sábado, 10 de fevereiro de 2018

DEPOIS DE DUBLIN, 2



30/1 às 7:01 ·

A CARNE MAIS CARA DO MERCADO É A CARNE NEGRA...

Pela 4ª semana consecutiva a Revista Ela, encartada no jornal O Globo dos Domingo, faz matéria de capa com personalidade negra. Dessa vez foi Preta Gil. Essa revista é, na verdade, um grande ensaio de marketing de luxo, disfarçada de revista de variedades.

As personagens que são matérias de capa, tem um pequeno texto ou entrevista sobre suas vidas, normalmente de superação, e muitas fotografias vestindo modelitos de grifes da moda, que custam o que só gente de classe média pode pagar e ostentar.

O uso de personalidades negras como manequins tem o claro, ironicamente objetivo de atingir um publico alvo negro, que há 20 anos a Revista Raça estimava em 8 milhões de negras e negros com poder aquisitivo para consumir carros de luxo, casas, roupas de grife, jóias...

Agora, 2018, eu não tenho ideia de quantos são esses negros e negras, mas se o Globo s interessa é porque são numericamente o bastante pra consumir e gerar lucro para moda e a indústria têxtil.

E nada melhor que o negro do homem e da mulher pra servir de veiculo pra essa venda. o corpo negro ele mesmo meio de venda de mercadoria e mercadoria.

No auge do ciclo de café no Estado do Rio, quando ocorreu a Revolta de Manoel Congo, 1838, o escravo alcançou o mais auto preço de mercado. Sufocada a revolta, houve pressão do fazendeiros, para que só Manoel congo fosse, dentre o mais de 500,de varias fazendas, fosse condenado e executado. Perder tão valiosa mercadoria, ao mesmo tempo produtora de mercadoria, seria um banque tal que levaria a uma crise fatal de uma hora pra outra a mais rica economia do império.

Todas e todos, 21 crioulos, crioulas, africanos e africanas que lideraram a revolta, foram perdoados ou punidos com penas de chicotada, não pela bondade de seus senhores, mas porque eram mão de obra especializadas,inclusive as sete mulheres, difíceis de repor em caso de perda por morte, prisão ou degredo.
Estima-se 75% dos escravos das fazendas de café do vale do paraiba eram africanos de origem na região do congo e angola, gente com grande conhecimento de agricultura,marcenaria e ferraria. Manoel Congo por exemplo era ferreiro, "profissão" nobre e valorizada no seu povo bakongo, e aqui no brasil.

Neste 2018 que faz 180 da revolta negra no sul fluminense, 30 anos depois da abolição, o povo negro, principalmente suas mulheres poderiam refletir sobre o que há de comum entre a cultura do estupro, o estupro continuado de centenas de meninas atletas negras, na sua maioria, de norte américas, o comercio internacional de escravas sexuais nigerianas, os clips de anita, beonce,, os closes das tvs nos meninos negros do time do flamengo e as capas da revista Ela, do Globo... volto a escrever. Sou negro, faço parte do povo negro, sou poeta, escritor e militante, vou voltar pra fazia, nessas condições minhas reflexões que vem me levando a ações sobre essa questão.

Pego como motes, frases de dois antipsiquiatras anglofonos que me influenciaram pensar e agir dialeticamente sobre a luta libertária.

David Cooper: "tão importante quanto pregar o que fazer é fazer o que se prega."

Ronald Laing: " a teoria é a articulação da experiência."

Vou num pé volto, no mesmo... o esquerdo!
26 de Janeiro de 2015 ·

ANSSUNTANDO LUÍZA MAHIN 180 ANOS. QUE EXISTIU DE VERDADE E, ATÉ ACHO QUE TEVE EM ACARI, DIA DESSES! E UM VIGÍLIA QUE NÃO HOUVE! PARTE 1

Esperava pelo menos de cinco a dez pessoas na Víligia para Luíza Mahin. Aluguei mesas e cadeiras, eu e Wesley preparamos caipirinhas, copiei e imprimi mais de 80 poemas de e sobre mulheres negras e mulheres negras mães, me consentrei pra dinamizar jogos e exercicios de criação de textos ,oral, visual, plástico, gestual e escritos...

Me entusiasmei pra uma roda de conversa sobre a mulher africana mais importante do Seculo IX no mundo.

