Foram camaradas como lélia gonzalez, dulce mendes e rose mari muraro que nos fizeram olhar de novo para rosa de luxemburgo, hannah arendt e alexandra colontai como camaradas pensadoras mulheres e não simplesmente camaradas pensadores.
Mas. ao mesmo tempo, nos sentiamos frustrados que o feminismo das camaradas dos anos 60,70, 80 e 90 d0 seculo 20 não alcançassem as mulheres negras e brancas pobres das favelas e do campo. Revolucionarios sinceros, sabiamo-nos incapazes de propiciar as "nossas" mulheres conquistarem não serem mais chamadas de nossas mulheres e se libertarem de nossa opressão machista. Estou falando de nós camaradas comunistas pobres favelados com quem militei e vivi.
Fomos vivendo, militando e envelhecendo vendo a situação de "nossas" mulheres nas favelas piorar cada vez mais, cada vez mais opressora, sofrida e desumana, nós, não só impontentes em deter tal processo de pioramento, como também, instrumentos, nas mãos da burguesia, no agravemento dessa opressão.
O perder nossas filhas e netas para essa opressão burguesa patriarcal machista desumana, personicada, no poder do trafico de drogas, foi o fim pra muitos de nós camaradas das favelas.
Não bastasse, perder nossos filhos e netos para o mesmo trafico... aínda nossas filhas e netas?
Porque nossas camaradas comunistas das ultimas decadas do século 20 não foram mais radicais e incisivas para com a gente seus camaradas de uma forma geral, mas principalmente com a gente camaradas pobres favelados, mais machistas que os camaradas de classe média, e por isso mais opressores e dominadores para com nossas mulheres faveladas que suas companheiras de classe média?
Talvez, a gente "melhorasse" um pouco e a situação da mulher negra e branca pobre favelada não chegasse na situação tão cruel e desumana a que chegou.
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