sábado, 11 de julho de 2009
DALILA, MUIÉ TXUMBIM
Estudo para um peça de teatro.
Podem cometar de dar pitaco por favor!
Título:Dalila, Muié, Txumbim
Capítulo I
Ninguém acreditava que Vitinho era filho de Dalila. Quando os dois estavam juntos e ele a apresentava como sua mãe... Sua mãe? parece sua irmã...
E parecia mesmo Dalila teve Vitinho com 15 anos de idade. Ele ia fazer 15 anos e ela, 30.
Vitinho era filho do seu primeiro namorido. Depois teve duas filhas, uma de cada marido.
Seus tres maridos, o pai de Vitinho morreu de acidente de trabalho numa fabrica, os outros dois na vida do crime, mesmo. Ser viúva tres vezes na favela, fez Dalila uma muié txumbim... muié txumbim, comeu morreu.
Quando lhe avisaram que vitinho havia sedo preso ela pensou logo nos seus maridos mortos. Ela os amou a todos tres, um de um jeito, outro de outro, um mais outro menos, mas amou a todos.Não pode impedir que morressenm como morreram. Mas, agora o unico homem que passou a dedicar seu amor, mesmo que amor de mãe... se seu filho for morto pelos policias?... Ser muié txumbim de marido?... já se conformara e até brinca também e aceita a zoação. Mas ser muié, mãe txumbim?... isso nunca... preferiveu morrer. Pegou a carteira de identidade a carteira de federado de vitinho na muchila dele e saiu pra rua.
Dalila bateu com o punho fechado com força na porta de aço. Esperou anciosa a portinhola se abrir. Durante os seculos de segundos que esperava na sua mente atormentada passou um filme de quantos vezes bateu assim na porta da carceragem da 39° DP até que se abrisse. Nem bem a portinhola da porta de ferro foi aberta Dalila mostrou a foto da carteira profissional pro pila que olhava pra fora:
Dalila- Moço, esse menino taí com voces?
Pila- É seu filho?... tá com a gente não!
Dalila- Mas um mennino do radinho falou que voces prenderam ele com dois outros garotos...
Pila- Não foi a gente não mãe.
Dalila- Mas o menino do radinho diz que viu...
Pila- O dona... tá duvidando da policia? vai acreditar nos bandidos?
Dalila- O moço... ele é trabalhador... ó só: mostra a folha da carteira profissional com o carimbo da firma.
Pila- Se ele é trabalhador tá tudo bem, quem não deve não teme, faz o seguinte vai pra casa que a gente vai fazer contato com os colegas que estão no outro lado da favela... ve se ele tá lá com eles.
Dalila foi pra casa. ao sair da rua principal e entrar no beco do arrego encontroo de novo o menino do radinho.
Dalila- Qual é menó... meu filho num tá nada com os policias.
Menó- Tá sim dona dalila e rodou logo que os policia entraram na favela atirando. ele parou os pila sairam do caveirão guindaram ele e jogaram pra dentro já cubrindo ele de porrada.
Dalila- Mas os policia não invadiram sete hora da manhã?
Menó- Tá vendo?
Dalila- São 11:30h... tem mais de quatro hora que meu filho tá sumido. Vou voltar lá agora mesmo, ele vão ter que abrir a porta pra eu ver se ele está lá dentro.
Dalila chegou mas só tinha uma viatura com um policia do lado de fora com uma lata de cerveja na mão.
Dalila ficou desesperada- moço cade o...
Policia- O blindado? foi pro hospital levar uns vagabundos feridos...
Quando Dalila chegou ao hospital o caveirão já tinha voltado pra favela de volta ao combate.
Falou com o guarda de segurança e este apontou pra porta de emergencia logo no corredor viu seu filho na maca seminconciente com o rosto todo inchado, sem camisa com marca de botas no peito ao seu lado dois corpos um com um dos braços amputados provavelmente por um tiro de fuzil, outro de bruços, com um ferida de bala na coxa direita e um filete de sangue minando de buraco na nunca.
