O
Complexo de Acari chega ao final de 2016 com um triste acúmulo de dezenas perdas
de vidas humanas por causas violentas de formas trágicas, cruéis, absurdas e
sem sentido quer poderiam ser evitadas. Isso sem contar o alarmante número de
pessoas baleadas que sobrevivem com sequelas graves que irão marca-la por muito
tempo ou mesmo pelo resto da vida.
Ao
longo de dezenas de anos de luta pela paz, contra a violência policial e de
Estado e pela redução da perda e danos de vidas humanas por causas violentas,
moradores, líderes comunitários, defensores de direitos humanos tem se dedicado
dioturnamente, com apoio de organizações de direitos humanos não governamentais
nacionais e internacionais, a essa missão.
Porém
as trágicas mortes de jovens do complexo de Acari ocorridas em 2016 culminando,
nos primeiros dias de Dezembro deste ano com a cruel desumana e covarde
execução sumária a golpes de faca depois de ferido a bala e desarmado por pms
do 41º BPM de Irajá nos leva a conclusão de que se muito já fizemos para
redução de perdas e danos de vidas humanas em nossa comunidade, não fizemos o
bastante, temos que fazer muito mais ainda do que já fizemos.
E
que é preciso intensificar e nos fortalecer ainda mais individual e
coletivamente, desde JÁ traçando um meta num tempo determinado em que nossa
luta pela paz e pela preservação da vida no Complexo de Acari tenha resultados
positivos e visiveis a curto e médio
prazo, por exemplo, nos próximos três anos já a partir de 2017, por três anos, contando
findar 2019 e entrar 2020 na Década de 30 deste Século 21 com Zero perdas e
danos de vidas humanas no Complexo de Acari.
Para
tanto, de ante mão sabemos que não podemos contar com o apoio dos atual Estado
Policial Penal Militar e seus agentes de segurança civil e militares que são os
principais algozes e causadores desse genocídio de nossa juventude preta e
pobre favelada que se abate há décadas sobre nossas favelas.
Mas
precisamos continuar contando com os parceiros e aliados que temos contado fora
da favela e sobretudo de todos os moradores e forças individuais e coletivas
que de varias formas exercem algum tipo de poder e influência sobre nossas comunidades do
Complexo de Acari( Parque Acari, Vila Rica-Coroado, Vila Esperança, Amarelinho
de Irajá, Parmalat, Parque São Jorge) e
seus moradores.
Por enquanto
é isso mas voltarei a postar nesse blog o mais breve possível mais detalhes de
como levar essa campanha a frente desde já de forma urgente mas também mais
organizadas e abrangente possível modo
envolver e mobilizar todas a comunidades, moradores e lideranças acarienses.
Deley
de Acari,
Poeta,
animador cultural,
Defensor
de direitos humanos,
Integrante
do Coletivo Gestor
Do Centro
Cultural
Poet
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