mas não é preciso ser muito participante no mundo dos direitos humanos pra saber que onde há opressão, injustiça, genocídio do povo, há indignação, resistência, menos e mais politizada, mais e menos radical mas sempre resistência.<br />
<br />
Seria muito bom se as favelas do rio, com nossas mães de Manguinhos, mães de acari, mas do alemão, mas das favelas da zona sul, da periferia e da baixada pudessem reeditar em Salvador, a participação de porto alegre há 13 anos atrás e somar luta com as mães nordestinas, com a participação igualmente coadjuvante mas importante da juventude negra e pobre e militante favelada e da periferia.<br />
Gosto<br />
Comentar<br />
PartilharDeley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-23723636579860548742018-02-10T11:10:00.000-08:002018-02-10T11:10:06.331-08:00DEPOIS DE DUBLIN 4<br />
9/1 ·<br /><br />CAVEIRÃO FOGE DA ENCHENTE E ACARI. QUEM DISSE QUE MERDA NÃO AFUNDA<br />8/1 ·<br /><br />SOBRE ENCHENTE DO RIO ACARI, DE QUEM É A CULPA<br /><br />As cheias do Rio Acari, como deoutros rios que nascem no interior de cidade sempre foram previsiveis e já foram até desejaveis num passado não tão distante. Quando nossa região ainda era uma área rural, até um 60 anos mais ou menos, com chacáras e fazendas as cheias serviam pra trazer humus e adubos das partes altas do Rio. O rio Acari nasce na serra do viegas no maciço pedra branca, em bangu, e vem serpenteando por 22 kilometros, recebendo varios nomes,como mangagua, piracuara,sopemba, acari até se fundiar com o canal da pavuna e desaguar na baia de guanabara, entre caxias e rio de janeiro. quem vai pra caxias, pode ver o acari quase em sua foz, da linha vermelha, ou da ponte que separa o rio de janeiro de caxias.<br /><br />Conheço Acari desde 1965 e moro aqui desde 1974. Em 1979 assumi pela primeira vez o cargo de vice-presidente da associação de moradores.<br />Já tive portanto tres lados da mesma moeda, já fui, formalmante, líder comunitário, já fui morador e já fui funcionário público. Quando estava de um lado de uma face tacava pedra nas outras duas faces e vice-versa se é que pode haver vice-versa numa moeda de tres faces.<br />Hoje sei que as pedras que atirei. de qualquer dos tres lados,só serviram pra se somar as outras pedras que centenas de milhares de moradores. nãao só de acari, mas dos cerca 10 bairros ribeirinhos ao acari, se somaram pra assoriar mais o rio e causar mais enchentes.<br /><br />Tenha,um dois ou mais culpados, não vamos nos encontrar,entre a avenida brasil e a dutra, se o lixo e a poluiçao que produzimos por aqui, passa lá na favela do dique e da furkin mendes, no jardim américa, e os moradores de lá de lá se amaldiçõam e se culpam e nos culpam, nós aqui, nos culpamos, culpamos os moradores de deodoro guadalupe, realengo, vila militar e juntos culpamos os governos, os prefeitos, os governadores, os politicos e deixamos de fora as empresas seus empresarios, que poluem o rio tanto quanto nós.<br />Alías, também sempre deixamos passar batidos o povo ribeirinhos aorio pedras preciosas que vem desde jacarépagua, passapor honorio gurgel rocha miranda e deságua no rio acari, logo depois dacav. brasil, no polo industrial da fazenda botofogo.<br />De onde alías, empresas poluidoras,como a paranapaneama,que droduzcloro e outros produtos quimicos, a perdigão que pruduz carnesembutidas, acromo queproduztinta industrial e outras ,que pagam ou deveriam pagar um ajuste conduta que gera ou geraria dinheiro suficiente para os estados, nos seus tres niveis, fazerem o saneamento basico, educação ambiental e uma fiscalização ambiental ´seria e incorruptivel e insenta que não apenas encontre os culpados o que parecer ser o mais facil, mas prevenir não surjam mais culpados, o que significa que nós não precisaremos estar mais nos culpando uns aos outros,<br />tres faces da mesma moeda.<br />Seja como for, com ou sem culpados a realidade do rio acari e de nós seus moradores ribeirinhos é uma só. Não podemos dominar a Natureza e fazer o maximo pra conviver com ela, em harmonia.<br />Claro que a harmonia que possamos encontrar hoje em dia, entre morador e rio, é bem mais precária e desequibrada que a que vivia os antigos moradores há 60,70 anos atrás,afinal, nesses tempos,pouca ou nenhuma moradia, ficava a menos de 100 metros do rio.<br />Uma coisa é certa: desde o fim do inverno que jáse sabia que, esse Verãozão 2017/18 estaria como esta em vigor o fenomeno que os cientistas chamamde Lá NINHA.<br />que significa um verão e inicio outono de muita chuva, muitas vezes durando dois tres dias,as vezes uma tromba d'água de meia hora,suficiente pra provocar tragédias de efeito desastrosos duradouros, com mortes subitas por afogamento ou desabamento, ou a médio e longo prazo,com doenças da água.<br />No entanto, se perdas de vidas humanas por causa da enchente hoje émais facilde previnir e evitar as perdase danos materiais ainda não.<br /><br />Só que diferentemente de outros tempos, até debem recentes, anos passado por exemplo, não se via, pelo menos eunão via,tantos jovens,e não tão jovens e velhos como eu nas redes sociais, como aqui no face, se indignando, buscando solução imediata,á médio prazo duradoura.<br />E tão interessados não só em culpar os culpados e a sí mesmo, nós mesmos já que somos moradores.<br />Mas, tem o seguinte, nós moradores de acari, ribeirinhos entre a brasil e a dutra poderemos encontrarmos em nós mesmos os salvadores e salvadoras do rio acari,todo salvando no pedaço rio, nós que não vivemos nem nascente nem na foz, mas no meio dele;<br />Tudo bem, faremos nossa parte, mas já olhei da minha janela do quarto andar do Conj. Amarelinho de Irajá,com o sol batendonaminha cara e vendo uma tromba de água no maciço da pedra branca, ondo rio acari nasce. Desci pra favela a tempode chegar no galpão da quadra de areia, na rua da união, com o riacho que hoje chamamos de valão com a agua já entrando porta a dentro só com o tempo suficiente pra subir um frezzer, um fogão, um computadore e uma impressora.<br /><br />Ah! isso.esqueci de dizer que há sete anos moro no Amarelinho de irajá, mas Acari foi onde me encontrei como ser humano de verdade,como militante comunitário e defensor direitos humanos.<br />E é por sentimento humanitário, embora, ame acari,e não viva sem não desço pra favela quando chove balas dos policia,ou água de maisdo ceu que ameace o direito a vida e os direitos humanos dos morador.<br />É porque ó defensor de direitos humanos e militante negro e afrocomunista;<br /><br />Deley de Acari<br />8/1 ·<br /><br />ACARI: ENCHENTE POR BAIXO E PELO MEIO BALA DE POLICIA PRA TODO LADO...<br /><br />Com morador desesperado pra salvar seus cacarecos da enchente, com metade da favela com água na cintura, e policia invandindo dando tiro pra todo lado.<br />PORRA: SE A POLICIA NÃO RESPEITA MORADOR NA SUA HORA MAIS DIFICIL TÁ NA HORA DE PASSAR A TER MEDO DA GENTE!<br /><br />NÃO PRECISA GOSTAR DA GENTE, NEM RESPEITAR BASTA TER MEDO.<br />7/1 ·<br /><br />QUEM JOGA PEROLAS AOS PORCOS SÓ , PODE SER BURRO.<br />EU: OINC! OINC! OINC! AGRADEÇO!<br /><br />O que faz com que uma pessoa compre um cd duplo clube da esquina 2 de 1978, um cd da velha guarda da portela de 2003 e um tim maia cantando em inglês depois de desfazer deles pra serem vendidos a 3 reais cada?<br /><br />burros não sabem o que é perola? porcos sim!<br />Depois de mais um dia sob chuva garimpando na sucata cultural da feira de acari.eu: oinc oinc! oinc! agradeço.<br />7/1 ·<br /><br />ANITA DE BUNDA DE FORA OU ERIKA JANUZA VESTIDA COM ROUPA DE 3 MIL REAIS?<br /><br />A capa da revista globo de hoje, domingo, mal disfarça a intenção de vender roupa pra preta e preto mais ou menos e mais rico. Com a "desculpa" de uma matéria sobre racismo, uma pagininha com texto sobre Erika e umas quatro com fotos vendendo roupas caras que só negras e negras que já nascem ricos ou ascendem socialmente ao status que a personagem dela na novela. uma juíza.<br /><br />Bunda da anita, corpo de Erika Januza coberto, Vinicius Jr. vendando CAIXA ECONOMICA estampada na camisa do flamengo, lazaro ramos emprestando crediblidade a carro de multinacional.<br /><br />Até onde isso é emponderamento da raça, até onde é continuidade do mercado do corpo negro?<br />6/1 ·<br /><br />Por Deley De Acari Vanderley Cunha<br /><br />EI! VOCÊ AI QUE SE PREOCUPOU TANTO COM A FOTINHA DO MENINO PRETO NO REVEILLON E DEMONIZOU O FOTOGRAFO...<br /><br />Porque não demoniza também o jornal de campo grande? por melhor intenção que o fotografo e o jornal tenha tido, se é que a intenção foi essa, denunciar abuso policial.<br /><br />O jornal não tomou o cuidado de saber se o rapaz é menor ou não e pode ter a cara limpa exposta assim sem cristal ou mancha.<br />se ele é mesmo bandido ou não.<br />se foi preso em fragrante, se não foi já voltou pra casa e agora á passando a vergonha e o constrangimento de ter sua prisão virilizada a milhares de exposições.<br /><br />Ao contrário do garoto da praia, que é difícil, mas não impossível saber quem, é de onde é, o que faz, esse rapaz não é difícil saber, campo grande é grande, mas não tão grande, o batalhão sabe, a delegacia sabe, o jornal sabe, e sabe quando e onde foi feita a prisão ou detenção e a foto, COMETER O ERRO DE DEIXAR P PRA LA, de não procurar saber dele, é deixar um erro justificar o outro. Mesmo que o rapaz seja maior, tem o direito de não ser exposto como bandido, isso pode fuder sua vida pra sempre. Volto ao tema.<br />5/1 ·<br /><br />ALGEMAR MENDES...<br /><br />me perguntaram agora no face que eu gostaria de ver algemado em 2018. a resposta piada é ruim, mas se eu não rir da minha própria piada...<br />5/1 ·<br /><br />MAS, SE VOCÊ GOSTA DE UM BOM ROMANCE POLICIAL COM FORTES TONS DE NEGRO...<br /><br />Leia Chester Hines, negão bandidaço, com dezenas de anos de cadeia, autor das melhores histórias policiais de todos os tempos. Varios de seus livros deram nos melhores filmes com polilciais protagonistas negros. seu mais famoso livro que deu também em filme é Rififi no Harlen um romance policial anti racista e uma critica acida aos politicos e pastores negros americanos que vendiam a prestação passagens de volta a áfrica, como a um paraíso. Tenho dele, mas não tive coragem ainda de ler, um tijolaço que não tive ainda coragem de ler, um triste e pungente romance meio que autobiografico dos anos em que viveu na cadeia.<br />5/1 ·<br /><br />AO LER JAMES BAlDWIN, leio como um cara preto que conseguiu manter amizade com malcon e king ao mesmo tempo, que era o unico preto rico que conseguia entrar no harlen e no bronx na sua limosine e não sair com ela depenada, na biblioteca naciona voce encontra dele, "andarás pelas praças e não terás nome." não sei se tem "da proxima vez fogo." mais facil encontrar de baldwin, uma vez na ámerica, e Geovani, um romanca inovador e corajo escrito por um baldwin com toda a ousadia de um preto feio pra caraca e homossexual assumido em plena américa macarthista e consevadora em que artistas holiudianos machos com Burt Lancaster, Rock Hudson, Cary Grant e Gary Cooper escondiam sua homossexualidade com medo da repressão.<br />5/1 ·<br /><br />SAGRADA ESPERANÇA 2018<br /><br />3 dias de treino consecutivos, sem policia, com chuva mas, frenético, de boa.<br />Com certeza não vai ser sempre assim, mas vivendo um dia de cada vez, a gente sobrevive os dias que não se pode viver como todo mundo vive no asfalto.<br /><br />Feliz pelo meus meninos, ansioso pela chegada das meninas do rugby e do handebol, hoje foi festa do Gabi balinha, que Deus abençõe a ele e sua familia linda, e me deixe viver o bastante, que não seja muito, pelo menos, há tempo de ver e viver a felicidade definitiva deles.<br />5/1 ·<br /><br />GERAL JUVENTUDE NEGRA LENDO MALCON, KING, FANNON, BALDWIN, DE BOA! MAS VAMO LER TAMBÉM LER RENE DEPESTRE, DELE, BOM DIA E ADEUS NEGRITUDE, ACHA FACIL, NO GOOGLE, LER TAMBÉM ALBERT MEMMI, DELE RETRATO DE UM COLONIZADOR PRECEDIDO DO RETRATO DE UM COLONIZADO. MAIS PRA CÁ, AINDA TEM EXCELENTES FILOSOFOS AFRICANOS TÃO BONS QUANTO O BAUMANS, LEVIS E BAKHINS, E MAIS EM COMUM COM O POVO PRETO. UM DELES: AQUILE MBEMBE, DELE CRITICA DA RAZÃO NEGRA, E A AFRICA, A EUROPA NEGRA, E A AFROLATINO ÁMERICA DE PRODUZIDO OTIMOS E OTIMAS FILOSOFAS NEGRAS... ALÍAS, A ÁFRICA TEM PRODUZIDO O QUE HÁ DE MELHOR, MAS INSTIGANTE EM MAIS RENOVADOR EM QUESTÃO DE FILOSOFAS MULHERES. MUITO EM PDF<br />4/1 ·<br /><br />ANISTIA,MULHERES DO MÉXICO, COLANDO TEXTOS.MULHERESMULHERES MEXICANAS, 4 DIAS COM ALGUMAS, PRA SEMPRE COM TODAS!<br /><br />Não é possível você conviver 4 dias com algumas pessoas, beber, comer, andar de ônibus, se reunir, partilhar sonhos de liberdade pra seu povo, alimentar esperança de uma vida melhor pra sua gente, e pras gentes e pro povo dessas pessoas com que você conviveu dias intensos, abençoados pelas yabás depois voltar pra casa, depois de um tempo saber que estão sofrendo, se não diretamente, mas porque pessoas a quem elas se empenham e põe a vida em risco, pra defender, não sofrer um pouco com elas, e não calar, diante da opressão que estão sofrendo.<br /><br />Durante, uns 3 quatro dias do mês de outubro de 2017, Ymanjá me abemçou comm a dadiva de conviver com 106 defensores e defensoras de direitos humanos do mundo todo, que como eu, sofrem algum tipo de ameaça e risco de morte, por simplesmente querer e lutar pelos direitos de seu povo sua, gente.<br /><br />Creio que eram a maioria mulheres defensoras dentre os 106, na inesquecível Plataforma da FrontLine, também inesquecível, na memorável Dublin. Boa parte eram companheiras latinas e centro-latinas, umas cinco mexicanas,ou que atuam no México.<br />Sei o nome de todas, tenho na minha memória a carinha de todas, mas não posso enunciar seu nomes, por questões de segurança.<br /><br />Quando a gente conhece gente de um povo, que sejam um, duas, cinco, pessoas desse povo, e dai surge, uma elo de carinho, afeto, amizade, solidariedade com essas pessoas, você acaba projetado essas afeições todas a todo povo dessas poucas pessoas.<br /><br />Não sei se alguma dessas mulheres mexicanas que falei, estão sendo direta, fisicamente sendo presas, torturadas, Esperoo e Oyá, que não. Mas sei, tenho certeza que elas não estão paradas, vendo mulheres mexicanas como elas sendo torturadas, estupradas, #somos todas mexicanas, certamente estão clamando agora, e clamando pro mundo, pra todas as mulheres e homens do mundo: #SEJAMOS TDAS MEXICANAS.<br /><br />Minha net. tá lenta e não dá pra abrir bem os reclames da Anistia Internacional denunciando e pedido solidariedade ativa com relação a graves violações de direitos humanos que as mulheres mexicanas vem sofrendo.<br /><br />Mas dá por enquanto, numa fugaz, mas sincera, emotiva, triste indignada, mas esperançosa postagem dizer a vocês, minhas queridas, lindas, lutadoras, bravas, e muito amadas companheirinhas mexicanas com as quais, minha mãe yemanja, me deu a graça de conviver uns 4 dias em Dublin, esses poucos dias são pra sempre.<br /><br />Sempre estarei aqui, da minha favela, distantes de território, junto a vocês, por coração e mente.<br />Cada uma de vocês, está em mim, como minhas companheiras de luta aqui, na favela, aqui, no Rio,, aqui no Brasil estão.<br />Avante compañeras, asta lá vitória! Eles non passaron!<br />Não sei se minha postagem chegarão até vocês, mas<br />que todas e todas saibam que amo vocês muitão! E não vou me calar e passar um dia sequer sem postar uma palavra a vocês. Mulheres companheiras queridas que ao conviver comigo por uns dias apenas, me tornaram um amigo, irmão e companheiro de luta de todas mulheres mexicanas.<br /><br />ACHÉ, AMOR LIVRE E LUTA COMPAÑERAS!<br />ARRIBA GUERREIRAS!<br />ANISTIA INTERNACIONAL/CAMPANHA CONTRA TORTURA DAS MULHERES MEXICANAS<br />no México, mulheres inocentes são presas e cruelmente torturadas por agentes públicos de segurança.<br /><br />Elas são detidas sem provas e obrigadas a assinar confissões falsas. Esse absurdo precisa acabar.<br /><br />Estamos lutando por justiça para elas.<br /><br />A tortura e a violência sexual se transformaram em um método oficial para investigar crimes, obter confissões e incriminar inocentes no México. É uma grave violação dos direitos humanos, que destrói vidas e famílias inteiras.<br /><br />Policiais e militares sequestram mulheres e as torturam violentamente até que, apavoradas e temendo pela própria vida e a de seus familiares, elas acabam confessando atos que não cometeram. E assinando documentos que sequer leram. Esses depoimentos e confissões falsos são usados como provas em processos penais.<br /><br />Com muita luta, a Anistia Internacional já conseguiu inúmeras vitórias no México. Veja algumas delas:<br /><br />Nossa atuação contribuiu para a aprovação de uma lei para prevenir, investigar e punir a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanas e degradantes.<br />A legislação foi alterada e o delito de tortura passou a ser imprescritível, com punições mais severas para servidores públicos condenados.<br /><br />Seja um Defensor da Liberdade. Lute com a gente pelos direitos das mulheres e de todas as pessoas, no Brasil e no mundo. Preencha o formulário ao lado e faça agora a sua doação.<br />4/1 ·<br /><br />CONTRA TORTURA DE MULHERES NO MÉXICO.<br />(REPRODUÇÃO DA CAMPANHA DA ANISTIA INTERNACIONAL<br /><br />o México, mulheres inocentes são presas e cruelmente torturadas por agentes públicos de segurança.<br /><br />Elas são detidas sem provas e obrigadas a assinar confissões falsas. Esse absurdo precisa acabar.<br /><br />Estamos lutando por justiça para elas.<br /><br />A tortura e a violência sexual se transformaram em um método oficial para investigar crimes, obter confissões e incriminar inocentes no México. É uma grave violação dos direitos humanos, que destrói vidas e famílias inteiras.<br /><br />Policiais e militares sequestram mulheres e as torturam violentamente até que, apavoradas e temendo pela própria vida e a de seus familiares, elas acabam confessando atos que não cometeram. E assinando documentos que sequer leram. Esses depoimentos e confissões falsos são usados como provas em processos penais.<br /><br />Com muita luta, a Anistia Internacional já conseguiu inúmeras vitórias no México. Veja algumas delas:<br /><br />Nossa atuação contribuiu para a aprovação de uma lei para prevenir, investigar e punir a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanas e degradantes.<br />A legislação foi alterada e o delito de tortura passou a ser imprescritível, com punições mais severas para servidores públicos condenados.<br /><br />Seja um Defensor da Liberdade. Lute com a gente pelos direitos das mulheres e de todas as pessoas, no Brasil e no mundo. Preencha o formulário ao lado e faça agora a sua doação.<br />4/1 ·<br /><br />AH! SE O BRASIL FOSSE UMA CASA DE PUTAS...<br /><br />Acabei de ver uma postagem de um compas dizendo que o brasil é uma casa de putas governada por sacanas.<br /><br />Quem nos dera que o brasil fosse uma casa de putas. Pelo menos a Vila Mimosa funciona muito bem e nem precisa de um sacana pra governar e cafeizar ninguém. Disse brasil eu posso falar porque conheço desde que era na pinto de figueiredo e eu era bom de pinto.<br />4/1 ·<br /><br />😓Cristiane Brasil?<br />Aquela 'tiazinha lora' que foi secretria de esportes do Eduardo Paes, e obrigava os funcionários orarem todos os dias/ e<br />usava os projetos esportivos e de educação física para velhos como "curral elitoral"?<br />Sei quem é!<br /><br />Deley De Acari Van<br />4/1 ·<br /><br />UM PILA PRETO COM UM PRESO PRETO GARRADO NUMA CHAVE DE PERNAS? EBÁ!<br /><br />Mais um fato comum e vulgar, de todo o dia como a bunda da anita ou um menino negro na praia, virilizado pra virar pós verdade até se tornar mais um mega evento virtual pra saciar nossa sede no sanha e nossa morbidez do dia, da semana.<br /><br />Enquanto num desaba um um morro com cem barracos com 500 pretinho dentro, enquanto um soldadinho de chumbo não aperta um botão do tanque de guerra e derruba uma creche e vinte barracos no entorno, ou enquanto um outro pretinho candidato a neymar não dá três lenções e faz quatro gols de bicicleta na copinha, ou enquanto o mega evento show do phill colins no maraca não acontece, é o que temos pra hoje, ou melhor pra semana. se bem que o saco muxo do temer tá pra cair e o coração do maluf tá pra parar. Tan,tan,tan,tan!<br />4/1 ·<br /><br />MULHERES MEXICANAS, 4 DIAS COM ALGUMAS, PRA SEMPRE COM TODAS!<br /><br />Não é possível você conviver 4 dias com algumas pessoas, beber, comer, andar de ônibus, se reunir, partilhar sonhos de liberdade pra seu povo, alimentar esperança de uma vida melhor pra sua gente, e pras gentes e pro povo dessas pessoas com que você conviveu dias intensos, abençoados pelas yabás depois voltar pra casa, depois de um tempo saber que estão sofrendo, se não diretamente, mas porque pessoas a quem elas se empenham e põe a vida em risco, pra defender, não sofrer um pouco com elas, e não calar, diante da opressão que estão sofrendo.<br /><br />Durante, uns 3 quatro dias do mês de outubro de 2017, Ymanjá me abemçou comm a dadiva de conviver com 106 defensores e defensoras de direitos humanos do mundo todo, que como eu, sofrem algum tipo de ameaça e risco de morte, por simplesmente querer e lutar pelos direitos de seu povo sua, gente.<br /><br />Creio que eram a maioria mulheres defensoras dentre os 106, na inesquecível Plataforma da FrontLine, também inesquecível, na memorável Dublin. Boa parte eram companheiras latinas e centro-latinas, umas cinco mexicanas,ou que atuam no México.<br />Sei o nome de todas, tenho na minha memória a carinha de todas, mas não posso enunciar seu nomes, por questões de segurança.<br /><br />Quando a gente conhece gente de um povo, que sejam um, duas, cinco, pessoas desse povo, e dai surge, uma elo de carinho, afeto, amizade, solidariedade com essas pessoas, você acaba projetado essas afeições todas a todo povo dessas poucas pessoas.<br /><br />Não sei se alguma dessas mulheres mexicanas que falei, estão sendo direta, fisicamente sendo presas, torturadas, Esperoo e Oyá, que não. Mas sei, tenho certeza que elas não estão paradas, vendo mulheres mexicanas como elas sendo torturadas, estupradas, #somos todas mexicanas, certamente estão clamando agora, e clamando pro mundo, pra todas as mulheres e homens do mundo: #SEJAMOS TDAS MEXICANAS.<br /><br />Minha net. tá lenta e não dá pra abrir bem os reclames da Anistia Internacional denunciando e pedido solidariedade ativa com relação a graves violações de direitos humanos que as mulheres mexicanas vem sofrendo.<br /><br />Mas dá por enquanto, numa fugaz, mas sincera, emotiva, triste indignada, mas esperançosa postagem dizer a vocês, minhas queridas, lindas, lutadoras, bravas, e muito amadas companheirinhas mexicanas com as quais, minha mãe yemanja, me deu a graça de conviver uns 4 dias em Dublin, esses poucos dias são pra sempre.<br /><br />Sempre estarei aqui, da minha favela, distantes de território, junto a vocês, por coração e mente.<br />Cada uma de vocês, está em mim, como minhas companheiras de luta aqui, na favela, aqui, no Rio,, aqui no Brasil estão.<br />Avante compañeras, asta lá vitória! Eles non passaron!<br /><br />Não sei se minha postagem chegarão até vocês, mas<br />que todas e todas saibam que amo vocês muitão! E não vou me calar e passar um dia sequer sem postar uma palavra a vocês. Mulheres companheiras queridas que ao conviver comigo por uns dias apenas, me tornaram um amigo, irmão e companheiro de luta de todas mulheres mexicanas.<br /><br />ACHÉ, AMOR LIVRE E LUTA COMPAÑERAS!<br />ARRIBA GUERREIRAS!<br />3/1 ·<br /><br />FOI SÓ MAIS UM MEGA EVENTO?<br /><br />De repente a foto e as posts e comentários sobre o menininho no réveillon sumiram da minha linha de tempo. Nem tive tempo de ter certeza se era verdade ou pós-verdade, pús verdade. Um pequeno evento que nós mesmos na rede transformamos em mega evento, algo tão inacreditável de ser verdade quanto os fogos no céu que o menino olhava maravilhado.<br /><br />Parece que não podemos viver mais sem mega eventos, precisamos de um a cada semana;Quem se lembra da semana do mega evento muralha, quem se lembra do semana do megaevento Naldo Beni chorando depois de dar porrada na companheira? Quem se lembra da semana do megs evento bunda da anita? nem bem acabou com o show dela e ali mesmo emendou outra semana mega evento com a viralizaçao da foto do menino. já deu no ny times, na cbn, na band News, na puta que pariu.<br /><br />Qual o próximo mega evento? A morte do Temer por infeção generizada? O Gilmar mendes com uma pirocada só na mesa botar geral réus do lava-jato na rua? um supercraque brotar da copinha/sp? alguém filmar em tempo real uma bala de 762 esfacelar a cabeça de uma menina numa favela? será que um gênio do neuromarketing não nos viciou e nos seviciou em megas eventos em consumir megas eventos, seja o selfie de policias comm R.157, um centenas de prédios desabando com gente dentro no terremoto do México? Desde 2007 conseguiram fazer do Rio e cidade do espetáculo, dos megas eventos, e nos convenceram que não podemos viver sem ele como um cracudo não pode viver sem a pedra. Prcisamos da bunda cheia de estria de uma cantora de funk ou de metade das forças armadas invadindo uma favela miserável a prestesto de prender um preto varegista de drogas,,, estou esvrevendo e pensando ao mesmo tempo, não estou ainda ter claro as ideias, mas o que a clareza de ideias que possa vir a ter e ter que pô-las no papel me assusta. Tenho medo de quando um soldadinho dentro dum tanque daqueles não resistir, o dedo coçar e ele apertar o botão disparar do tanque e o obus distruir uma creche com 300 crianças negras dentro seja só mais um mega evento que viralise pelo facebook por uma seman ou duas e suma da minha time line com a mesma velocidade que a bunda da anita e s olhinhos deslumbrados do menino apareceram e sumiram.<br />2/1 ·<br /><br />41ºBPM: O LUGAR PRA TER PULIÇA BURRO... OU SURDO:<br /><br />A gente pede resgatar o mora mora da enchente e os moveis depois eles entendem rasgar o mora mora no pente de 762!<br />2/1 ·<br /><br />MEU PERFIL DE ANITA PREFERIDA...<br /><br />Entre 32 e 50 anos, preta, barrigudinha, mãe aos 16 anos, avós ao 32, fim de semana á beira de uma piscina tone, caixa de cerveja como cadeira de praia, netos e netos postiços mergulhando na piscina jogando água pra fora e dentro do copo de cerveja... saiu sedo hoje pra trabalhar com o caveirao entrando, bala comendo fogos pipocando...<br /><br />Ontem estava sob minha janela com outras seis malandras preferidas como ela,peitão quase saltando o sutiã, reforçado, agora passa peitão arfando de medo e pressa...<br /><br />Olha pra mim, me dá adeusinho, jogam um beijo, eu falo coraçãozinho... e digo em silencio pra mim, ve se fica viva,tá?<br />e falei um pouco mais alto só pra eu mesmo ouvir:<br />vai malandra! enquanto anita ainda descobre o que é milho, você já tá com o angu pronto!<br /><br />Deley De Acari Vanderley Cunha<br />2/1 ·<br /><br />MEU PERFIL DE ANITA PREFERIDA...<br /><br />Entre 32 e 50 anos, preta, barrigudinha, mãe aos 16 anos, avós ao 32, fim de semana á beira de uma piscina tone, caixa de cerveja como cadeira de praia, netos e netos postiços mergulhando na piscina jogando água pra fora e dentro do copo de cerveja... saiu sedo hoje pra trabalhar com o caveirao entrando, bala comendo fogos pipocando...<br />1/1 ·<br /><br />DE ACORDO COM O CALENDÁRIO LUNAR DO MESTRE ZOZIMO BULBUL...<br /><br />O 2018 dele, meu e de quem segue ele, nosso ano novo começa mesmo dia 24 de janeiro com a LUA CRESCENTE.<br />1/1 ·<br /><br />QUEM VEIO BRINCAR NO MEU QUINTAL EM 2017...<br /><br />Como diz Milton Nascimento: " o coração é o quintal da pessoa." No quintal de favela que é meu coração muita gente continuou criança ainda brinca, outras gente se desfez criança pulou a cerca e se desfez criança e foi. Mas chegou gente entrou pelo portão, se aconchegou no meu coração e aqui estará pra sempre criança a brincar comigo: Iví Oliveira, Antônio Neto, Raisha Ruas, Mariza Vassimon, Rafael Diógenes e Marta Batista.<br /><br />Com diz Dom Mauro Morelli: Ter Esperança é ter Saudade do Futuro. Que vocês que chegaram agora, pendura aí, num galho de goiabeira, num galho de cajueiro ou cajazeiro do fundo do quintal do meu coração que vamos navegar rumo a saudade que nos a esperança que tem como timoneiro o amor muitão que sinto por vocês por 2018 á sempre!<br /><br />Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-80008326699213047242018-02-10T10:44:00.001-08:002018-02-10T10:44:11.223-08:00DEPOIS DE SDUBLIN 3<br />
