segunda-feira, 26 de outubro de 2009

DE FEMINISTAS, ELEFANTES E OS IMPERDOÁVEIS, UM POETA DE AMOR PRA UMA EX-AMADA MARXISTA ESTANILISTA.

EU QUANTO A VOCÊ
Queria-me forte
encontrou-me tão frágil
quanto a você.
Queria-me distante
encontrou-me tão atencioso
quanto a você.
Queria-me rude
encontrou-me tão afável
quanto a você.
Queria-me impessoal
encotrou-me tão sensível
quanto a você.
Queria-me racional
encontrou-me tão emocional
quanto a você.
Queria-me equilibrado
encontrou-me tão impulsivo
quanto a você.
Queria-me seguro
encontrou-me tão incerto
quanto a você.
Queria-me corajoso
encontrou-me tão intimidado
quanto a você.
Queria-me garanhão
encontrou-me amante tão gentil
quanto a você.
Queria-me macho
encontrou-me tão humano
quanto a você.
Queria-me opressor
encontrou-me tão precisado de liberdade
quanto a você.
Queria-me um branco frío, ou negro fervendo
encontrou-me mestiço tão terno e generoso
quanto a você.
Queria-me inimigo e algoz
encontrou-me tão precisado
de amizade e companheirismo quanto a você.
Queria-me machão
encontrou-me tão simples homem
para você.
Então achou-me tão viado
e decpicionada foi embora...
E eu fiquei tão só, sofrido, atordoado, sem saber
o que fazer com minha natureza humana
simplesmente companheira, amiga e terna,
mas que você confundiu com feminilidade demais
ou masculinidade de menos.
Rio, 11/08/95

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