segunda-feira, 26 de outubro de 2009

DE JOVENS FEMINISTAS D'AGORA, FEMINISTAS, ELEFANTES E IMPERDOÁVEIS,EM FIM O FINAL

Não se faz omelete sem quebrar ovos,
não se faz anti-racismo sem se quebrar racistas,
não se faz feminismo sem se quebrar machistas,
mesmo que estes sejam "seu" homem, irmão, pai,
amigo companheiro de milititância...
Nisso acho que por mais que nos doa o lombo,
o coração e alma, os tribunais feministas populares
tem sentido e legitimidade.
Protestemos e esperniemos nós, velho machistas leninistas ranzinzas.
Somos paquidérmes comunistas que já deveriamos estar a caminho
do cemintério dos elefantes, já deitado coçando nos pés-de-pilão
inchados.
Talvez podessemos viver um pouco mais, não muito, mais o bastante
pra morrermos com um leve sorriso de esperança nos lábios.
Imagina só se o banco do canto da rua que era nosso cemitério de elefantes
ainda estivesse lá, a maioria de nós vivos?
Imagina só as mulhers do "posso me indentificar" descendo morro a baixo, e
também as mulheres da Rede?
Imagina só os velhos paquidermes alí sentados vendo perplexos, mas também
encantados com essas jovens feministas socialistas que veem subindo os morros
serpenteando entre becos e vielas, se escondendo atrás de postes e mesas de sinuca
para logo após o tiroteio dar uma trégua, seguirem em frente, cada vez mais proximas
das nossas mulheres nas favelas.
Elas são a realização dos sonhos que sonhavamos com lélia, rosi mari muraro, e outras camaradas que gostariamos que estivessem juntas com a mulherada da favela.
Por serem jovens feministas socialistas, tão jovens quanto as filhas de nossas filhas, mesmo sendo de classe média, são mais proximas fisica e mentalmente, que a gente homens da favela, tão pobres e da mesma classe que elas.
Talvez assim, nosso fracasso, enquanto comunistas favelados, de livrar nossa favela da opressão capitalista burguesa e nossas mulheres de mesma opressão de nosso machismo, sejam lembrados não como um fracasso total, mas sí só uma etapa de um processo dialético da história,
em que nós camaradas comunistas pobres sem vergonhas, sejamos julgados pela historia e reabilitados não como comunistas sem-vergonha, mas sím só como uns camaradas que não conseguiram ultrapassar as berreiras que nos foram impostas.
A certesa de que dessa vez, já que a plena união, aliança, cumplicidade e luta junto, entre as jovens feministas d'agora coom nossas meninas das favelas é só uma questão de inexoravel e irreversivel tempo, e que a vitoria final, que revolução socialista feminista enfim vencerá...
É esta certesa, socialista cientifica revolucionaria, de que nosso fracasso, enquanto velhos comunistas favelados, nossos corpos e almas prostrados e vencidos são eles mesmos as prataformas das quais nossas filhas,netas,bisnetasquebrarão correntes e grilhões alçarão voo para um mundo feminista-socialista-libertário, não num paraiso utópico, longícuo, mas aqui mesmo, mas felismente livre de nós velhos elefantes marxitas machistas leninistas, comunistas pobres sem vergonha e miseraveis, mas a dignidade de nunca termos traido a causa libertária socialistas.
Se essa dignidade sobreviver as nossas próprias vidas de lutas e vontades comunistas, nem precisa estátuas ou medalhas numa praça de favela, muito menos nosso nomes rebiscados num muro de favela, mesmo que ao lado dos nomes de bandidos, "terroristas" mulçumanos ou artistas pops negros de pele branqueada pelo vitiligo, mas de alma negra como um africano milenário.
Se nossa dignidade de camaradas comunistas sobreviver a nossa morte carnal, nos basta mesmo só o anonimato e o esquecimento sincero... pra não ficarem também incomdando toda hora nossas almas no orum, com homenagens, lembranças e inaguração de bustos e estatuas para os pombos cagarem na gente e o povo da rua fazerem sexo sob a sombra dos nossos pedestáis.

DE JOVENS FEMINISTAS D'AGORA, FEMINISTAS, ELEFANTES E OS IMPERDOÁVEIS.