17/1 às 20:57 ·<br /><br />QUE OPRAH O QUÊ?<br /><br />Até agora eu não tinha dado pitaco sobre o discurso, não vou adjetiva-lo, nem desadjetiva-lo. Não que não tenha nada a dizer sobre ele, vou dizer agora, mas andava ligado em coisas mais importantes, muita "costura pra entregar" em cima da minha velha singer a pedal.<br /><br />Dei uma paradinha pra fazer xixi, e tomar um café, tenho sim um tempinho, pra "tricotar" antes de voltar pra costura.<br /><br />Mas não pra falar sobre o discurso dela, na entrega do Globo de Ouro.<br /><br />Dona Oprah é a mulher negra mais rica e poderosa do mundo, não é isso? Parelha a ela, tem em Angola, D. Isabel dos Santos, a mulher mais rica da África. As duas, pelo menos, enquanto Michele Obama, era primeira-dama, formavam o trío das três mulheres negras mais poderosas do mundo.<br /><br />Antes de comentar e elogiar D. Oprah por seu discurso no GO quero ler e elogiar o discurso mobilizador que ela fez quando as 300 meninas nigerianas foram sequestradas e estupradas pelo BOKO HARAN, o dela e de Madame Obama? Alguem tem pra eu ler? Não/ será que elas ficaram caladas?<br /><br />Ah: e aqueles que elas fizeram quando aquela barca naufragou com centenas de homens, mulheres, e criança, mas mulheres do norte da áfrica, matando-as afogadas?<br /><br />Alguém tem pra eu ler? quero elogiar,pô! ninguém tem? será que elas não fizeram? nem souberam? Mana, como é que as mulheres negras mais poderosas do mundo, nem aí, pra o que fazem de ruim de mal pra maioria das mulheres negras, na diáspora e na africa?<br /><br />Pelo menos elas disseram algumas coisa sobre o martírio das milhões de mulheres haitianas, bem ali, pertinho de Miami? nem sobre as milhões de meninas mulheres congolesas e da áfrica islamizada que valem menos que um cabra prenha pros seus países?<br /><br />Ah! nada,nada?<br />Então com todo respeito a D. Oprah,Madame Obama, Isabel dos Santos, com todo poder do mundo que vocês tem como mulheres negras mais poderosas do mundo, vocês não me representam.<br />Dá licença que vou voltar a minha velha maquina Singer preta com letrinhas douradas de costura de costurar e singir palavras.<br />Mas antes, quero dizer que como defensor convicto de UM SOCIEDADE REGIDA POR UM AFROMATRIARCADO POLÍANDRICO me sinto representado por mulheres negras sim. Pra falar só das três que sinto representar por elas hoje,por conta do papel e funções que exercem na sociedade brasileira hoje, as mulheres negras mais poderosas que exercem poder soberanas sobre mim: Ruth de Souza, grande e eterna dama do teatro, tv, Conceição Evaristo poeta, filosofa yabá e Jurema Werneck, Secretária Executiva Nacional da Anistias internacional no Brasil.<br /><br />Ó! PRA MIM É, TA? , .<br />16/1 às 15:47 ·<br /><br />D.EDMÉIA@MÃES DE ACARI,MAS JAMAIS ESQUECER DA IRMÃ MARLÍ:<br /><br />Dizem que a avó é nossa 2ª mãe. Eu acho que avó esta acima, não se compara. A 2ª mãe, mesmo de todos nós, é nossa irmã mais velha! Minha irmã, Delma, mais velha que eu, dois anos, hoje depende muito de mim, mas até os 9 anos de idade, até ela ter forte congestão intestinal que lhe causou uma epilepsia, que fragilizou sua saúde, ela era minha defensora nas brigas, a primeira goiaba no pé que ela pegava era pra mim, a primeira fatia de melancia catada no meio do cafezal era minha, a primeira aula de pipa e gude com mamona seca foi ela que deu, a primeira navegação no laguinho com um barquinho de graveto e madeira, foi ela que me guiou.<br /><br />Ela que me pôs o apelido de Bidu, e eu a chamava de Táta!<br /><br />Quando Marlí de Belford Roxo, ganhou evidencia nacional ao lutar por justiça, contra a morte de seu irmão. Eu escrevi um poema Ode de 48 paginas em homenagem a ela e a minha irmã.<br />Infelizmente esse foi um dos poemas, mais de 400 poemas meus queimados por meu padrasto, antes dele ter sido expulso da favela, depois ter tentando estuprar minha irmã depois a morte da minha mãe.<br /><br />Neste dia 15, quando eu e Buba, fizemos e textos diferentes uma homenagem a D. Edméia e a outras mães de Acari, pensei também em lembrar e homenager Marli de Belford Roxo. (texto em anexo) e lembrar também da Beth do Caju, que conhecemos no anos 2000 lutando por justiça com relação ao assassinato de seu irmão. Queria postar o poema, mas como não o tenho de memória. copiei e colei um texto sobre Marli. Meninas pretas faveladas guerreiras como Buba Aguiar, Monique Cruz, Gisele Martins, Natane, Raquel Barros, Glaucia Marinho, que não tem filhos, mas defendem seus amigos, namorados, compas de luta, como uma irmã defende seu mano, como se fosse sua 2gunda mãe. Meninas pretas faveladas guerreiras com oJéssica Yalodê, lutam por justiça no caso assassinato de seus irmãos de sangue como uma 2gunda mãe.<br />Espero que essas meninas pretas guerreiras faveladas se sintam homenageadas como irmãs guerreiras defensoras de seus manos, mesmo que manos de afeto e afinidade e luta, como minha irmã foi pra mim e como Marli foi pro seu irmão.<br /><br />Marli Pereira Soares nasceu no Rio de Janeiro, na favela Praia do Pinto, no dia 25 de outubro de 1954. Trabalhou como empregada doméstica e aos 12 anos viu a favela onde morava com seus pais ser incendiada criminosamente. Ficou conhecida como "Marli Coragem" porque no dia 12 de outubro de 1979, ela testemunhou o assassinato de seu irmão, Paulo, pela polícia militar. E ela não se calou. Na madrugada do dia seguinte, junto com seu pai, ela foi na delegacia de Belford Roxo, na Baixada Fluminense fazer a sua denúncia.<br /><br />O delegado Jairo Campos foi quem os atendeu e os acompanhou até o 20º Batalhão, da mesma área. Marli deixou claro que a polícia tinha invadido a casa onde ela morava com seus parentes duas vezes e numa delas, ocorreu o assassinato de seu irmão. Enquanto estava no quartel, ela viu três dos policiais militares que tinham invadido sua casa e reconheceu um dos assassinos de seu irmão. Esse dia foi o primeiro de sua longa jornada por justiça, porque Marli precisou ir mais 30 vezes na delegacia fazer reconhecimentos, até que passou a ir todos os dias e por isso não conseguia mais emprego e sua subsistência passou a ser decorrente da cobertura que a impressa deu ao caso.<br /><br />MARLI DE BELFORD ROXO, MULHER PRETA IRMÃ GUERREIRA DEFEENSORA DE SEU IRMÃO!<br /><br />Marli, em plena Ditadura Militar, enfrentou a Polícia que sequestrou e matou seu irmão. Cobrou justiça e no dia 12 de maio de 1980, foi decretada a prisão preventiva dos cinco assassinos de Paulo, irmão de Marli. Mas pelas informações que encontrei, apenas um foi preso de fato e em quatro anos foi solto. O advogado da família teve apoio da OAB e a cobertura da impressa foi tão grande que até mesmo o "presidente" se manifestou através de seu porta voz dando apoio a Marli e sua busca pela justiça.<br /><br />A pressão, as ameaças e o medo continuaram constantes na vida de Marli e ela se manteve escondida por muito tempo em decorrência disso, mas isso não impediu, que anos mais tarde, seu filho Sandro, de 15 anos, ser assassinado pela polícia.<br /><br />Desde então seu paradeiro é desconhecido, mas seu nome sobrevive na memória das várias pessoas que lutam contra o genocídio da juventude negra e contra os abusos de poder da polícia.<br /><br />Infelizmente não tenho acesso ao livro "Marli Mulher: tenho pavor de barata, de polícia não" que conta com detalhes a jornada dela pela justiça.<br />15/1 às 10:16 ·<br /><br />3-VE SE FICA VIVA,TÁ?<br /><br />Se a ditadura e ditadura tinha suas mágicas de fazer desparecer corpos, nunca conseguiu fazer com que os que fez desaparecer fisicamente desaparesessem das nossas memórias.<br /><br />As Mães de Acari, foi o grupo de resistência, contra a violência e o extermínio, mais importante depois da ditadura, tão importante quanto o Tortura Nunca Mais.<br /><br />A Mães de Acari lutaram e lutam ainda o tempo todo não só pela justiça no caso da chacina de seus filhos, mas também pra que eles ficassem eternamente vivo, se não na memória da comunidade donde eram crias, pelo menos de suas famílias.<br /><br />Tres das mães de acari, mais atuantes já morreram. D. Edméia, há 25 anos, Marilene e Véra, nem eu mesmo, me lembro mais a data da morte delas.<br />Luto com minha própria mente cada vez mais velha e cansada, pra que não desaparecem da minha memória e não morram agora no meu coração.<br /><br />As vezes esqueço que há mães de acari vivas, que vão vivendo duramente sofridamente, lutando com suas saúdes abaladas,contra a morte física e contra a morte simbólica pelo esquecimento.<br /><br />Ontem, vindo da feira, pra casa, passei na frente das casas de pelo menos seis mães de famílias que tiveram seus filhos e filhas mortas pelas policia. nos últimos 3 anos.<br /><br />Uma dela, mãe de 14 filhos e vó de 40 netos, teve duas filhas mortas pela policia por bala perdida. Uma, há cerca de 20 anos gravida, outra há uns dois anos também gravida.<br /><br />Quando estávamos fazendo o relatório VOCE MATOU MEU FILHO, da Anistia, perguntei se ela poderia dar depoimento. dizeno a ela que outras cinco mães já haviam concordado<br />Claro, ela respondeu, nós somos as NOVAS MÃES DE ACARI,NÃO SOMOS?<br />12/1 às 18:57 ·<br /><br />SOBRE A MORTE DO DELEGADO NO JACAREZINHO...<br /><br />Estou falando na minha linha de tempo pra evitar caozada depois comigo. Sou uma pessoa pública, minhas amigas e amigos no face bateu 5000 mil, tem gente pedindo pra entrar e eu não tenho "coragem" de ripar ninguém, mesmo gente que não sei quem é.<br /><br />Mas tenho coragem pra dizer que tenho pelo menos dois amigos policias civil, compas de esquerda, gente séria, dois desembargadores/juizes de direito.<br />E pelo menos 4 coroneis da pm, também de esquerda, séria que não sei porque entraram pra pm, mas já que estão... nunca perguntei, nunca questionei, como nunca me perguntaram nada de Acari, sei que voces me entendem, e sabem que nunca diria nada pra eles, e nunca lhes pedi que intervissem ou comprassem qual barulho de direitos humanos em Acari.<br />PAPO RETO: Policia morrer em confronto, é acidente de trabalho. Como é acidente de trabalho também, um policia balear um morador, sem querer. Se ele for um policial decente, correto, tem que assumir o erro e as consequencias dele. Mas a gente sabe que quase sempre, não é assim, embora recentemente, alguns policiais, tenham assumido seus erros.<br /><br />A gente não pode ter memória curta, e esquecer que bem recentemente, um policial da CORE foi morto na mesma comunidade, chegou a circular a informação que teria sido morto pelos próprios colegas, como queima de arquivo, isso publicado num tal "jornal folha penitenciaria.'" mas não se falou mais nisso e rapidinho foram presos dos suspeitos da morte do policial Bruno.<br /><br />Na cadeia, e a giria da cadeia, brota logo no dicionario da favela, preso que assume a culpa da morte de outro preso pra culpa não cair na conta do presidente da cadeia é chamado de ROBÕ.<br /><br />Vai vendo aí se não vão aparecer outros robos, vivos ou mortos, agora também.<br /><br />De qualquer forma, morto pelos robos mesmo ou não, a morte do policial Bruno, desencadeou a operaçao vingança, em vigor, nas policias, seguindo o código judeusionista, "olho por olho, dente por dente."<br />No caso da morte de pms, a conta costuma ser, 10 moradores mortos, bandidos ou inocentes por pm morto, 10 X 1.<br /><br />No caso de policial civil é 20 moradores, bandidos ou inocentes por um p. morto, essa cota pode almentar em caso de patente alta, como agora. 20 x 1.<br /><br />Se a regra não mudou os moradores do jacarezinho e manguinhos já podem abrir também os dedos dos pés, porque vão ter que contar mais de 10 cadaveres.<br /><br />Não podemos esquecer também, que a morte de um delegado de policia ,ou oficial graduado da pm, numa favela, agora, logo no inicio de 2018 é tudo que o governador Pezão, queria e precisa, pra pedir exército, marinha, aeronautica, exercito da salvação submarino americano em mais o gasto de um milhão por dia, pra sustentar a operação vingança, judaicasionistamillitara e ajudar a levantar a pipa do PMDB no Rio que não sobe nem com tempestade.<br />EM TEMPO; AGORA A CAMPANHA DO BOLSNARO DETONA.<br />POR FIM: não sei que é o delegado que morreu, se era"bom" ou se era "mal" ou "mau",.<br />Minha sincera solidariedade ao meus amigos da policia civil, eles sabem que lamento por eles e sou sincero.<br />11/1 às 18:50 ·<br /><br />PODE ATÉ MUDAR, MAS NESSE MOMENTO, SÓ TRISTEZA, DEPRESSÃO E DESVONTADE POLITICA...<br /><br />2018 conseguimos federar pelo menos 4 meninos, entre 7 é 15 anos num grande clube brasileiro, se sairam muito em, tres foram campeões em suas categorias os outros chegaram ate a finais e semi-finais aviados com melhores jogadores.<br />De nada valeria o que fizemos como treinadores, as vezes interrompendo a preparação na favela em baixo de tiros, se não fosse a dedicação e o talento de nosso pequenos craques e o empenho de suas mães pais.<br /><br />O sucesso deles, nos animou a planejar um inicio de temporada de 2018 com mais apuro pra dar chances a outros meninos, e agora meninas, com o projeto de rugby e handebol feminino.<br /><br />Semana que vem começam as reapresentações e avaliações nos clubes e ja era pra ter começado o projeto com ass meninas, mesmo ainda sem a bolas de rugby doadas poe um amado compas da inglatrra que ainda estão presas burocraticamente no correio.<br />Infelizmente as seguidas operações policiais impediram o começo do que foi planejado afetando inclusive a preparação dos meninos que vão pros clubes e o começo do trabalho om as meninas.<br />Não sei se lá em Acari, vai haver condições de começar alguma coisa, se ai haver operação, muio chuva.<br />nosso espaço de treino é ao ar livre, numa boa quadra, mas num ponto da favela onde costuma haver confrontos e tiros.<br /><br />Nesse momento o que se encontra baleada e agonizante é minha esperança de dias melhores. amanhá chegando em Acari, até pode mudar, mas nesse momento é sou SÓ TRISTEZA DEPRESSÃO PROFUNDA E DESVONTADE POLITICA! E NENHUMA ESPERANÇA COM OUTRO ACARI QUE NÃO ESSE!<br />11/1 às 18:10 ·<br /><br />NOSSA EDUCAÇAO 2018 NÃO PODE SER PIOR DA QUE PASSOU:<br />CAMARADA SECRETÁRIO CESÁR BEIJAMIN, ESTE ANO VAI SE IGUAL AQUELE QUE PASSOU?<br /><br />Caro, Camarada Cesar<br />Ontem teve operação do BOPE em Acari. De manhã fui na banca de jornal fiquei filando jornal e por mim passou três professoras que vieram transferidas pra uma escola de reconhecida qualidade no bairro e sobre a qual tiveram ótimas referencias. Elas pararam no jornaleiro e perguntaram se era sempre assim.<br />O jornaleiro perguntou assim como, com policia? Umas duas três vezes por mês, só.<br />Uma delas perguntou se a escola onde a Duda foi baleada era perto...<br />Antes do jornaleiro responder eu intervi e disse que não, que era há uns dois quilômetros daqui daqui.<br />A outra professora: ainda bem, né? A gente vai dar aula aqui.<br />Acho que foram embora respirando aliviadas. E se eu disse pra elas, que em menos de dois anos duas meninas, da escola onde elas pensam e dar aula foram baleadas na saída da escola em operações policiais? Que u sou treinador de futebol, e naquela hora não estava dando treino, por causa da operação policial?<br />Camarada Secretário: Daqui á pouco menos de 3 meses faz um ano que a menina Duda foi baleada e morta, num escola aqui no Complexo de Acari. O trauma coletivo que causou a morte de nossa pequena moradora e estudante, provocou da parte de vocês, autoridades, promessas de blindagem das escolas em situação de risco, treinamento de sobrevivência em situação de risco extremo dado pela Cruz Vermelha, e formas de compensação pra os dias sem aulas. Não sei se o senhor se lembra, Acari, foi a região que teve mais tempo com escolas fechadas em 2017.<br />E a UNICEF publicou um documento afirmando que crianças que estudam em situação de risco continuado tem suas habilidades de aprendizagem afetadas.<br /><br />Caro Secretário, pelo começo de ano, 2018, que temos aqui com tantas operações policiais e sabendo que em sendo ano eleitoral, mega operações policiais mais freqüentes e mais violentas costumam servir de ótimas alavancas pra elevar os índices de aprovação governantes e parlamentares com altas rejeições nas pesquisas, e que não tem nenhum escrúpulo ou pudor em pena de por a vida do povo favelado em risco, desde que melhorem seus I”BOPEs com seu eleitores do asfalto.<br /><br />Não lhe parece que as graves situações que nossas escolas publicas municipais foram expostas em 2017, não só vão continuar iguais, mas tendem a ser pior, o senhor não acha que, ainda há tempo pra que nossas comunidades escolares muncipais, principalmente as que ficam em áreas de risco, a não ser que nós das comunidades escolares( estudantes, pais, professores, lideranças comunitárias) façamos algo que estiver ao nosso alcance, pra que 2018, pra nossa educação municipal não seja pior e muito pelo contrario, bem melhor que qualquer outro ano?<br />Já sofremos muito, muitos, e jovens se perderam no caminho, só nos resta aprender. Mais ou menos assim que cantou Beto Guedes, que na próxima, carta postagem vou transcrever a letra toda e sugestões mais objetivas.<br /><br />Feliz ano novo, Camarada!<br />Saudações Comunistas!<br /><br />ACHÉ, AMOR LIVRE E LUTA!<br />Deley de Acari, poeta, ex-animador cultural da SME<br />Integrante do Coletivo Fala Acari.<br />Gosto<br />Mostrar mais reações<br />Comentar<br />Partilhar<br />1410/1 ·<br /><br />SEUS FILHOS DA PUTA: NÃO TEM NENHUM FAVELADO BALEADO HOJE COM OS MIOLOS PRA FORA NA PRIMEIRA CAPA ENTÃO BOTAM O ADRIANO NA BOLA? MALUCO É MANEIRO, GENTE BOA NÃO PREJUDICA NINGUEM. TEM DINHEIRO PRA CARALHO MAS NÃO ABANDONA A FAVELA.<br /><br />NÃO SOU CAGUETA NÃO PUTADA, COMIGO TÁ TRANQUILO. MAS ALGUM DIA UM DEDO NERVOSO VAI FAZER UMA LISTA DE JORNALISTAS QUE PEDIAM POR FAVOR PRA FAZER MATERIA NA FAVELA, MANDAVA O MOTORISTA NA BOCA COMPRAR SEU CAFÉ NO SAPATINHO E DUNS TEMPOS GANHOU DESTAQUE E EMPREGO BOM EM GRANDE TV E ATÉ CASOU COM POLICIA. E JOGAR NO VENTILADOR. <br />10/1 ·<br /><br />PROS CÃES VIRA-LATAS DA FAVELA A NOITE TODO GATO E GATAS SÃO PARDAS MAS SÃO GATOS, PROS CÃES DA POLICIA QUE INVADE A FAVELA DE MADRUGADA TODO E TODA MORADOR É UM ALVO SEJA BANDIDO TRABALHADORA OU TRABALHADOR QUE SAI PRA LABUTA, OU MAIS-VELHA OU MAIS VELHA QUE JÁ TÁ NA FILA DA CLINICA DA FAMILIA.Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-88121938722563591982018-02-10T10:23:00.001-08:002018-02-10T10:43:22.249-08:00DEPOIS DE DUBLIN, 2<br />
<br />
30/1 às 7:01 ·<br />
<br />
A CARNE MAIS CARA DO MERCADO É A CARNE NEGRA...<br />
<br />
Pela 4ª semana consecutiva a Revista Ela, encartada no jornal O Globo dos Domingo, faz matéria de capa com personalidade negra. Dessa vez foi Preta Gil. Essa revista é, na verdade, um grande ensaio de marketing de luxo, disfarçada de revista de variedades.<br />
<br />
As personagens que são matérias de capa, tem um pequeno texto ou entrevista sobre suas vidas, normalmente de superação, e muitas fotografias vestindo modelitos de grifes da moda, que custam o que só gente de classe média pode pagar e ostentar.<br />
<br />
O uso de personalidades negras como manequins tem o claro, ironicamente objetivo de atingir um publico alvo negro, que há 20 anos a Revista Raça estimava em 8 milhões de negras e negros com poder aquisitivo para consumir carros de luxo, casas, roupas de grife, jóias...<br />
<br />
Agora, 2018, eu não tenho ideia de quantos são esses negros e negras, mas se o Globo s interessa é porque são numericamente o bastante pra consumir e gerar lucro para moda e a indústria têxtil.<br />
<br />
E nada melhor que o negro do homem e da mulher pra servir de veiculo pra essa venda. o corpo negro ele mesmo meio de venda de mercadoria e mercadoria.<br />
<br />
No auge do ciclo de café no Estado do Rio, quando ocorreu a Revolta de Manoel Congo, 1838, o escravo alcançou o mais auto preço de mercado. Sufocada a revolta, houve pressão do fazendeiros, para que só Manoel congo fosse, dentre o mais de 500,de varias fazendas, fosse condenado e executado. Perder tão valiosa mercadoria, ao mesmo tempo produtora de mercadoria, seria um banque tal que levaria a uma crise fatal de uma hora pra outra a mais rica economia do império.<br />
<br />
Todas e todos, 21 crioulos, crioulas, africanos e africanas que lideraram a revolta, foram perdoados ou punidos com penas de chicotada, não pela bondade de seus senhores, mas porque eram mão de obra especializadas,inclusive as sete mulheres, difíceis de repor em caso de perda por morte, prisão ou degredo.<br />
Estima-se 75% dos escravos das fazendas de café do vale do paraiba eram africanos de origem na região do congo e angola, gente com grande conhecimento de agricultura,marcenaria e ferraria. Manoel Congo por exemplo era ferreiro, "profissão" nobre e valorizada no seu povo bakongo, e aqui no brasil.<br />
<br />
Neste 2018 que faz 180 da revolta negra no sul fluminense, 30 anos depois da abolição, o povo negro, principalmente suas mulheres poderiam refletir sobre o que há de comum entre a cultura do estupro, o estupro continuado de centenas de meninas atletas negras, na sua maioria, de norte américas, o comercio internacional de escravas sexuais nigerianas, os clips de anita, beonce,, os closes das tvs nos meninos negros do time do flamengo e as capas da revista Ela, do Globo... volto a escrever. Sou negro, faço parte do povo negro, sou poeta, escritor e militante, vou voltar pra fazia, nessas condições minhas reflexões que vem me levando a ações sobre essa questão.<br />
<br />
Pego como motes, frases de dois antipsiquiatras anglofonos que me influenciaram pensar e agir dialeticamente sobre a luta libertária.<br />
<br />
David Cooper: "tão importante quanto pregar o que fazer é fazer o que se prega."<br />
<br />
Ronald Laing: " a teoria é a articulação da experiência."<br />
<br />
Vou num pé volto, no mesmo... o esquerdo!<br />
26 de Janeiro de 2015 ·<br />
<br />
ANSSUNTANDO LUÍZA MAHIN 180 ANOS. QUE EXISTIU DE VERDADE E, ATÉ ACHO QUE TEVE EM ACARI, DIA DESSES! E UM VIGÍLIA QUE NÃO HOUVE! PARTE 1<br />
<br />
Esperava pelo menos de cinco a dez pessoas na Víligia para Luíza Mahin. Aluguei mesas e cadeiras, eu e Wesley preparamos caipirinhas, copiei e imprimi mais de 80 poemas de e sobre mulheres negras e mulheres negras mães, me consentrei pra dinamizar jogos e exercicios de criação de textos ,oral, visual, plástico, gestual e escritos...<br />