Só esqueci de me parguntar e perguntar as e os compas do Movimento Social de Esquerda e principalmente negras e negros, Se estão interessados, hoje em dia, numa atividade desse tipo.

Eu tinha, e tenho a certesa de que se a vígilia tivesse acontecido seria otima e que tivesse participado sairia dela feliz e realizado.

Eu, pessoalmente, num dava tanta importância a Revolução Malê... me “ ligava” mais em Luíza Mahin pelo fato dela ser mãe de Luiz Gama.

Mas a partir de ir conhecendo mais detalhes sobre Luíza, mas especificamente, meu fascínio por essa mulher africana, que venho escrava para o Brasil conseguiu a alfforia, teve um filho com um branco, participou de varias revoltas, se deixar vestígio escrito de sua participação nelas, teve o filho vendido como escravo pelo próprio pai e por volta de 1860 simplismente sumiu do “mapa.”

Não resta dúvida de Luíza realmente existiu... era do povo Mahin, uma das etnias Jeje, bonita, baixinha( como a maioria dos negros maranhenses). Daí ser bem possivel que ela tenha vividos seus ultimos dias de vída, como sacerdotiza de uma das Casas da Mina, “candomblé”, jeje puro. Pelo menos é o que diz as mais recentes pesquisas.

Sai do CCPR triste e desanimado, com o Wesley, já mais de “meia noite” e passei no bar do Carlão, um “Mais Velho” maranhense radicado no Rio, em Acari, há mais ou menos, uns tres anos.

Me lembrei de sua mãe, que nem sei o nome, 101 de idade, que ficou em Acari, uns seis meses, tomava seis cervejas por día, e deixou Acari e voltou pra São Luiz porque achou a Favela de Acari muito “parada.” Lá em São Luiz esta a tocar tambou nas festas de Tambor de Crioulo e dos cultos das casa da mina.

Me impressiona como as descrições fisicas que Luiz Gama faz de sua mãe “bate” com o tipo físico da mãe de Carlão. Fico me parguntando se eu não teria converdo varias vezes como uma Luiza Mahin na Favela de Acari.

Mem lembrei de mais algumas coisas que almentam meu fascinio por Mahin:
Seu Jorge de Yemanjá, babolixá do um “terreiro jeje puro” que conheci, deve haver mais algum no Rio, dizia aos pesquisadores que tudo que ele tinha a dizer sobre Jeje é que todo feitiço do Jeje estava num copo de água e de uma vela acesa.

Me lembrei também que no Caribe há cultos jeje nos quais as sacedotisas usam um bracelete que é um serpente mordendo o próprio rabo. Para os asíaticos essa imagem simbolisa Oroborus, a parfeição.
23/1 às 19:27 ·

SOBRE ÓDIO RELIGIOSO NAS FAVELA: NÃO EXISTE TRAFICANTE EVANGÉLICO!

O que há é que nos ultimos 30 anos os dogmas néopentecostais foram se transformando em valores culturais e normas de vida nas favelas, passando a ser a cultura hegemônica. Há 30, 40 atrás o povo das favelas se guiavam pelos valores culturais e normas de religiões afros, principalmente Umbanda e do catolicismo popular.

Tanto o catolicismo popular quanto as religiões afros, são fortemente pluriteocraticas, santos e orixás e guias diluem socializam e democratarizam o poder divino com o Deus Supremo. Além disso o papel de Nossa Senhora Maria Mãe de Deus pulveriza e democratiza ainda mais poder divino patriarcal nas suas multiplas visualizações e aparições sendo uma só Maria ela consegue ser centenas de mães senhoras carinhosa, não autoritaria e genorosa, se alguem sofre e tem dor ela é Maria das Dores, se aluguem precisa de graça ela faz Maria das Graças, se alguem precisa de socorro pela vida toda ela tá como sua Maria do Perpetuo Socorro.

Por isso, durante a prevalência dos valores e normas culturais das religiões afros e do catolisismo popular, Nossa Senhora e Vovó Maria Conga sempre conviveram muito bem.

Com a cresente imposição violenta fisica e simbolica dos valores e normas neopentecostais como valores culturais nas favelas, o poder do Deus supremo patricarcal, autoritário, punidor e castigador foi sendo restabelecido e tornado hegemonico.