Foram camaradas como lélia gonzalez, dulce mendes e rose mari muraro que nos fizeram olhar de novo para rosa de luxemburgo, hannah arendt e alexandra colontai como camaradas pensadoras mulheres e não simplesmente camaradas pensadores.
Mas. ao mesmo tempo, nos sentiamos frustrados que o feminismo das camaradas dos anos 60,70, 80 e 90 d0 seculo 20 não alcançassem as mulheres negras e brancas pobres das favelas e do campo. Revolucionarios sinceros, sabiamo-nos incapazes de propiciar as "nossas" mulheres conquistarem não serem mais chamadas de nossas mulheres e se libertarem de nossa opressão machista. Estou falando de nós camaradas comunistas pobres favelados com quem militei e vivi.
Fomos vivendo, militando e envelhecendo vendo a situação de "nossas" mulheres nas favelas piorar cada vez mais, cada vez mais opressora, sofrida e desumana, nós, não só impontentes em deter tal processo de pioramento, como também, instrumentos, nas mãos da burguesia, no agravemento dessa opressão.
O perder nossas filhas e netas para essa opressão burguesa patriarcal machista desumana, personicada, no poder do trafico de drogas, foi o fim pra muitos de nós camaradas das favelas.
Não bastasse, perder nossos filhos e netos para o mesmo trafico... aínda nossas filhas e netas?
Porque nossas camaradas comunistas das ultimas decadas do século 20 não foram mais radicais e incisivas para com a gente seus camaradas de uma forma geral, mas principalmente com a gente camaradas pobres favelados, mais machistas que os camaradas de classe média, e por isso mais opressores e dominadores para com nossas mulheres faveladas que suas companheiras de classe média?
Talvez, a gente "melhorasse" um pouco e a situação da mulher negra e branca pobre favelada não chegasse na situação tão cruel e desumana a que chegou.

DE FEMINISTAS, ELEFANTES E OS IMPERDOÁVEIS, UM POETA DE AMOR PRA UMA EX-AMADA MARXISTA ESTANILISTA.

EU QUANTO A VOCÊ
Queria-me forte
encontrou-me tão frágil
quanto a você.
Queria-me distante
encontrou-me tão atencioso
quanto a você.
Queria-me rude
encontrou-me tão afável
quanto a você.
Queria-me impessoal
encotrou-me tão sensível
quanto a você.
Queria-me racional
encontrou-me tão emocional
quanto a você.
Queria-me equilibrado
encontrou-me tão impulsivo
quanto a você.
Queria-me seguro
encontrou-me tão incerto
quanto a você.
Queria-me corajoso
encontrou-me tão intimidado
quanto a você.
Queria-me garanhão
encontrou-me amante tão gentil
quanto a você.
Queria-me macho
encontrou-me tão humano
quanto a você.
Queria-me opressor
encontrou-me tão precisado de liberdade
quanto a você.
Queria-me um branco frío, ou negro fervendo
encontrou-me mestiço tão terno e generoso
quanto a você.
Queria-me inimigo e algoz
encontrou-me tão precisado
de amizade e companheirismo quanto a você.
Queria-me machão
encontrou-me tão simples homem
para você.
Então achou-me tão viado
e decpicionada foi embora...
E eu fiquei tão só, sofrido, atordoado, sem saber
o que fazer com minha natureza humana
simplesmente companheira, amiga e terna,
mas que você confundiu com feminilidade demais
ou masculinidade de menos.
Rio, 11/08/95

DE FEMINISTAS, ELEFANTES E OS IMPERDOÁVEIS, PARTE 1+1 QUE DOIS E CÚ VERMELHO.