<br />
Me entusiasmei pra uma roda de conversa sobre a mulher africana mais importante do Seculo IX no mundo.<br />
<br />
Só esqueci de me parguntar e perguntar as e os compas do Movimento Social de Esquerda e principalmente negras e negros, Se estão interessados, hoje em dia, numa atividade desse tipo.<br />
<br />
Eu tinha, e tenho a certesa de que se a vígilia tivesse acontecido seria otima e que tivesse participado sairia dela feliz e realizado.<br />
<br />
Eu, pessoalmente, num dava tanta importância a Revolução Malê... me “ ligava” mais em Luíza Mahin pelo fato dela ser mãe de Luiz Gama.<br />
<br />
Mas a partir de ir conhecendo mais detalhes sobre Luíza, mas especificamente, meu fascínio por essa mulher africana, que venho escrava para o Brasil conseguiu a alfforia, teve um filho com um branco, participou de varias revoltas, se deixar vestígio escrito de sua participação nelas, teve o filho vendido como escravo pelo próprio pai e por volta de 1860 simplismente sumiu do “mapa.”<br />
<br />
Não resta dúvida de Luíza realmente existiu... era do povo Mahin, uma das etnias Jeje, bonita, baixinha( como a maioria dos negros maranhenses). Daí ser bem possivel que ela tenha vividos seus ultimos dias de vída, como sacerdotiza de uma das Casas da Mina, “candomblé”, jeje puro. Pelo menos é o que diz as mais recentes pesquisas.<br />
<br />
Sai do CCPR triste e desanimado, com o Wesley, já mais de “meia noite” e passei no bar do Carlão, um “Mais Velho” maranhense radicado no Rio, em Acari, há mais ou menos, uns tres anos.<br />
<br />
Me lembrei de sua mãe, que nem sei o nome, 101 de idade, que ficou em Acari, uns seis meses, tomava seis cervejas por día, e deixou Acari e voltou pra São Luiz porque achou a Favela de Acari muito “parada.” Lá em São Luiz esta a tocar tambou nas festas de Tambor de Crioulo e dos cultos das casa da mina.<br />
<br />
Me impressiona como as descrições fisicas que Luiz Gama faz de sua mãe “bate” com o tipo físico da mãe de Carlão. Fico me parguntando se eu não teria converdo varias vezes como uma Luiza Mahin na Favela de Acari.<br />
<br />
Mem lembrei de mais algumas coisas que almentam meu fascinio por Mahin:<br />
Seu Jorge de Yemanjá, babolixá do um “terreiro jeje puro” que conheci, deve haver mais algum no Rio, dizia aos pesquisadores que tudo que ele tinha a dizer sobre Jeje é que todo feitiço do Jeje estava num copo de água e de uma vela acesa.<br />
<br />
Me lembrei também que no Caribe há cultos jeje nos quais as sacedotisas usam um bracelete que é um serpente mordendo o próprio rabo. Para os asíaticos essa imagem simbolisa Oroborus, a parfeição.<br />
23/1 às 19:27 ·<br />
<br />
SOBRE ÓDIO RELIGIOSO NAS FAVELA: NÃO EXISTE TRAFICANTE EVANGÉLICO!<br />
<br />
O que há é que nos ultimos 30 anos os dogmas néopentecostais foram se transformando em valores culturais e normas de vida nas favelas, passando a ser a cultura hegemônica. Há 30, 40 atrás o povo das favelas se guiavam pelos valores culturais e normas de religiões afros, principalmente Umbanda e do catolicismo popular.<br />
<br />
Tanto o catolicismo popular quanto as religiões afros, são fortemente pluriteocraticas, santos e orixás e guias diluem socializam e democratarizam o poder divino com o Deus Supremo. Além disso o papel de Nossa Senhora Maria Mãe de Deus pulveriza e democratiza ainda mais poder divino patriarcal nas suas multiplas visualizações e aparições sendo uma só Maria ela consegue ser centenas de mães senhoras carinhosa, não autoritaria e genorosa, se alguem sofre e tem dor ela é Maria das Dores, se aluguem precisa de graça ela faz Maria das Graças, se alguem precisa de socorro pela vida toda ela tá como sua Maria do Perpetuo Socorro.<br />
<br />
Por isso, durante a prevalência dos valores e normas culturais das religiões afros e do catolisismo popular, Nossa Senhora e Vovó Maria Conga sempre conviveram muito bem.<br />
<br />
Com a cresente imposição violenta fisica e simbolica dos valores e normas neopentecostais como valores culturais nas favelas, o poder do Deus supremo patricarcal, autoritário, punidor e castigador foi sendo restabelecido e tornado hegemonico.<br />
<br />
Quem nasceu nas favelas nos ultimos 40 anos, nasceu sob a hegemonia da cultura neopentecostal, acreditando nos seus valores, normas, dogmas, suas verdades.<br />
<br />
Não é preciso ser envagélico batizado e convertido pra acreditar que é verdade e que deve ser seguida respeitada sem contestação, as verdades neopentecostais. Traficantes não são extraterrestres, nasceram e cresceram, são crias das favelas, poucos poucos mesmo tiveram a oportunidade de conhecer viver e conviver pessoalmente, sem ter o prisma distorcedor do neopentostalismo o dia á dia de um terreiro ou da nave de uma igreja catolica. A maioria dos traficantes são filhos de familias evangélicas ou que tem pessoas mais velhas que já foram de santo ou catollicas e que se decepcionaram com sua ex-religião.<br />
<br />
E muitos dos pastores dessas igrejas também são crias das favelas varios "ascenderam" na hierarquia e se tornaram bispos. Como não podem bater de frente com o que ainda resta de religiões afros e afrosbrasileiras nas favelas, nos suburbios e na baixada, como é caso de Belford Roxo e da Ilha do Governador, convencem os traficantes, na sua maioria jovens que os males que o afrigem são culpa do diabo e que o diabo é do candomblé ou da umbanda que por isso são ímpios e devem ser expurgados ou mortos, o por isso dizer "purificados" pelo fogo da fogueira de um microondas de pneus, ou pelas balas sagradas de uma 762.<br />
<br />
Não é por acaro que o pastor Jan Rip Palharin lider da crescente, assustadoramente crescente Igreja Paz e Vida culpa as imagens de Yemanjá na praia de Sepetiba pela poluição da praia e o fim da segunda colonia de pesca mais produtiva do estado do rio ,antes a instalação do porto de sepetiba e da CSKA de Eike Bastista.<br />
<br />
Na suas pregações e no incentivo ao povo de sepetiba pra destruir as imagens de yemanjá pra só assim a praia voltar a ser despoluida e bela, o pastor não diz que neste apocalipse local estão incluidos a destruição do porto de sepetiba e a CSKA . Nem fica claro em suas pregações racistas se Eike é enviado de Deus ou do Diabo. Se deve ou não ser queimado ou abençoado pelo fogo vingador de Jesus.<br />
26/1 às 7:54 ·<br />
<br />
GLOBO COP E OUTROS CAVEIRÕES VOADORES PARA-MILITARES...<br />
<br />
Antes de tudo quero lamentar as agressões sofridas pela jovem repórter da band. por petistas na durante o julgamento do Lula.<br />
<br />
Mas esses repórteres tem colhido os frutos que eles mesmo plantaram ou que outros repórteres plantaram.<br />
<br />
Já foi o tempo que um cara, uma pessoa publica como eu, da favela podia bancar a entrada de uma equipe de reportagem garantindo com minha credibilidade a minha comunidade que sua matéria seria imparcial e justa. E garantindo o repórter que ele poderia fazer com liberdade uma matéria imparcial e justa.Sempre essas matérias eram feitas antes ou depois da intervenção policial, ou quando durante, o repórter sempre arrumava um jeito de conversar depois e fazer uma matéria insenta. agora não é mais assim. Pelo menos aqui em Acari, por umas cinco vezes o repórter e sua equipe foi proibida de entrar na favela pra fazer entrevistas com gente da favela. tive que levar as pessoas para frente do hospital de acari, muitas vezes pondo-as em risco, já que lá passa carro de policia toda hora.<br />
<br />
Quem é líder comunitário como eu, com muito orgulho, ou pessoa pública, sabe que coisas assim tem que dar um papo aos caras antes quem dá e convence eles que vai ser bom pra favela, assume a responsabilidade. coisa que eu faço de boa. acontece que eles ficam bolados quando um equipe de reportagem se recusa entrar na favela quando a gente media. não falam nada, mas ficam escaldados.<br />
<br />
Agora que os helecopteros de reportagem sobrevoam as favelas durante operações policiais, fazendo o papel de caveirrões voadores, drones não armados, filmando em tempo real, dando a localização de traficantes e até apontando jovens que saem pro trabalho de mochilas nas costas ou grupos de cinco seis jovens que saem pra praia, o vão jogar fora da favela levando suas bolsinha com chuteira, camisa meiões dentro, com bonde de traficantes aí é que fudeu tudo.<br />
<br />
Não é por acaso que o helicóptero da tv globo, se chama Globo Cop.<br />
25/1 às 16:10 ·<br />
<br />
LULA, LENDA VIVA!<br />
<br />
Não exagero nenhum em Lula se comparar a Mandela no que diz respeito ao que ele pode fazer mesmo na cadeia. Mandela pegou 27 anos de cadeia como preso politico, mas o estado racista sul-africano sempre o considerou criminoso comum. Mandela foi preso mais ou menos jovem e nem era a principal figura do ANC quando foi preso. Pouco se sabia dos seus pensamentos e ideologia, incomunicavel numa cela diminuta só tinha ontanto com o mundo através de sua mulher winie mandela.mesmo assim virou uma bandeira. quando saiu o que se viu foi um ideologo da paz e da união, um não comunista, que enriqueceu rapido deixou seus familiares brigando por sua herança.<br />
<br />
Lula, vai pegar 12 anos de cadeia, mas não vai ficar nem 4 fechado. mesmo no periodo de prisão fechada, ao contrario de Mandela vai poder continuar mantendo contato com o mundo.<br />
<br />
O povo brasileiro pobre esta conseguindo o melhor e maior pai dos pobres desde Getulio, porque jamais será visto por ele como um preso comum, mas um preso politico.<br />
<br />
Quem vive na favela e convive com famlias de presos comuns sabe que essa história de que preso não vota, é pura caozada. Preso não vota, mas sua voz convence e as vezes ordena que sua familia, amigos na rua vote num candidato.<br />
<br />
Imagina um preso "politico" ou poiitico como Lula? o grande pai dos pobres, acusado, condenado e preso injustamente por influencia de forças nada ocultas, sabidas localizadas, diferente das forças ocultas, que levaram getulio a se matar pra entrar na história. Lula não precisou se matar pra entrar pra história, embora preso, não por muito tempo, e até por isso, vai ver em vida, o Lulismo se tornar o mais forte populismo das américas, mais que o peronismo, o getulismo e o chavismo. Havia gente, inclusive de esquerda, torcendo pra que Lula fosse absolvido, se candidatasse, perdesse a eleição e assim se daria por encerrado a era petista.<br />
Se danaram. porque hoje o lulismo é tão grande que não cabe no petismo. o petismo talvez naufrague sem o lulismo, mas, livre do fardo do petismo, o lulismo poderá nadar de braçada até a barraca de caipirinha na praia, se morrer na areia.<br />
Deley De Acari Vanderley Cunha<br />
24/1 às 16:03 ·<br />
<br />
QUEM É NEGRO E FAVELADO JÁ FOI COMPAS DE LULA NÃO MORRE DE AMORES POR ELE MAS...<br />
<br />
Fui compas de partido de Lula por dois periodos, de 83 á 1993 3 de 2000 á 2002. Como todo negro fevelado afrocomunista não morro de amores pelo Lula mas torço para que ele seja inocente e consiga se eleger presidente. Embora não vá votar nele e nem em ninguém.<br />
<br />
Qualquer Bolsonaro, Alkimin, o Ciro Gomes da vida, com certeza vai criar upps em tudo que é favela, e vai por em pratica o que Lula prometeu quando liberou os bilhões para poltica de segurança pública de seu parceiro da hora em 2008, Sérgio Cabral, então recem eleito governador do Rio.<br />
Lula: Agora(com as upps) a policia vai bater em que tiver que bater e proteger quem tiver que proteger.<br />
<br />
Se eleito, será que ele vai rever esses conceitos?<br />
Fico aqui na espectativa do resultado das eleições como aquele time pequeno que derrotou um grande na semifinal que chegou na final do campeonato e agora tá de camarote aguardando o resultado da outra semifinal entre dois grandes.<br />
Seja qual for o vencedor a opção do meu time é vencer ou vencer.<br />
O principal lema do meu afrocomunismo é há imigo eu sou contra. Bolsonaro o Alkimin seriam inimigos muito chatos de jogar feito time aalemão. preferio times de talento e toque d de bola, como barça.<br />
Brizola foi um inimigo gostoso e divertido de jogar contra, Lula também.<br />
São raros hoje os inimigos gostosos de jogar e vencer como o Palmeiras do anos 60, de Ademir da Guia e Dudu, o Santos de Pelé e Coutinho, o Cruzeiro de Tostão, Zé Carlos e Dirceu Lopes, o Flmengo de Adílio e Zico.<br />
23/1 às 18:11 ·<br />
<br />
MARCO ANDRADE, COMO NISE DA SILVEIRA...<br />
<br />
Ainda não fui ver Marquinho como não fui ver Buba no Hospital. Como diz aquela música: ando tão a flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar.<br />
<br />
Não vou falar do músico, nem do amigo, vou falar do ativista preto da periferia que conheci na década de 70, antes de conhecer a Dra Nise da Silveira. Quando conheci Marcos e o Grupo Panela de Pressão, um ano depois de eu ter sido preso na Praça do Coreto em Marechal Hermes, levado pra "boite" da Barão de Mesquita e ter sido torturado por dois dias por causa de uma peça de teatro censurada, que ensaiava no Teatro Armando Gonzaga.<br />
<br />
O diretor do Teatro Armando Gonzaga, na época, era duble de diretor e informante dos milicos e havia me caguetado como fizera com o Grupo Garra Suburbana, do qual o Panela herdou o banker de resistência artistica e cultural suburbana a ditadura militar.<br />
<br />
Depois do trauma da prisão e tortura na boite verde oliva, fique ide 40tena no grupo de dança do Quilombo sob a severá vigilancia do Mestre Candeia, a quem minha mãe delegara a missão de não deixar eu me meter mais com comunistas.<br />
<br />
No Quilombo encontrei um amigo que ia fazer um show no Armando Gonzaga. Fui ver o show dele, descobri que Garra havia acabado e o Panela de Pressão havia assumido o a administração auto-gestionada do espaço cultural.<br />
O amigo me apresentou a Lilian Gomes que me apresentou a Genesis Jenuncio que me apresentou a Marco Andrade que me apresentou a Hélio de Assis que era o "capa" da CAIS, Cooperativa de Artistas Independente Suburbanos.<br />
<br />
Eu já conhecia o Ele Semog, 4 anos depois nos tres criamos o Negricia Poesia e Arte de Crioulo, mas isso é outra história, o que é mais importante dizer aqui, é que foi muito estranho participar de um movimento com um grupo multicultural suburbano subversivo, o Panela de Pressão gerindo um espaço cultural estatal no suburbio em plan ditadura miilitar, com Marquinho, Lilian e Genisis como principais cabeças.<br />
<br />
Como artistas suburbanos subversivos podiam gerir um espaço público cultural em plena ditadura?<br />
<br />
Só vim a entender isso, 3 anos depois em 1979, quando fui trabalhar no Museu de Imagens do Incosciente, com a Dra Nise da Silveira. Nise era um comuinista radical, psiquiatra concursada, presa pela ditadura Vargas sempre se orgulhou de ser servidora pública, de servir ao seu povo, não aos poderosos.<br />
<br />
Foi Nise que me fez compreender melhor o Grupo Panela de Pressão, e Marco Andrade e não ter nenhuma crise existencial em ser servidor público, servir ao povo.<br />
<br />
Infelizmente, a rica e complexa experiencia no teatro armando gonzaga não durou muito, e só vim encontrar a matilha do Panela de Pressão e trabalharmos juntos, de novo como servidores públicos a partir da arte e da cultura, como animadores culturais dos Cieps, em 1985/86.<br />
<br />
Significativamente, Marquinho foi ser animador cultural do Ciep Solano Trindade, em Bangu, e eu vim ser animador cultural do Ciep Zumbi do Palmares em Acari.<br />
<br />
Logo, além de animador cultural, Marco Andrade passou a ser uma das principais lideranças trabalhadora dos animadores culturais que não lutavam pela continuidade e fortalecimento da animação cultural no Programa Especial de Educação que geria os Cieps, mas como tenaz lutador pra diginificaçao e regulamentação da profissão de animador cultural. Marquinhos com outros e outras compas foi "linha de frente" na criação da ATAC- Associação de Animadores Culturais, a nivel da capital e da ANIMA Associação de Animadores Culturais e âmbito estadual do Rio de Janeiro.<br />
<br />
Marquinho, como eu e outras lideranças de acs e outros animadores culturais por varias vezes fomos de pelegos por combatermos animadores culturais que foram indicados por politicos e/ou viam a animação cultural na educação pública como um cabide de emprego ou curral eleitoral politico partidário.<br />
<br />
Bom pra o texto não ficar mais textão do que já tá, estou me preparando espiritualmente pra ver Marquinho. Quem já foi, quem ainda vai, fica aqui uma sampleada no Paulinho da Viola que já disse um dia que "se for falar da portela hoje não vou terminar." Véio: se for falar da história da arte e da cultura suburbana, revolucionaria e de resitencia, nos ultmos 40 anos é só falar de Marco Andrade, e hoje não vou terminar. Até porque Marquinho vai continuar como um dos seus principais protagonistas no minimo pelo proximos 40 anos mais.<br />
<br />
ACHÉ AMOR LIVRE E LUTA.!<br />
<br />
23/1 às 1:22 ·<br />
<br />
ACARI, NUM TEM PISCINA SUSPEITA, NÃO PASSA BANDIDO, QUEM DIRÁ CAVEIRÃO...<br />
<br />
Aqui no Acari, final de semana, feriado quase toda rua, quse toda esquina tem uma piscina e não passa nem bonde de bandido, quem dirá caveirão.<br />
<br />
Pouca gente pergunta cade os piscinões de ramos, são Gonçalo, deodoro, parque radical, cade as piscinas das vilas olímpicas? Menos gente ainda sabe que pelo 10 cieps do estado tem piscinas semi-olímpicas ao lado de favelas inauguradas nos anos 80, pra preparar nadadores nas comunidades? eu fui a inauguração de duas no Rio, a do Ciep Nação Rubro Negra, na Mangueira, em no CIep Mariaa Werneck no Complexo Irajá/Acari com a presença de Brizola e Pelé, então Ministro dos Esportes.<br />
<br />
E que sabe mais que se foda, se o morador não bota, que trafico que bote, pra resolver a finalidade dele, que a menorzada que mais resolver a finalidade dela que é se resfrescar do calor,, que na favela com lajes e asfalto quente tá batendo 50% graus.<br />
<br />
A menorzada que lá saber quem botou o ovo, a pata ou galinha? a menorzada que é cume omelete.<br />
22/1 às 15:53 ·<br />
<br />
AINDA SOBRE RESPOSTA A MONIQUE CRUZ...<br />
<br />
Então: minha proposta é que a gente dê inicio a aglguma coisa concreta no sarau em homenagem as DEFENSORAS pioneira na defesa de direitos humanos, africanas e afrodescendentes do Séc. 19, Luiza Mahin e Mariana Crioula, muito provavelmente, no dia 10 de março, 15h00 Sábado ma Escola Daniel Piza em Acari tendo como referencia o Dia Internacional da Mulher. Continua aberta a proposta de uma reunião no JG pra pensarmos e pormos em praticca ações concretas.<br />
<br />
Deley de Acari,<br />
do Grupo Negrícia, Poesia<br />
E Arte de Crioulo.<br />
21/1 às 11:21 ·<br />
<br />
DE ACARI;DESCULPEM SE DESSA VEZ SÓ TIAMOS COISA BOA E ALEGRIA E NÃO COISA RUIM E TRISTESA PRA LHES OFERECER...<br />
<br />
Pelo jeito Acari acostumou mal a companheirada de fora e de dentro, oferecendo desde 1990, com a chacina de cari, como menu principal a coisas ruins e tristesa como a morte de jovens acaienses e a dor o sofrimento e as lagrimas e a morte em vida ao poucos de sua mães,companheiras, irmãs sobreviventes.<br />
<br />
No que a gente convida a companheirada do asfalto,militantes famílias de vitimas midiativistas pra ver uma exposição de fotografias de meninos do complexo de Acari, que só mosta coisa positiva e boa, o descostume com o que há de bom e de bem, em Acari, faz com que não venham, embora a divulgação da atividade já vendo rolando há varias semanas.<br />
<br />
Mas, se até os acarienses, de dentro estão viciados e viciadas pelo gosto amargo mas dopante do sangue de nossos jovens e das lagrimas amargas de suas mães e não vieram prestigiar e fortalecer a mostra, como reclamar, com que razão e moral politica, dos de foram que não vem.<br />
<br />
Nenhuma, claro, por isso de Acari: Desculpem se dessa vez só tiamos coisa boa e alegria e não coisa ruim e tristeza pra oferecer a vocês.<br />
<br />
Da próxima vez, provável acontecer, que a policia matar uns dez ou meia dúzia de moleques estupram coletivamente uma garota depois do baile funk a gente convida com vocês, com a certeza de contar com vossas presenças, já que estão tão habituados com o velho e ruim não com o não tão novo assim ,mas bom e Acari.<br />
<br />
ACHÉ, AMOR LIVRE E LUTA!<br />
19/1 às 8:55 ·<br />
<br />
PENSO, LOGO ESTUPRO!<br />
"poesia negra."<br />
<br />
" botei minha malha e fui puxar ferro na academia. Na ida passei por aquele menino-gato de cabelo black igual ao do Marcelo da seleção. Ele é novinho mas já rala muito pra ajudar a mãe. Todo o dia quando passo pra academia ou pra faetec ele esta alí arrumando a barraquinha de assai Passei uma hora malhando na academia pensando nele.<br />
<br />
Ele tá no face de uma amiga minha e vou pedir pra ele me adicionar,pensei.<br />
<br />
Na volta, da academia estava sua cansada, fiquei suada e a malha colou no meu corpo, fiquei com aquele, volumesinho que faz nossa xota parecer um capô de fusca.<br />
<br />
Nem me liguei nisso, fui me aproximando da barraca do gatinho negro, ele estava arrumando as garrafas de cobertura e nem parecia se ligar em mim. Mas quando cheguei mais perto dele senti seu olhar fuzilante por debaixo do boné direto por meu capozinho de fusca. Senti como se uma frecha ou uma pica enorme tipo kid bengala, tive rasgado minha vúlva e dilacerado a parede do meu útero,, me curvei com um gemido, tropecei, quase cai. Ele se assustou e veio me amparar. Me deu um arrepio e um sensação de repulsa e reagi, estou bem, me larga,<br />
ele me largou pedindo desculpas, não, tá tudo bem, respondi seca e irritada.<br />
<br />
Peguei a mochila que havia caído e pus ela pra frente, cobrindo meu púbis.<br />
Senti minha menstruação. uma dor horrível de cólica, e nem era meus dias. Cheguei e casa, fui direto pro chuveiro, tomei um banho e chorei.<br />
Fechei os olhos em baixo do chuveiro, a água fria, lavando suor e as lagrimas da minha pele negra. Aí de repente, me venho a imagem da estampa na camisa dele, uma silhuta de um filosofo francês, e um frase dele."penso, logo existo!"<br />
<br />
Me deu vontade de sair do banho, pelada pela rua ir lá na barraca e assai botar o dedo na cara daquele garoto e gritar, sabe de uma coisa? você devia mudar essa frase ai pra "PENSO,LOGO ESTUPRO!...<br />
<br />
Mas dai eu...<br />
<br />
Quer ler mais.... Esse é um dos contos do meu livro, PENSO, LOGO ESTUPRO. ia se chamar, VE SE FICA VIVA, mas os contexto atual me instigou a mudar o titulo do livro e não abrir mão de publicar um livro de poesia negra engajada e atual que sirva de diversão cultural enquanto obra literária negra brasileira e ao mesmo tempo ferramente de militância politica negra a partir da única coisa na vida que sei fazer mediocremente bem que é escrever.<br />
Intenções de vot... quer dizer de compra, por favor, podem manifestar por aqui, por enquanto, publicação prevista pra maio de 2018.<br />
18/1 às 10:59 ·<br />
<br />
RESPOSTA A MONIQUE CRUZ...<br />
<br />
Monique Cruz é uma das mais importantes intelectuais e ativistas negras dos nossos tempos. É uma das lideranças femininas negras faveladas mais combativas, dedicadas e corajosas.<br />
<br />
Ela é umas das minhas líderes e me representa. Ouço seu adjá tilintar chamando os machos a se posicionarem botarem a cara sobre o funk do mano negro que faz apologia ao estupro. Daqui a pouco, centenas de homens e mulheres estão "curtindo" e respondendo ao texto dela.<br />
<br />
Acho bom, de boa. Cada uma ouve e lê o toque ijexá da irma preta, de acordo com a sensibilidade de seu ouvido a espessura e seu coração.<br />
<br />
Mas, nós machos pretos, brancos, favelados compas de liuta, amigos dela, não podemos nos bastar em responder e apoiar a mana, aqui no face.<br />
<br />
Vai lá no texto dela, leia novamente, fiche os olhos, lembre do rosto dela, lembre dos seus olhos, que olhamos tantas vezes, ao vivo faca a face, olhos que sempre olhos em nossos olhos, quando ela fala com a gente e nunca deixou de olhar quando ela nos ouve.<br />
<br />
Sua fala, agora, seus olhos agora,depois do fim do texto, aguçaram os ouvidos dela, e ela espera alguma coisa da gente aqui no face, mas espera muito mais de nós face a face no dia á dia agora mesmo.<br />
<br />
Ninguem exige e espera de quem não acredita.<br />
Monique, nos exige e nos espera, porque acredita e nós,<br />
Não vamos não corresponder a exigência da mana, nem decepicionar sua esperança em nós, até porque sua exigência e sua espera de nós, é a de centenas de manas negras pobre faveladas, que como ela ainda exigem e ainda esperam de nós alguma coisa..<br />
<br />
Vamos articular aqui, no face uma reunião de compas negros, e não negros, favelados, mas também não, principalmente, quem trabalhamos com imagens, poesia, música, dança, com o corpo.<br />
<br />
A gente pede um espaço na JUSTIÇA GLOBAL, na Anistia, senão a gente senta a bunda preta debaixo de um figuerira no aterro do flamengo mesmo.<br />
Mas isso é pra agora,daqui a pouco, esse tsunami virtual passa pela pea net, como outros já passaram.Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-54108890490785517762018-02-10T09:58:00.002-08:002018-02-10T09:58:52.321-08:00DEPOIS DE DUBLIN,PARTE 1<br />
<br />