Quem nasceu nas favelas nos ultimos 40 anos, nasceu sob a hegemonia da cultura neopentecostal, acreditando nos seus valores, normas, dogmas, suas verdades.

Não é preciso ser envagélico batizado e convertido pra acreditar que é verdade e que deve ser seguida respeitada sem contestação, as verdades neopentecostais. Traficantes não são extraterrestres, nasceram e cresceram, são crias das favelas, poucos poucos mesmo tiveram a oportunidade de conhecer viver e conviver pessoalmente, sem ter o prisma distorcedor do neopentostalismo o dia á dia de um terreiro ou da nave de uma igreja catolica. A maioria dos traficantes são filhos de familias evangélicas ou que tem pessoas mais velhas que já foram de santo ou catollicas e que se decepcionaram com sua ex-religião.

E muitos dos pastores dessas igrejas também são crias das favelas varios "ascenderam" na hierarquia e se tornaram bispos. Como não podem bater de frente com o que ainda resta de religiões afros e afrosbrasileiras nas favelas, nos suburbios e na baixada, como é caso de Belford Roxo e da Ilha do Governador, convencem os traficantes, na sua maioria jovens que os males que o afrigem são culpa do diabo e que o diabo é do candomblé ou da umbanda que por isso são ímpios e devem ser expurgados ou mortos, o por isso dizer "purificados" pelo fogo da fogueira de um microondas de pneus, ou pelas balas sagradas de uma 762.

Não é por acaro que o pastor Jan Rip Palharin lider da crescente, assustadoramente crescente Igreja Paz e Vida culpa as imagens de Yemanjá na praia de Sepetiba pela poluição da praia e o fim da segunda colonia de pesca mais produtiva do estado do rio ,antes a instalação do porto de sepetiba e da CSKA de Eike Bastista.

Na suas pregações e no incentivo ao povo de sepetiba pra destruir as imagens de yemanjá pra só assim a praia voltar a ser despoluida e bela, o pastor não diz que neste apocalipse local estão incluidos a destruição do porto de sepetiba e a CSKA . Nem fica claro em suas pregações racistas se Eike é enviado de Deus ou do Diabo. Se deve ou não ser queimado ou abençoado pelo fogo vingador de Jesus.
26/1 às 7:54 ·

GLOBO COP E OUTROS CAVEIRÕES VOADORES PARA-MILITARES...

Antes de tudo quero lamentar as agressões sofridas pela jovem repórter da band. por petistas na durante o julgamento do Lula.

Mas esses repórteres tem colhido os frutos que eles mesmo plantaram ou que outros repórteres plantaram.

Já foi o tempo que um cara, uma pessoa publica como eu, da favela podia bancar a entrada de uma equipe de reportagem garantindo com minha credibilidade a minha comunidade que sua matéria seria imparcial e justa. E garantindo o repórter que ele poderia fazer com liberdade uma matéria imparcial e justa.Sempre essas matérias eram feitas antes ou depois da intervenção policial, ou quando durante, o repórter sempre arrumava um jeito de conversar depois e fazer uma matéria insenta. agora não é mais assim. Pelo menos aqui em Acari, por umas cinco vezes o repórter e sua equipe foi proibida de entrar na favela pra fazer entrevistas com gente da favela. tive que levar as pessoas para frente do hospital de acari, muitas vezes pondo-as em risco, já que lá passa carro de policia toda hora.

Quem é líder comunitário como eu, com muito orgulho, ou pessoa pública, sabe que coisas assim tem que dar um papo aos caras antes quem dá e convence eles que vai ser bom pra favela, assume a responsabilidade. coisa que eu faço de boa. acontece que eles ficam bolados quando um equipe de reportagem se recusa entrar na favela quando a gente media. não falam nada, mas ficam escaldados.

Agora que os helecopteros de reportagem sobrevoam as favelas durante operações policiais, fazendo o papel de caveirrões voadores, drones não armados, filmando em tempo real, dando a localização de traficantes e até apontando jovens que saem pro trabalho de mochilas nas costas ou grupos de cinco seis jovens que saem pra praia, o vão jogar fora da favela levando suas bolsinha com chuteira, camisa meiões dentro, com bonde de traficantes aí é que fudeu tudo.

Não é por acaso que o helicóptero da tv globo, se chama Globo Cop.
25/1 às 16:10 ·

LULA, LENDA VIVA!