Há um tempo atrás, uns dois anos se muito, durante um dos varios "arranca rabo" que tenho com Wesley, devido as divergências de encaminhamento de nossas ações na favela, aos poucos segundos do fim do ultimo round, ele me desferiu um direito de direita, em ambos o sentidos. Não me lembro bem as palavras exatas: E voce que tá aqui na favela dando murro em ponta de faca há mais de trinta anos em não conseguiu mudar nada. Cade a revolução que voces iam fazer? que que voces fizeram pra mudar a favela? nada!
A verdade dói, mas a verdade é verdade.
Dos cinco comunistas pobres sem vergonhas de acari, quatro já morreram, eu sou o unico vivo, mas que já sofreu tres atentados e esta jurado de morte por algozes que não costuma deixar passar muito tempo sem cumprir suas sentenças de morte.
Hoje sei que já vivi o bastante uma auto-fragelada mas vital auto-critica diante da constatação wesleyana: a verdade é que nós comunistas favelados somos mesmo uns comunistas pobres-sem-vergonhas, que além do peso dos anos, temos a nos vergar o lombo o peso do fracasso de não termos feito a revolução popular comunista que nos pais e avós esperavam da gente e ainda padecer da vergonha de envelhecermos vendo o capitalismo, na sua forma mais cruel e desumana avançar favela a dentro, fazendo do tráfico de drogas, outrora, quase uma economia de subsistencia familiar comunitária, transformado no mais rentoso e lucrativo mercado capitalista neoliberal, para-formal.
CEMITÉRIO DE ELEFANTES
´
Há uns seis anos ainda havia num canto de rua de Acari, um banco de cimento onde os velhos comunistas de Acari sentavamos pra chorar nossas pitangas soviéticas. A maioria tinha o pé-de-pilão resultado de muita cachaça ou frebite fruto de muitas decepções politicas e familiares. Por isso autodenominamos o local de Cemitério de Elefantes.
A obra do Favela-Bairro derrubou o banco e o muro que havia atrás dele e que tinha inscrições de nomes de bandidos mortos, de bin laden, de saddam, de che e de maicon jequissom, que ainda não tinha morrido mas já tinha ficado branco.
Mas, nada de nomes de grandes lideres comunitários que fizeram a história da resistência popular da favela, nem muito menos, de militantes comunistas favelados como Nilton Mendonça, Milton Branco, Seu Cesário, Seu Nestor...
O que sem duvida, é mais uma prova do quanto a critica, ácida, corrosiva, mas correta do wesleey faz sentido.
Comunistas pobres favelados, somos tão sem vergonhas que, e não fizemos nada, nada pra favela,de bom, nestes ultimos trinta anos, que sequer merecemos nossos nomes rabiscados num muro de canto de favela.
Ao contrário de traficantes locais, recolucionários latinoamericanos, e terroristaas mulçumanos ex-aliados do USA e artistas negros embranquecidos.
O ultimo comunista pobre favelado sem vergonha, a morrer em Acari, morreu de desgosto, cachaça e diabétes, frustrado por não conseguir impedir, mesmo com toda sua marra de comunist revolucionário, que suas filhas e netas se tornassem esposas e viúvas de bandidos.
Com certeza essa é a maior derrota pra uma maxista leninista favelado.
Ver as mulheres de sua familia escravas, objetos sexuais. logo a gente que eramos pró-feministas, ao menos no discurso mas machistas leninistas na pratica cotidiana.

domingo, 25 de outubro de 2009

DE FEMINISTAS, ELEFANTES E OS IMPERDOAVEIS


Querida Pâmpa,
Quando penso no Imperdoável, na verdade penso naquele filme que Clint Eastwood faz um pistoleiro aposentado que aceita deixar seu rancho,sua mulher e seus dois filhos ao ser contratdo por um grupo de prostitutas que querem se vingar de um grupo de cawboys playboys que cortou o rosto de uma delas a faca.
Ele aceita receber 100 dolares, já que em más condições financeiras e leva consigo dois outros velhos pistoleiros.
Os Imperdoáveis é um grupo de velhos pistoleiros do velho Oeste vivendo num Oeste se mordenizando e mudado. São na verdade velhos fantasmas de gente do passado que não passam de espectros do que foram errando pelo presente.
Assim sou eu, não só eu, mas um bando de velhos comunistas, alguns não tão velhos ainda, mas já, tão espectros de um passado que ja devia ter sido esquecido.
Meu tío, com quem aprendi a ser comunista, dia que com sua nada sutil ironia que;
"Comunista rico é filho da puta, comunista pobre é serm-vergonha."
Na categoria comunista-rico-filho-da-puta ele incluia:
Os comunistas de classe média que são marxistas leninistas mais na retórica que na palavra e os comunistas pobres que ascenderam socialmente trabalham em empregos públicos tipo os militantes profissionais de partidos de esquerda que discutem a revolução nos bares da moda da nova lapa e apoiam a politica de segurança pública do sergio cabral. com seus pronascis e upps.
Na categoria Comunistas pobres Sem-Vergonha:
Os comunistas pobres como ele, funcionário civil da Fab ,que morreu com 76 anos entrevado numa cama, escrerozado, com uma aposentadoria de merda, enquanto seu colegas de repartição se aposentaram com polpudos beneficios. Tio Astrogildo se livrous de ser cassado mas perdeu todos seu direitos negados que foram pelo Estado Maior por ele não ter aberto mão até o fim da vida de seus prinpios marxistas.
Nesta mesma categoria ele incluia eu, e dizia, que se, depois que eu fui preso e torturado, não fizesse disso um marketing pra ganhar prestigio e posição social, ia morrer pobre como ele. Meu tio morreu sendo um velho comunista pobre e solitario, pois seus camaradas contemporánios, ou foram morrendo de bala, vicio um velhice precosce, ou enrricando e virando comunistas filhos da puta.
Eu faço parte dessa geração de comunistas pobres sem vergonhas. Tenho o azar de ser dos mais novos de minha geração e continuar vivo pra ver com tristeza e amargura os mais velhos irem morrendo de morte que mata velhos pobres, e eu ir ficando sozinho.
Não sei quantos sobreviventes perdidos nas selvas das favelas ainda há como eu, sei que não há muitos, mas sei que vivem mais ou menos como eu vivo.
Teimam em continuar militando, sem saber mais direito porque, nem pra quem, mais porque não sabem fazer outra coisa. Só que o fazer essa coisa só é possivel no meio de grupos militantes novos, de novas formas e militancia dentre os quais é meio que um E.T.

sábado, 24 de outubro de 2009

GOSTARAM DA MUDANÇA DE COR NO BLOG?