ley De Acari Vanderley Cunha<br />8/2 às 10:18 ·<br /><br />BEIÇOLA: O 30º EX-ALUNO MEU MORTO PELA POLICIA...<br /><br />Ontem fiquei sabendo que o jovem morto, pela tróia do 41º bpm foi o Beiçola, que treinou na Escolinha do Areal Livre, dos 7 aos 15 anos. Ele é o trigésimo ex-aluno meu de escolinha de futebol morto pela num período de 15 anos.<br /><br />Nem o fato de ter 9 meninada de acari, hoje jogando, federados, em clubes grandes do Rio, seis treinados e preparados por mim, a maioria com menos de 10 anos, diminui minha tristeza, minha depressão, meu desanimo, minha certeza de fracasso, meu sentimento de culpa e impotência e minha vontade de parar com tudo.<br /><br />8/2 às 9:00 ·<br /><br />EXÉRCITO REVISTA MULHER EM PÚBLICO E BEBE CHORA DE TERROR NO CARINHO. AGORA ME DIGA: QUAL O TAMANHO DA SUA DIGNIDADE QUE EU TE DIGO O TAMANHO DA SUA HUMANIDADE...<br /><br />Aos 63 anos eu já vivi e ví quase de tudo ness vida.<br />Mas não me lembro de ter visto algo que me revoltasse e mexesse mais com a minha dignidade que a grande fotografia de quase meia pagina no Globo de hoje. uma jovem negra sendo revistada e apalpada na linha da cintura por soldado das forças armadas em praça pública. Atrás, uma menina negra, menor de idade, porque botaram um cristal, nos seus olhos aguarda pra ser possivelmente revista também. no chão dentro de um carrinho, um bebe negro, não deve ter mais de dois anos, chora aterrorizado.<br /><br />O que esse bebe vai pensar pra sempre da policia,das forças armadas não sei, espero que pense e odeie da forma mais forte possível da mesma força e forma que ama e teme a mulher que ve sendo constrangida e esculachada.<br /><br />Gente: qual o tamanho da minha da sua da nossa dignidade? ela mede o tamanho da minha, da sua, da nossa humanidade!<br /><br />E não temos o direito de nos dizer dignos e humanos se nos calarmos, não fazermos nada diante de tão cruel e sinistra indignidade e desumanidade.<br /><br />Essa, moça, jovem negra, simples moradora da CDD, tem todo direito de deixar pra lá, ficar com medo de correr atrás pelo constrangimento e vexame publico que sofreu, pode até achar normal, ou não achar normal e temer represaria<br /><br />É UMA MULHR NEGRA,GENTE,E UM BEBE NEGRO,PORRA!<br />O QUE QUE NÓS PALADINAS E PALADINOS DA DEMOCRACIA, DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS HUMANOS VAMOS FAZER? PORQUE VAMOS FAZERRRR.NÉ?.<br /><br />8/2 às 8:15 ·<br /><br />NÃO ABRAÇO NEM AFAGO A MARÉ PORQUE... Quando sem tem uma pessoa, um povo, um lugar amado e querido dentro de nosso coração nosso próprio coração já os abraça e afaga sem que você precise abrir e fechar os braços amolengar e os dedos pra o cafuné do afago.<br /><br />MARÉ EU AMO MUITÃO!😜😜<br />8 de Fevereiro de 2016 ·<br /><br />NÃO ME CHAMEM PRA MOVIMENTOS CONTRA VIOLÊNCIA...<br /><br />Eu lí Fanon e com ele aprendi ser violento. Essa briga pobres versus ricos só pode terminar quando a gente tiver morrendo mais ganhando. Paz perdendo não é paz... é derrota e escravidão de novo.<br /><br />Quando estiverem perdendo eles vão querer conversar sobre a paz, então; De boa: a paz será em nossos termos. e não será paz... será PAZ!<br /><br />Depois da nossa VITORIA a gente conversa, de boa, sem violência, Já que PAZ COM VOZ É PAZ E CORAGEM!<br /><br />7/2 às 4:50 ·<br /><br />PORQUE ANITA NÃO É SAMUEL L. JACKSON...<br /><br />Lí em algum lugar, acho que n'O Globo que Anita aceitou fazer papel de uma pm de uma UPP que acredita estar prestando um bom serviço pra sociedade. Mas se decepciona depois da morte de um colega de farda. Mesmo assim continua na policia.<br /><br />Duns tempos pra cá a Globo vem usando sua linha de cultura e arte pra salvar a imagem de o próprio corpo que projeta a imagem. Foi assim com Paola Oliveira fazendo um tenente do Batalhão de Cães/Choque, um das corporações militares mais cruéis e assassinas da policia brasileira.<br /><br />Ainda precisamos descobrir porque a globo defende tanto as upps, que seus próprios idealizadores consideram um projeto falido.<br />Defende tanto que resolveu aproveitar a popularidade da cantora Anita pra protagonizar uma minissérie, mais uma chapa branca pra tentar salvar uma politica de segurança publica civil/militar/penal/extrajudicial.<br /><br />Quem viu DJango Livre, Terrorismo... sabe da capacidade do ator negro americano Samuel L. Jackson de criar personagens negros opressores de forma tão magistração e dialética, usando técnicas de distanciamento bresthiano que desconstrói de um jeito não maniqueísta a ideia de que todo negro e essencialmente bom.<br />Samuel, como Osie Davis são atores negros militantes com convivência estreita e luta lado a lado com os panteras negras, Luther KIng...<br /><br />Por favor, nem sei se Anita sabe atuar, mesmo que saiba, são poucos os atores e atrizes brasileiras que podem sequer serem pensadas serem comparadas a um Samuel o Viola Davis. Mas se é pra usar Anita pra dar credibilidade e simpatia a uma pm de upp, seria mais racional e mais barato dar umas 10 horas de bronzeado artificlal na Juliana Paes, pra fazer o papel, já que ela além de ter comprovadamente algum talento é uma branca com a pela mais fácil de ser empretejada.<br /><br />Em fim, pode ser que Anita surpreenda e se revele uma atriz talentosa e surpreendente e fazer da sua personagem um pm inesquecível, mas ela é um jovem branca, com certo talento como cantora, mas politicamente burra e alienada.<br /><br />Quanto melhor ela fizer seu papel de pm de upp, pior pra que vive e sofre e morre sob a opressão das upps nas favelas na realidade.<br /><br />Capaz que com o mesmo talento que ela emprestou sua voz e sua bunda pra dar credibilidade a personagem Malandra do clip, Vai Malandra, ela empreste sua voz e suas mãos pra portar uma pistola, um 762 pra dar credibilidade a sua pm de upp.<br />Que que as compas feministas negras e brancas mais menos radicais que defenderam anita por causa o clip, vai malandra, vão dizer agora... como compas negro, militante que também defendeu-a quero saber...<br />7/2 às 5:44 ·<br /><br />MAS DUDA FOI A PRIMEIRA MENINA NEGRA FAVELADA MORTA COM UMA BOLA NAS MÃOS E NOS SONHOS...<br /><br />É preciso no entanto dar destaque especial a morte da menina negra Duda, de treze anos, mesma idade do Jeremias enquanto treinava na quadra da Escola Daniel Piza em Acari. Duda era ótima praticante de varias modalidades esportivas, com varia medalhas conquistadas e se preparava para participar de mais uma competição da basquete.<br /><br />Paradoxalmente a medida que as meninas de favela vão conquistando mais tempo e espaço nas áreas ao ar livre das favelas, diminuindo a hegemonia masculina que dominam os campos e quadras das favelas, também vão expondo mais aos riscos de praticar esportes nas favelas, seja por lazer seja por sonho de se tornar uma atleta profissional.<br /><br />Pode-se argumentar que a construção de equipamentos esportivos fechados solucionariam o problema principalmente se fossem blindados com a superargamaça que o prefeito crivela prometeu e nunca cumpriu.<br />Mas o problema é que pode-se blindar escolas, creches, postos de saúde, centros culturais esportivos polivalentes mas não se pode blindar as ruas becos e vielas por onde as pessoas circulam pra ir pro trabalho, pra escola, pra os centros culturais.<br /><br />As rua, praças, becos e viela das favelas são mais da policia e dos meninos do tráfico, que também são moradores que dos moradores, principalmente das crianças e adolescentes.<br /><br />Pode mais na favela hoje quem porta um fuzil e veste um colete a prova de balas, seja policia ou bandido,e não quem porta um berimbau, veste uma calça de algodão ou porta uma bola e veste uma camisa de futebol.<br /><br />Vive-se mais com com um fuzil nas mãos e um colete a prova de balas, seja bandido ou policia,<br /><br />morre mais quem porta um berimbau e uma calça de algodão e traz na cintura um cordel de mestre ou aluno, morre mais quem porta um apito de um cronometro de treinador comunitário nas mãos ou uma bola e uma camisa de treino de aluno ou aluna de projetos de esportes nas favelas.<br /><br />Assina esta postagem: deley de acari, poeta, animador social cultural e desportivo que atua há trinta anos no território em constante conflito armado que é a Favela de Acari.<br />7/2 às 10:00 ·<br /><br />Vívi Sales, minha linda e brava guerreinha: Olhe bem nos olhos desses meninos das forças armadas. eles não tem nem coragem de olhar nos nossos olhos. De um bom dia pra eles, e vai ouvir um voz trêmula de um pós adolescente que não sabe se pode responder um bom dia a um morador ou não. Alguem com medo assim mal tem tino pra memória visual e reconhecer que já revistou ou não. É são esses bravos guerreiros que mandam pra cima da gente.<br />7/2 às 9:48 ·<br /><br />OBSERVATÓRIO DAS ESCOLAS FECHADAS EM ÁRA DE CONFLITO CAUSADO INTERVENÇÃO DE AGENTES DE SEGURANÇA... RÁPIDO:<br /><br />Primeira semana de aula. Dá alguém em cada complexo de favelas ir monitorando cada dia sem aula causado por intervenção de agentes de segurança, estadual ou federal. E acompanhar junto a pais e professores os danos causados ao rendimento escolar das crianças e a nível de trabalho das educadoras, tanto em creches quanto nas escolas estaduais e municipais.<br /><br />Parece que o prefeito acaba de fazer um acordo vantajoso com a associação de creches conveniadas, mais grana parece.<br /><br />Como é dever do estado garantir escola de qualidade para a estudantada e um outro nível de estado vive causado danos a essa qualidade, cabe aos pais, alunos, professores, processar o estado que causa os danos e o estado que deveria propiciar esse ensino de qualidade não o faz ou se omite. no caso do estado estado, que oferece universidade e escola de segundo graus publica e ele mesmo causa danos a qualidade do próprio ensino que ele oferece, pior ainda. acho que nesses casos todos, cabe inclusive habeas corpus preventivo. fala ai zacone, mano véio, você que é da área.<br />Gosto<br />Comentar<br />Partilhar7/2 às 5:08 ·<br /><br />JEREMIAS NÃO É O PRIMEIRO, NEM SERÁ O ULTIMO MENINO MORTO COM A BOLA NOS PÉS, OU NOS SONHOS...<br /><br />A mãe do Jeremias disse que ele foi baleado quando estava jogando bola. A bola, hoje em dia, é a ferramenta que da forma aos sonhos de todo menino negro de favela na idade dele,13 anos.<br /><br />Ele não foi o primeiro nem o ultimo menino negro de favela a ser baleado e morto em meio a uma operação policial. Na própria Maré, o pequeno matheuzinho, era aluno de um projeto social e de uma escolinha de futebol.<br /><br />Há uns três anos um menino, de 11 anos, acho, foi baleado e morto em meio a uma troca de tiros entre policia e assaltantes quando ia pro treino de futsal em bangu, no Bangu AC.<br /><br />Em 1995 em Acari, um menino de 15 anos promissor meia atacante da Escolinha do Botafogo foi morto por pms do 9bpm numa chacina.<br /><br />Há cerca de três anos, dois irmãos alunos meu da escolinha de futebol que coordeno em Acari quase foram mortos depois da explosão de uma granada caseira, deixada perto de sua casa.<br /><br />Há mais ou menos três anos, eu mesmo fiquei acuado com mais 36 meninos, entre os vão de uma arquibancada do campo de Acari, enquanto pms atiravam na nossa direção tentando acertar um vigia que passou correndo, desarmado só com o radinho na mão. Nossos corpos ficaram salpicados de estilhaços de cimento e marquinhas de sangue de pedrinhas que voavam do concreto e nos atingia com balas de chumbinho.<br />7/2 às 4:50 ·<br /><br />PORQUE ANITA NÃO É SAMUEL L. JACKSON...<br /><br />Lí em algum lugar, acho que n'O Globo que Anita aceitou fazer papel de uma pm de uma UPP que acredita estar prestando um bom serviço pra sociedade. Mas se decepciona depois da morte de um colega de farda. Mesmo assim continua na policia.<br /><br />Duns tempos pra cá a Globo vem usando sua linha de cultura e arte pra salvar a imagem de o próprio corpo que projeta a imagem. Foi assim com Paola Oliveira fazendo um tenente do Batalhão de Cães/Choque, um das corporações militares mais cruéis e assassinas da policia brasileira.<br /><br />Ainda precisamos descobrir porque a globo defende tanto as upps, que seus próprios idealizadores consideram um projeto falido.<br />Defende tanto que resolveu aproveitar a popularidade da cantora Anita pra protagonizar uma minissérie, mais uma chapa branca pra tentar salvar uma politica de segurança publica civil/militar/penal/extrajudicial.<br /><br />Quem viu DJango Livre, Terrorismo... sabe da capacidade do ator negro americano Samuel L. Jackson de criar personagens negros opressores de forma tão magistração e dialética, usando técnicas de distanciamento bresthiano que desconstrói de um jeito não maniqueísta a ideia de que todo negro e essencialmente bom.<br />Samuel, como Osie Davis são atores negros militantes com convivência estreita e luta lado a lado com os panteras negras, Luther KIng...<br /><br />Por favor, nem sei se Anita sabe atuar, mesmo que saiba, são poucos os atores e atrizes brasileiras que podem sequer serem pensadas serem comparadas a um Samuel o Viola Davis. Mas se é pra usar Anita pra dar credibilidade e simpatia a uma pm de upp, seria mais racional e mais barato dar umas 10 horas de bronzeado artificlal na Juliana Paes, pra fazer o papel, já que ela além de ter comprovadamente algum talento é uma branca com a pela mais fácil de ser empretejada.<br /><br />Em fim, pode ser que Anita surpreenda e se revele uma atriz talentosa e surpreendente e fazer da sua personagem um pm inesquecível, mas ela é um jovem branca, com certo talento como cantora, mas politicamente burra e alienada.<br /><br />Quanto melhor ela fizer seu papel de pm de upp, pior pra que vive e sofre e morre sob a opressão das upps nas favelas na realidade.<br /><br />Capaz que com o mesmo talento que ela emprestou sua voz e sua bunda pra dar credibilidade a personagem Malandra do clip, Vai Malandra, ela empreste sua voz e suas mãos pra portar uma pistola, um 762 pra dar credibilidade a sua pm de upp.<br />Que que as compas feministas negras e brancas mais menos radicais que defenderam anita por causa o clip, vai malandra, vão dizer agora... como compas negro, militante que também defendeu-a quero saber...<br />6/2 às 20:39 ·<br /><br /># NEM UM JEREMIAS A MAIS, PORRA!<br /><br />Que palhaçada é essa de 4 pms sequestrados na Nova Holanda Bráz? Quem plantou essa caozada pra seus pilas invadirem a NH? Cade os pilas sequestrados? Deu no que deu, um menino morto por seus pilas. Tem que fechar a brasil, amarela, vermelha, mesmo! Quebra,quebra,quebra, VAI MORRÊ PULIÇA,VAI MORRÊ PULIÇA!<br /> 6/2 às 5:56 ·<br /><br /> ACARI:QUERO MEUS TIROS DE VOLTA!<br /> Ouvi muitos tiros bem próximo daqui por volta das 3 da manhã. Acordei assustado pensando que estava em Acari. Fui a janela mas fiquei com meso de abrir, puxei a cortina e ví as luzes do porto e da orla da praia embaçadas pelo vidro da janeila.Não consegui dormir mais até agora. Vim bisbilhotar a net até clarear ir pra rodoviária e voltar pra Acari.<br /> Ontem uma vizinha que me empresta a kitinet, me disse que uma facção rival tá tentando tomar os morros que o TCP domina na Costa Verde, inclusive este. Ela acha que é questão de tempo, pode ser hoje, amanhã, mas vai ser.<br /><br /> Já tava mesmo pensando e voltar pra Acari, por causa da febre amarela que teve o primeiro caso aqui e eu ainda não me vacinei.<br /><br /> Por outro lado, pra ouvir tiroteios aqui e saber de jovens mortos, parece que já teve um pm, também...<br /><br /> Acari: quero os "meus" tiroteios de volta Parafraseando o velho poeta no exilio que um dia escreveu: as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá, eu penso: os 762 que aqui trovejam como os de lá.<br /><br /> Além do mais ser Deley de Acari, numa favela prestes a dominada pelo CV pode não ser uma boa ideia. Mesmo sendo um Defenders e estando há 180 km do Acari do TCP.A<br /><br /> Tá certo que Todo Certo Prevalece... mas não morto.<br /><br /> 5/2 às 7:23 ·<br /><br />TIROS EM ACARI:LONGE DOS OUVIDOS, DENTRO DO CORAÇÃO!<br />Seis e meia da manhã. Estou há 180 km de distância e 2h30 de ônibus de Acari. Miles Davis rola no som tocando Concerto Para Arrejuez, arrumo algumas roupas na mochila, pra voltar pra favela, quando o telefone toca. É minha vizinha, dublê de guardiã. Já saiu? num vem não, muito tiros e fogos, os meninos correndo na rua, deve ser muita policia. peço pra ela bater na minha porta, ver se minha irmã já saiu pro médico. ela disse que viu minha irmã sair uns 20 minutos antes da policia chegar. Jogo a mochila na cama, deito e choro, abro janela e vejo a chuva fina lá fora, a praia lá embaixo, estou numa favela duma cidade da costa verde, esta deserta e o mar de um prata&chumbo,ainda esta meio escuro e o mar reflete as luzes do porto e das cabines dos navios cargueiros fundiados ao largo. Minha vizinha me liga novamente e pede pra eu escutar, tiro sequenciados de 762 e postolas. Bem aqui embaixo do nosso prédio. Assim que calmar vou ver se sua irmã tá no posto, dai te ligo. Só consigo dizer:valeu,dona... tá de boa!<br />Tiros em Acari: estou há 180 km e há 2h30 de Acari ... Tiros longe dos ouvidos, mas dentro do coração.<br />Moradores descem até a pracinha pra pegar a van pra descerem pro trabalho. Na parede, atrás da guarita uma inscrição: TCP, Todo Certo Prevalece.<br />Boto Miles pra tocar de novo, enxugo as lágrimas, saindo do facebook, ver o e-mail, se tem resposta de compas que defensores que conheci em Dublin, na Plataforma da FrontLine, saber se vão ao fórum das águas ou ao fórum social mundial.<br />Cumprindo meu protocolo emergencial de segurança, com a FrontLine, JG e Anistia a me proteger. Que Yemanjá proteja os moradores de Acari e principalmente minha irmã, mesmo ela sendo evangélica! Amém, aleluia... ODOYÁ!<br />2/2 às 18:23 ·<br /><br />A GUERRA DE JULGMANN É RACISTA INSTUCIONAL E NEOLIBERAL...<br /><br />Segundo o Globo, registros de "homicídio decorrente de intervenção policial"/auto de resistência, dão conta de 66 mortes em Janeiro de 2018, 48 são negras ou pardas, 4 brancas e 14 não tiveram a cor declarada.<br /><br />Na matéria do globo, de hoje, em fim duas vozes que representam com legitimidade a CDD, Vivi Sales e Paulo Lins que assina um texto brilhante e doloroso. Ele não diz o que vou dizer com todas as letras mas nos leva a entender o porque e pra que essa guerra toda. O Crime Mundial e brasileiro é neoliberal e racista, assim como o estado também o é.<br /><br />Não tenho os dados sobre a morte de policiais civis e militares em confronto, os mortos em dias de folga, não valem, aqui, talvez não passe de dez. pensando neste mesmo período de janeiro de 2018. Infelizmente as autoridades não costumam divulgar a raça dos policiais mortos, não muito provavelmente a maioria são negros, pardos e quase tão jovens quanto 66 traficantes que seus companheiros de farda mataram.<br />2/2 às 9:14 ·<br /><br />DE VOLTA AO BLOG DELEY DE ACARI...<br /><br />Estou voltando a publicar no meu blog deleydeacari.blogspot. com. Time Line de facebook não é lugar pra textos autorais que são confundidos com textos e deixados de lado pra ler depois e nunca são lídos. Bem possível que o primeiro da volta seja: O QUE ME LEMBRO DA CAMARADA LÉLIA GONZALEZ. Um outro uma continuação do conto "PAI CONTRA MÃE. de Machado de Assis, transformando a personagem Arminda, que aborta ao ser recapurada grávida. Nessa continuação Arminda vira protagonista e forma uma malta pra sequestrar e libertar escravas amas de leite e levas para um quilombo.<br /><br />Na cabeça e no coração: um encontro entre luiza mahin e as revoltosas do quilombo de Manoel congo, que fazem um reflexão crítica da revolta dos males da sabina, e da propría revolta nas fazendas de café do sul fluminense. e a história de três meninas negras que estão num roncó fazendo obrigação de 5 anos de santo, portanto não podem ter relações sexuais até acabar a obrigação mas sofrem tentativa de estupro por parte de um capataz. ao ser agarrada uma deles recebe sua nikise agride violentamente os homens e fogem pra um quilombo e forma uma malta. esta estória voltada pra meninas adolescente negras deve virar um game antimachista, sexista e antimonoteocracia.<br /><br />Deu pra ver que só marquetingue do blog já deu um textão.<br /><br />Por enquanto o blog só tem acho que 75 seguidores, nada a comparar com os 4.980 e poucos amigos do face.<br />Quem quiser ler os textos, vai lá no blog deleydeacari. blogspot. com que não vou fazer link não,tá?<br />2 de Fevereiro de 2017 ·<br /><br />OUTRAS PALAVRAS FÊMEAS:<br /><br />No ultimo domingo, 29 de Janeiro, durante o Cachasarau Torresmo A Milanesa+ Feira Tropicana, tivemos a bela e brilhante perfomance da Poeta Jurema Araujo, cría do Complexo de Acari declamando poemas de seu livro PALAVRAS FÊMEAS que deve se lançado em Julho de este ano. De acordo com o regulamento do Cachasarau, o ou a poeta convidadx tem meia hora pra dizer seus poetas, e um músico convidado, idem. Não tem cachê, o cachê na verdade é pra o povo da platéia: quem lê um poema, canta uma música, da cambalhota, faz polidance, tem direito a uma dose de pínga da boa. Desta vez foi caninha da roça curtida no cravo. Deu muita onda e o povo reclamou. A proxíma vai ser cana de mínas curtida na siriguéla, frutinha do nordeste, no momento vendida á balde nas ruas do Rio, por uns manos e manas baianos.<br /><br />Daqui até 8 de Março, dia Internacional da Mulher, questionado pelo puto velho e inesquecível Vitor Giannoti estarão sendo publicados poemas e contos de outras poetas negras e brancas, pouco acessíveis ao grande e pequenos públicos. Mas que agora, estão mais alcançaveis, na biblioteca que a familia de poeta e ativista revolucionária feminista doou para o CCPD.<br /><br />Outras PALAVRAS FÊMEAS tão belas e talentosas quanto a de Jurema Araujo que já tiveram a sorte de serem púbricadas em livro<br /><br />Dois, ou três poemas de cada poeta estarão sendo postados, na pagina do Negrícia, Poesia e Arte de Crioulo, aqui mesmo no face.<br /><br />Os livros estão a disposição para empréstimo. O custo é doar um livro pra biblioteca e de repente ficar pegadx aqui no CCPD umas duas horas ajudando a catalogar os cerca de 200 livros de nosso acervo.<br /><br />Aguardem o próximo Cachasau Torresmo a Milanesa e a próximo Feira Tropicana. Enquanto isso, vão curtindo os poemas e nos visitando aqui em Acari.<br /><br />Contata a gente!Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-51619092515128713072018-02-03T14:47:00.004-08:002018-02-03T14:47:58.864-08:00EBULIÇÃO DA ESCRIVATURA treze poetas impossiveis, 4 negros possiveis<br />
<br />
<br />
Em 1978, nos tempos mais sinistros da Ditadura Militar a Editora Civilização Brasileira lançava EBULIÇÃO DA ESCRIVATURA, Treze poetas impossíveis, publicação coordenada pelo Poeta Moacyr Felix. Dela participaram 4 poetas negros que posteriormente se revelaram estarem entre os mais talentosos poetas brasileiros do Séc. 20. Alguns deles inclusive como letristas de MPB.<br />
<br />
O lançamento foi numa noite histórica para a luta pela liberdade, no teatro casa grande na Zona Sul do Rio.<br />
Começo a transcrever aqui este quatro poetas negros. Perdido durante uns vinte anos achei outro exemplar do livro, na feira de Acari por C$ 2 Reais.<br />
<br />
Por enquanto só um poeta de cada um deles pra botar pilha em vocês pra continuar seguindo o blog e comentar pra gente iniciar uma roda de conversa por aqui longe da doideira monológica insana do facebook.<br />
<br />
Começo pela ordem publica no livro com SALGADO MARANHÃO:<br />
<br />
GRITO E GRAVIDADE<br />
<br />
que pelo menos seja conquistado <br />
andar pelos quatro vãos da casa<br />
recriando as falas desgastadas,<br />
pular pro quintal, ganhar a floresta,<br />
juntar guerreiros,<br />
companheiros perdidos,<br />
detritos de frases,<br />
e tecer um com as vozes<br />
que ainda sobram.<br />
aproveitar a excitação da terra,<br />
vim trazendo a bola pro nosso campo,<br />
o que se gasta na luta,<br />
se recompõe na conquista.<br />
entre sóis e cipós de marmeleiros<br />
tucuns,coroátas,, babaçuais,<br />
tarará, tam tam tam, deixa pra lá,<br />
deixa cantar, deixa aclarar<br />
a palidez sanguinária desses rios<br />
desses homens congelados.<br />
embora não se comente,<br />
os poetas trabalham com a língua <br />
suja dos fatos.<br />
com as armas grávidas das sementes,<br />
que não falte saliva<br />
para lubrificar as gargantas,<br />
e que não falta palavras para embalar as idéias,<br />
e u direi agora em viva voz:<br />
que o canto do homem,<br />
não pode ser menor que o nó de seu pavor.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
JORGE CLAUDIR<br />
<br />
MEIO REPENTE<br />
<br />
Se eu disser que é meio frio<br />
você diz que é meio quente<br />
se eu disser meio moroso<br />
você diz meio repente<br />
se eu disser que é meio tema<br />
você diz que é meio mote<br />
se eu disser que é meio salto<br />
você diz que é meio bote<br />
<br />
Se eu disser que é meia folha<br />
você diz que é meia palha<br />
se eu disser meio honesto<br />
você diz meio canalha<br />
seu disser meia canoa<br />
você diz meio navio<br />
se eu disser meias chama<br />
você diz meio pavio<br />
...................................<br />
<br />
Se eu disser que é meio aço<br />
você diz que é meio ferro<br />
se eu disser que é meio grito<br />
você diz que é meio berro<br />
se eu disse meio bonito<br />
você diz metade feio<br />