Não exagero nenhum em Lula se comparar a Mandela no que diz respeito ao que ele pode fazer mesmo na cadeia. Mandela pegou 27 anos de cadeia como preso politico, mas o estado racista sul-africano sempre o considerou criminoso comum. Mandela foi preso mais ou menos jovem e nem era a principal figura do ANC quando foi preso. Pouco se sabia dos seus pensamentos e ideologia, incomunicavel numa cela diminuta só tinha ontanto com o mundo através de sua mulher winie mandela.mesmo assim virou uma bandeira. quando saiu o que se viu foi um ideologo da paz e da união, um não comunista, que enriqueceu rapido deixou seus familiares brigando por sua herança.

Lula, vai pegar 12 anos de cadeia, mas não vai ficar nem 4 fechado. mesmo no periodo de prisão fechada, ao contrario de Mandela vai poder continuar mantendo contato com o mundo.

O povo brasileiro pobre esta conseguindo o melhor e maior pai dos pobres desde Getulio, porque jamais será visto por ele como um preso comum, mas um preso politico.

Quem vive na favela e convive com famlias de presos comuns sabe que essa história de que preso não vota, é pura caozada. Preso não vota, mas sua voz convence e as vezes ordena que sua familia, amigos na rua vote num candidato.

Imagina um preso "politico" ou poiitico como Lula? o grande pai dos pobres, acusado, condenado e preso injustamente por influencia de forças nada ocultas, sabidas localizadas, diferente das forças ocultas, que levaram getulio a se matar pra entrar na história. Lula não precisou se matar pra entrar pra história, embora preso, não por muito tempo, e até por isso, vai ver em vida, o Lulismo se tornar o mais forte populismo das américas, mais que o peronismo, o getulismo e o chavismo. Havia gente, inclusive de esquerda, torcendo pra que Lula fosse absolvido, se candidatasse, perdesse a eleição e assim se daria por encerrado a era petista.
Se danaram. porque hoje o lulismo é tão grande que não cabe no petismo. o petismo talvez naufrague sem o lulismo, mas, livre do fardo do petismo, o lulismo poderá nadar de braçada até a barraca de caipirinha na praia, se morrer na areia.
Deley De Acari Vanderley Cunha
24/1 às 16:03 ·

QUEM É NEGRO E FAVELADO JÁ FOI COMPAS DE LULA NÃO MORRE DE AMORES POR ELE MAS...

Fui compas de partido de Lula por dois periodos, de 83 á 1993 3 de 2000 á 2002. Como todo negro fevelado afrocomunista não morro de amores pelo Lula mas torço para que ele seja inocente e consiga se eleger presidente. Embora não vá votar nele e nem em ninguém.

Qualquer Bolsonaro, Alkimin, o Ciro Gomes da vida, com certeza vai criar upps em tudo que é favela, e vai por em pratica o que Lula prometeu quando liberou os bilhões para poltica de segurança pública de seu parceiro da hora em 2008, Sérgio Cabral, então recem eleito governador do Rio.
Lula: Agora(com as upps) a policia vai bater em que tiver que bater e proteger quem tiver que proteger.

Se eleito, será que ele vai rever esses conceitos?
Fico aqui na espectativa do resultado das eleições como aquele time pequeno que derrotou um grande na semifinal que chegou na final do campeonato e agora tá de camarote aguardando o resultado da outra semifinal entre dois grandes.
Seja qual for o vencedor a opção do meu time é vencer ou vencer.
O principal lema do meu afrocomunismo é há imigo eu sou contra. Bolsonaro o Alkimin seriam inimigos muito chatos de jogar feito time aalemão. preferio times de talento e toque d de bola, como barça.
Brizola foi um inimigo gostoso e divertido de jogar contra, Lula também.
São raros hoje os inimigos gostosos de jogar e vencer como o Palmeiras do anos 60, de Ademir da Guia e Dudu, o Santos de Pelé e Coutinho, o Cruzeiro de Tostão, Zé Carlos e Dirceu Lopes, o Flmengo de Adílio e Zico.
23/1 às 18:11 ·

MARCO ANDRADE, COMO NISE DA SILVEIRA...

Ainda não fui ver Marquinho como não fui ver Buba no Hospital. Como diz aquela música: ando tão a flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar.

