sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

ACARI, SE CALA, CHORA, MAS AGE!



_ São sementes do mal, futuros traficantes de Acari.
Um jovem policial da CORE
apontando o fuzil para uma grupo de cerca de 20 crianças com cerca de 8 anos de idade
durante uma operação policial em Acari, no fim de 2009.

Diálogo(ouvido por passantes) entre dois policias da Core,´após um deles
balear e assassinar com seis tiros, seu Ébis, idoso e 69 anos, no Complexo de Acarim, dia 05 de Dezembro de 2010:

Íh! olha a merda!
vamos socorrer, vamos socorrer!
Socorrer? tem jeito não, vai morrer mesmo, deixa aívai morrer mesmo!
depois um dos policiais, de luva sirurgica retirou as balas do corpo da vitima pra desfazer as provas do crime que cometeram.

Seus Ebís foi assassinado por policiais da CORE, á vista de varios passantes. Isso ocorreu por volta das 09:40h, no 05 de Dezembro de 2010, exatamente um mês depois de um grande encontro com Sr. Tim Carril, Anistia Internacional, e militantes de direitos humano, num ato que reuniu, cerca de 300 pessoas, na Quadra de Areia, dia 05 de Dezembro de 2010.

Depois deste grande ato, seguiu-se um pequeno periodo de um mes, de relativa paz, com algumas operações policiais, sem muitos problemas, o que manteve em nossos moradores a esperança de quem afinal, nossa comunidade ordeira e pacifica, teria, daqui pra frente, definitvos dias de paz e tranquilidade.

Mas,e depois do trauma para familia e o abalo coletivo pra comunidade com a ação policial criminosa e assassina da CORE,Coordenadoria de Recursos Especiais da Policia Civil-RJ, formada por policiais especiais e bem preparados técnicamente?

E ao mesmo tempo fríos, cruéis e monstruosos como pessoas, como pode-se notar nos diálogos que abrem este texto,que demonstram total falta de respeito por vidas humanas que deveria proteger e preservar, como a vida valorosa e digna de Seu Ébis?

Mas também nas ofensas morais, machistas, racistas e sexistas que esses policiais costumam proferir contra senhoras e crianças com as quais cruzam rua durante as operações? inclusive, muitas vezes, ameaçando de agressão fisica?

Nas horas que se seguiram ao assassinato e ao enterro de Seu Ébis, E no dia seguinte, varias pessoas procuram lideres comunitários e militantes de direitos humanos que moram dentro da favela nos acusando de não estarmos fazendo nada.

Não só á estas pessoas, como toda nossa comunidade, com todo respeito, com toda humildade e sem neurose, que devemos a ela, então informamos que, varias coisas estão sendo feitas sim, mas da forma cautelosa , sigilosa e segura, que a gravidade da situação exige.

Claro que sempre adianta fazer protestos ordeiros, chamar a imprensa, denunciar pra todos os lados e autoridades e também sabemos dar demonstrações fortes e veementes de força, revolta e coragem.

Mas tivemos exemplos de outras vezes de que isso funcionam por um tempo, mas logo tudo volta na mesma situação anterior ou mesmo pior, pois os policiais são normalmente rancorosos, vingativos e inescrupulosos em suas replesálias em que acaba pagando quase sempre com a vida são as pessoas mais frageis da comunidade, como as crianças e mais-velhos como seu Ébis.

Portanto queremos tranquilizar nossas moradoras e moradores, inclusive as centenas moradores que nos derem crédito de confiança, credibilidade e fé,comaparecendo, no dia 05 de Dezembro, passado no encontro com os representantes da Anistia Internacional e militantes e entidades de direitos humanos amigas de fora da favela:

Acari, se cala, chora mas age!
Só que aprendemos com mais-velhos de nossa comunidade, como no saudoso seu Ébis que, sempre é melhor se calar, agir, fazer e só então falar o que fez e mostrar os resultados, do agir pouco ou nada, e falar demais e depois mostrar pouco resultado ou nenhum.

Depois? Como e onde fica a confiança, a credibilidae e a fé que tantos e tantos moradores depositam na gente?

Falar em confiança, credibilidade e fé: São virtudes que só valem se cultivadas de forma mútua.
Nossa comunidade tem conquistado a confiança, a credibilidade é a fé de centenas e centenas de pessoas, entidades, organizações e autoridades de direitos humanos e segurança pública, não só no Rio, como dentro e fora do Brasil.

Grande parte desta confiança, credibilidade e fé foram construidas tendo como base a sinceridade, verdade e papo-reto: jamais encaminhamos qualquer tipo de denuncia ou acusação, sem os devidos fundamentos, o somente movidos por emoção, revolta e indgnação.

É com a certesa de continuaremos pra sempre assim que confiamos a/os nossos moradores os seguintes telefones para encaminhamento de denuncias:

De militantes de direitos humanos da comunidade: 9738 6529 ou 9746 7653.
De entidades e orgãos de direitos humanos que nos apoiam:

Comissão de Direitos Humanos de ALERJ: 2588 1602 e 2588 1555,direto.

JUSTIÇA GLOBAL: 2544 2320
Rede de Comunidades e Movimentos Contra Violência:98099199 ou 9977 4916

Deley de Acari( Vanderley)
Poeta, treinador de escolinhas de futebol,
animador cultural e militante de direitos humanos.

2 comentários:

  1. Caro Deley.

    Momentos delicados exigem medidas cautelosas e bem encaminha, a vivencia cotidiano é a melhor prova disso.

    Luta força por ai.

    Abços

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  2. Aos meus amigos do blog e ao Deley grandes momentos e amizades. obrigado.

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