Não sou professor de educação física, fisiologista ou coisa parecida. Sou um treineiro de terreno baldio.
Esses assuntamentos que se segue são assim mais pra devaneios culturais políticos de um velho comunista feitos de enuviadas e enebriadas lembranças.
Madrugada dum mês de janeiro de 1986, mesa de barraquinha em frente ao portelão: componentes da mesa: tiburcio maia, compositor do quilombo, ari araújo, sociólogo, pesquisador, joão saldanha e eu, pato novo no samba, vice-presidente da ala de compositores do quilombo.
Pauta da reunião: copa do mundo de 1986 e quantas seleções africanas passariam para a oitas de final. Concenso: se o brasil não se classicasse, o que era improvável, a gente passaria a torcer pra seleção que tivesse mais crioulo além da do brasil, muito provavelmente a frança, se não fosse um seleção africana.
Ari Araújo defendia a tese e que: a bola é um corpo que se equilibra no chão sobre a parte menor do seu corpo.
No que joão saldanha completava: é por isso que os negros são feras no futebol, a bola é uma bailarina, e todo crioulo é meio bailarino.
Nesta época eu já estava irremediavelmente contaminado pelo feminismo negro socialista de camaradas do MNU como Lélia Gonzáles, luzia e do NZINGA Coletivo de Mulheres Negras muitas desse grupo hoje fazem parte do Crioula.
Sob o efeito desse doce veneno, pensei e questionar joão saldanha mostrando a ele sua contradição, já que ele era contra mulher jogar futebol mas ao mesmo tempo “avalizava” a tese do Ari. Mas, melhor não, síria muita ousadia tava conhecendo o velho guru aquela hora, em talvez não fosse a melhor hora. Hora essa que veio, quando visitei joão, internado, com problemas de respiração depois de voltar da cobertura de um jogo nas altitudes dos andes.
Mas depois dá pra falar disso com mais calma. Agora quero aproveitar a navegação dessas lembranças pra assuntar com meu umbigo, ceixando vocês de voyer “escritivos”: - Se a teses cientificas de joão e ari estão certas, como acredito que estão, se as meninas de favela e periferia, na roça, nas comunidades quilombolas, tiverem oportunidades iguais ao meninos de jogar futebol, desde os 3,4 anos de idade, são grandes as chances de termos muito mais martas, pretinhas, formigas,etc
Só que então elas vão passar a enfrentar os mesmos problemas quês os meninos, serem alvos e caçadores de craques-bebes, como eles.
Mas não só os mesmos problemas que eles, mas mais os problemas que geralmente a mulher enfrenta quando começa a conquistar espaços em profissioes que a cultura machista consagrou serem pra macho... futebol é pra homem, não é esse o mote? Além de serem alvos mais fáceis de pedófilos travestidos de técnicos, empresários,etc.
Além disso meninas, depois dos 11, 12 anos, até antes, passam a ter, não problemas, mas especificidades que os meninos quando atingem a mesma idade não tem, ou se tem, não afeta tanto o corpo.
O fato é que se as meninas tiverem as mesmas oportunidades que os meninos, desde as primeira infância, e como até uns 12,13 anos prevalessem as habilidades á força física... elas vão se dar bem, não individualmente, ou por acaso, ou esforço próprio, só com ajuda da família duns amigos, como é o caso de marta. Mas vão se dar bem coletivamente.
Mas, aí vem um problema: no que diz que o jogador de futebol hoje é uma commodity, e o brasil o maior exportador e comodity do mundo, pela primeira vez depois de 121 anos de extinta legalmente a escravidão, alguém da credibilidade, do pesquisador centro internnacional e estudos do futebol, admite que serem humanos são mercaorias.
A entrada de meninas negras no mundo do futebol, coisa boa, legal, também as transforma em commodity como os meninos negros.
A Esquerda ortodoxa stalinista brasileira, e também a trokitsta reformistas, eita, redunancia, repetiram cem mil vezes, que o futebol é ópio do povo, que muitos de nós acreitamos nisso, como verdade absolutista, dogma. Até hoje, novos e novas esquerdistas torcem o nariz para o futebol, inclusive camaradas negros socialistas ,comunistas, e não dão importância a ele nos seus partidos socialistas, mandatos políticos, ongs ecorganizações de esquerda.
E deixam campo livre para que a direita use o futebol outros esportes pra suas políticas clientelistas, assistencialistas, compensatórias e salacionistas, e principamente, de fortificação da hegemonia burguesa, branca, racista e neoescrata sobre a gente negra e branca pobre oprimida.
Quem esta vendo a copa das confederações na áfrica do sul, dá só uma prestadinha de atenção, numa menssagem da fifa: a entidade e uma ong, estão implantando uns vinte, centros de futabol por toda áfrica. Estes centros serão bancados por grandes multinacionais do esporte como nike, adidas e outras... as mesmas que exploram mão de obra escrava no paquistão, na tailândia, na china.
Logo logo, não só o brasil, mas muitos paises africanos, serão exportadores de commoditys para o futebol mundial, quer dizer europeu, craques-bebes que serão exportados de seus paises, por alguns milhares de euros, ou dólares pra uns dois três anos, cinco no maximo serem venedidos ou revendidos por 1000, milhão mais.
O problema nosso é que, nós, negros da diáspora, estamos ainda tão marcados e traumaitizados e dororidos, com os 500 anos de escravidão passados, que nem estamos ainda sentido os grilhões e as dores das escridões modernas e futuras.
O futebol, pode até ser ópio do povo, mas como o ópio e outras especiarias, é uma das formas de trabalho escravo do 3 milenio.
E é preciso que a companheirada e os e as camaradas negros e branco/as revolucionariios, troks’refomistas se liguem nisso. Geral,
E em patircular as companheiras e camaradas negras e brancas feministas socialistas e comunistas.
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