1º ASSUNTAMENTO: SER UMA VEREADORA NEGRA
DE ESQUERDA ÉTICO, MAS BRANCO, MASCULINO E REFORMISTA.
Toda vez que tiver que falar de Marielle
neste texto vou vou chama-la de Vereadora Mari, já que é assim que se tornou
comum nas campanhas eleitorais no Rio e, creio, e todo Brasil. Faz assim, se
referir ao précandidato um candidato como se ele já fosse eleito. Crê-se que dá
sorte.
Muito que bem: a vereadora Mari é
candidata pelo Psol,Partido Socialismo e Liberdade, um partido de esquerda,
socialista tido como um partido radical, e ao qual, seus críticos mais
ferrenhos, também de esquerda, costumam dizer ser um PT com Ética.
Quando foi que o PT passou a não ter
ética, no momento em que suas dissidências e contradições internas chegaram a
tamanha tensão que se tornaram antogonismo que provocou um racha irrecuperável
fazendo que um grupo grande de compas saíssem da legenda e formassem o PSOL?
Não se pode esquecer de que antes dos e
das compas saireme formar o PSOL outros compas já haviam saído antes e formado
o Pstu e, que, nas plenárias que se sucederam a saídas dos compas hoje no Psol
houve um tentativa dos compas do PSTU em puxar pra si estes compas dissidentes
petistas. Porque isso não aconteceu, não sei dizer porque, não acompanhei de
perto esse processo todo, embora fosse filiado ao Pt.
Creio importante lembrar desse epsódio,
porque não me lembro de ter ninguém de esquerda dizer que o PSTU seria um PT
com ética, quando os compas da Convergencia socialista saíram do PT e
resolveram cria-lo.
Seria porque , nessa época o PT ainda
era um PT com Ética?
Não seria o caso, até porque, visto de
fora, o PT ainda era um partido com Ética, visto e vivido de dentro, não era
bem assim!
Mais a frente, neste texto mesmo, ou
noutro, volto ao tema de ética,ou não petista e psolista.
Então: Supondo que o PSOL é mesmo um PT
com Érica, o que “daria” uma sigla; Um PTÉ.
Antes de, daqui pra frente assumtar
sobre o que significa a vereança de uma mulher negra de esquerda, feminista e
de favela, como as das compas, Benedita da Silva e Jurema Batista, claro que
não esqueço da compas Daise Nunes, que foi candidata a
Vice-Prefeita,numa
coligação com o próprio PSOL.
Com todo respeito e admiração a compas
Daise, vou me restringir nesse assuntamento, as compas Bené e Jurema, não por
considere-la menos importante, mas pelo fato de que a critica da própria
esquerda de que o Psol um PT com ética, aproxima mais a compa Veeadora Mari,
aquelas duas compas, que foram vereadoras pelo PT do que a ela, embora, também esteja próxima por ser
mulher negra e de esquerda.
A escolha desse caminho, no entanto não
exclui a companheirada do PSTU de co-assuntar sobre esse meu assuntamento, nem
também a companheirada anarquista,principalmente essa que camba para o
anarquismo negro e para o afrocentrismo, de esquerda, de direita ou só
centrado, sem esquerda e sem direita.
Não podemos esquecer que Opstu já teve
uma copas negra candidata a vice-prefeita na chama do compas Marcelo Freixo,
branco e de classe média.
Porque a penso assuntar esse assutamento
com os compas do anarquismo negro, se a
maioria deles, sequer quer ouvir falar de política partidária? Porque, no seu
livro, o anarquismo negro, o compas Lorenzo, numas paginas lá que não me lembro
quais, fala em fazer greve,
manifestações, e outros ões cobrar do estado melhoria de vida para o povo
negro, enquanto o anarquismo negro não vem e, considerando que o estado não é
uma ficção mas é uma coisa invisível que toma corpo e se torna visível nos
poderes executivos, judiciário e legislativo e desses e a esse pedaços do
estado que contra as quais serão serão dirigidas atos, protestos, cobranças etc
pelo movimento de anarquistas negros.
E quando pregam a a luta em vez do voto
como única alternativa pra defesa do povo negro favelado, estão com certeza
negando a política partidária com outra altenativa válida em implicitamente
também negando a candidatura da vereadora Mari e sua importância, não só pra
que crê no voto e na política partidária, mas mais amplamente para todo o povo,
que deveria lutar ao em vez de votar.
De qualquer forma a política partidária
esta bem clara e posta como uma forma de luta, mas “lutar e não votar’ ainda
não postou claramente que forma de luta concreta devemos tomar como estratégia.
Por um mês de Junho friorento como esse,
há 34 anos atrás, estava bombando a campanha
que levaria a camara dos vereadores,eleita vereadora a compas favelada e
negra, nessa ordem, Benedita da Silva. Bené levou para seu gabinete o creme do
creme da esquerda, principalmente compas
milititantes negras, femininas. Muitas delasulherada de peso lideranças
de movimentos que até tinham muito mais reconhecimento e visibilidade na esquerda
do “asfalto” que ela própria: hildesia, do CEP, Lélias Gonzales, do M.N. embora tivesse conseguido formar uma equipe
de mandato tendo como base o movimento social de essquerda, negro, feminista e
mesmo liderenças faveladas como Jurema Batista, sue chefe de gabinete era o
compas Bola, seu segundo marido, negro, favelado como ela, e um militante
favelado á moda antiga, conservador e machista, coma a imensa maioria de nós
homens favelados, inclusive negros.