se eu disser meio recado<br />
você diz recado e meio.<br />
<br />
<br />
HAI-KÁFRICO<br />
<br />
Aqueles que nós amamos<br />
Sabem muito bem quem são<br />
aqueles a quem odiamos.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
ÉLE SEMOG<br />
<br />
DOUTOR<br />
<br />
Me desculpe,doutor,<br />
mas o senhor é branco<br />
há mais de trinta anos<br />
ee não é justo<br />
que de repente,<br />
simplesmente de repente,<br />
o senhor afirme que<br />
que os crioulos não tem problemas,<br />
que a luta do crioulo<br />
é menos importante que a luta de classes,.<br />
Me desculpe, doutor,<br />
mas enquanto a maioria não entender<br />
que antes de sermos "todos'<br />
ante somos um só,<br />
nunca sairemos desse círculo.<br />
Os homens fazem os sistemas<br />
e os sistemas prendem o homens.<br />
Tô cansado de porrad, doutor,<br />
me desculpe, nós somos bons <br />
amigos, e toda ajuda que vier é valida,<br />
mas o senhor nunca teve<br />
um filho ou um irmão, negrinho como eu<br />
que lhe disse na hora do jantar<br />
que queria ter olhos verdes.<br />
Me desculpe, doutor,<br />
mas existe um pratica<br />
que nenhuma teoria explica,<br />
porque é preciso ser, sendo...<br />
ser e viver crioulo.<br />
<br />
<br />
<br />
SÉRGIO (NATUREZA) VARELA<br />
<br />
VOCE SABE?<br />
<br />
você sabe que eu sou falho<br />
então me diga<br />
eu vou ouvir fazendo figa<br />
pode ser que quebre o galho<br />
daquela arvore antiga em pleno<br />
outono.<br />
num quintal seco e sem dono<br />
onde eu sirvo de espantalho<br />
você sabe o meu valor<br />
então me conte<br />
eu vou olhar pra onde aponte<br />
sua mão, meu atalho<br />
na mesma estrada torta<br />
onde eu sou a curva<br />
a pista morta, a vista turva<br />
com poeira e com cascalho<br />
você sabe que eu mereço<br />
então tá justo<br />
o custo, o preço que me cabe<br />
com a paga do trabalho<br />
Você sabe que nem eu sei o quanto valho?<br />
<br />
Todos os poemas publicados<br />
em EBULIÇÃO DA ESCRIVATURA<br />
Editora Civilização Brsileira,<br />
1978<br />
<br />
<br />Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-90999923900901919002018-02-01T01:52:00.001-08:002018-02-01T01:52:05.028-08:00VÊ SE FICA VIVA,TÁ?<br />
<br />
<br />
Eu, outro defensor de direitos humanos estávamos sentados na porta de um bar. Ao nosso lado três mulheres conversavam conosco, duas delas, mãe e filha, a outra irmã e tía. Mais uns 50 três "meninos" com seus portes aguardavam seu chefe que estava no "descanso." próximo dali.<br />
Assim que ele sai os "meninos" se põem e alerta, ele passa pela gente, dá bom dia pra geral, zoa as mulheres que estavam bebendo cerveja, ela respondem a zoação, pedindo pra deixar mais duas pagas. Ele olha pro dono do bar e ordena: arreia meia dúzia pra essas muié ai, depois me diz quanto foi.<br />
<br />
Passa e vai se juntar a sua "cobertura". Fala baixo com eles, e sai andando com dois ao seu lado e outro atrás. Este joga um beijo com a mão pra mulher mais jovem, uns 16 de quem é namorado. Ela responde com uma bicota de longe e fala em tom firme, amoroso... que aos meus ouvidos soa maternal: "Ve se fica vivo,tá?<br />
<br />
Frase como esta, mais ou menos dito dessa forma, mas sempre com o mesmo sentido deve ter sido dita, milhares de vezes todos os dias,por mulheres de favela e periferia, ao longo de sentenas de anos, inclusive pela minha, D. Zeni.<br />
<br />
Mas vou me situar num anos especifico, 2014, por ser um anos emblemático pra favela de Acari, ano coberto pela pesquisa da Anistia Internacional que registrou 10 mortes de homens, todos negros, no Complexo de Acari, registras com auto de resistência, com fortes evidencias periciais, algumas delas testemunhais de execução sumária, ou como dizem os especialistas, execuções extra judiciais.<br />
<br />
Ve se fica vivo,tá? deve ter sido dito,ou pensando ou balbuciado por uma mulher, mãe, companheira filha ou irmã de cada um deles, antes de terem saído de casa.<br />
<br />
Mas, pela primeira vez ouvi um versão masculina da mesma frase, quando fui buscar uma das mães de um desses rapazes mortos, pra se encontrar numa reunião com um grupo de pesquisadores da Anistia, num centro cultural da Favela. E foi pronunciada por sua filha adolescente: "volta logo mãe: "Ve se fica viva,tá?Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-17143113684423169222017-12-06T15:10:00.002-08:002017-12-06T15:10:13.609-08:00TEXTOS PRA COLOMBIA<br />
TEXTOS PRA COLOMBIADeley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-79082822690628497472017-08-23T06:39:00.000-07:002017-08-23T06:39:12.202-07:00VÊ SE FICA VIVO,TÁ?<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Nenzy e mais três meninas ensaiam maculelê no terraço da casa, uma delas toca o atabaque enquanto Nenzy e outra menina dançam bate os bastões e cantam.(introduzir aqui um canto daqueles da poesia pro adão.)</span><br />
<h3 id="yui_3_16_0_ym19_1_1503492481236_8640">
<span style="font-size: large;"><span class="thread-subject" id="yui_3_16_0_ym19_1_1503492481236_8639" title="Enc: Re: Enc: POEMAS/MACULELE PARA O ADÃO"><br /></span><span class="summary"></span></span></h3>
<div class="thread-item-list" id="yui_3_16_0_ym19_1_1503492481236_8190" tabindex="-1">
<div class="thread-item expanded " data-action="select-thread" data-mid="APt5imIAAB8dWYxTYQz0aEKUs34" id="yui_3_16_0_ym19_1_1503492481236_8272" role="section" style="height: auto; overflow: visible; transition: none 0s ease 0s;" tabindex="0">
<div class="thread-footer withicons" id="yui_3_16_0_ym19_1_1503492481236_8281">
<div class="body undoreset" tabindex="0">
<div class="email-wrapped">
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> MACULELÊ</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> É DA ROÇA É DA FAVELA</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Na</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> escravidão vi</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Meu</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> povo sofredô</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Maculelê</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> jurei vingança</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Maculelê</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> jurou vingança</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Mas que a dança que ele</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Se</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> é pra brinca é dança legal</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Se</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> é pra luta é dança é mortal</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Aí,</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> aí, que vingança</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> É</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> coisa do mal</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Luta</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> por justiça é nosso normal</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Quem</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> foi escravo não</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> O</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> que eu sofri que não sofra ninguém</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> escraviza</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> ninguém</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> eu</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> nasci na roça</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> me</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> crie na</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> favela</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> maculelê</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> veio do caniviá</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> foram</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> os pretos mais velhos</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> que</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> trouxeram pra cá</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> aia,aia,</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> maculelê, canto aqui canto lá</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> jogo</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> na roça vou joga na favela</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> oi</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> no mato ou na poeira</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> maculelê</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> é a coisa mais bela.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Quem</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> quisé liberdade</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Que</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> lute por ela.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Ninguém</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> é livre na roça</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Se</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> não for na favela</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Ninguém</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> é livre</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Se</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> na favela não for também</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">>SINHÁ DONA DA CASA</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Da</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> licença d’eu chegá</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Trouxe</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> meus mano</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Viemo</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> aqui pra nós canta</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> E</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> se dé tempo maculelê</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Vamos</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> jogar se for pra guerra</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Maculelê</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> vai guerrea</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Mas</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> se o caso é festa</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Maculele</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> só vai brinca</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Maculele</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> na favela</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> É</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> assim que a gente faz</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> A</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> gente luta na guerra</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> A</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> gente brinca na paz</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Maculele</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> ta na favela</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Mais</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> venho da roça</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Na</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> roça ou na favela</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Tanto</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> fez como tanto</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Faz</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Se</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> que briga a gente da coça</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Se</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> qué brinca a gente faz troça</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Na</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> coça ou na troça</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Com</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> maculele do Acari</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Não</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> há quem poça.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> DE BOLA, JOGO DE ESCOLA.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Jogo</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> de dentro, joga de fora</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Sou</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> bom na bola, sou bom capoeira</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Sou</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> bom na escola.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Sou</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> boleiro, sou capoeira</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Sou</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> bom de dible, bom de pernada</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Jogo</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> de dentro, jogo de fora</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Sou</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> bom na escola.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">Não</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> vou pra capoeira</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Não</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> vou pra bola,</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Mamãe</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> não deixa</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Se</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> eu não for pra escola.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Jogo</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> de dentro, joga de fora</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Sou</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> bom na bola, sou bom capoeira</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Sou</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> bom na escola.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Oi</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> no pagode eu vi</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Mamãe</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> catando lata</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Jogo</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> de dentro, joga de fora</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Sou</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> bom na bola, sou bom capoeira</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Sou</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> bom na escola.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Ou</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> no baile funk eu vi</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Mamãe</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> catando lata</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Jogo</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> de dentro, joga de fora</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Sou</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> bom na bola, sou bom capoeira</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Sou</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> bom na escola.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Oi</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> no samba eu vi</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Mamãe</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> catando lata</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Pra</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> vende no ferro velho</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> E</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> vi mamãe catando lata</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Pra</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> compra meu tênis</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Pra</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> eu jogar bola</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Eu</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> vi mamãe catando lata</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Pra</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> compra meu cordel</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Pra</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> eu jogar capoeira</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Jogo</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> de dentro, joga de fora</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Sou</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> bom na bola, sou bom capoeira</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Sou</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> bom na escola.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Eu</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> vi mamãe catando lata</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Pra</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> comprar meu caderno</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Pra</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> eu ir pra escola</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Deley de Acari</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> >QUEM</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> É SEJÁ O QUE É</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Quem</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> é o que é seja o que é</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Não</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> vá pelos outros não seja</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Mané.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Quem</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> é o que é seja o que é</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Não</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> fique mudo não vá se cala</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Que</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> reze quem é de reza</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Que</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> ore que é de ora</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Que</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> é o que seja o que é</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Não</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> fique mudo não vá se cala</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Que</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> fale que é de fala</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Que</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> cante quem é de canta.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Que</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> é o que é seja o que é</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Porque</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> o outro você não vai ser</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Que</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> rime quem é de rima</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Que</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> verse quem é de versar</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Que</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> ore, que reze, que cante que verse</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Há</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> sempre uma bala perdida</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> No</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> caminho entre a gente e a escola</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Reza,</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> ora, versa, canta há</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> De</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> nos dá livramento.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Há</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> sempre uma vala fedida</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> No</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> caminho entre a gente</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> E</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> a escola.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Reza,ora,</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> versa canta vai nos dá livramento.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Há</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> sempre um blindado</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> No</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> caminho entre a gente</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> E</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> a escola</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Reza,ora,</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> versa, canta vai nos dá livramento.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Minha</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> tia vem de fora</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Pra</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> me ensina na escola</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Eu</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> vou de dentro pra</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Aprende</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> na escola</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Há</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> sempre uma provação</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> No</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> nosso caminho entre a gente</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> E</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> escola.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Pra</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> quem vem do asfalto</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Pra</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> que vai da favela</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Quem</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> reza, quem versa, quem canta</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Quem</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> faz oração quer que a gente</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Ande</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> livre sem sofrer arranhão.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Quem</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> reza, quem versa, quem canta</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Quem</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> faz oração quer que a gente</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Quem</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> ensina quem aprende faça</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Da</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> vida na paz, justiça, na alegria,</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Mais</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> que uma benção, uma grande</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Lição.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Deley</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> de Acari</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> 5</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> FUNK</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> DE MUIÉ</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Joguei</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> maculelê</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Do</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Acari a joconé</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Joguei</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> maculele</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Com</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> home e com muié.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Sambei</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> samba</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> De</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Acari á Jaconé</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Sambei</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> com home e com muié</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Jonguei</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> jongo</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> De</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Acari á Jaconé</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Jonguei</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> com home e com muié</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Joguei</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> capoeira</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> De</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Acari á Jaconé</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Joguei</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> com home e com muié</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> M</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> eu cante funk</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> De</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Acari a Joconé</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Cantei</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> com home</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Na</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> soube das muié</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Só</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> ouvi funkueiro home</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> De</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Acari á Jaconé</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Cadê</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> o funk das muié,</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Já</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> canto funkeiro home</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Canta</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> aí funk muié.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Fanqueiro</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> home representa</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> De</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Acari á Jaconé</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Muié</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> funkeira canta de</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Acari</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> a jaconé até a Cabrobó</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Canta</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> funkeiro home</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> Muié</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> funkeira canta mio!</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-size: large;">> </span></div>