Gostaram da mudança de cor do meu blog?
Pois quem não gostou pode ir gostando.
Tá mais de ver com a "qualidade" de
minha mãe Yemanjá que manda na minha cabeça
e o manto que ela cobre cada vez mais meu coração.
O AMOR em tempos de ódio mistura o vermelho
da coragem de viver com o branco da paz
e lhe dá esse "bronzeado" rozado que ilustra me blog.
Cor de Rosa é a cor da minha bandeira de vida.
Bandeira tecida com retalhos de pela de minha
alma esfrangalhada nas pedras e nos espinhos
da minha vida quase no fim.
Gostem da cor, por favor, mesmo que
não de seu dono, minha maínha ogunté
te cobrirá de benção assim mesmo

Resposta de Pâmella

Oi Deley,


discordo de sua opinião e confesso não gostei da comparação com elefante, não só pela questão da memória, mas também estética(rsrsrs).

Feministas não são mulheres que pairam sobre a sociedade, mas mulheres comuns que todos os dias acordam e levantam para enfrentar o mundo ao seu redor, e como humanas também erram.Mais do que desejar o "perdão" de uma ou algumas feministas, você deve almejar a confiança de mulheres, sobretudo, guerreiras, e isso se faz no presente, e não no passado.
Bjs
Pâmella- Mulher, humana e feminista.

AS FEMINISTAS E OS ELEFANTES JAMAIS ESQUECEM, SÓ OS ELEFANTES PERDOAM

Se você cometer um erro, vacilar com um elefante, não importa o tempo que passar, ele nunca esquece, mas não esquece também, tudo de certo, tudo de bom que você fez a ele antes, aí ele até te perdoa, principalmente se você reconhece o erro, aceita que vacilou, se retrata, perde perdão e continua na luta, acertando, aqui e ali.

Já as feministas, tal como os elefantes, nunca esquecem, mas, ao contrário dos elefantes, se você cometer um erro, vacilar, ser machista, seja com uma delas, jamais perdoam, e esquecem tudo que você já fez de certo, tudo que você fez de bom durante toda uma história de vida em prol da causa feminista... mesmo que você reconhece o erro, aceita encarar um tribunal feminista sumário, se retrata pede perdão, e segue sua historia de vida, lutando em prol das mulheres.

As feministas como os elefantes, jamais esquecem, mas só os elefantes perdoam.

Há um tempo atrás, passado, nem tanto passado assim, cometi, ato de machismo contra uma companheira feminista, fui denunciado, inquirido por um tribunal faminista, reconheci meu erro, pedi desculpas, me retratei por escrito, fui "explanado" publicamente no movimento como machista e assediador sexual... mas nunca soube do veredicto, da sentença, nunca, nem verbal nem por escrito jamais, o tribunal sumário, me disse qualquer coisa a serca da minha sentença...

Mas a julgar pela explanação publica a que fui submetido, por só já foi um condenação um uma evidência de não haver perdão, pra ato de machismo como o meu, mesmo que antes e depois do ato, haja todo uma historia de bem e de bom com as mulheres.

Pras feministas, muito mais do que pra qualquer outro grupo social em luta pela liberdade, o que você faz uma delas, é como se voce fizesse a todas.
o que voce fez a uma, a todo momento. que for oportuno todas lembrarão
e cobrarão de você ela, por todas.

Como racismo, sexismo, machismo são crimes contra humanidade, você passa e ser um algoz da humanidade inteira e vai passar a vida inteira sendo tratado assim, mesmo que seu ato "criminoso" tenha sido apenas um momento "desumano" e meio mais de meio século de vida de profunda e positiva e virtuosa humanidade.

Me lembrei disso hoje ao abrir um velha agenda e descobrir que foi exatamente na data de hoje, 4 anos atrás que fui inquerido pela e julgado tribunal popular feminista.

As feministas e os elefantes jamais esquecem, só os elefantes perdoam.
Mas os imperdoaveis também nunca esquecem que jamais serão perdoados
e sempre se sentirão como os imperdoaveis se sentem, principalmente
quando sabem que sinceramente merecem perdão.

Deley de Acari

AS FEMINISTAS E OS ELEFANTES NUNA ESQUECEM, SÓ OS ELEFANTES PERDOAM!