Mas, a verdade é que, o mandato da
compas Bené, principalmente, nos seud primeiros dois anos, foi um mandato
verdadeiramente popular. Graças a força e a militância ainda não
institucionalisada e burocratisada da suas acessória, foi possível organizarmos
dois encontros de mulheres negras de favela e periferia e dois encontros de
jovens negros de favela e periferia, nesse período. Além de, no dia á dia, o
mandato ser uma ferramenta que dava suporte material e financeiro as realizaões
de atividades dos movimentos de esquerda, inclusive o negro.
Os dois últimos ano do mandato de Bené
como vereadora, foram complicados. Bené se tornou um personalidade negra
popular. Saia nos cadernos de variedade dos jornais da grande mídia burguesa,
fotógrafos de colunas sociais subiam o chapéu mangueira pra registra-la fazendo
seu prato típico preferido, passou a ser a azeitona preta no pastel de queijo
branco da esquerda branca, nos debates nas universaidades e mesas de palestras.
Meio que estrela negra meio como
vereadora, cada vez mais bem vista com bom olhos pelas elites de esquerda e
pelo populismo, passou a ganhar a simpatia do velho caudilho Leonel Brizola,a
medida que se institucionalisava e burocratisava o mandato foi perdendo da sua
acessória, algumas das lideranças de peso, como Lélia e Hidelsia, que
discordavam dos rumos que o mandato de bené toma, principalmente, depois do
escanda-lo da falsificação de um diploma de segundo grau pra que seu filho
poudesse ser contratado pela camara.
Bené era um vereadora de um partido de
esquerda, branco, reformista, machista-lenista trotkista.
Seu mandato pertencia ao partido que a
elegeu,e não das dezenas de milhares de pessoas que votaram nela e que de
alguma maneira, sastifatoriamente faziam se representar na acessória de sue
mandato.
Isso ficou mais evidente quando ela foi
eleita pra deputada federal, direto sem se candidatar a alerj.
Indo para Brasilia, levou umuito pouca
gente de suas bases no Rio. Isso deu chance que elite dominante do PT criasse
uma blindagem aos poucos, em torno dela. Muitas vezes a gente podia chegar no
gabinete dela, na camara dos vereadores esperar ela chegar, uma negra ou um
negro como a gente, e do mesmo meio da gente, logo nos encaminhava pra falar
com ela. Depois da blindagem branca, intelectocrata que o PT criou em torno
dela, a gente só falava com acessores brancos, pequenos burgueses, distantes de
nossos problemas, que a acessória negra de bené a a própria bene, entendia bem
por ter sofrido as mesmas coisas.
A gente, pelo menos a maioria da gente,
entendia que o mais certo seria que bené tivesse ao menos mais um mandato como
vereadora, ficasse mais tempo perto da gente preta pobre e favelada, e do
movimento negro,que em boa parte já a via como uma liderança negra feminina e
faminista. Ao dar um salto tão alto, e ter conseguido ficar lá no alto, bené
ficou sem pé no chão, sem sentir o chão que pisava com a gente que continuou a
pisar nesse chão.
Quando foi eleita vereadora, bené já era
um liderança favelada importante. Não demoraria muito, da presidência da
associação de moradores do chapéu mangueira, chegaria a presidência da
federação de favelas, a essas aturas, meio que enfraquecida politicamente pela
traição do MR8 as suas bases, e mais inda pela cooptação populista do
brizolismo, que contratou a engessou toda a diretoria da faferj para cargos de
confiança no gabinete o vereador Pedro Porfírio.
A pergunta que ficou naquela época, e
que volta agora com a candidatura da vereadora mari, é se não seria melhor
extratégial bené consquistar a presidência da faferj e se conquistar, fora da
política partidária, num campo de luta política de luta de classes e de raça,
mais amplo, ao em vez do campo de luta restrito que é a política partidária.
Mas verdade é que só se fez essa
pergunta já com bené parlamentar e motivados pelos desvios que seu mandato
sofreu.
Como veradora mari já é precnadidata,a
pargunta embora seja a mesma, pode provocar respostas diferentes. Mesmo tendo
consciência de que ela é uma mulher, jovem negra e de favela, num partido de
esquerda burguesa, do asfalto,branco, e hegemonicamente, masculino e
neomachista.
A realidade é que a candidatura de mari
tá posta dada. A pergunta que, pra mim pelo menos, se faz importante fazer é?
Quem será marielle franco, depois de outubro de 2016, eleita ou não? pra ela,
pra gente, pro partido a que partence, pro povo pobre negro e branco de uma
forma geral, e principalmente para as mulheres negras, pobres e faveladas, as
quais ela esta bem próxima, senão junto a elas e com elas.
Essa é uma parte dos assuntamentos que
venho fazendo sobre o fato de marielle franco, compas de luta que respeito e
admiro, ser candidata a vereadora, a ser a vereadora Marielle Franco.o que
havemos de convir, do jeito que as coisas andam mal para o povo preto e branco
pobre favelado, não é pouca coisa, embora não seja tudo.
Vou ali por umas langêrie no varal que
ta sol e volta já.
Volto inda essa semana com a 2ª parte do assuntamento. Vai dar pelo menos umas 6 partes.
Deley de Acari, poeta negro e animador
cultural na Favela de Acari.
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