Domingo passado, dia das mães, visitei minha tia e reencontrei um antiga namorada, feminista das antigas.
Ele, embora feminista das aintigas, se decepicionou comigo e com meu jeito livre e tão pouco machista-leninista, pra época, há uns vinte anos atrás. Então terminou a faculdade e mudou pra Sampa.
Os poemas que se seguem foram escritos durante os oito meses em que namoramos.
O ultimo poema, “EU QUANTO A VOCE” foi escrito no meio baixo astral em que fiquei depois que ela foi embora. Eu o enviei á por carta, e ela nunca respondeu.Quer dizer, respondeu, neste domingo, vinte anos depois. Conversamos um pouco sobre a vida, sobre o que andamos fazendo agora, das nossas vidas e ela me disse: Já vi que você não mudou nada. Eu também não mudei. Nosso amor não ia dar certo, não é mesmo?
Na pergunta dela, esta a própria resposta.
OGUNTÉ
Ele, embora feminista das aintigas, se decepicionou comigo e com meu jeito livre e tão pouco machista-leninista, pra época, há uns vinte anos atrás. Então terminou a faculdade e mudou pra Sampa.
Os poemas que se seguem foram escritos durante os oito meses em que namoramos.
O ultimo poema, “EU QUANTO A VOCE” foi escrito no meio baixo astral em que fiquei depois que ela foi embora. Eu o enviei á por carta, e ela nunca respondeu.Quer dizer, respondeu, neste domingo, vinte anos depois. Conversamos um pouco sobre a vida, sobre o que andamos fazendo agora, das nossas vidas e ela me disse: Já vi que você não mudou nada. Eu também não mudei. Nosso amor não ia dar certo, não é mesmo?
Na pergunta dela, esta a própria resposta.
OGUNTÉ
Impulsiva
Estrela
Marinha
Ardente
Natureza
Justiceira
Amante.
Deley de Acari
MARAVILHOSA
Maravilhosa,você dorme!
sua cabeça carapinha pousada
sobre meu peito de poeta.
Gotas de suór e húmus te molham
a vúlva, reluzem em seu púbis
feito microestrelas que me
embebem os lábios embriagando
minha alma quando faço cafuné
de língua em seu cólo uterino.
Maravilhosa,você dorme!
Seu coração pulsa e tamborila
feito marimba cálida, sua respiração
melodiosa me inspira
como um calímba no cío.
Marevilhosa,você dorme!
Seus seios fartos(de Yabá)
roçam o céu de meus sonhos
como liláses cúmes.
Maravilhosa,você dorme!
Te ver dormir me fascina...
És a prova mais verdadeira
que Deus existe,embora não
acredite Nele.
Nem devo temer,venerar ou
amar a Ele...
Mas sim adorar,amar e
desejar descaramente
somente as DEUSAS!
Maravilhosa,você dorme!
A lua vem lésbicamente
á janela do quarto admirar
sua beleza negra donde
os Orixás escolheram a cor
para abonitar a noite que
era feia por se incolor.
Maravilhosa,voce dorme!
E me abraça e enlaça em
me envolve na paz do seu sono
como um menino em seus braços
me sinto protegido e acolheido.
Sei-me assim nos braços de
Mãe Oxum...que me fez então
libérto da sína do machismo
e a ser como sou agora
e daqui pra sempre...irmão,
amigo,amante,amado,
simplesmente homem!
Deley de Acari
POEMA ORAL
O fogo de teus lábios
tua língua me lambendo feito labareda
o meu sabor, o meu cheiro, o sentir
do meu grelo, veludo-rubi
num suave entumescer dentre
a selva de meu púbis.
E ao mais remoto dos cantos
dos meus cantos vaginais
o teu sugar do par de pares
dos meus lábios molhados
e temperados de suor e sais
docicados pelo mel viscoso
e cristalino do meu gozo que
vem enunciado em sinfônicos ais.
É meu orgasmo, como uma
estrela nova explodindo
reluzente, quescente e rubra
numa galáxia dentre minhas coxas
plasmando raios líquidos
no sequioso céu de tua boca
acredoçando tua neve-língua
que colhe das encostas
do meu monte de Vênus
as gotas densas e lactivas
de minhas celestes seivas transbordantes.
E depois deste êxtase
Ah! Amor, outro êxtase
todo meu universo-mulher
continuando num clímax único
com meu eu-mulher mergulhado
no profundo tesão de se sentir
plena fêmea no sublime
e infinito gozo de um
alucinante repouso cósmico.
O fogo de teus lábios
tua língua me lambendo feito labareda
o meu sabor, o meu cheiro, o sentir
do meu grelo, veludo-rubi
num suave entumescer dentre
a selva de meu púbis.
E ao mais remoto dos cantos
dos meus cantos vaginais
o teu sugar do par de pares
dos meus lábios molhados
e temperados de suor e sais
docicados pelo mel viscoso
e cristalino do meu gozo que
vem enunciado em sinfônicos ais.
É meu orgasmo, como uma
estrela nova explodindo
reluzente, quescente e rubra
numa galáxia dentre minhas coxas
plasmando raios líquidos
no sequioso céu de tua boca
acredoçando tua neve-língua
que colhe das encostas
do meu monte de Vênus
as gotas densas e lactivas
de minhas celestes seivas transbordantes.
E depois deste êxtase
Ah! Amor, outro êxtase
todo meu universo-mulher
continuando num clímax único
com meu eu-mulher mergulhado
no profundo tesão de se sentir
plena fêmea no sublime
e infinito gozo de um
alucinante repouso cósmico.