Minha querida,

Tudo bem: Mudo de elefante para golfinho que é um animal tão gracioso e tem memória tão prodigiosa quanto.
No caso de almejar perdão nunca almejei porque sei que as faministas jamais perdoam mesmo. Todo homem que comete um ato de machismo, seja leve o grave, voces marcam a ferro e fogo com um M na testa. É uma marca invisivel que só as feministas veem mas que estigmatizam o homem pra sempre onde quer que ele vá ele o que quer que faça.

No caso de conquistar confiança das mulheres no presente... depois de cinco ameaças de morte e 3 atentados a bala contra minha vida em menos de dois anos, tenho feito tudo pra,antes de tudo reconquistar a confiança de que vou estar vivo ainda até o fim do ano. já me acostumei a pensar e medir o tempo de meu presente com uma espectativa de vida de uma abelha ou mosca, ou de um doente terminal,me falta tempo para de vida para esperar a conquistar a confiança de alguem, seja homem ou mulher.



De resto,no que conserne ao Tribunal Popular Feminista Socialista a que fui submetido só esperava mesmo do Núcleo de Mulheres do PSOL, a mesma atitude de militante comunista revolucionario que tive para com elas:
Mesmo não sendo filiado ao PSOL acatei a convocação do Núcleo, na diciplina ouvi as acusações verbais, reconheci meu erro, fiz a auto-critica, tanto verbalmente quanto por escrito.
Mesmo tendo sido revolucionariamente correto, não esperava que tivessem para comigo,como não tiveram, nenhuma consideração e respeito por minha longa história de vida, tanto pelas causas revolucionarias, como pela causa do feminismo socialista ser desculpado e reabilitado, pois sei que as feministas jamais perdoam.

Só esperava mesmo a atitude e correção que se espera de um ou uma revolucionaria de verdade: comunicar a mim, antes do escracho e do linchamento publico, a minha sentença de condenação.

Esperava, não espero mais... já passou muito tempo e nem mesmo o luxo de esperar qualquer coisa na minha vida,além do alivio e da efêmera alegria de acordar vivo no outro dia, após uma operação policial na favela.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Dalila, muié txumbin parte 4

Cajazeiras: E AÍ gostou?

Dalila: Bom. né? fala tudo mesmo como aconteceu. Depois vou agradecer a ele.

Cajazeiras: E teu filho?

Dalila: Tá bem agora... mas não tá mais na favela não... se ficar né... eles quebram...

Cajazeiras: Mas ele não tinha envolvimento com nada...

Dalila: Mas é testemunha... a mãe de um dos meninos deu queixa noa direitos humanos.

Cajazeiras: Voce ve ele?

Dalila: Vou ver amanhã. mas tenho que sair no sapatinho... já me seguiram uma vez e quase pegaram ele. Agora tomo maior cuidado. Quero meu filho vivo. Já basta ser mulher chumbinho de marido... de filho... prefiro morrer antes. Os filhos nasceram pra carregar o caixão da mãe e não as mães carregarem o caixão dos filhos.

Dalila, Muié Txumbin, parte 3


Ninguém acreditava que Vitinho era filho de Dalila. Quando os dois estavam juntos e ele a apresentava como sua mãe... Sua mãe? parece sua irmã...
E parecia mesmo Dalila teve
Vitinho com 15 anos de idade. Ele ia fazer 15 anos e ela, 30.
Vitinho era filho do seu primeiro namorido. Depois teve duas filhas, uma de cada marido.
Seus
tres maridos, o pai de Vitinho morreu de acidente de trabalho numa fabrica, os outros dois na vida do crime, mesmo. Ser viúva tres vezes na favela, fez Dalila uma muié txumbim... muié txumbim, comeu morreu.
Quando lhe avisaram que
vitinho havia sedo preso ela pensou logo nos seus maridos mortos. Ela os amou a todos tres, um de um jeito, outro de outro, um mais outro menos, mas amou a todos.Não pode impedir que morressenm como morreram. Mas, agora o unico homem que passou a dedicar seu amor, mesmo que amor de mãe... se seu filho for morto pelos policias?... Ser muié txumbim de marido?... já se conformara e até brinca também e aceita a zoação. Mas ser muié, mãe txumbim?... isso nunca... preferiveu morrer. Pegou a carteira de identidade a carteira de federado de vitinho na muchila dele e saiu pra rua.