<div dir="ltr" id="yui_3_16_0_ym19_1_1503492481236_8626">
<span style="font-size: large;">> <span class="addconvtitle"><a data-action="reply_sender" href="https://mg.mail.yahoo.com/neo/launch?.rand=266k8ev9cvti2#" tabindex="0"> </a><a data-action="reply_all" href="https://mg.mail.yahoo.com/neo/launch?.rand=266k8ev9cvti2#" tabindex="0"> </a><a data-action="forward" href="https://mg.mail.yahoo.com/neo/launch?.rand=266k8ev9cvti2#" tabindex="0"> </a></span><span class="card-actions-menu"><a data-action="menu" href="https://mg.mail.yahoo.com/neo/launch?.rand=266k8ev9cvti2#" tabindex="0"></a></span>DH, irmão de Nenzy, aparece na escada. com radinho e pistola na mão.Nenzy reclama: Porra, até quem em fim voce acordou,tomou café? o atabaque tá te esperando, essa sarará não sabe tocar nada, só cantar...</span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"> DH: Po mana, vai dar não, tenho que ficar cobertura do primo, hoje. Já tão chamando no radinho. Houve um toque que vai ter operação hoje...</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"> Nenzy: Po, não dá pro primo te liberar hoje não? a apresentação é amanhã.</span><br />
<span style="font-size: large;">Começa a soltar fogos.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">DH: Aí! a comprovação.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">houve-se muita falação no radinho.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">DH: Já é fui. se cuida ai meninas. Cuidado com bala perdida ai na lage.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Nenzy: se cida voce muleque.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Kissonde: que é namorada de DH: Aha! meu deus. Se cuida amor. Ve se fica vivo,tá?</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">DH sai batido.</span><br />
<span style="font-size: large;">Nenzy: dá pra continuar?</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Kissonde: Enquanto não der tiro dá!</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Salale: a menina do atabaque começa a cantar, um canto de maculele.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">VE S FICA VIVO,TÁ?</span>Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-22474869292498381582017-07-26T12:48:00.001-07:002017-07-26T12:48:29.834-07:00POETAS NEGRAS BRASILEIRAS NO DIA DA MULHER NEGRA DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE 25 DE JULHO<br />
<br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="false"
DefSemiHidden="false" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="371">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="header"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footer"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of figures"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope return"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="line number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="page number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of authorities"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="macro"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="toa heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Closing"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Message Header"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Salutation"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Date"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Note Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Block Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="FollowedHyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Document Map"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Plain Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="E-mail Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Top of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Bottom of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal (Web)"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Acronym"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Cite"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Code"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Definition"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Keyboard"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Preformatted"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Sample"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Typewriter"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Variable"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Table"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation subject"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="No List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Contemporary"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Elegant"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Professional"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Balloon Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Theme"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" QFormat="true"
Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" QFormat="true"
Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" QFormat="true"
Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" QFormat="true"
Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" QFormat="true"
Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" QFormat="true"
Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="41" Name="Plain Table 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="42" Name="Plain Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="43" Name="Plain Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="44" Name="Plain Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="45" Name="Plain Table 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="40" Name="Grid Table Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="Grid Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="Grid Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="Grid Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="List Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="List Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="List Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 6"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:8.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:107%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">CONCEIÇAÕ EVARISTO<br />
<br />
Meia lágrima<br />
<br />
Não,<br />
a água não me escorre<br />
entre os dedos,<br />
tenho as mãos em concha<br />
e no côncavo de minhas palmas<br />
meia gota me basta.<br />
<br />
Das lágrimas em meus olhos secos,<br />
basta o meio tom do soluço<br />
para dizer o pranto inteiro. Sei ainda ver com um só olho,<br />
enquanto o outro,<br />
o cisco cerceia<br />
e da visão que me resta<br />
vazo o invisível<br />
e vejo as inesquecíveis sombras<br />
dos que já se foram.<br />
<br />
Da língua cortada,<br />
digo tudo,<br />
amasso o silencio<br />
e no farfalhar do meio som<br />
solto o grito do grito do grito<br />
e encontro a fala anterior,<br />
aquela que emudecida,<br />
conservou a voz e os sentidos<br />
nos labirintos da lembrança.<br />
<br />
§<br />
<br />
Vozes mulheres<br />
<br />
A voz da minha bisavó<br />
Ecoou criança<br />
nos porões do navio.<br />
ecoou lamentos<br />
de uma infância perdida. A voz de minha avó<br />
ecoou obediência<br />
aos brancos-donos de tudo.<br />
<br />
A voz de minha mãe<br />
ecoou baixinho revolta<br />
no fundo das cozinhas alheias<br />
debaixo das trouxas<br />
roupagens sujas dos brancos<br />
pelo caminho empoeirado<br />
rumo à favela.<br />
A minha voz ainda<br />
ecoa versos perplexos<br />
com rimas de sangue<br />
e<br />
fome.<br />
<br />
A voz de minha filha<br />
recolhe todas as nossas vozes<br />
recolhe em si<br />
as vozes mudas caladas<br />
engasgadas nas gargantas.<br />
A voz de minha filha<br />
recolhe em si<br />
a fala e o ato<br />
O ontem – o hoje – o agora.<br />
Na voz de minha filha<br />
se fará ouvir a ressonância<br />
o eco da vida-liberdade.<br />
<br />
§<br />
<br />
A noite não adormece nos olhos das mulheres<br />
<br />
A noite não adormece<br />
nos olhos das mulheres<br />
a lua fêmea, semelhante nossa,<br />
em vigília atenta vigia<br />
a nossa memória.<br />
<br />
A noite não adormece<br />
nos olhos das mulheres,<br />
há mais olhos que sono<br />
onde lágrimas suspensas<br />
virgulam o lapso<br />
de nossas molhadas lembranças.<br />
<br />
A noite não adormece<br />
nos olhos das mulheres<br />
vaginas abertas<br />
retêm e expulsam a vida<br />
donde Ainás, Nzingas, Ngambeles<br />
e outras meninas luas<br />
afastam delas e de nós<br />
os nossos cálices de lágrimas.<br />
<br />
A noite não adormecerá<br />
jamais nos olhos das fêmeas<br />
pois do nosso sangue-mulher<br />
de nosso líquido lembradiço<br />
em cada gota que jorra<br />
um fio invisível e tônico<br />
pacientemente cose a rede<br />
de nossa milenar resistência.<br />
<br />
§<br />
<br />
Todas as manhãs<br />
<br />
Todas as manhãs acoito sonhos<br />
e acalento entre a unha e a carne<br />
uma agudíssima dor.<br />
<br />
Todas as manhãs tenho os punhos<br />
sangrando e dormentes<br />
tal é a minha lida cavando, cavando torrões de terra,<br />
até lá, onde os homens enterram<br />
a esperança roubada de outros homens.<br />
<br />
Todas as manhãs junto ao nascente dia<br />
ouço a minha voz-banzo,<br />
âncora dos navios de nossa memória.<br />
E acredito, acredito sim<br />
que os nossos sonhos protegidos<br />
pelos lençóis da noite<br />
ao se abrirem um a um<br />
no varal de um novo tempo<br />
escorrem as nossas lágrimas<br />
fertilizando toda a terra<br />
onde negras sementes resistem<br />
reamanhecendo esperanças em nós.<br />
<br />
§<br />
<br />
Para a menina<br />
<br />
Desmancho as tranças da menina<br />
e os meus
dedos tremem<br />
medos nos caminhos<br />
repartidos de seus cabelos.<br />
<br />
Lavo o corpo da menina<br />
e as minhas mãos tropeçam<br />
dores nas marcas-lembranças<br />
de um chicote traiçoeiro.<br />
<br />
Visto a menina<br />
e aos meus olhos<br />
a cor de sua veste<br />
insiste e se confunde<br />
com o sangue que escorre<br />
do corpo-solo de um povo.<br />
<br />
Sonho os dias da menina<br />
e a vida surge grata descruzando as tranças<br />
e a veste surge farta<br />
justa e definida<br />
e o sangue se estanca<br />
passeando tranqüilo<br />
na veia de novos caminhos,<br />
esperança.<br />
<br />
§<br />
<br />
Malungo, brother, irmão<br />
<br />
No fundo do calumbé<br />
nossas mãos ainda<br />
espalmam cascalhos<br />
nem ouro nem diamante<br />
espalham enfeites<br />
em nossos seios e dedos. Tudo se foi<br />
mas a cobra<br />
deixa o seu rastro<br />
nos caminhos aonde passa<br />
e a lesma lenta<br />
em seu passo-arrasto<br />
larga uma gosma dourada<br />
que brilha no sol.<br />
<br />
um dia antes<br />
um dia avante<br />
a dívida acumula<br />
e fere o tempo tenso<br />
da paciência gasta<br />
de quem há muito espera.<br />
<br />
Os homens constroem<br />
no tempo o lastro,<br />
laços de esperanças<br />
que amarram e sustentam<br />
o mastro que passa<br />
da vida em vida.<br />
no fundo do calumbé<br />
nossas mãos sempre e sempre<br />
espalmam nossas outras mãos<br />
moldando fortalezas e esperanças,<br />
heranças nossas divididas com você:<br />
malungo, brother, irmão.<br />
<br />
ELISA LUCINDA<br />
Elisa Lucinda – Poemas<br />
<br />
Elisa Lucinda – Poemas<br />
<br />
Libação – Elisa Lucinda<br />
Só de Sacanagem – Elisa Lucinda - com vídeo na voz da poeta<br />
<br />
Penetração do Poema das Sete Faces<br />
<br />
(A Carlos Drumond de Andrade)<br />
<br />
Ele entrou em mim sem cerimônias<br />
Meu amigo seu poema em mim se estabeleceu<br />
Na primeira fala eu já falava como se fosse meu<br />
O poema só existe quando pode ser do outro<br />
Quando cabe na vida do outro<br />
Sem serventia não há poesia não há poeta não há nada<br />
Há apenas frases e desabafos pessoais<br />
Me ouça, Carlos, choro toda vez que minha boca diz<br />
A letra que eu sei que você escreveu com lágrimas<br />
Te amo porque nunca nos vimos<br />
E me impressiono com o estupendo conhecimento<br />
Que temos um do outro<br />
Carlos, me escuta<br />
Você que dizem ter morrido<br />
Me ressuscitou ontem à tarde<br />
A mim a quem chamam viva<br />
Meu coração volta a ser uma remington disposta<br />
Aprendi outra vez com você<br />
A ouvir o barulho das montanhas<br />
A perceber o silêncio dos carros<br />
Ontem decorei um poema seu<br />
Em cinco minutos<br />
Agora dorme, Carlos.<br />
<br />
( Elisa Lucinda )<br />
<br />
*<br />
<br />
Cor-respondência<br />
<br />
Remeta-me os dedos<br />
em vez de cartas de amor<br />
que nunca escreves<br />
que nunca recebo.<br />
Passeiam em mim estas tardes<br />
que parecem repetir<br />
o amor bem feito<br />
que voce tinha mania de fazer comigo.<br />
Não sei amigo<br />
se era o seu jeito<br />
ou de propósito<br />
mas era bom, sempre bom<br />
e assanhava as tardes.<br />
Refaça o verso<br />
que mantinha sempre tesa<br />
a minha rima<br />
firme<br />
confirme<br />
o ardor dessas jorradas<br />
de versos que nos bolinaram os dois<br />
a dois.<br />
Pense em mim<br />
e me visite no correio<br />
de pombos onde a gente se confunde<br />
Repito:<br />
Se meta na minha vida<br />
outra vez meta<br />
Remeta.<br />
<br />
( Elisa Lucinda )<br />
<br />
*<br />
<br />
Safena<br />
<br />
Sabe o que é um coração<br />
amar ao máximo de seu sangue?<br />
Bater até o auge de seu baticum?<br />
Não, você não sabe de jeito nenhum.<br />
Agora chega.<br />
Reforma no meu peito!<br />
Pedreiros, pintores, raspadores de mágoas<br />
aproximem-se!<br />
Rolos, rolas, tinta, tijolo<br />
comecem a obra!<br />
Por favor, mestre de Horas<br />
Tempo, meu fiel carpinteiro<br />
comece você primeiro passando verniz nos móveis<br />
e vamos tudo de novo do novo começo.<br />
Iansã, Oxum, Afrodite, Vênus e Nossa Senhora<br />
apertem os cintos<br />
Adeus ao sinto muito do meu jeito<br />
Pitos ventres pernas<br />
aticem as velas<br />
que lá vou de novo na solteirice<br />
exposta ao mar da mulatice<br />
à honra das novas uniões<br />
Vassouras, rodos, águas, flanelas e cercas<br />
Protejam as beiras<br />
lustrem as superfícies<br />
aspirem os tapetes<br />
Vai começar o banquete<br />
de amar de novo<br />
Gatos, heróis, artistas, príncipes e foliões<br />
Façam todos suas inscrições.<br />
Sim. Vestirei vermelho carmim escarlate<br />
O homem que hoje me amar<br />
Encontrará outro lá dentro.<br />
Pois que o mate.<br />
<br />
( Elisa Lucinda )<br />
<br />
*<br />
<br />
Amanhecimento<br />
<br />
De tanta noite que dormi contigo<br />
no sono acordado dos amores<br />
de tudo que desembocamos em amanhecimento<br />
a aurora acabou por virar processo.<br />
Mesmo agora<br />
quando nossos poentes se acumulam<br />
quando nossos destinos se torturam<br />
no acaso ocaso das escolhas<br />
as ternas folhas roçam<br />
a dura parede.<br />
nossa sede se esconde<br />
atrás do tronco da árvore<br />
e geme muda de modo a<br />
só nós ouvirmos.<br />
Vai assim seguindo o desfile das tentativas de nãos<br />
o pio de todas as asneiras<br />
todas as besteiras se acumulam em vão ao pé da montanha<br />
Para um dia partirem em revoada.<br />
Ainda que nos anoiteça<br />
tem manhã nessa invernada<br />
Violões, canções, invenções de alvorada…<br />
Ninguém repara,<br />
nossa noite está acostumada.<br />
<br />
( Elisa Lucinda )<br />
<br />
MIRIAN ALVES<br />
TEXTOS DE MIRIAM ALVES<br />
<br />
Fumaça<br />
<br />
Estou a toque de máquina<br />
corro, louca, voo, suo<br />
a fumaça sou eu<br />
<br />
Estou a toque de nada<br />
vivo, ando<br />
como a comida envenenada<br />
e o comido sou eu<br />
<br />
estou a toque de selva<br />
os ferros torcidos, sacudidos<br />
dentro de uma marmita<br />
e a marmita sou eu<br />
<br />
Nego, mas vivo dizendo<br />
Sim<br />
a tudo que me dói na cabeça<br />
e o doido sou eu<br />
<br />
Paro, mas estou sempre correndo<br />
doem as pernas, os pés<br />
e este corpo é o meu<br />
<br />
Amanhã me encontra acordada<br />
como a noite deixou<br />
e o insone sou eu<br />
<br />
Indago, mas não estou escutando<br />
a pergunta anda solta<br />
e ninguém explicou<br />
que a resposta sou eu<br />
<br />
(in Cadernos Negros n. 5, 1982)<br />
<br />
§<br />
<br />
Facas filadeiras<br />
<br />
Estou sobre pontas de facas<br />
A orgia dum tempo<br />
apaga<br />
meus espaços<br />
<br />
Nas pegadas de minhas lembranças<br />
pontas movediças<br />
trituram<br />
meus ossos<br />
<br />
No lastimar das ações<br />
mãos retesadas charqueiam<br />
minha língua de fogo.<br />
<br />
Na parada da brisa<br />
firo-me em cacos de vidro<br />
querendo arrancar de mim<br />
velhas amarras<br />
<br />
§<br />
<br />
Calafrio<br />
<br />
O sorriso gela<br />
a porta do paraíso prometido<br />
<br />
A tarde cobre-se de frio<br />
grita<br />
esconde-se atrás dos<br />
casacos<br />
faz esculpir aquela saudade<br />
do lugar<br />
jamais percorrido.<br />
<br />
Escorrem feito sorvete<br />
as esperanças derretidas<br />
no ardor do querer.<br />
<br />
(in Cadernos Negros n. 7, 1984)<br />
<br />
§<br />
<br />
Parto<br />
<br />
Uma batida surda<br />
dói ouvir<br />
Viver viver<br />
presa na gaiola<br />
pássara<br />
Já vi o infinito<br />
fui constelação<br />
Agora asteroide vagando<br />
estrela cadente<br />
dividi-me em duas<br />
Dividida para não ser subtraída<br />
fiquei inteira amolgada em cada pedaço<br />
chorei porque eu nascia<br />
<br />
(in Cadernos negros n. 25, 2002)<br />
<br />
§<br />
<br />
O corpo negro pelado<br />
Miriam Alves<br />
<br />
Um corpo de uma mulher negra nua passeando em plena avenida movimentada de um
bairro em São Paulo às 23 horas e 30 minutos, entre restaurantes populares e
posto de gasolina e dois prédios apartamentos residenciais. Caminhava
tranquilamente sua cor ebânica que refletia o brilho, que não sei se natural ou
reflexo do neon das lâmpadas penduras nos postes enfileirados dos dois lados da
rua e das luzes exageradas vindas dos estabelecimentos, em frente aos quais ela
desfilava segura que seu trajeto não seria interrompido pelos olhos assustados,
ou atos violentos de ninguém.<br />
<br />
Ela e eu andando em direção opostas, sua nudez exposta, contrastava com minha
nudez coberta em trajes cotidianos com o complemento de um agasalho de moletom,
porque àquela hora da noite o friozinho da madrugada se pronunciava. Os meus
olhos se atentaram no traçado triangular perfeito desenhado por pelos pubianos
fartos encaracolados tendo como tela a confluência das coxas. Ela desfilava
majestosa, passos lentos na face um ar de tranquilidade e confiança, ela vindo
eu indo, quando os nossos caminhos se entrecruzaram os olhares por instante se
encontraram. O meu olhar refletia espanto, encanto e um traço de perplexidade,
nos olhos dela certezas, tranquilidade em contraste com um leve sorrir talvez
sarcástico. Não sei definir o instante foi breve e rápido como a um relâmpago
cruzando os céus.<br />
<br />
Ao me distanciar, alguns passos, eu ousei olhar para trás e vi as pernas
roliças e a bunda carnuda arredonda se movendo no caminhar como ondas oceânicas
de superfície, ondulando, ondulando. E assim a mulher se foi na noite ondulando
sua vestimenta pele natural, e eu me fui, na noite com o meu corpo acobertado
por tecidos transformados em roupas que com a justificativa de me proteger me
aprisiona. Os meus pensamentos libertos ondulando interrogações inquietações
com a imagem gravada daquele corpo negro mulher ondulando nudez na avenida e
nem era carnaval.<br />
<br />
Aquela imagem da mulher nua andando pela rua, não me saiu dos pensamentos, me
levou a refletir sobre a representatividade do corpo negro pelado em algumas
situações em que se apresenta:<br />
<br />
No cotidiano reservado das casas em
que se despe para o encontro das confluências das coxas de um corpo no outro:
corpo fêmeo em outro corpo fêmeo; corpo fêmeo em outro corpo não fêmeo, e as
ondulações do bailado a caminho do êxtase e depois a mansidão.<br />
Na violência da exibição pública para o deleite
de consumistas sexuais da carne negra erotizada banalizada, vendida comprada.<br />
No constrangimento que mesmo coberto por veste
cotidianas é despido por olhares gulosos que implícita as intensões.<br />
Na insatisfação, de muitas, de ter este corpo
desenhado em conformidade com a natureza dos orixás e procurar outros
contornos, outros espelhos e se transformar em caricaturas.<br />
Na valorização sexualizada da bunda como ela não fizesse
parte de todo o corpo.<br />
Na vitimização racista e sexista que este corpo
vestido ou pelado é submetido na nossa sociedade.<br />
Nas verdades ocultas ou expostas que o corpo
negro pelado representa.<br />
<br />
<br />
<br />
A mulher nua andando pela rua, sem mais nem por quês, me libertou se não para
sempre, pelo menos naquele instante. Naquele instante parecia ser só nos duas.
A mulher nua e eu completamente vestida caminhando sentidos opostos. Uma
alegoria real, verdadeira acontecida ali na paralela que me levou ao ápice de
um pensamento que vinha se formando há tempos como uma tempestade de ideias que
troveja, relampeja, mas não deságua.<br />
<br />
A mulher nua tranquila em seu caminhar parecia uma entidade enviada pelo Orixá
Exu, com luzes refletidas na pele noite como olhos indicando caminhos,
desvelando os vários signos de palavras racistas, machistas e outras que cobrem
os nossos corpos negros como vestimentas eternas e naturais.<br />
<br />
E o relampejar o trovejar da tempestade de ideia se intensificou, os ventos
formaram um rodomoinho e a chuva de palavras me encharcou desfazendo os signos
de vestes palavras alheias que insistem em me vender em modelos formais
congelados coisificando a literatura negra que faço. E fui ficando nua com as
gotas de chuvas vogais e consoantes reluzindo outros significados,
redescobrindo outros signos que resinificassem a minha verdadeira nudez.<br />
<br />
<br />
<br />
E ao olhar-me no espelho vi a mulher nua tranquila e me veio a mente uma frase
de Nelson Rodrigues: “Toda nudez será castigada.” E a mulher nua sorriu; “Não
toda nudez é exuziaca ”.<br />
<br />
.<br />
.<br />
.Palmares - Passado e Presente<br />
A Relação Afetiva entre o Homem e a Mulher na Poesia dos Cadernos Negros<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Esmeralda Ribeiro<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Segundo o
historiador Décio Freitas, no Quilombo dos Palmares "a insuficiência de mulheres
gerou conflitos violentos, às vezes sangrentos, em torno da posse de mulheres.