Não vou falar do músico, nem do amigo, vou falar do ativista preto da periferia que conheci na década de 70, antes de conhecer a Dra Nise da Silveira. Quando conheci Marcos e o Grupo Panela de Pressão, um ano depois de eu ter sido preso na Praça do Coreto em Marechal Hermes, levado pra "boite" da Barão de Mesquita e ter sido torturado por dois dias por causa de uma peça de teatro censurada, que ensaiava no Teatro Armando Gonzaga.

O diretor do Teatro Armando Gonzaga, na época, era duble de diretor e informante dos milicos e havia me caguetado como fizera com o Grupo Garra Suburbana, do qual o Panela herdou o banker de resistência artistica e cultural suburbana a ditadura militar.

Depois do trauma da prisão e tortura na boite verde oliva, fique ide 40tena no grupo de dança do Quilombo sob a severá vigilancia do Mestre Candeia, a quem minha mãe delegara a missão de não deixar eu me meter mais com comunistas.

No Quilombo encontrei um amigo que ia fazer um show no Armando Gonzaga. Fui ver o show dele, descobri que Garra havia acabado e o Panela de Pressão havia assumido o a administração auto-gestionada do espaço cultural.
O amigo me apresentou a Lilian Gomes que me apresentou a Genesis Jenuncio que me apresentou a Marco Andrade que me apresentou a Hélio de Assis que era o "capa" da CAIS, Cooperativa de Artistas Independente Suburbanos.

Eu já conhecia o Ele Semog, 4 anos depois nos tres criamos o Negricia Poesia e Arte de Crioulo, mas isso é outra história, o que é mais importante dizer aqui, é que foi muito estranho participar de um movimento com um grupo multicultural suburbano subversivo, o Panela de Pressão gerindo um espaço cultural estatal no suburbio em plan ditadura miilitar, com Marquinho, Lilian e Genisis como principais cabeças.

Como artistas suburbanos subversivos podiam gerir um espaço público cultural em plena ditadura?

Só vim a entender isso, 3 anos depois em 1979, quando fui trabalhar no Museu de Imagens do Incosciente, com a Dra Nise da Silveira. Nise era um comuinista radical, psiquiatra concursada, presa pela ditadura Vargas sempre se orgulhou de ser servidora pública, de servir ao seu povo, não aos poderosos.

Foi Nise que me fez compreender melhor o Grupo Panela de Pressão, e Marco Andrade e não ter nenhuma crise existencial em ser servidor público, servir ao povo.

Infelizmente, a rica e complexa experiencia no teatro armando gonzaga não durou muito, e só vim encontrar a matilha do Panela de Pressão e trabalharmos juntos, de novo como servidores públicos a partir da arte e da cultura, como animadores culturais dos Cieps, em 1985/86.

Significativamente, Marquinho foi ser animador cultural do Ciep Solano Trindade, em Bangu, e eu vim ser animador cultural do Ciep Zumbi do Palmares em Acari.

Logo, além de animador cultural, Marco Andrade passou a ser uma das principais lideranças trabalhadora dos animadores culturais que não lutavam pela continuidade e fortalecimento da animação cultural no Programa Especial de Educação que geria os Cieps, mas como tenaz lutador pra diginificaçao e regulamentação da profissão de animador cultural. Marquinhos com outros e outras compas foi "linha de frente" na criação da ATAC- Associação de Animadores Culturais, a nivel da capital e da ANIMA Associação de Animadores Culturais e âmbito estadual do Rio de Janeiro.

Marquinho, como eu e outras lideranças de acs e outros animadores culturais por varias vezes fomos de pelegos por combatermos animadores culturais que foram indicados por politicos e/ou viam a animação cultural na educação pública como um cabide de emprego ou curral eleitoral politico partidário.

Bom pra o texto não ficar mais textão do que já tá, estou me preparando espiritualmente pra ver Marquinho. Quem já foi, quem ainda vai, fica aqui uma sampleada no Paulinho da Viola que já disse um dia que "se for falar da portela hoje não vou terminar." Véio: se for falar da história da arte e da cultura suburbana, revolucionaria e de resitencia, nos ultmos 40 anos é só falar de Marco Andrade, e hoje não vou terminar. Até porque Marquinho vai continuar como um dos seus principais protagonistas no minimo pelo proximos 40 anos mais.

ACHÉ AMOR LIVRE E LUTA.!

