quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

EM SOLIDARIEDADE AO GRANDE PRÍMO, SEMPRE PERTO, EMBORA NEM SEMPRE JUNTO!





  Mesmo duro feito um coco, tres meses de salário atrasado, por dificuldades finaceiras do patrocinador do Clube eu poderia ter saído da favela para descançar um pouco, neste fim de ano e carnaval. Mas foram tantas mortes estupidas de jovens acarienses que achei por bem não ter férias, nem recesso.


Estou formalmente desempregado mas na realidade continuando a trabalhar com, o futebol já que não há como abandonar um trabalho que futebol para crianças e jovens que vem desde 1994, há vinte dois anos, com ou sem patrocinio.


Meus natal e ano novo foram com 10 Reais no bolso, sem vinho, se castanhas,sem panetone, com muitas lágrimas e tristeza por causas de tantas perdas de vida jovens.


Meu carnaval, com 100 reais, mas sem sair da favela.

  Meu Grande Prímo que sofreu muito com essas perdas que sempre me ajudou nas minhas horas mais dificeis merecia e merece essa minha solidariedade e sacrificio de e estar perto dele, mesmo que nem sempre junto, qualquer hora do dia ou da noite que precisasse.


Muita liderança comunitária botou um fardinho no bolso e meteu o pé da favela nas festas de fim de ano e no Carnaval e agora voltam descançados, desesstreçados e revigorados pra luta durante o anos de 2016.


De boa! Quem se mete a defensor de direitos humanos como eu, sabe a responsabilidade que assume e tem que cumprir. Agora, depois do Carnaval serão cinco casos de familias de vitimas de violencia em Acari que vão parar na justiça e provocar a íra de policiais do BOPE, 41º BPM e da CORE e dois de seus delgados contra a qual sou testemunha principal de acusação por quase matarem uma menina de 9 anos, uma mulher e mais quatro crianças, em Maio de 2014.


Só espero que 2016 seja bem melhor  nada triste e trágico como foi pra Acari e seu povo neste fim de ano passado e no começo desse. Acredito, tem FÉ e vou me dedicar de corpo e alma pra que assim seja, mesmo sob rísco de morte.


                 Por uma favela que já fez muito por mim continuo disposto a  por minha vida em risco pra defender os direitos humanos de seus moradores e pela convivencia pacifica e compreensiva com aqueles que, mesmo vivendo uma vida errada, fazem o certo quase sempre, mesmo errando uma vez ou outra. Já que todo mundo tem o direito de errar tentando acertar. 


ODEIO QUALQUER GENTE DA FARDA. EM 1976 PASSEI DOIS DIAS PRESO E TORTURADO  NO QUARTEL DA POLICIA DO EXÉRCITO POR SER CONSIDERADO SUBVERSIVO E COMUNISTA E LUTAR CONTRA A OPRESSÃO DO POVO FAVELADO. EM OUTUBRO DE 2016 VAI FAZER 40 ANOS. MUITAS MÃES E PAIS QUE JÁ TEM NETO EM ACARI NEM ERAM NASCIDOS E SEQUER SAMBEM DISSO.  E ATÉ ME TOMAM COMO UMA MAIS-VELHO LOCA E MEIO MALUCO E EMBALADO AS VEZES.
CONTINUO DURO E POBRE COMO HÁ 40 ANOS ATRÁS, MAS COM ORGULHO E A DIGNIDADE DE NUNCA TER SIDO TRAÍRA COM NINGUEM E SÓ VIR A TER MINHA CASA SIMPLES PRÓPRIA DESPOIS 40 ANOS DE DEDICAÇÃO A FAVELA DE ACARI.

EMBORA TENHA SIDO CAGOETADO TENHO ORGULHO DE PASSAR DOIS DIAS SOB TORTURA SEM XNOVAR MINHAS E MEUS COMPAS DE GRUPO DE LUTA REVOLUCIONÁRIA  

O erro maior seria, se acovardar, não fazer nada com medo de errar!
NÃO É ERRADO ERRAR! ERRADO É NÃO TER TENTADO ACERTAR.
TENTAR ACERTAR, SEMPRE É SEMPRE O MAIS CERTO A SER FEITO.


facebook; deleydeacari vanderley