quarta-feira, 26 de julho de 2017

DA SÉRIE: USAR MEDO NA ESCOLA PÚBLICA PRA BOTAR MEDO DA ESCOLA PÚBLICA.




Todos os anos a mídia corporativa, a serviço e interesses de quem?, por muitos anos, vem pondo medo na população, que a escola pública é de má qualidade.
Isso tem levado muitas familias pobres,que não tem dinheiro pra por os filhos numa escola particular, a fazer um sacrifício extra, e matricula-los na rede privada de ensino.
De agora,principalmente depois da morte da menina Duda,por bala pretensamente perdida,numa escola publica de Acari, que causou medo naquela escola e outras escolas públicas, parece haver um intenção,mais ou menos deliberada, na mesma mídia corporativa,pra usar o medo na escola pública, pra botar medo da escola pública.
A serviço e interesses de quem? das escolas particulares?
As probablidades de uma criança que sai da favela pra chegar a escola pública ou privada ser baleada são as mesmas!
É óbvio que as probabilidades de uma criança que estuda numa escola pública,ser baleada dentro escola, como aconteceu com Duda e outra menina, em Belford Roxo,são muito maiores do mesmo acontecer numa escola particular. há muito pouco, ou nenhuma escola particular muito próxima ou quase dentro de uma favela.
Claro que quando acontece de uma criança ser baleada e morta dentro de uma escola pública proxima ou quase dentro de uma favela,causa comoção, tristeza,reações demoradas como tá acontecendo, passados alguns meses, depois de que Duda foi baleada. Propicia também o surgimento de oportunismos quese aproveitam da desgraça do pobre favelado,e de suas crianças, pra fazer marketing subliminar,pra vender segurança e educação de mercado.
Não estou tentando minimizar a tragédia que atingiu a familia de Duda, sua comunidade,minha comunidade, sua escola, nossa escola publica de nossa comunidade.
Na segunda parte deste texto,vou mostrar que o terror disseminado por série de materias,com as do jornal Extra,é bem menor,do que realmente é.
E que o fato de Acari ser o bairro com maior tempo de escolas fechadas,por conta de violencia, não é motivo bastante, pra que pais tirem suas filhas e filhos das escolas publicas da região nem para que haja evasãode professores para escolas publicas no meio do asfalto ou escolas particulares.
Antes prosseguir, aos que pensem em me dizer: há! seu filho não estuda lá! voce não é professor, não dá aula lá: Fui servidor publico durante 20 anos,trabalhei como animador cultural,tanto na zona norte quanto na zona oeste, sempre dentro ou bem proximo a favelas.
Atualmente estou como defensor de direitos humanos na favela de Acari.Quando há operações policiais,costumo ser um dos poucos moradores,que não seja aluno, responsavel por aluno ou professor,a ficar exposto a risco de tiros. Nestes 30 dias do1ª semestre que as escolas de Acari tem ficado de fechadas,tenho cruzado a favela de ponta a ponta, percorrendo creches e escolas fechadas pra ver se há algum problema que eu possa ajudar solucionar.
Só tenho evitado esse tour de risco, quando há operações do BOPE,por razões mais ou menos óbvias.
Pra encerrar esse começo de texto; começam as férias de meio de ano as escolas estão fechadas. portanto o risco de um criança ser baleada dentro dela é zero. Mas,mesmo em casa, na rua de férias, essas crianças são as mesmas, seja na rua ou na escola, e o risco de serem baleadas é muito maior;;

Nenhum comentário:

Postar um comentário