Dalila bateu com o punho fechado com força na porta de aço. Esperou
anciosa a portinhola se abrir. Durante os seculos de segundos que esperava na sua mente atormentada passou um filme de quantos vezes bateu assim na porta da carceragem da 39° DP até que se abrisse. Nem bem a portinhola da porta de ferro foi aberta Dalila mostrou a foto da carteira profissional pro pila que olhava pra fora:
Dalila- Moço, esse menino
taí com voces?
Pila- É seu filho?... tá com a gente não!
Dalila- Mas um
mennino do radinho falou que voces prenderam ele com dois outros garotos...
Pila- Não foi a gente não mãe.
Dalila- Mas o menino do
radinho diz que viu...
Pila- O dona... tá duvidando da policia? vai acreditar nos bandidos?
Dalila- O moço... ele é trabalhador... ó só: mostra a folha da carteira
profissional com o carimbo da firma.
Pila- Se ele é trabalhador tá tudo bem, quem não deve não teme, faz o seguinte vai pra casa que a gente vai fazer
contato com os colegas que estão no outro lado da favela... ve se ele tá lá com eles.
Dalila foi pra casa. ao sair da rua principal e entrar no beco do
arrego encontroo de novo o menino do radinho.
Dalila- Qual é
menó... meu filho num tá nada com os policias.
Menó- Tá sim dona dalila e rodou logo que os policia entraram na favela atirando. ele parou os pila sairam do caveirão guindaram ele e jogaram pra dentro já cubrindo ele de porrada.
Dalila- Mas os policia não invadiram sete hora da manhã?
Menó- Tá vendo?
Dalila- São 11:30h... tem mais de quatro hora que meu filho tá sumido. Vou voltar lá agora mesmo, ele vão ter que abrir a porta pra eu ver se ele está lá dentro.
Dalila chegou mas só tinha uma viatura com um policia do lado de fora com uma lata de cerveja na mão.
Dalila ficou desesperada- moço
cade o...
Policia- O blindado? foi pro hospital levar uns vagabundos feridos...
Quando Dalila chegou ao hospital o
caveirão já tinha voltado pra favela de volta ao combate.
Falou com o guarda de segurança e este apontou pra porta de
emergencia logo no corredor viu seu filho na maca seminconciente com o rosto todo inchado, sem camisa com marca de botas no peito ao seu lado dois corpos um com um dos braços amputados provavelmente por um tiro de fuzil, outro de bruços, com um ferida de bala na coxa direita e um filete de sangue minando de buraco na nunca.
O coração de Dalila disparou e ela começou a chorar. temeu que seu filho tivesse morto.
Correu pra maca e o abraçou. sentiu uma mão pesada no ombro levantou-se e olhou com ódio na cara do policia que a tocou. Tremeu quando reconheceu os olhos olhos do policia que a atendera da portinhola da porta de aço.
Policia- Tudo bem dona... seu filho tá desacordado mas tá vivo, não corre risco de morte, daqui a pouco os
medicos vão atender ele.
Dalila- E outros meninos?
Policia- Dona... infelizmente... sentaram o dedo na gente... a gente só se defendeu
Dalila- Mas... (na hora que ia contestar seu filho despertou e tentou se mexer. a ponta afiada de uma costela quebrada deu-lhe uma espetada no pulmão e ele gritou de dor. O grito do rapaz chamou a atenção de dois
medicos que o levaram pra sala de cirurgia)
Policia- Dona... é seguinte, vou dar o papo
reto para senhora, na viatura lá fora, tem um fuzil, duas pistolas e um quilo e meio de pasta de cocaina pura que a gente pegou com esses vagabundos aí. A senhora diz que seu filho é trabalhador mostrou a carteira assinada e tudo. Mas que vai provar que ele nas horas de folga, não faz um trabalho extra na boca? que esse fragrante não é dele tambem?
Dalila- Não, meu filho não!...
Policia- Então, eu acredito na senhora, tudo bem, mas a gente vai
sar daqui e vai ter que registrar auto-de- resistencia na delegacia e, a senhora sabe, ? sei lá se o delegado vai acreditar?... Olha, vou fazer o seguinte? tá certro que seu filho é trabalhador, mas ele ficou cheio de marra dentro do caveirão e a gente teve que dar uma amansada nele?
Dalila- Amansada?
voces passaram mais de quatro horas torturando meu filho dentro daquele negocio...
Policia- Torturando não dona, a gente só deu um
corretivo...
Apareceram mais dois policiais, um deles um jovem tenente.
Tenente- Então sargento? conversou com a mãe do rapaz?
Já falei pro medico e pro policial de plantão que encontramos ele na avenida
brasil caido ao lado de uma moto. ele deve ter derrapado e se capacete machucou o rosto e quebrou a costela.
Dalila- A moço, eu só quero meu filho vivo.
Policia-Então dona, tá tranquilo então?
Tenente- Seu
fillho tá sendo operado só pra botar umas tres costelas no lugar. logo,logo tá bom de novo. Vamo lá sargento, temo que voltar pra favela... antes temos que registrar o auto- de-resitencia na delegacia.
Policia- Boa tarde dona, logo que seu filho acordar da anestesia a senhora da um papo
retoxinovar a gente. vamos ver se ele é tão sujeito home como a gente tá sendo com ele.
Os policiais saem e Dalila fica olhando pro corpos dos rapazes mortos. Como é que eu vou falar pra mãe deles que eles tão mortos, que morreram trocando tiros com os policia?
Todo mundo na entrada da favela viu, até as crianças que
im pra escola viram eles entrarem mancando no caveirão... mancando com a perna sangrando mais andando. Como é que tão agora com tiro na nuca?
Um dos
medicos que entraram com seu filho no centro cirurgico passa de volta.
Dalila- Doutor... meu filho.
Médico- Aquele rapaz com calção do
botafogo? já tá acordando, vai ficar uns dois dias internanado. depois a senhora pode levar ele pra casa.
Dalila, só então sentou-se no banco, botou a cabeça entre os braços e
começoou a soluçar baixinho. Lembrou que fez isso varias vezes no banco banco da sala de espera de 39ª DP
Mas agora a policia não precisa mais ter o trabalho de levar pra cadeia pra torturar e matar. O
caveirão é um sela ambulante, uma camâra de tortura ambulante, uma camara de execução sumária ambulante... Deve ser isso que o governador chama de modernização da policia... nele. vamos ver se ele não vai enquanto seu marido era torturado na sela, sem ela saber.