AMAZONA NEGRA
Quando te cavalgo
sou amazona selvagem
que te tendo, te deixa ser
meu carapinha, te lanhando
peito e rosto, não é chicote.
É do Cometa-Amor
que existe em mim
negras, reluzentes
caldas múltiplas que
orvalham meu
suor acre-salgado
embebendo teus
lábios de meu sumo.
Suor-bálsamo que lene,
das feridas de me amar
que se abrem em ti,
a dor com o prazer
que o me sorver te alucina.
Do ir e vir
do sexo no sexo
nosso ir e vir
é nosso ir.
Para o êxtase da chegada
não somos
cavalo e Amazona
mas sim um só caminho.
Quando erupe o vulcão
que é o nosso amor
esvai-se por minha garganta
peluda em carne viva
nossas lavas flamejantes
calcinando nossos ventres
e nossas coxas.
Descansamos do descanso
que é fazer amor
quando se ama.
Na esteira, semi-inconsciente,
nem somos neste momento,
um e outro, macho e fêmea
nem sentimos um e outro
homem e mulher...
De tanto nos sentirmos
sentirmos e sermos
Um e outro ao mesmo tempo.
Ainda embriagados de orgasmo,
ansiados nos esperançamos
que esta ao mesmo tempo
esta embriaguez divina
SEJA SEMPRE.
Deley de Acary
EU, QUANTO A VOCÊ
Queria-me forte
encontrou-me tão frágil
quanto a você
Queria-me distante
encontrou-me tão atencioso
quanto a você
Queria-me rude
encontrou-me tão afável
quanto a você
Queria-me impessoal
encontrou-me tão sensível
quanto a você
Queria-me racional
encontrou-me tão emocional
quanto a você
Queria-me equilibrado
encontrou-me tão impulsivo
impulsivo
quanto a você
Queria-me seguro
encontrou-me tão incerto
quanto a você
Queria-me corajoso
encontrou-me tão intimidado
quanto a você
Queria-me garanhão
encontrou-me tão amante
quanto a você
Queria-me macho
encontrou-me tão humano
quanto a você
Queria-me opressor
encontrou-me tão precisado de liberdade
quanto a você
Queria-me branco, frio, negro quente
encontrou-me mestiço terno
quanto a você
Queria-me inimigo e algoz
encontrou-me tão precisado
de amizade e companheirismo
quanto a você
Queria-me machão
encontrou-me tão simples homem
para você
Achou-me então tão assim “homossexual”
decepcionada foi embora...
E eu fiquei aqui tão só
sofrido, atordoado, sem saber o que faço
com minha pura natureza humana
que você achou ser feminilidade...
ou falta de masculinidade.
Quando te cavalgo
sou amazona selvagem
que te tendo, te deixa ser
meu carapinha, te lanhando
peito e rosto, não é chicote.
É do Cometa-Amor
que existe em mim
negras, reluzentes
caldas múltiplas que
orvalham meu
suor acre-salgado
embebendo teus
lábios de meu sumo.
Suor-bálsamo que lene,
das feridas de me amar
que se abrem em ti,
a dor com o prazer
que o me sorver te alucina.
Do ir e vir
do sexo no sexo
nosso ir e vir
é nosso ir.
Para o êxtase da chegada
não somos
cavalo e Amazona
mas sim um só caminho.
Quando erupe o vulcão
que é o nosso amor
esvai-se por minha garganta
peluda em carne viva
nossas lavas flamejantes
calcinando nossos ventres
e nossas coxas.
Descansamos do descanso
que é fazer amor
quando se ama.
Na esteira, semi-inconsciente,
nem somos neste momento,
um e outro, macho e fêmea
nem sentimos um e outro
homem e mulher...
De tanto nos sentirmos
sentirmos e sermos
Um e outro ao mesmo tempo.
Ainda embriagados de orgasmo,
ansiados nos esperançamos
que esta ao mesmo tempo
esta embriaguez divina
SEJA SEMPRE.
Deley de Acary
EU, QUANTO A VOCÊ
Queria-me forte
encontrou-me tão frágil
quanto a você
Queria-me distante
encontrou-me tão atencioso
quanto a você
Queria-me rude
encontrou-me tão afável
quanto a você
Queria-me impessoal
encontrou-me tão sensível
quanto a você
Queria-me racional
encontrou-me tão emocional
quanto a você
Queria-me equilibrado
encontrou-me tão impulsivo
impulsivo
quanto a você
Queria-me seguro
encontrou-me tão incerto
quanto a você
Queria-me corajoso
encontrou-me tão intimidado
quanto a você
Queria-me garanhão
encontrou-me tão amante
quanto a você
Queria-me macho
encontrou-me tão humano
quanto a você
Queria-me opressor
encontrou-me tão precisado de liberdade
quanto a você
Queria-me branco, frio, negro quente
encontrou-me mestiço terno
quanto a você
Queria-me inimigo e algoz
encontrou-me tão precisado
de amizade e companheirismo
quanto a você
Queria-me machão
encontrou-me tão simples homem
para você
Achou-me então tão assim “homossexual”
decepcionada foi embora...
E eu fiquei aqui tão só
sofrido, atordoado, sem saber o que faço
com minha pura natureza humana
que você achou ser feminilidade...
ou falta de masculinidade.
sabe poeta, viver é uma puta ousadia... aqui do além virtual, o alhures de tela e teclas - posso "tomar conta" de ti, como se você uma novela, como se fosse um resto de vida - já que vc não deve sequer saber quem sou - Poeta Xandu, muito prazer! Mas para quem vive com a veemência de ora-fortaleza-ora-frágil : vc também é um cavalão, seu danado! Que poesias mais... foda? Ama sempre demais! 1 braço - Poeta Xandu
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