O coração de Dalila disparou e ela começou a chorar. temeu que seu filho tivesse morto.
Correu pra maca e o abraçou. sentiu uma mão pesada no ombro levantou-se e olhou com ódio na cara do policia que a tocou. Tremeu quando reconheceu os olhos olhos do policia que a atendera da portinhola da porta de aço.
Policia- Tudo bem dona... seu filho tá desacordado mas tá vivo, não corre risco de morte, daqui a pouco os medicos vão atender ele.
Dalila- E outros meninos?
Policia- Dona... infelizmente... sentaram o dedo na gente... a gente só se defendeu
Dalila- Mas... (na hora que ia contestar seu filho despertou e tentou se mexer. a ponta afiada de uma costela quebrada deu-lhe uma espetada no pulmão e ele gritou de dor. O grito do rapaz chamou a atenção de dois medicos que o levaram pra sala de cirurgia)
Policia- Dona... é seguinte, vou dar o papo reto para senhora, na viatura lá fora, tem um fuzil, duas pistolas e um quilo e meio de pasta de cocaina pura que a gente pegou com esses vagabundos aí. A senhora diz que seu filho é trabalhador mostrou a carteira assinada e tudo. Mas que vai provar que ele nas horas de folga, não faz um trabalho extra na boca? que esse fragrante não é dele tambem?
Dalila- Não, meu filho não!...
Policia- Então, eu acredito na senhora, tudo bem, mas a gente vai sar daqui e vai ter que registrar auto-de- resistencia na delegacia e, a senhora sabe, né? sei lá se o delegado vai acreditar?... Olha, vou fazer o seguinte? tá certro que seu filho é trabalhador, mas ele ficou cheio de marra dentro do caveirão e a gente teve que dar uma amansada nele?
Dalila- Amansada? voces passaram mais de quatro horas torturando meu filho dentro daquele negocio...
Policia- Torturando não dona, a gente só deu um corretivo...
Apareceram mais dois policiais, um deles um jovem tenente.
Tenente- Então sargento? conversou com a mãe do rapaz?
Já falei pro medico e pro policial de plantão que encontramos ele na avenida brasil caido ao lado de uma moto. ele deve ter derrapado e se capacete machucou o rosto e quebrou a costela.
Dalila- A moço, eu só quero meu filho vivo.
Policia-Então dona, tá tranquilo então?
Tenente- Seu fillho tá sendo operado só pra botar umas tres costelas no lugar. logo,logo tá bom de novo. Vamo lá sargento, temo que voltar pra favela... antes temos que registrar o auto- de-resitencia na delegacia.
Policia- Boa tarde dona, logo que seu filho acordar da anestesia a senhora da um papo retoxinovar a gente. vamos ver se ele é tão sujeito home como a gente tá sendo com ele.
Os policiais saem e Dalila fica olhando pro corpos dos rapazes mortos. Como é que eu vou falar pra mãe deles que eles tão mortos, que morreram trocando tiros com os policia?
Todo mundo na entrada da favela viu, até as crianças que im pra escola viram eles entrarem mancando no caveirão... mancando com a perna sangrando mais andando. Como é que tão agora com tiro na nuca?
Um dos medicos que entraram com seu filho no centro cirurgico passa de volta.
Dalila- Doutor... meu filho.
Médico- Aquele rapaz com calção do botafogo? já tá acordando, vai ficar uns dois dias internanado. depois a senhora pode levar ele pra casa.
Dalila, só então sentou-se no banco, botou a cabeça entre os braços e começoou a soluçar baixinho. Lembrou que fez isso varias vezes no banco banco da sala de espera de 39ª DP
Mas agora a policia não precisa mais ter o trabalho de levar pra cadeia pra torturar e matar. O caveirão é um sela ambulante, uma camâra de tortura ambulante, uma camara de execução sumária ambulante... Deve ser isso que o governador chama de modernização da policia... nele. vamos ver se ele não vai enquanto seu marido era torturado na sela, sem ela saber.
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