23/1 às 1:22 ·

ACARI, NUM TEM PISCINA SUSPEITA, NÃO PASSA BANDIDO, QUEM DIRÁ CAVEIRÃO...

Aqui no Acari, final de semana, feriado quase toda rua, quse toda esquina tem uma piscina e não passa nem bonde de bandido, quem dirá caveirão.

Pouca gente pergunta cade os piscinões de ramos, são Gonçalo, deodoro, parque radical, cade as piscinas das vilas olímpicas? Menos gente ainda sabe que pelo 10 cieps do estado tem piscinas semi-olímpicas ao lado de favelas inauguradas nos anos 80, pra preparar nadadores nas comunidades? eu fui a inauguração de duas no Rio, a do Ciep Nação Rubro Negra, na Mangueira, em no CIep Mariaa Werneck no Complexo Irajá/Acari com a presença de Brizola e Pelé, então Ministro dos Esportes.

E que sabe mais que se foda, se o morador não bota, que trafico que bote, pra resolver a finalidade dele, que a menorzada que mais resolver a finalidade dela que é se resfrescar do calor,, que na favela com lajes e asfalto quente tá batendo 50% graus.

A menorzada que lá saber quem botou o ovo, a pata ou galinha? a menorzada que é cume omelete.
22/1 às 15:53 ·

AINDA SOBRE RESPOSTA A MONIQUE CRUZ...

Então: minha proposta é que a gente dê inicio a aglguma coisa concreta no sarau em homenagem as DEFENSORAS pioneira na defesa de direitos humanos, africanas e afrodescendentes do Séc. 19, Luiza Mahin e Mariana Crioula, muito provavelmente, no dia 10 de março, 15h00 Sábado ma Escola Daniel Piza em Acari tendo como referencia o Dia Internacional da Mulher. Continua aberta a proposta de uma reunião no JG pra pensarmos e pormos em praticca ações concretas.

Deley de Acari,
do Grupo Negrícia, Poesia
E Arte de Crioulo.
21/1 às 11:21 ·

DE ACARI;DESCULPEM SE DESSA VEZ SÓ TIAMOS COISA BOA E ALEGRIA E NÃO COISA RUIM E TRISTESA PRA LHES OFERECER...

Pelo jeito Acari acostumou mal a companheirada de fora e de dentro, oferecendo desde 1990, com a chacina de cari, como menu principal a coisas ruins e tristesa como a morte de jovens acaienses e a dor o sofrimento e as lagrimas e a morte em vida ao poucos de sua mães,companheiras, irmãs sobreviventes.

No que a gente convida a companheirada do asfalto,militantes famílias de vitimas midiativistas pra ver uma exposição de fotografias de meninos do complexo de Acari, que só mosta coisa positiva e boa, o descostume com o que há de bom e de bem, em Acari, faz com que não venham, embora a divulgação da atividade já vendo rolando há varias semanas.

Mas, se até os acarienses, de dentro estão viciados e viciadas pelo gosto amargo mas dopante do sangue de nossos jovens e das lagrimas amargas de suas mães e não vieram prestigiar e fortalecer a mostra, como reclamar, com que razão e moral politica, dos de foram que não vem.

Nenhuma, claro, por isso de Acari: Desculpem se dessa vez só tiamos coisa boa e alegria e não coisa ruim e tristeza pra oferecer a vocês.

Da próxima vez, provável acontecer, que a policia matar uns dez ou meia dúzia de moleques estupram coletivamente uma garota depois do baile funk a gente convida com vocês, com a certeza de contar com vossas presenças, já que estão tão habituados com o velho e ruim não com o não tão novo assim ,mas bom e Acari.

ACHÉ, AMOR LIVRE E LUTA!
19/1 às 8:55 ·

PENSO, LOGO ESTUPRO!
"poesia negra."

" botei minha malha e fui puxar ferro na academia. Na ida passei por aquele menino-gato de cabelo black igual ao do Marcelo da seleção. Ele é novinho mas já rala muito pra ajudar a mãe. Todo o dia quando passo pra academia ou pra faetec ele esta alí arrumando a barraquinha de assai Passei uma hora malhando na academia pensando nele.

Ele tá no face de uma amiga minha e vou pedir pra ele me adicionar,pensei.

Na volta, da academia estava sua cansada, fiquei suada e a malha colou no meu corpo, fiquei com aquele, volumesinho que faz nossa xota parecer um capô de fusca.