Dalila, Muíé Txumbin parte 2



Cajazeiras: Muié Txumbin?... Txumbin ou chumbinho?...


Dalila: O certo é chumbinho mesmo, mas aqui na favela parece que todo mundo tem a lingua presa igual o Romario. Daí falam Txumbin...

Cajazeiras: E porque Txumbin?

Dalila: Voces sabem o que chumbinho, é? aquele remédio de matar rato? comeu morreu?
Muié txumbin é a mina viúva de dois tres "meninos"... tem mina de 15 aninho que já matou até
cinco. Dizem que essas minas tem a xota amalidiçoada.

Cajazeiras: Xeréca Assassina é a mesma coisa?

Dalila: é! mas é escrotão esse nome, né?

Cajazeiras: Voce gosta de ser chamada muié txumbin?

Dalila: gostar não gosto... mas já me acotumei...

Cajazeiras: Voce é txumbin porque?

Dalila: Matei tres maridos

Cajazeiras: Eles eram bandidos?

Dalila: Dois primeiros maridos eram. O ultimo não. O ultimo era presidente da associação de moradores e foi morto porque denunciou uns pilas que queriam botar milicia na favela.

Cajazeiras: Vamos falar do teu filho?

Dalila: É!... Vamos né? tem outro jeito?

Cajazeiras: Se voce não quiser... é dificil?...

Dalila: Dificil é... mas... ah! melhor falar. né? pode ajudar proteger ele o pessoal do saberem a verdade verdadeira.

Cajazeiras: Voce leu um texto que um poeta daqui escreveu sobre voce e seu filho?

Dalila: Me falaram... mas eu quase não consigo ver esse negocio de internet...

Cajazeiras: A gente tem aqui... vou ler pra voce... ve se voce gosta...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

As Irmãs Cajazeiras direto de Nikiti fazem uma entrevista de ficção com Dalila, Muié Txumbin

Somos as genéricas das Irmãs Cajazeiras e estamos aqui em Acari pra falar com Dalila.
Tal como os tres mosqueteitos, na verdade somos quatro: ´Fa, Dri, Kal e Melzinha que seria a d'artamham... quarta mosqueteira.
Cajazeiras: Estamos aqui em Acari pra falar com D. Dalila. Ela teve seu filho baleado enfrentou o Caveirão pra salvar a vida dele. Agora parece que ele esta bem e em lugar seguro. Vamos saber mais detalhes deste caso e também conhecer um pouco da vida dessa mulher da favelade Acari.
Então, Dalila ou dona dalila?
Dalila: Dalila, dádá, dadazinha... menos dona. Só tenho trintinha ponto zero.
Sou novinha, tá vendo não?
Cajazeiras: Então? por onde quer começar?
Dalila: Sei lá,ué? Tu que tá fazendo a entrevista. Só não pergunta coisa dificil que as 10 da manhã pramim ainda é de madrugada e eu fico lerdinha, lerdinha! Vamos começar com coisa menos triste?... mais leve então?
Cajazeiras: Então tá: que tal começar pelo seu nome então? Dalila... que escolheu?
Dalila: Isso é começar pegando leve? quando for pro pesado, então.. fudeu!
Cajazeiras: Quer mudar então?
Dalila: Não... tá bom vamos começar por meu nome mesmo. Foi minha vó , mãe da minha mãe que escolheu ele. Pra dizer a verdade era pra ser o nome da minha mãe mas minha outra vó mãe do meu pai não deixou porque ela é evangelica e dizia que Dalila é nome de mulher traidora...
Cajazeiras: A que traiu Sansão na Biblia...
Dalila: É isso, éssa parada! Mas minha vó mãe da minha mãe é do candomblé e do movimento negro é diziaque dalila era uma horoina negra... bom quando eu nasci a mãe domeu pai tinha ido passar um fim de semana subindo o monte com os irmãos da igreja a mãe da minha mãe dwu um porre de contini no meu pai e acompanhou ele no cartória pra me registrar. Foi isso, tá eu, trinta aninho corpinho de 15. Amaldiçoada pela vó crente e abençoada pela vó curimbeira.

