sábado, 26 de junho de 2010

Família força do rap vítima de violência policial....de novo.

Mais uma vez a Família Força do Rap é vítima de violência policial em Acari.

Desta vez a Família Força do Rap chora a dor de ver Kaique, 14 anos, funkeiro mirim do Grupo Molekes Piranhas ser agredido com tapas no rosto e tentativa de hmicídio por policiais militares do 9º BPM de Rocha Miranda.

Kaique é filho de Marquinhos da Força do Rap e sobrinho do Mc Betinho, do mesmo Grupo.

Em Dezembro de 2001, no auge da carreira conhecido e fazendo sucesso nacionalmente,MC Betinho foi executado friamente, desarmado, sentado num sofá de uma moradora, por PMS do mesmo batalhão.

Desta vez, a Família Força do Rap, só não amargou mais uma vez a dor ainda maior de ver um de seus integrantes morto pela policia, graças à intervenção de uma diretora da Associação de Moradores que interpelou os policiais militares, que já ameaçavam levar o menino para o fundo de um beco para executá-lo.

Kaique foi agredido logo após os mesmos policiais terem executado com tiro no rosto, um suposto traficante, numa rua a cerca de 100 metros de onde foi agredido. Neste mesmo momento havia uma equipe do Jornal o Povo do Rio, entrevistando outro grupo de policiais. Chamados para presenciar o incidente a repórter e o fotografo, após ouvir os policiais, se recusaram a ir até lá saindo rapidamente da favela.

Sendo que na 3º Feira, o jornal, além de noticiar o fato de uma família de acari ter tido a casa perfurada por mais de 15 tiros, no Domingo, só noticiou a morte do traficante, omitindo a agressão sofrida por Kaique, e também o fato do repórter e do fotografo terem presenciado, junto com líderes comunitários, um dos PMS que estavam entrevistando, deixar cair um estojo com cerca de 20 chaves mixas e gazuas, com os quais eles violam e eles invadem residências e roubam dinheiro, pertences de moradores que saem pra trabalhar.

A Força do Rap é um dos grupos do chamado funk “conscientes” mais antigos e mais talentosos do mundo funk carioca.

O Bonde Molekes Piranhas, do qual Kaique é líder e autor da maioria das letras, foi vencedor na Categoria Funk Mirim, do Festival de Funk organizado pela Associação de Profissionais e Amigos do Funk que ocorreu em Outubro de 2008, na Favela de Acari, no Rio de Janeiro.

Agora o maior temor de Marquinhos, pai de Kaique é que o filho se revolte e ao em vez de seguir a carreira artística o futebolística, revoltado com a agressão sofrida pela policia militar, resolva trocar o microfone e a bola pelo fuzil e pelo sacolé de cocaína depois de chegar à conclusão de que balas de 762 e drogas podem mais que música e a cultura, e os únicos e mais fáceis caminhos pra ser, já que não é respeitado, pelo menos temido pelo Estado e pela Sociedade do Asfalto.

Passado quase uma semana da agressão sofrida por Kaique, a Família Força do Rap até este momento não recebeu, seque uma palavra de solidariedade, conforto, indignação ou manifesto de protesto e apoio da parte do Movimento Funk Carioca ou do Movimento Social Esquerdista que se “dizem” fãs e admiradores do grupo apreciadores de suas letras.

Na 4º Feira, somente integrantes do CEAV de Petrópolis e da APAKUNK estiveram em Acari, mesma assim para atividade, sem nenhuma ligação com o incidente e, tomaram conhecimento do fato, conversaram com Marquinhos e líderes comunitários, depois foram embora.

Talvez se, Kaique ao em vez de ser apenas mais um menino negro de favela que sonha com ofunk ou com futebol, um meio de sair de miséria e da pobreza, fosse um pagodeiro ou funkeiro da moda já na mídia, ou um jogador de futebol já consagrado, já houvesse um grande mobilização do movimento, reuniões e propostas de atos, caminhadas...

Mas se, pra sociedade civil e as gentes de “bem” de direita e de esqeurda do asfalto, Kaique é só mais um moleque pretinho da favela, uma semente do mal, um futuro traficante em potencial, pra gente aqui que faz arte e cultura na favela de acari, ele é sim mais uma vitima da tão falada faxina étnica o decantado extermínio da juventude negra.Um jovem e promissor artista negro acariense, do qual nos orgulhamos e nos felicitamos e por isso,de qualquer forma, com ou se apoio do movimento social de esquerda organizado,dos defensores de direitos humanos, a gente, poetas, ativistas culturais, funkeiros e apreciadores do funk acariense, estão planejando fazer um Ato Roda de Funk Mirim na Favela de Acari, em desagravo e em solidariedade a Família Força do Rap.

Muito provavelmente a atividade deve acontecer no dia 05 de Julho, entre 18h00 é 21h00.

Neste mesmo dia, aliás, completa 15 dias da agressão de Kaique e, seis meses do assassinato de Seu Ébis, morador de 69 anos executado no dia 05 de Janeiro, deste ano, por policiais da CORE.

2 comentários:

  1. ola deley.lamento pelo fato ocorrido.num paiz que nem o nosso onde vc vale o q tem ñ é nem pra lamentar e sim pra se endiguinar .mais bola pra fente como o nome já dis força.quando adoleçente curti muito baile funk muita força do rap mais sempre fui militante do hiphop.mais o primeiro rap que eu ouvi foi ademir lemos que por pouco é lembrado uma lenda do funk.fico felis em saber q o fdr ainda esta ná átiva.paz e luta a toda comunidade de acária vitória só vem com força e isso vocÊs tem .

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