Nem me liguei nisso, fui me aproximando da barraca do gatinho negro, ele estava arrumando as garrafas de cobertura e nem parecia se ligar em mim. Mas quando cheguei mais perto dele senti seu olhar fuzilante por debaixo do boné direto por meu capozinho de fusca. Senti como se uma frecha ou uma pica enorme tipo kid bengala, tive rasgado minha vúlva e dilacerado a parede do meu útero,, me curvei com um gemido, tropecei, quase cai. Ele se assustou e veio me amparar. Me deu um arrepio e um sensação de repulsa e reagi, estou bem, me larga,
ele me largou pedindo desculpas, não, tá tudo bem, respondi seca e irritada.

Peguei a mochila que havia caído e pus ela pra frente, cobrindo meu púbis.
Senti minha menstruação. uma dor horrível de cólica, e nem era meus dias. Cheguei e casa, fui direto pro chuveiro, tomei um banho e chorei.
Fechei os olhos em baixo do chuveiro, a água fria, lavando suor e as lagrimas da minha pele negra. Aí de repente, me venho a imagem da estampa na camisa dele, uma silhuta de um filosofo francês, e um frase dele."penso, logo existo!"

Me deu vontade de sair do banho, pelada pela rua ir lá na barraca e assai botar o dedo na cara daquele garoto e gritar, sabe de uma coisa? você devia mudar essa frase ai pra "PENSO,LOGO ESTUPRO!...

Mas dai eu...

Quer ler mais.... Esse é um dos contos do meu livro, PENSO, LOGO ESTUPRO. ia se chamar, VE SE FICA VIVA, mas os contexto atual me instigou a mudar o titulo do livro e não abrir mão de publicar um livro de poesia negra engajada e atual que sirva de diversão cultural enquanto obra literária negra brasileira e ao mesmo tempo ferramente de militância politica negra a partir da única coisa na vida que sei fazer mediocremente bem que é escrever.
Intenções de vot... quer dizer de compra, por favor, podem manifestar por aqui, por enquanto, publicação prevista pra maio de 2018.
18/1 às 10:59 ·

RESPOSTA A MONIQUE CRUZ...

Monique Cruz é uma das mais importantes intelectuais e ativistas negras dos nossos tempos. É uma das lideranças femininas negras faveladas mais combativas, dedicadas e corajosas.

Ela é umas das minhas líderes e me representa. Ouço seu adjá tilintar chamando os machos a se posicionarem botarem a cara sobre o funk do mano negro que faz apologia ao estupro. Daqui a pouco, centenas de homens e mulheres estão "curtindo" e respondendo ao texto dela.

Acho bom, de boa. Cada uma ouve e lê o toque ijexá da irma preta, de acordo com a sensibilidade de seu ouvido a espessura e seu coração.

Mas, nós machos pretos, brancos, favelados compas de liuta, amigos dela, não podemos nos bastar em responder e apoiar a mana, aqui no face.

Vai lá no texto dela, leia novamente, fiche os olhos, lembre do rosto dela, lembre dos seus olhos, que olhamos tantas vezes, ao vivo faca a face, olhos que sempre olhos em nossos olhos, quando ela fala com a gente e nunca deixou de olhar quando ela nos ouve.

Sua fala, agora, seus olhos agora,depois do fim do texto, aguçaram os ouvidos dela, e ela espera alguma coisa da gente aqui no face, mas espera muito mais de nós face a face no dia á dia agora mesmo.

Ninguem exige e espera de quem não acredita.
Monique, nos exige e nos espera, porque acredita e nós,
Não vamos não corresponder a exigência da mana, nem decepicionar sua esperança em nós, até porque sua exigência e sua espera de nós, é a de centenas de manas negras pobre faveladas, que como ela ainda exigem e ainda esperam de nós alguma coisa..

Vamos articular aqui, no face uma reunião de compas negros, e não negros, favelados, mas também não, principalmente, quem trabalhamos com imagens, poesia, música, dança, com o corpo.

A gente pede um espaço na JUSTIÇA GLOBAL, na Anistia, senão a gente senta a bunda preta debaixo de um figuerira no aterro do flamengo mesmo.
Mas isso é pra agora,daqui a pouco, esse tsunami virtual passa pela pea net, como outros já passaram.

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