JORNALISTAS A FAVOR DAS COTAS???

Depois de ter postado o texto anterior ouvi Ricardo Borchat, a radio band dizer que ele, zuanir ventura, mirian leitão e acelmo gois são a favor das cotas.
Ele tava entrevistando Carlos Alberto Medeiros, coordenador especial de politicas raciais dw prefeitura do rio. CAM questionava o espaço que a midia tá dando a quem e contra a cotas.
Foi aí que Borchat se posicionou. Mas não explicou porque tanto ele quanto ancelmo que são jornalistas de peso em seus veículos não conseguem gaarantir "igualdade" de espaço e tempo pra que é a favor das cotas.
Mas vale ouvir o programa. Borchat é bom jornalista.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

QUANDO A IDÉIA DE RAÇA CONVEM AOS BRANCOS



Durante séculos a idéia de raça serviu a burguesia branca pra dominar, explorar e escravisar não brancos. Ao ter a “boa” idéia de inventar as vermelha, negra e amarela “dialéticamente” inventou sua própria raça, a branca.
Valendo-se das pesquisas e conhecimentos “cientifico” de seus cientistas que validaram cientificamente a superioridade de uma raça sobre a outra a burguesia branca justificou e justifica até hoje a dominação, a exploração a escravidão e o genocídio de bilhões de não brancos.
A burguesia branca sempre teve a seu serviço cientistas e intelectuais pra validar o racismo, a dominação capitalista. A cada época a burguesia criou seus próprios cientistas e intelectuais, frankisteins fabricados de a acordo á cada época.
É de acordo com os atual interesse de perpetuar a dominação, a exploração e revitalizar a escravidão capitalista que a burguesia fabricou cientistas e intelectuais como Ivone Maggye e Demétrio Magnoli que estão firmemeente empenhados em desinventar as raças que seus predecessores iventaram.
No que as vitimas da idéia de raça passamos a usar a idéia de raça pra nossas ações afirmativas e movimento de reparações pra resgatar o que o branco nos roubou durante séculos e burguesia branca se apressa a dar aos seus cientistas e intelectuais de plantão a missão de negar a existência de raça. Não havendo raça, não a como provar o racismo nem como crime pessoal, nem como crime contra a humanidade.
Muito menos a obrigação de por bem ou por mal, na paz ou na porrada, devolver aos não brancos tudo que o branco nos roubou, material, cultural e esperitualmente.
Para validar ainda mais a idéia de não existência de raça, divulgando-a e massificando na cabeça do povo brasileiro, inclusive do negro, a burguesia branca vale-se de seus mídiadores de maior credibilidade como Jô Soares, Ali Kamel, Ricardo Boerchat e Asselmo Goes.
Estes são “encarreados” de dar voz e credito aos demetrios Magnoli e ivones maggyes d’agora.
O parodoxal nisso tudo é que mesmo agora, em pleno processo de negação da raça, as vezes a idéia de existência de raça convem pra, por exemplo vender o corpo de mulheres negras, no mercado do sexo.
Leiam isso:
MISTURA E MANDA.
Por ancelmo Góis
Juliana Alves, lindesa em forma de mulher, e produto da evolução da espécie. É o final feliz de uma historia que começa há exatos 500 anos, quando o navegante português Diogo Alvares Correia, o Caramuru, naufragou nas costa baiana e casou com a índia Paraguaçu, dando inicio ao processo de miscigenação entre raças no Brasil.
A raça foi enobrecida entre os séculos 16 e 19 com a chegada dos africanos.
Mistura pra lá, mistura pra cá... produziu essa supermulata cheia de graça que ainda por cima é atriz, bailarina. Estudou psiclogia na UERJ, militou e na ong Crioula. Benza, Deus!
(Acelmo Gois é presidente da OAJA.
(Ordem dos Admiradores de Juliana Alves)
Como muitos senhores de engenho, acrescento eu.