Para preservar a coesão social, instituiu-se o casamento poliândrico. União da
mulher com até cinco maridos, todos viviam no mesmo espaço físico, no mesmo
Mocambo".<br />
É consensual a
opinião sobre a existência de uma diferença em relação a como o homem e a
mulher contemporâneos encaram a relação afetiva amorosa e, mesmo que o amor não
esteja ligado exclusivamente ao casamento, a situação de escassez de mulheres é
elucidativa. Podemos partir daí, dando ênfase para a situação de casamento
poliândrico em Palmares, para tentar pensar como esse relacionamento afetivo
amoroso mais desreprimido se refletiria hoje na poética feminina e masculina.<br />
A poesia é o melhor
instrumento para polarizarmos entre o passado e o presente porque:<br />
"O poeta vê a própria interioridade na qual se reflete,
retrata o mundo", afirma o escritor e jornalista Fernando Paixão.<br />
<br />
Relendo as poesias
dos Cadernos Negros tive algumas inquietações: quem com esse passado acumulado
mostra na poesia uma afetividade prazerosa? E, quem, afetivamente, desceu o
"morro", isto é, quem em seus poemas não reflete a afetividade que os
Palmarinos devem ter possuído? É o escritor ou a escritora negra?<br />
<br />
<br />
Na poética amorosa
masculina é forte a imagem da sedução, da afetividade. Amor e erotismo se
fundem numa coisa só:<br />
<br />
BENÇÃO DAS ÁGUAS<br />
<br />
Deveria ser pleno<br />
é mínimo<br />
cinza<br />
úmido<br />
no ápice de um feriado<br />
um dia nublado<br />
<br />
A plenitude por dentro<br />
desejo<br />
o que eu queria<br />
surpresa<br />
o sol não veio<br />
e ganho a benção que chove<br />
<br />
Deusa das águas, ela deixa o chuveiro<br />
e se instala na sala de minha retina<br />
ela e sua toalha-turbante<br />
perfeita sereia mesmo longe d'areia<br />
<br />
Que sorte eu aqui tão perto<br />
no meio do dia e das águas nubladas<br />
a sedução ao vivo<br />
lábios<br />
olhos<br />
a tez<br />
e o verdejante turbante<br />
coquetel de cores<br />
tesão por todos os poros<br />
no mínimo, o máximo<br />
domingo total<br />
no qual mergulhei de cabeça.<br />
(Jamu Minka, in Cadernos negros 19)<br />
<br />
A metáfora Sereia
ilustra bem o poder de sedução que a mulher exerce sobre o homem. A excitação
sugere a iminência do ato sexual. Ele está disposto a se entregar de corpo e
alma. Na poética masculina o desejo do "amor infinito" é colocado sem
nenhum pudor no papel:<br />
<br />
CANTO À AMADA<br />
<br />
Não fosse sua boca um luar<br />
E seus olhos<br />
Cintilantes estrelas<br />
Não fossem suas mãos<br />
Perfumadas pétalas<br />
E teus braços<br />
Um leito acolhedor<br />
Não fosse sua vida minha vida<br />
E teu corpo minha inspiração<br />
Ainda assim te adoraria<br />
E te chamaria: meu amor<br />
Pois a ti eu pertenço<br />
Como a própria pele...<br />
(Márcio Barbosa, in Cadernos negros 5 )<br />
<br />
"As
oferendas", "os cantos", dão metaforicamente a sensação de que
eles nunca estão sós. Para isso regam a planta do amor: para que se enraíze em
seus corações:<br />
<br />
OFERENDA PARA A MINHA AMADA<br />
<br />
O vento soprou uma semente<br />
leve como uma pluma<br />
linda como uma estrela!<br />
<br />
E ela caiu e penetrou de mansinho<br />
nas terras desertas do meu coração<br />
<br />
No meu peito nasceu uma planta<br />
que está crescendo lentamente<br />
<br />
E todas as manhãs<br />
eu a rego carinhosamente<br />
com sonhos e atitudes<br />
<br />
Sinto a cada dia que passa<br />
que as raízes<br />
penetram mais fundo<br />
na medula do meu ser<br />
<br />
Levando-me a cantar com alegria<br />
porque é grande a magia<br />
que está encantando o meu viver!<br />
<br />
E aguardando ansioso<br />
o tempo da colheita<br />
no "sim" do teu coração<br />
<br />
Passo dias e noites torcendo<br />
que flores e frutos brotem<br />
para ofertá-los a ti, Vida<br />
(Oubi Inaê Kibuko, in Cadernos negros 7)<br />
<br />
Na poética
feminina negra a afetividade caminha junto com a dor. A escritora trabalha com
o sentimento do "infinito enquanto dure", embora ela não se entregue
de corpo e alma. A porta da emoção precisa ser aberta. Ela dificilmente cultua
no poema a imagem do homem que a seduz. Se o cheiro dele agradar, ele vem e
jazz... Mas a porta da emoção continua fechada, então ela o deixará escapar
entre os dedos. Seria como apanhar a água do rio com as mãos:<br />
<br />
FLUIDA LEMBRANÇA<br />
<br />
No líquido do copo<br />
entorno a sua fluida<br />
lembrança.<br />
Bebo aos goles<br />
o seu doce caldo<br />
armazenado e curtido<br />
em minha memória<br />
e, quando depois<br />
me erro nos passos<br />
inebriada dos meus enganos<br />
toco o vazio de sua ausência<br />
percebendo, então<br />
que você me escorre dos sonhos<br />
Tal qual a baba indomável<br />
que da boca do bêbado sonolento<br />
escapa.<br />
(Conceição Evaristo, in Cadernos negros 18)<br />
<br />
Ela impõe limites, porém o homem que conseguir ultrapassar
esses limites vai encontrar uma mulher que expõe a sua solidão:<br />
<br />
LIMITES<br />
<br />
Abro as minhas portas e<br />
a conformidade das suas coisas vem<br />
numa adequação de causa e efeito.<br />
Fecho minhas portas e<br />
confusamente, as suas coisas vão<br />
numa inadequação de solidão e desrespeito<br />
Diante das inconformidades das minhas coisas.<br />
(Regina Helena, in Cadernos negros 9)<br />
<br />
Quando o homem
abre a porta da emoção - e por insensatez deixa marcas, sofrimentos, - se ele
retornar é para fechar as feridas. Daí ele descobrirá que ela não havia dado
todas as chaves para ele:<br />
<br />
...NO REGRESSO<br />
<br />
No dia em que retornares<br />
provavelmente me encontrarás<br />
entre a pia e o fogão.<br />
Antes que tua boca te anuncie,<br />
procurarei retirar a gordura densa<br />
nas banheiras anunciadas na tevê.<br />
Usarei o xampu que dará<br />
mobilidade aos meus cabelos<br />
farei teatro em tua presença.<br />
Te convencerei de que minha disposição<br />
é a mesma, te envolverei de tal forma...<br />
farei morrer de inveja a melhor das atrizes.<br />
Carregarei de ternura o teu coração<br />
quero que me embales!<br />
Deixarei deitares teus lábios nos meus<br />
grossos e banhados em veneno doce<br />
farei com que bebas através deles minha alma<br />
e que nos consumamos os dois<br />
<br />
Te carregarei para o inferno<br />
em que minha vida transformaste.<br />
(Sônia Fátima, in Cadernos negros 19)<br />
<br />
Há muito a
pesquisar, mas na poética afetiva masculina a porta está sempre aberta, o poeta
diz "ela me seduz, vou mergulhar de cabeça, vou pertencer a ela como a
própria pele, vou regar o amor todos os dias", mostrando a dualidade
força/fragilidade. Isso nos remete a Palmares. Os homens eram fortes enquanto
guerreiros. Mas lá talvez houvesse a fragilidade afetiva porque, para ter uma
mulher ao lado, eram levados a conflitos sangrentos pela pose da amada.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A presença da
mulher deu estabilidade social e familiar a Palmares. As condições sociais
foram responsáveis pela implantação do modelo de família poliândrica. A
consequência desse modelo deve ter sido, para a mulher, uma certa
"liberdade amorosa", de poder estar com dois, três ou até cinco
homens vivendo sob o mesmo teto. Como afirma Décio Freitas, "os homens
eram obedientes à mulher, que mandava em sua vida e no trabalho".<br />
<br />
Concluo que essa
condição possibilitou à mulher Palmarina viver uma vida de prazer relativo,
apesar do estado permanente de guerra contra os senhores de escravos. A mulher
Palmarina pôde escolher com qual dos parceiros ela teria os seus filhos, pôde
escolher, entre os parceiros, aquele que a levaria ao desejo de na cama colar
em seu corpo como tatuagem, numa harmonia de corpos, aquele que a levaria de
colo para uma infinita paixão. Na afetividade amorosa era a mulher Palmarina
que tinha todas as armas e também o poder de seduzir e de querer ser seduzida.
Mas a poética feminina não herdou nada dessa "liberdade amorosa" de
suas ancestrais nos textos. Destruíram Palmares e destruíram também seu prazer
amoroso. A poética feminina não tem nada a ver com o que deve ter sido o
passado histórico afetivo das mulheres Palmarinas. Agora a história é outra. O
sentimento militante feminista predomina em sua poética. Ela deixa bem
explícito que as portas não estão mais abertas. Seus sentimentos estão sempre
em guarda. É preciso saber tocar o interfone dos sentimentos. Ela avisa ao
homem que ele não encontrará uma mulher submissa e sim uma mulher que decide
pelo seu próprio corpo, uma mulher que decide sobre suas vontades. Ela falará
tudo isso de uma forma dura e às vezes fria, são poucos os poemas nos quais o
homem a seduz. Pode-se citar uma raridade. Um poema sem título:<br />
<br />
Meu Zumbi<br />
De corpo suado<br />
De olhos meigos e doces<br />
De boca ardente...<br />
Nenhuma paisagem se iguala<br />
à visão que tenho de você<br />
Explosão de raça em forma de ser<br />
o que mais quero:<br />
Entrelaçar nossas peles retintas<br />
Me animar de vida,<br />
Buscar meu céu em sua terra<br />
Saciar minha sede de mel em seu mistério.<br />
<br />
Tatuar-te em meu corpo<br />
para ter a certeza de tê-lo<br />
preso-colado-filtrado em mim<br />
na própria pele<br />
rasgando a epiderme<br />
que nem laser apaga<br />
que aos poucos me rasga<br />
e se fixa e me marca<br />
num uno indivisível<br />
(Lia Vieira, in Cadernos negros 15)<br />
<br />
No geral, a mulher
desceu do "morro", porque Amor romântico não combina com feminismo. A
todo momento ela tem que mostrar poeticamente que é forte, só os fortes ganham
a batalha, ganham o poder. Ela não permite expor seus desejos românticos sobre
uma folha de papel. Está ocorrendo uma inversão de papéis, agora os homens são
escassos, são as mulheres que, metaforicamente, têm de guerrear para ter um
parceiro, talvez seja por isso que, na poética feminina, a dor e solidão são
retratadas constantemente. Ao mesmo tempo em que ela quer ter um parceiro, ela
também quer medir forças com ele. Ela não abaixa as guardas, é um elo que não
se quebra. Poeticamente são os homens que querem um relacionamento duradouro,
eterno e as mulheres um amor infinito, nem que seja por um dia ou por alguns
segundos.<br />
<br />
Para terminar: a
poética masculina continua na Serra da Barriga, eles herdaram dos seus
ancestrais o deleite, sentem o prazer pela amada com tanta intensidade como em
Palmares. Quem sabe por ter que dividir com outros homens a atenção da mesma
mulher, seu amor expresso na poesia é harmonioso, um amor na mesma sintonia, é
constante a imagem de rolar na cama, chegando ao êxtase total. Amar é bom
demais e por isso eles realizam, concretizam no papel, lindíssimos poemas de
amor.<br />
<br />
***<br />
<br />
Esmeralda Ribeiro é escritora, jornalista e faz parte do
Quilombhoje desde 1982. Tem atuado no sentido de incentivar a participação da
mulher negra na literatura. Publicou "Malungos & Milongas",
conto, em 1988. Tem poemas e contos publicados em diversas antologias no Brasil
e no exterior.<br />
<br />
<br />
Bibliografia Citada<br />
<br />
Cadernos Negros 5 (org. Cuti). São Paulo: Ed. dos Autores,
1982 (poemas)<br />
<br />
Cadernos Negros 7, 9, 13 e 15 (org. Quilombhoje). São Paulo:
Ed. dos Autores, 1984, 1986, 1990 e 1992 (poemas).<br />
<br />
Cadernos Negros 19 (org. Quilombhoje). São Paulo:
Quilombhoje: Ed. Anita, 1996 (poemas).<br />
<br />
FREITAS, Décio. Palmares - a guerra dos escravos. Rio de
Janeiro: Edições Graal, 1982.<br />
<br />
PAIXÃO, Fernando. O que é poesia. São Paulo: Brasiliense,
1982.<br />
<br />
<br />
<br />
Voltar à pag.
inicial.....................................................<br />
<br />
*<br />
<br />
Au Gratin<br />
<br />
Fumo um cigarro fino<br />
Como um palito<br />
O calor do Rio é ridículo<br />
Calor de chuva enrustida<br />
Calor do céu oprimido<br />
De inferno mar resolvido<br />
Que não sabe se queima esse cara<br />
Ou o assa ao ponto<br />
Um calor filho da puta<br />
Um calor de estufa<br />
E eu sem nem ser judia<br />
Sofro aos pouquinhos<br />
Sofro esse zé pagodinho<br />
Ardo nesse pecado que não cometi<br />
Nesse forno onde me meti<br />
Por uma apimentada dica<br />
De um nordestino<br />
Que me mostrou uma placa citada, tinhosa:<br />
“CIDADE MARAVILHOSA”<br />
Eu vim.<br />
<br />
( Elisa Lucinda )<br />
<br />
Conheça também:<br />
Elisa Lucinda – Wikipedia<br />
<br />
(Seleção de Fabio Rocha)<br />
<br />
LIA VIEIRA<br />
1. NÓS VOLÁTEIS<br />
Lia Vieira<br />
<br />
Billie Holliday e aquela solidão arretada,<br />
numa noite de sábado.<br />
O feriadão levara as pessoas.<br />
Para disfarçar o tempo,queimou um comercial<br />
e ligou a tevê sem o som.<br />
Para ocupar suas idéias,<br />
uma variação de literatura esotérica.<br />
Nesta digressão filosófica, o teto começou a vibrar.<br />
Atentou para o ruído e<br />
percebeu que a libido no apartamento de cima começara.<br />
<br />
Estavam literalmente fudendo na sua cabeça<br />
Aqueles rangidos e gemidos ritmados<br />
lhe despertaram desejos adormecido até então.<br />
Seu corpo retezou-se e arqueou-se em ondas, enquanto a<br />
dupla alienígena<br />
contemplava a encenação.<br />
<br />
Lá fora, a vida fervilhava, e ela<br />
solitariamente pegava uma carona<br />
nesse trem de fantasias.<br />
<br />
2. ÂNSIA<br />
Lia Vieira<br />
<br />
Pisca a memória<br />
Imagens de tempos remotos<br />
E também de coisas recentes.<br />
O ar está pesado<br />
tem estado<br />
No mundo lá fora há fome,<br />
não se come.<br />
No mundo cá dentro há cansaço.<br />
Há um medo grande<br />
uma coisa de susto.<br />
Como se fosse acontecer<br />
não brotar nunca mais.<br />
Há algo disforme cá dentro.<br />
loucura que explode<br />
prestes a estilhaçar / alma de vidro.<br />
Talvez seja a resposta que espero …<br />
talvez seja apenas meu ego,<br />
egocêntrico, egoísta, que,<br />
latejante …<br />
deseja amor.<br />
<br />
3. CURIÓ<br />
Lia Vieira<br />
<br />
Ele era sempre sorriso e riso<br />
E gargalhadas escancaradas.<br />
Dançava samba de roda, jogava capoeira,<br />
animava bailes.<br />
O cabelo bem cometido sob a leve camada de óleo<br />
Os sapatos de um engraxado absoluto,<br />
o brilho retumbante.<br />
A tranqüila camisa de seda.<br />
No pescoço, a conta grossa de aço.<br />
Simpatia e adjacências.Mútua reciprocidade.<br />
Curió de Vila Isabel. Gostavam dele. Ele de todos.<br />
De pé ele estava, ali na parada de ônibus:<br />
A viatura se aproxima.<br />
“ Abra os bolsos!Vire de costas!Mostre as mãos! “<br />
Alguns protestos. O policial se redobrou.<br />
“Entre na viatura¨…<br />
Curió, o rosto anoitecido retrucou :<br />
Nestas terras seu moço,nunca ninguém não ousou.<br />
Nenhuma afronta sem troco.<br />
Nem agravo sem resposta.<br />
A lei chamou outro da lei.<br />
Tiros, gritos, correria…<br />
O Curió calou o canto do encanto.<br />
Só o sussurro das asas<br />
Em sumida revoada.<br />
Assassinato diário de pássaros.<br />
<br />
4. PAZ<br />
Lia Vieira<br />
<br />
Com os olhos fitando o horizonte,<br />
peço PAZ.<br />
Para que não haja profanação nas florestas<br />
Para que não sejam aviltantes nossos salários<br />
Para que o amor seja centro e não periferia<br />
Para que os olhos sejam sim á compreensão<br />
e não ao preconceito<br />
Para que haja laços e não algemas<br />
Para que a Liberdade seja fim e não meio<br />
Para que haja estrelas e não mísseis<br />
<br />
PAZ<br />
<br />
Para que apesar da nuvem do genocídio:<br />
Bendito seja o fruto do meu ventre.<br />
<br />
5. MULHER DE MARINHEIRO<br />
Lia Vieira<br />
<br />
Não há mais fuligens nos navios<br />
Assim como não há rolos de fumaças nas chaminés<br />
Chegastes …<br />
Não me trouxe sedas,não me quedei em mirra, incensos ou alecrim<br />
para te receber.<br />
Fui envolvida pelas histórias<br />
de cada porto que passastes<br />
desprezadas por certo<br />
as infidelidades que em cada um praticastes.<br />
Por banquete o que mais certamente aprecias<br />
meu corpo<br />
E dele nossos suspiros e nossos ais.<br />
A brisa da terra firme<br />
mantendo ela agora a guarda<br />
roça o semblante do amado<br />
nela antevejo o alento das marés.<br />
Bons-dias – não fosse a folhinha a correr para frente.<br />
Nossa vida uma só peça<br />
braços para te receber,mãos para adeus acenar.<br />
Passagens de idas e vindas<br />
paisagem certa, momentos incertos.<br />
Outra vez partirás<br />
Te sigo até onde a vista não alcança<br />
Volto a remexer no presente já passado<br />
folgando relembrar suas andanças.<br />
Mais uma vez, invento o cais …<br />
– Porto seguro, jamais.<br />
<br />
6. MULHER TORTURADA<br />
Lia Vieira<br />
<br />
Que prêmio receberão os carrascos<br />
pela realização de sua carreira torpe ?<br />
A mim, cabe sofrer as conseqüências em martírio<br />
para salvar a minha ideologia.<br />
saciar através dele<br />
a fome de igualdade e fraternidade<br />
no meio social a que pertenço.<br />
NÃO SEI FAZER O JOGO.<br />
A pressa dele em me infligir dor,<br />
dói mas psíquica que fisicamente.<br />
Que prepotência em querer ser<br />
negando a razão que só a Deus pertence.<br />
Uma visão insignificante face ao supremo poder.<br />
Pequenez humana que mesmo em mim se traduz …<br />
porque agora, um torpor me invade o corpo,<br />
me isenta da dor , do açoite, do pensar,<br />
SOU POSTA DE CARNE.<br />
E ele em paz com sua consciência pagã.<br />
Minha convicção, irradia meu corpo, mente, coração.<br />
Ninguém sofre mais do que lhe é permitido sofrer.<br />
MEU VERDUGO GOZA.<br />
Meus olhos marejam em suprema humilhação.<br />
NÃO HÁ TEMPO INTERIOR.<br />
NÃO HÁ TEMPO EXTERIOR.<br />
Só a luta satânica desigual contra Deus.<br />
Diminuem então qualquer sensação,<br />
no ar conhecidos perfumes<br />
terra, vida, flor, mar<br />
região distinta entre sem classes e sem poder<br />
elo forte que não se romperá jamais.<br />
NÃO FUI HERÓI.FUI GRANDE.<br />
Não lhes dei o prêmio.<br />
De que lhes valerá meu cadáver ?<br />
Indiferente a platéia,saí … ilesa.<br />
<br />
7. SOLEDAD<br />
Lia Vieira<br />
<br />
Busco su voz<br />
En cada vaso de vino<br />
por las noches como arrepentido<br />
Qué poemas nuevos fuiste a buscar?<br />
Camino nuevo? Sueños azul?<br />
Busco su voz<br />
Canto esperanza olvidada<br />
Semillas de inmensidad<br />
Que alumbra mi alma serena<br />
Curtida de soledad.<br />
<br />
8. FLORENZA<br />
Lia Vieira<br />
<br />
Raphael, Michelangelo, della Robbia, Cellini<br />
Donatello, Boticelli, da Vinci.<br />
Florenza.<br />
Lina nueva.<br />
Salgo a pasear con los arbores y el silencio<br />
Hoy es el tiempo que puede ser manãna.<br />
La calle mojada, la suave brisa<br />
Te hacen florescer<br />
y que florezca<br />
en alto cielo estrellado<br />
el amor con sus esmeros<br />
en la alma querubin<br />
tierna de mi bienamado.<br />
<br />
9. L´AMOUR<br />
Lia Vieira<br />
<br />
Ah, l´amour<br />
aimer n´est pas un vice<br />
d´une revêrie d´été<br />
Tu me rend folle<br />
a une manière douce,<br />
plein de vie, atroce.<br />
<br />
** 10. ABORTO UM DIREITO SÓ MEU<br />
Lia Vieira<br />
<br />
Amei Gilberto, Miguel, Roberto<br />
Arrebatadamente, sonhos de amor primeiro<br />
E tive Lia,<br />
Melanie,<br />
Alex.<br />
Amei Paulinhos ( foram dois ), Jorge, Vilela<br />
Amores confusos e tumultuados<br />
Delírios de amor e carne.<br />
E tive Isabela,<br />
Ágata,<br />
Mel<br />
Fui amado Steve ( meu amor canadense ),<br />
Toni ( amor manso como o que ) e tive<br />
Deidre,<br />
Ayô e Romeu.<br />
Pais e Filhos que nunca se conheceram.<br />
Aborto … um direito só meu.<br />
<br />
** 11. AUTO-BIOGRAFIA<br />
Lia Vieira<br />
<br />
Nasci grande<br />
nasci escrevendo<br />
Já Negra bela<br />
Já Mulher.<br />
<br />
Passei por mãos que me burilaram a forma<br />
E me conservaram a essência.<br />
Trilhei caminhos<br />
Virei mundos<br />
Busquei céus<br />
Construí vidas.<br />
<br />
Cantei cantos<br />
Chorei desencantos<br />
Edifiquei sonhos<br />
Fiz revoltas<br />
Pratiquei vida.<br />
<br />
Ousei, questionei, debati<br />
Encontrei na escrita<br />
A forma, a força, feliz<br />
E nela sobrevivi.<br />
<br />
** 12. MÃE NEGRA<br />
Lia Vieira<br />
<br />
Mãe Negra<br />
Tu tens que ser bamba,<br />
tu és Baobá.<br />
Não nascestes para a servidão.<br />
Te diluíram na história<br />
e conceber fostes<br />
nem sempre por opção<br />
nem sempre em “família”<br />
mas na dura realidade,<br />
oprimida, resistente — Mãe.<br />
Nunca serás chamada rainha<br />
muito menos representarás<br />
perfil para comerciais.<br />
Em tua trajetória seu rebento é projeto legítimo;<br />
o triunfo de nossa alforria<br />
que se perpetua em tua maternidade.<br />
<br />
** 13. FIZ-ME POETA<br />
Lia Vieira<br />
<br />
Fiz-me poeta<br />
por exigência da vida, das emoções, dos ideais, da raça.<br />
Fiz-me poeta<br />
sabendo que nem só “se finge a dor que deveras sente”<br />
e crendo que através da poesia posso exprimir<br />
a arte do cotidiano, vivida em cada poema marginal.<br />
<br />
** 14. FÊMEA/MULHER<br />
Lia Vieira<br />
<br />
Às vezes meu coração fala<br />
minhas mãos, estas-estão sempre<br />
traduzindo meu pensar.<br />
Meus olhos têm imãs<br />
mas poucos, só poucos conseguem percebê-los.<br />
Minhas pernas se expressam pelo<br />
movimento<br />
querendo da mesma forma que os pés<br />
impedir que os detenham em seu percurso,<br />
passando veladamente à cabeça<br />
O ato da ação<br />
refletidos<br />
em palavras,<br />
gestos,<br />
na própria vibração<br />
Todo meu Eu corporificado<br />
centralizando no umbigo<br />
a Fêmea/Mulher em constante vigília.<br />
<br />
</span><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">FEMALE/WOMAN<br />
Lia Vieira<br />
<br />
Sometimes my heart speaks<br />
my hands, they are always<br />
translating my thoughts<br />
My eyes contain magnets<br />
but few, only few are able<br />
to perceive them<br />
My legs express themselves<br />
through movement<br />
wanting, just as the feet,<br />
to not be<br />
detained on their course<br />
covertly passing to the head<br />
the act of action<br />
reflected in words,<br />
gestures,<br />
in vibration itself<br />
All my Self incarnate i<br />
centralized at the navel<br />
the Female/Woman in constant<br />
vigil.<br />
<br />
</span><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">* Lia Vieira, poeta, graduada em Eco<br />
<br />
SONIA FATIMA CONCEIÇÃO<br />
Te amo<br />
<br />
A lembrança é concreta<br />
Teu hálito roça-me a face<br />
O desejo<br />
afasta<br />
o ridículo<br />
<br />
No suór o visco<br />
do esperma<br />
Na boca o gosto<br />
do falo<br />
<br />
<br />
Indecentes<br />
Tuas mãos<br />
Tateiam meu corpo<br />
<br />
<br />
o orgasmo varre<br />
valores, pecados<br />
<br />
<br />
<br />
Te amo.<br />
<br />
<br />
<br />
Sonia de Fátima da Conceição<br />
(Cadernos Negros)<br />
poetisa e socióloga<br />
<br />
Araraquara - SP- Brasil<br style="mso-special-character: line-break;" />
<br style="mso-special-character: line-break;" />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 6.75pt;">
<b><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="https://mg.mail.yahoo.com/neo/launch?.rand=e23j84g8613p2"><span style="color: #444444; font-weight: normal; text-decoration: none; text-underline: none;">Responder </span></a><a href="https://mg.mail.yahoo.com/neo/launch?.rand=e23j84g8613p2"><span style="color: #444444; font-weight: normal; text-decoration: none; text-underline: none;">Responder a todos </span></a><a href="https://mg.mail.yahoo.com/neo/launch?.rand=e23j84g8613p2"><span style="color: #444444; font-weight: normal; text-decoration: none; text-underline: none;">Encaminhar </span></a><a href="https://mg.mail.yahoo.com/neo/launch?.rand=e23j84g8613p2"><span style="color: #444444; font-weight: normal; text-decoration: none; text-underline: none;">Mais</span></a></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-31614135132643384492017-07-26T12:40:00.003-07:002017-07-26T12:40:59.502-07:00CUIDAÇÕES AMIGAS<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--><br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">á Carol maíra</span></i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Cuidando d’ocê Eu cuido d’eu! Oce deix’eu Cuida d’ocê É seu jeito De
cuida d’eu!</span></i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Deley de Acari</span></i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Diante da possibilidade ter um texto publicado no site do comitê, pela
primeira vez, a cabeça de um defensor de direitos humanos que age na linha de
frente, é agitada por um turbilhão de idéias de temas sem que qualquer deles
tomem uma forma minimamente organizada o bastante de um texto sintético em duas
laudas como foi pedido.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No gira gira desse turbilhão uma idéia de assunto se projeta pra fora e se
torna mais visível. As cuidações das mulheres negras e não negras pobres das
favelas e periferias da cidade e da zona metropolitanta com os homens de sua
vida, seja filho, marido, pai,irmão, amigo ou simplesmente namorado. Cuidações
amigas!</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">VE SE FICA VIVO,TÁ?</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Essa frase tema é na verdade o título de um conto já escrito mais ainda
não publicado. Não vou escrever o conto aqui. Apenas vou dizer como ele surgiu.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Na verdade não é uma criação minha. Me apropriei dela depois que a ouvi
da boca de uma menina negra de 15 anos, dita, ás minhas vistas e aos meus
ouvidos, ao seu namorado, pelo menos 10 anos mais velho que ela, que passou
perto o grupo onde estávamos juntos, armado e fazendo a segurança de um chefe
do tráfico.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Dita num tom imperativo e fortemente emotivo, a frase soou ao meus
ouvidos, mais do que a preocupação de uma namorada com a vida de seu amado, em
evidente risco de vida permanente. Soou maternal. Irmã mais velha de quatro
irmãos, filhos de uma mãe que se tornou mãe mais ou menos na idade que ela tem
hoje, essa garota, teve sedo que largas as bonecas, ou alternar os cuidados com
elas, com os cuidados para-maternais com os irmãos e irmãs mais novas, já que a
mãe saia para o trabalho as 5 da manhã e só voltava lá pelas 10 da noite.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Vale lembrar que esse instinto maternal, de ser “mãe” sem que se tenha
parido os “filhos”, se desenvolve também nos meninos mais velhos, que tem que
tomar conta dos irmãos mais novos, pela ausência da mãe. A diferença é que, nos
meninos, essa “maternalidade” precoce some, desaparece com o tempo, sequer se
transforma numa “paternalidade.”, enquanto nas meninas permanece e são
ampliadas, por exemplo as pessoas mais velhas, não só de sua família, mas do
seu circulo de amizades, relacionamentos, inclusive, aos próprios pais, tios,avós...</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nascida e criada na favela,essa menina, de 15 anos, cresceu vendo os
homens de seu convívio comunitário, morrerem sedo,mais sedo que as mulheres
como ela. Teve um tio morto ainda adolescente quando ela era ainda uma bebe,
mas não tão bebe que, não quarde na memória difusa e embaçada, do seu velório e
de sua mãe, suas tias, e sua vó chorando em torno do caixão.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Embora seu tio tenha sido morto pela policia, ela tenha visto e sentido
a morte de muitos amigos de infância que entraram para o trafico e também
morreram sedo de forma violenta, e ela tenha dito essa frase, temendo que
o mesmo aconteça a seu namorado ela representa uma idéia fixa, repetida com um
mantra, apenas em pensamento ou verbalizada, como uma micro oração, por toda e
qualquer mulher favelada como ela, quando os homens da família saem pra
trabalhar, pra ir pra escola, ou simplesmente se divertir na pelada, ou no
baile funk da favela.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Seu cuidado com o jovem que ama, não é um cuidado isolado. É a expressão
de um cuidado coletivo que esta no coração de toda mulher favelada diante do
terrorismo de estado que paira de forma permanente sobre os territórios de
praticamente todas as 1060 favelas existentes hoje, no Rio.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Terrorismo imposto por um Estado Civil-militar-judicial-penal que ameaça
permanentemente invadir a favela atirando a esmo, matando e ferindo,moradores
comuns,ditos inocentes, ferindo e depois executando sumariamente qualquer jovem
que seus agentes identifiquem como suspeito de ser bandido, ou seja realmente.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pode passar dias, semanas, talvez um mês sem que haja uma operação
policial na favela, mas, coração de mãe não se engana e esse coração materno,
seja físico simbolico ou apenas simbolicamente materno, como a da jovem, sofre
e se atormenta permanentemente e fica e vigília vinte quatro horas por dia,
mesmo quando ela dorme, até acordar assustada e tremula com o estalido de um
simples bater de porta o queda de um copo de plástico na cozinha.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Aos poucos, dia á dia, esse terror permanente, esse medo invisível mas
pesado em seu coração vai fazendo mal a ele, e no seu cuidado com os homens de
sua família, faz ela, não esquecer mas por em segundo plano o cuidado com ela
mesma. E só não lhe faz mais mal ainda porque pra ela, cuidar, contra o
terrorismo de estado, seja de um homem de sua família, namorado ou amigo, é um
jeito dela cuidar de si mesma. Cuidado deles ela cuida de si mesma, assim se
faz as cuidações amigas das mulheres negras e pobres das favelas e periferias,escudos
de defesa materna real ou simbólica contra o terrorismo de estado que vem
promovendo o extermínio de milhões de jovens, na maioria negros das favelas e
periferias da cidade e da sua zona metropolitana. </span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Deley de Acari,poeta</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">,Integrante do coletivo fala acari</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.75pt;">
<span style="color: black; font-family: "Segoe UI","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="https://mg.mail.yahoo.com/neo/launch?.rand=e23j84g8613p2"><span style="color: #444444; mso-bidi-font-weight: normal; text-decoration: none; text-underline: none;">Responder </span></a><a href="https://mg.mail.yahoo.com/neo/launch?.rand=e23j84g8613p2"><span style="color: #444444; mso-bidi-font-weight: normal; text-decoration: none; text-underline: none;">Responder a todos </span></a><a href="https://mg.mail.yahoo.com/neo/launch?.rand=e23j84g8613p2"><span style="color: #444444; mso-bidi-font-weight: normal; text-decoration: none; text-underline: none;">Encami</span></a></span></div>
Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-15507304519917679312017-07-26T12:28:00.002-07:002017-07-26T12:28:46.914-07:00DA SÉRIE: USAR MEDO NA ESCOLA PÚBLICA PRA BOTAR MEDO DA ESCOLA PÚBLICA.<br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="false"
DefSemiHidden="false" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="371">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="header"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footer"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of figures"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope return"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="line number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="page number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of authorities"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="macro"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="toa heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Closing"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Message Header"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Salutation"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Date"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Note Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Block Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="FollowedHyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Document Map"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Plain Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="E-mail Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Top of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Bottom of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal (Web)"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Acronym"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Cite"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Code"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Definition"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Keyboard"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Preformatted"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Sample"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Typewriter"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Variable"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Table"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation subject"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="No List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Contemporary"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Elegant"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Professional"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Balloon Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Theme"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" QFormat="true"
Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" QFormat="true"
Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" QFormat="true"
Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" QFormat="true"
Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" QFormat="true"
Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" QFormat="true"
Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="41" Name="Plain Table 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="42" Name="Plain Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="43" Name="Plain Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="44" Name="Plain Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="45" Name="Plain Table 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="40" Name="Grid Table Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="Grid Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="Grid Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="Grid Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="List Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="List Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="List Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 6"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:8.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:107%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]-->
<br />
Todos os anos a mídia corporativa, a serviço e interesses de quem?, por
muitos anos, vem pondo medo na população, que a escola pública é de má
qualidade.<br />
Isso tem levado muitas familias pobres,que não tem dinheiro pra por os
filhos numa escola particular, a fazer um sacrifício extra, e matricula-los na
rede privada de ensino.<br />
De agora,principalmente depois da morte da menina Duda,por bala
pretensamente perdida,numa escola publica de Acari, que causou medo naquela
escola e outras escolas públicas, parece haver um intenção,mais ou menos
deliberada, na mesma mídia corporativa,pra usar o medo na escola pública, pra
botar medo da escola pública.<br />
A serviço e interesses de quem? das escolas particulares?<br />
As probablidades de uma criança que sai da favela pra chegar a escola
pública ou privada ser baleada são as mesmas!<br />
É óbvio que as probabilidades de uma criança que estuda numa escola
pública,ser baleada dentro escola, como aconteceu com Duda e outra menina, em
Belford Roxo,são muito maiores do mesmo acontecer numa escola particular. há
muito pouco, ou nenhuma escola particular muito próxima ou quase dentro de uma
favela.<br />
Claro que quando acontece de uma criança ser baleada e morta dentro de uma
escola pública proxima ou quase dentro de uma favela,causa comoção,
tristeza,reações demoradas como tá acontecendo, passados alguns meses, depois
de que Duda foi baleada. Propicia também o surgimento de oportunismos quese
aproveitam da desgraça do pobre favelado,e de suas crianças, pra fazer
marketing subliminar,pra vender segurança e educação de mercado.<br />
Não estou tentando minimizar a tragédia que atingiu a familia de Duda, sua
comunidade,minha comunidade, sua escola, nossa escola publica de nossa
comunidade.<br />
Na segunda parte deste texto,vou mostrar que o terror disseminado por série
de materias,com as do jornal Extra,é bem menor,do que realmente é.<br />
E que o fato de Acari ser o bairro com maior tempo de escolas fechadas,por
conta de violencia, não é motivo bastante, pra que pais tirem suas filhas e
filhos das escolas publicas da região nem para que haja evasãode professores
para escolas publicas no meio do asfalto ou escolas particulares.<br />
Antes prosseguir, aos que pensem em me dizer: há! seu filho não estuda lá!
voce não é professor, não dá aula lá: Fui servidor publico durante 20
anos,trabalhei como animador cultural,tanto na zona norte quanto na zona oeste,
sempre dentro ou bem proximo a favelas.<br />
Atualmente estou como defensor de direitos humanos na favela de Acari.Quando
há operações policiais,costumo ser um dos poucos moradores,que não seja aluno,
responsavel por aluno ou professor,a ficar exposto a risco de tiros. Nestes 30
dias do1ª semestre que as escolas de Acari tem ficado de fechadas,tenho cruzado
a favela de ponta a ponta, percorrendo creches e escolas fechadas pra ver se há
algum problema que eu possa ajudar solucionar.<br />
Só tenho evitado esse tour de risco, quando há operações do BOPE,por razões
mais ou menos óbvias.<br />
Pra encerrar esse começo de texto; começam as férias de meio de ano as
escolas estão fechadas. portanto o risco de um criança ser baleada dentro dela
é zero. Mas,mesmo em casa, na rua de férias, essas crianças são as mesmas, seja
na rua ou na escola, e o risco de serem baleadas é muito maior;;<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-34992019088249789852016-12-26T06:07:00.000-08:002017-07-14T15:31:52.824-07:00 ACARI 2017: REDUÇÃO DE PERDA E DANOS DE VIDAS HUMANAS E DEFESA DE DIREITOS HUMANOS.<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> Em 2017 os DEFENSORES DE DIREITOS HUMANOS DO COMPLEXO DE ACARI intensificarão as ações para REDUÇÃO DE PERDAS E DANOS DE VIDAS HUMANAS NO COMPLEXO DE ACARI. Para isso contam com o apoio e a parceria de organizações de direitos humanos não governamentais e governamentais como:</span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">ANISTIA INTERNACIONAL- Escritório no Brasil e Escritório Geral na Europa.</span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DA ALERJ-RJ</span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">SUBCOMISSÃO DE DESAPARECIDOS DA DEMOCRACIA</span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">MÃES DE ACARI.</span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">ONG JUSTIÇA GLOBAL</span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">REDE DE COMUNIDADES E MOVIMENTOS CONTRA VIOLÊNCIA</span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">DDH- INSTITUTO DE DIREITOS HUMANOS.</span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">COORD. DE DREITOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO-RJ</span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">COMITÊ DE PREVENÇÃO A TORTURA NOS PRESÍDIOS DO RIO.</span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A REDUÇÃO DE PERDAS E DANOS DE VIDAS HUMANAS NO COMPLEXO DE ACARI é uma missão que os defensores de direitos humanas do Complexo de Acari tomam pra sí de forma voluntária e se nenhuma remuneração oficial e não oficial e sabedores do rísco de represálias, ameaças a sua integridade fisica e a própria vida que sofre quem luta contra a violência de estado e a violação dos direitos humanos em geral e principalmente da população favelada onde mora atua e milita e como ela se encontra tão vulnerável e suscetível ser atingida pelos mesmo algozes,</span></span><br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Por isso, de pouco adianta lutar, se empenhar, se arriscar pra defender os direitos humanos e a vida do povo da favela sem nenhuma discriminação ou exclusão se todas as forças internas da favela, armadas, desarmadas, sociais, politicas religiosas, sociais, principalmente do próprio povo em sí mesmo, não se unirem pra isso.</span></span><br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Atualmente os defensores de direitos humanos mais presentes no Complexo de Acari</span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">tem sido: Ana Lima, Buda Aguiar, Deley de Acari, Henrique Marques e Zé Luiz </span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">que se dedicam e fazem tudo que podem e mais um pouco diante das limitações que</span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">possuem e estão 24 por dia a disposição e encontráveis na Comunidade. </span></span>Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-77901482240668502932016-12-19T12:34:00.002-08:002016-12-19T12:34:27.441-08:00CAMPANHA DE REDUÇÃO DE PERDAS DE VIDAS HUMANAS POR CAUSAS VIOLENTAS NO COMPLEXO DE ACARI DE 2017 Á 2019<br />
<br />
<br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="false"
DefSemiHidden="false" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="371">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="header"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footer"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of figures"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope return"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="line number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="page number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of authorities"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="macro"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="toa heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Closing"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Message Header"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Salutation"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Date"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Note Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Block Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="FollowedHyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Document Map"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Plain Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="E-mail Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Top of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Bottom of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal (Web)"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Acronym"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Cite"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Code"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Definition"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Keyboard"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Preformatted"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Sample"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Typewriter"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Variable"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Table"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation subject"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="No List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Contemporary"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Elegant"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Professional"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Balloon Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Theme"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" QFormat="true"
Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" QFormat="true"
Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" QFormat="true"
Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" QFormat="true"
Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" QFormat="true"
Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" QFormat="true"
Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="41" Name="Plain Table 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="42" Name="Plain Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="43" Name="Plain Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="44" Name="Plain Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="45" Name="Plain Table 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="40" Name="Grid Table Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="Grid Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="Grid Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="Grid Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="List Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="List Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="List Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 6"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:8.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:107%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 107%;">O
Complexo de Acari chega ao final de 2016 com um triste acúmulo de dezenas perdas
de vidas humanas por causas violentas de formas trágicas, cruéis, absurdas e
sem sentido quer poderiam ser evitadas. Isso sem contar o alarmante número de
pessoas baleadas que sobrevivem com sequelas graves que irão marca-la por muito
tempo ou mesmo pelo resto da vida.</span></span></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 107%;">Ao
longo de dezenas de anos de luta pela paz, contra a violência policial e de
Estado e pela redução da perda e danos de vidas humanas por causas violentas,
moradores, líderes comunitários, defensores de direitos humanos tem se dedicado
dioturnamente, com apoio de organizações de direitos humanos não governamentais
nacionais e internacionais, a essa missão.</span></span></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 107%;">Porém
as trágicas mortes de jovens do complexo de Acari ocorridas em 2016 culminando,
nos primeiros dias de Dezembro deste ano com a cruel desumana e covarde
execução sumária a golpes de faca depois de ferido a bala e desarmado por pms
do 41º BPM de Irajá nos leva a conclusão de que se muito já fizemos para
redução de perdas e danos de vidas humanas em nossa comunidade, não fizemos o
bastante, temos que fazer muito mais ainda do que já fizemos.</span></span></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 107%;">E
que é preciso intensificar e nos fortalecer ainda mais individual e
coletivamente, desde JÁ traçando um meta num tempo determinado em que nossa
luta pela paz e pela preservação da vida no Complexo de Acari tenha resultados
positivos e visiveis <span> </span>a curto e médio
prazo, por exemplo, nos próximos três anos já a partir de 2017, por três anos, contando
findar 2019 e entrar 2020 na Década de 30 deste Século 21 com Zero perdas e
danos de vidas humanas no Complexo de Acari.</span></span></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 107%;">Para
tanto, de ante mão sabemos que não podemos contar com o apoio dos atual Estado
Policial Penal Militar e seus agentes de segurança civil e militares que são os
principais algozes e causadores desse genocídio de nossa juventude preta e
pobre favelada que se abate há décadas sobre nossas favelas.</span></span></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 107%;">Mas
precisamos continuar contando com os parceiros e aliados que temos contado fora
da favela e sobretudo de todos os moradores e forças individuais e coletivas
que de varias formas exercem algum tipo de <span> </span>poder e influência sobre nossas comunidades do
Complexo de Acari( Parque Acari, Vila Rica-Coroado, Vila Esperança, Amarelinho
de Irajá, Parmalat, Parque São Jorge) <span> </span>e
seus moradores.</span></span></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 107%;">Por enquanto
é isso mas voltarei a postar nesse blog o mais breve possível mais detalhes de
como levar essa campanha a frente desde já de forma urgente mas também mais
organizadas e abrangente possível <span> </span>modo
envolver e mobilizar todas a comunidades, moradores e<span> </span>lideranças acarienses.</span></span></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 107%;">Deley
de Acari,</span></span></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 107%;">Poeta,
animador cultural,</span></span></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 107%;">Defensor
de direitos humanos,</span></span></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 107%;">Integrante
do Coletivo Gestor</span></span></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
</span></span></span><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 107%;">Do Centro
Cultural</span></span></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #0c343d;"><span style="font-size: large;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 107%;">Poet</span></span></span></span>Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8073526885415207725.post-63468652580845363432016-07-25T09:46:00.000-07:002016-07-25T09:46:02.397-07:00PREVENÇÃO AOS ABUSOS E VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS NO COMPLÉXO DE ACARI DURANTE OS JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016<br />
<br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:DontVertAlignCellWithSp/>
<w:DontBreakConstrainedForcedTables/>
<w:DontVertAlignInTxbx/>
<w:Word11KerningPairs/>
<w:CachedColBalance/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="267">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Table Normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">Durante
as olimpíadas todas as atenções da cidade e do pais e do mundo estará voltadas
para determinadas para determinadas áreas de cidade onde ocorrerão os <span> </span>jogos e atividades culturais relacionadas a
eles com a região do porto. Inclusive as atenções da imprensa e dos <span> </span>órgãos governamentais. Diante disso é possível
prever o aumento de ações policiais por batalhões de área em favelas ocupadas
como Alemão e não ocupadas<span> </span>como Acari e
a conseqüente ocorrência da violação de direitos humanos e abusos policiais
contra a população favelada tanto em ações formais quanto clandestinas
conhecidas como mineiradas.</span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">Inclusive
contra familiares de supostos traficantes. Familiares estes que, embora não
tenham nenhuma culpa nem possam ser responsabilizados pelas atividades ilícitas
dos mesmos costumam ter suas residências invadidas de forma ilegal, sem
mandados judiciais de busca e apreensão. Ocorrendo inclusive acusações de
roubos e furtos de dinheiro e objetos pessoais por parte de tais policiais.</span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">Neste
período <span> </span>cresce de o papel dos defensores
de direitos humanos locais para prevenção dos abusos e violações o para
denuncia dos mesmos se vierem a ocorrer.</span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">A
importância e o papel desses defensores podem no entanto serem bastante
reduzidas ou totalmente neutralizadas se não tiverem as condições necessárias
pra sua atuação bem como a proteção e efetiva de suas segurança pessoal e da
não criminalização de sua militância enquanto defensores de DH favelados e
meios seguros e ágeis de retirada do território onde atuam em caso de ameaça e
risco as sua integridade, fisica inclusive recursos técnicos e financeiros.</span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">Considerando
as áreas onde esta violações ocorrem com mais freqüência <span> </span>e decorrência da própria atuação dos batalhões
de área e denuncia dessas violações é possível prever que isso possa ocorrer em
algumas áreas determinadas, mas que as outras. Como na área do 41º <span> </span>BPM de Irajá.</span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">Onde
inclusive defensores de direitos humanos já foram seqüestrados por PMS desse
batalhão e ameaçados e coagidos a pararem com suas ações.</span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">Ao
contrário de intimidar e fazer para as ações desses defensores de DH da Favela
essas ameaças os tem encorajado e incentivado ainda mais a continuarem agindo
em defesa dos direitos humanos fundamentais da população favelada acariense e
na prevenção dos abusos e desvios de condutas dos agentes de segurança pública
e na denuncia caso venham a ocorrer atuando em parceria com órgãos
governamentais e organizações não governamentais de DH estaduais, nacionais e
internacionais. <span> </span></span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">OBS:
Os defensores de Direitos Humanos do Compléxo de Acari não são militantes
profissionais e não recebem salários por sua militâncias. Contam apenas com
pequenas doações de pessoas e organizações de DH Não Governamentais que não
suprem sastifatoriamente suas necessidades de militância.</span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span> </span>Contato de emergência 24 horas por dia, 7 dias
por semana:</span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span> </span>999285292, Deley de Acari.</span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">De
preferência mensagens de texto.</span></span></div>
Deley de Acarihttp://www.blogger.com/profile/06568829645854418965noreply@blogger.com0